Inventário Florestal - FAL

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

MATERIAL E MÉTODOS. Área de estudo. Coleta de dados. Tratamento dos dados. RESULTADOS & DISCUSSÃO. Segundo Hucsh et al. o inventário florestal é um procedimento para adquirir informações sobre os recursos florestais e de características sobre as quais as árvores estão crescendo. O termo método de amostragem significa de acordo com PÉLLICO NETTO e BRENA (1997), a abordagem da população referente a uma única unidade de amostra, ou seja, a parcela ou outro tipo de unidade amostral a ser empregada no inventario. Essa abordagem da amostragem pode ser considerada de duas diferentes formas básicas, ou seja, mediante a utilização de métodos de área fixa e método de área variável (Strand, Prodan, Bitterlich, Quadrantes). Nos métodos de área variável a seleção é proporcional à distância da arvore e a sua área basal.

Segundo PÉLLICO e BRENA (1997), as vantagens deste método são: método prático e de fácil operacionalidade no campo; dado o tamanho da unidade, é possível levantar várias unidades no tempo equivalente à medição de uma unidade de área fixa; com uma rede de pontos distribuídos 2 dentro do povoamento pode-se conseguir uma visão mais abrangente do mesmo; tempo de medição é menor de todos os métodos; não ocorrem erros de demarcação de unidades de amostra. Segunda PÉLLICO e BRENA (1997), as desvantagens deste método são: os estimadores podem gerar tendências quando as árvores estão muito aglutinadas ou muito espalhadas no povoamento; devido ao pequeno tamanho da unidade não há como obter bons estimadores para variáveis de manejo florestal, como altura dominante, mortalidade e outras.

No método de área fixa a seleção dos indivíduos é feita proporcional à área da unidade de amostra, e consequentemente, à frequência dos indivíduos que nele ocorrem (PÉLLICO e BRENA 1997). A amostragem de parcelas de tamanho fixo é utilizada com maior frequência, isto porque a probabilidade de seleção das árvores é proporcional ao tamanho das parcelas e à frequência dos indivíduos existentes (PÉLLICO NETO & BRENA, 1997). Neste método a seleção dos indivíduos é feita proporcional ao tamanho da parcela, onde o DAP de todos os indivíduos da parcela é mensurado. Área de estudo O inventário foi realizado através da coleta em um povoamento de indivíduos de Eucalyptus clonais. Através da ajuda do programa de geoprocessamento ArcGis, determinamos que a plantação possui, aproximadamente, 7 hectares, e como já dito, está localizado na Fazenda Água Limpa – UnB, sitiada ao sul de Brasília, com coordenadas 15º56’ a 15º591 de latitude sul de 47º55’ a 47º58’ de longitude oeste (LÍBANO E FELFILI, 2006).

As árvores têm idade aproximada de 9 anos e foram plantadas no espaçamento 3 x 2 m. Para o início do trabalho a turma foi dividida em grupos, no qual, cada um ficou com uma área diferente do outro, onde foi necessário aplicar a avaliação dos métodos de amostragem em cada parcela que foi delimitada. As parcelas foram escolhidas de forma aleatória, e de modo que não houvesse sobreposição das mesmas. Método de Prodan Para analisar o método de Prodan, foi estabelecido um ponto central e então foram medidos os DAP (1,3 m) das 6 árvores mais próximas do ponto central marcado e também a distância ou o raio da 6ª árvore mais distante do ponto central, a qual torna-se referência da unidade amostral.

A inclusão de uma árvore na amostragem tem como variável a sua distância ao ponto amostral e, portanto, a seleção das árvores se faz com probabilidade proporcional à distância (PÉLLICO NETO & BRENA, 1997). Método de Strand Já para o método de Strand que é uma aplicação de técnica de contagem angular (LOETSCH et al. considerou a unidade amostral como uma linha de 15m, onde todas as árvores da esquerda da linha que se qualificavam para a amostragem foram amostradas. Este procedimento foi realizado em duas etapas, onde: na primeira etapa, a seleção das árvores foi feita proporcional ao diâmetro, com auxílio do relascópio de Bitterlich e foram incluídas na contagem, árvores com diâmetro maior ou igual ao fator de área basal=2.

