CONCORDÂNCIA TEXTUAL: INFORMALIDADE

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Turismo

Documento 1

A análise dessas estruturas relacionadas ao caso de concordância especial concentrou-se em modelos que foram traçados por teóricos tradicionais e descritivos, com aplicações sociolingüísticas, que respaldam a variação dos estudos sobre as especificidades das variações de concordância nominal. Palavras-chave: concordância nominal – casos especiais – linguagem formal – informalidade 1) REFERENCIAL TEÓRICO O modelo teórico metodológico da variação de estudos de acordo com a sociolingüística foi pautada de acordo com a lingüística variável. De acordo com Tarallo (2001): Podem ser chamados de sociolingüistas todos aqueles que entendem por língua um veículo de comunicação, de informação e de expressão entre os indivíduos e a espécie humana. Tarallo, 2001:07) Há uma relação entre língua e sociedade que perscruta a variação na concordância nominal entre o virtual e o real, fixando os estudos no componente social.

O estudo da concordância nominal foi retomada por Scherre (1991) pelas variações lingüísticas sociais focalizando a saliência fônica e a posição linear como variáveis lingüísticas importantes para o processo de realização de sentença de acordo com a concordância específica. minhas tia SN = Det + Indef.  + (SX): os outro (que já Deus levo) SN = Det + (Num) + Nome + (SX): os (dois) menino (que eu tenho) SN = Num + N + (SX): três filho (de Maria) SN =. Nome. Modificador. as criança fraquinha 2) número de constituintes flexionáveis do SN: um: seis filho dois: meus amigo três ou mais: essas mulhé tudo (Scherre, 1991: 67) 2. Para se variar em gênero precisa distinguir-se de possuir gênero: a palavra novo varia em gênero porque tem uma forma feminina, nova, cuja ocorrência é determinada pela sintaxe.

Já a palavra gato não varia em gênero; gata deve ser considerada uma nova palavra e não simples variação de gênero, de acordo com (Perini, 1995: 195). De acordo com o autor, a ocorrência de gato e gata não é determinada pela sintaxe, mas depende de uma escolha feita pelo emissor, escolha esta que é determinada pela semântica da mensagem a transmitir. Isso se reflete no fato de que nem todas as palavras da classe de gato têm formas e gênero oposto. Já as palavras da classe de novo sempre têm formas femininas. Em um momento um sistema de filtro eliminará algumas das seqüências assim criadas, de maneira que as flexões são produzidas, mas um sintagma sem harmonização será bloqueado.

A concordância nominal obtém um sistema de filtros que deve ser criado especialmente para esse propósito. Desse modo, pode-se dizer que a concordância nominal é um sistema autônomo. Conseqüentemente, o erro de concordância, ou o que a gramática tradicional funcionaliza como erro existe, quando se trata de concordância nominal, pois é decorrência da violação de um sistema específico de filtros. Pode-se resumir a concordância nominal que opera dentro dos SNs estipula que os aspectos desse filtro exige que não haja discordância (Perini, 1995) e sim concordância. A concordância nominal na oração também podem ser descritas através do filtro. Esse filtro aplica aos constituintes de nível oracional que ocupem funções marcadas ou sejam, que se classifiquem como complementos dentre outras funções (Perini, 1995).

Casos particulares e problemas O mecanismo de atribuição de traços ao SN nem sempre funciona com clareza. As gramáticas consignam certo número de casos particulares em que os princípios gerais não são seguidos. Alguns desses casos refletem usos arcaicos ou extremamente raros; mas outros merecem menção. Perini, 1995, 184) Já com o relativo quem, diz-se que, além de poder comportarem-se como os demais, pode-se também assumir os traços de terceira pessoa do singular mesmo se o antecedente não tiver aqueles traços. Esse fenômeno, a julgar pelos exemplos apresentados na gramática, parece estar restrito a casos de clivagem como: (g) Fui eu quem comi o peixinho. h) Fui eu quem comeu o peixinho. Na frase da letra (i) parece-se ligeiramente marginal; de qualquer maneira, seria desejável realizar uma investigação mais cuidadosa desses casos.

O segundo caso particular é o de SNs composto por coordenação. Á primeira vista parece que ter-se-ia encontrado um meio de marcar o SN a paz e a alegria, opcionalmente, como singular, contrariando a regra geral que marcaria o plural. Perini, 1995) No entanto, não se parece favorável que a paz e a alegria seja realmente um SN. Admitindo que esses casos são apenas descritivos, seguir-se-á análise do presente estudo de acordo com os dados coletados na revisão da literatura. METODOLOGIA Classifica-se o presente trabalho em exploratório, descritivo e explicativo, possibilitando uma aproximação conceitual à pesquisa teórica. Buscou-se traçar um modelo do que foi lido e pesquisado, delineando-se o marco referencial e teórico da pesquisa como plano de trabalho. Conclui-se que há um texto formal e um texto não-formal e, de acordo com a expressividade do falante da língua, em variadas situações entende-se que o respaldo da gramática descritiva ajudou nas observações.

Ao corroborar com a hipótese de que o meio social influencia na língua materna, o desempenho lingüístico dos falantes, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa, retém alguns fonemas ao longo dos termos constituintes do sintagma de acordo com a pronúncia. Isso reafirma que os primeiros elementos da realização do SN são mais favoráveis à aplicação da regra normativa do que os elementos pospostos. A linearidade é um fator marcante na concordância nominal. Diante do exposto, conclui-se que a concordância nominal de gênero é favorecida em predicados verbais e passiva, quando se tem sujeito pronominal explícito ou oculto, quando não há nenhum constituinte entre o verbo e o predicativo, quando o falante se inclui no sujeito, nos casos em que o sujeito tem como referente um ser animado, e quando, na posição de predicativo, se tem o particípio passado.

Os plurais regulares favorecem a aplicação da regra do que os plurais irregulares. Nos textos do cotidiano a marca do plural pode não interferir contudo, na escrita, adere-se À ausência da norma gramatical, pela consideração da característica semântica que rege a norma do plural. Carvalho, 1999). Embora a análise dos itens e concordância nominal realizados separadamente a aplicação de uma regra de concordância é influenciada pela posição que o elemento ocupa dentro do SN, a aplicação é maior nos elementos que antecedem ao núcleo significativamente e menor nos elementos posteriores, ou nos casos de sujeitos pospostos. Mollica, 2003) Esse massivo contato entre o português e as línguas africanas estaria na base da variação da morfologia flexional do nome no português do Brasil e, nesse trabalho, busca-se mostrar que a variação na concordância de gênero é resultado de transmissão lingüística irregular determinada pelo contato entre línguas.

LUCCHESI, Dante(2000). A variação na concordância de gênero em uma comunidade de fala afro-brasileira: novos elementos sobre a formação do português popular do Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ, Tese de Doutorado, ms. FIORIN, José Luiz. org. ed. São Paulo: Atual, 1989. SCHERRE, M. M. P.

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