Tais árvores com valores extremos foram retiradas da tabela e esta foi reorganizadas com as árvores ainda amostradas. Ajuste e Validação de Modelos Hipsométricos Em relação ao ajuste e validação dos modelos hipsométricos, foram usados os mesmos princípios utilizado no ajuste e validação dos modelos hipsométricos. Onde a diferença foi a utilização de 80% das árvores amostradas (DAP e altura), e excluindo as classificadas como outliers, os modelos testados foram: 1) Parabólico: Ht = β0 + β1DAP+ β2DAP2 + εi 2) Curtis: 1 Ln (H)= β0 + β1 DAP + εi 3) Stoffels: Ht = β0DAPβ1 + εi Foram avaliados através da ANOVA os três modelos, onde em um dos modelos realizou-se a correção dos valores exponenciais. Como no modelo passado foi comparado nos modelos o coeficiente de determinação (R²), Erro-Padrão da estimativa (Sxy%) e Gráfico dos Resíduos e o que obteve os melhores resultados foi utilizado para a validação dos 20% restantes de árvores.

Para a verificação da validade da equação, foi observado se o 𝑋 2 (qui-quadrado) calculado era menor que o o 𝑋 2 (qui-quadrado) tabelado. A estimativa do volume por Hectare (V/ha) também é obtida por hectare, mas também é obtida através da multiplicação do fator de proporcionalidade pela soma dos volumes individuais das árvores das unidades amostrais. Método de Prodan Este é o método em que são consideradas as medições de seis árvores e a distância ou raio da sexta árvore é usado como referência da unidade amostral, escolhida de forma aleatória na parcela, como as alturas de todas as árvores amostradas foram mensuradas, não há a estimação de alturas através de um modelo, mas sim a adoção do modelo escolhido por Stoate para estimar-se os volumes.

Para a realização do método de Prodan, mediu-se o diâmetro das árvores mais próximas do ponto amostral e a distância ou raio da 6° árvore em referência da unidade amostral, que é considerada como árvore marginal (meia árvore). O raio da unidade amostral de Prodan é calculado usando-se a seguinte fórmula (SIQUEIRA et al. 𝑅6 = 𝑎6 + 𝑑6 2 Onde: a6 = distância da sexta árvore ao ponto amostral; d6 = diâmetro em metros da sexta árvore. O segundo mede-se o DAP de todas as árvores à esquerda da linha sendo a distância entre o observador e a árvore menor do que a metade da altura da árvore (Distância ≤ H/2). No método Strand usamos o Fator de Forma Total, que foi obtido a partir de cálculos, devido ao uso da altura total no campo, que foi mensurada da base ao topo da árvore.

E então, estimamos N/ha, G/ha e V/ha. A estimativa do N/ha com seleção proporcional ao diâmetro D (m) é demonstrada pela seguinte fórmula: 𝑁/ℎ𝑎 = 200 ∗ √𝐹𝐴𝐵 1 ∗∑( ) 1 𝑑1 A estimativa da G/ha com seleção proporcional ao diâmetro D (m) é demonstrada pela seguinte fórmula: 𝑚 𝜋√𝐹𝐴𝐵 𝐺/ℎ𝑎 = ∗ ∑(𝑑𝑖) 2∗𝐿 𝑖=1 E para a estimativa do V/há com relação proporcional à altura, D (m) é demonstrada pela seguinte fórmula: 𝑚 1 𝑉/ℎ𝑎 = 𝑓 ∗ ∑(𝑑𝑖)² 10 𝑖=1 E então para prosseguimento do trabalho, serão analisados os métodos escolhidos, para que possamos definir qual será o melhor método, esse será o que obtiver o menor erro relativo e necessitar de um menor número de amostras complementares. RESULTADOS & DISCUSSÃO Para a obtenção de resultados confiáveis das variáveis que foram mensuradas em campo, etapas importantes foram desenvolvidas ao longo do trabalho.

 Regressões dos três modelos para o Volume Total e gráfico de dispersão dos resíduos:  Schumaker e Hall (1933): Ln(V) = β0 + β1 *Ln(DAP) + β2*Ln(H) Volume Total Schumacher-Hall Erro rel % Linear (Erro rel %) 45,0000 30,0000 15,0000 0,0000 -15,0000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 -30,0000 -45,0000 Gráfico 4: Gráfico de Dispersão dos Resíduos pelo Volume Real Total do modelo de Schumaker e Hall.  Spurr Linear(1952): V = β0 + β1*DAP²*H Volume total Spurr Erro rel % Linear (Erro rel %) 20,0000 10,0000 0,0000 -10,0000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 -20,0000 -30,0000 -40,0000 Gráfico 5: Gráfico de Dispersão dos Resíduos pelo Volume Real Total do modelo de Spurr 15  Stoate: 𝑉 = 𝛽0 + 𝛽1 𝑑2 + 𝛽2 𝑑 2 ℎ + 𝛽3 𝑑ℎ2 + 𝛽4 ℎ2 + 𝜀 Volume total Stoate Erro rel % Linear (Erro rel %) 30,0000 10,0000 -10,0000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 -30,0000 -50,0000 -70,0000 Gráfico 6: Gráfico de Dispersão dos Resíduos pelo Volume Real Total do modelo de Stoate. Schumaker e Hall Spurr Stoate Erro Padrão 53,168 8,304 6,8620 R² ajustado Schumaker e Hall 0,978 0,987 Spurr 0,991 Stoate Tabela 4: Erro Padrão e R² dos três modelos.

O modelo que melhor se ajustou foi o modelo de Stoate 𝑉 = 𝛽0 + 𝛽1 𝑑 2 + 𝛽2 𝑑 2 ℎ + 𝛽3 𝑑ℎ + 𝛽4 ℎ2 + 𝜀, a partir da comparação entre os valores obtidos nos três modelos, embora o gráfico apresente outliers, os valores obtidos na regressão indicam que o modelo é o mais recomendado que os outros, neste caso. Foram feitas as validações para volume comercial e total a partir dos coeficientes ajustados, com o teste do X² (qui-quadrado), para a equação ser aceita é necessário que o valor de X² calculado seja menor que o valor deste tabelado. Tabela 9: Resultado dos cálculos de Prodan para volume comercial. Método de Strand No método de Strand, primeiramente foram analisadas as árvores duvidosas para saber se elas seriam incluídas ou não. Para cálculo do volume foi utilizado o valor do Fator de Forma Total, sendo ele 0,6 já que a altura utilizada nos cálculos e mensurada em campo foi a altura total.

As medidas de dispersão encontradas foram: Tabela 10: Resultado dos cálculos de Strand. A realização da cubagem se faz necessária, devido as variações de forma entre os indivíduos do povoamento, utilizando o fator que forma que é a razão entre o volume da árvore e o volume de um cilindro que possua diâmetro igual ao DAP da árvore e uma altura também igual à da árvore. Porém, tal método pode gerar tendências quando as árvores estão muito aglutinadas ou espalhas do povoamento, assim como o tamanho da unidade dificulta a obtenção de bons estimadores para variáveis de manejo florestal. Através das análises dos dados foi possível perceber que o método de área fixa foi o que menor apresentou o erro relativo, sendo ele de 9,87%, ou seja, é visto como sendo o melhor método para avaliar esse quesito, porém levando em consideração o número de unidades amostrais necessárias para garantir a suficiência amostral, o método da Strand seria o mais indicado para esse caso, uma vez que a partir dele seriam amostradas 5 parcelas a mais, ou seja, 19 unidades amostrais a menos que o necessário para o método de área fixa.

CONCLUSÃO Para concluir, podemos observar que o método de Área Fixa apresentou erro padrão da média e erro de amostragem menor que os métodos de Strand e Prodan e também obteve o menor erro relativo. E então é possível afirmar que o método que apresentou os melhores valores foi o de área fixa. Esse método se mostrou mais eficaz devido ao baixo número de dispersão apresentado, o que indica uma estimativa mais precisa dos valores. Lavras: UFLA, 2003. Dissertação de Mestrado, apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Lavras). HUSCH, B. MILLER, C. I. MIGUEL E. P; CANZI, L. F; RUFINO, R. F; SANTOS, G. A. P. D. RODIGUEZ, A. L; et al. Inventários Florestais: Planejamento e Execução.

M. Comparação de tipos de amostragem , com parcelas circulares de área fixa e variável , em povoamentos de Eucalyptus grandis, de origem hibrida, cultivadas na região de Bom despacho, Minas Gerais. Revista Árvore , Viçosa, v. n. p.

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