Tuberculose Bovina

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Biologia

Documento 1

As micobactérias podem ser classificadas em patógenos obrigatórios ou oportunistas e saprófitas. As principais espécies de importância epidemiológica para o homem formam o Complexo Mycobacterium Tuberculosis que incluem: M. bovis, M. caprae, M. tuberculosis, M. A parede celular é composta tipicamente por uma camada externa contendo ácidos micólicos específicos ligados ao açúcar arabinogalactano, uma camada intermediária de peptidoglicanos e a membrana plasmática compondo a camada interna (ABRAHÃO, 1998). O genoma do M. Bovis é constituído por um cromossoma circular com 4. pares de bases e 3. genes, incluindo 42 elementos de inserção e um profago. Alimentos, fômites e água contaminada são outra importante fonte de transmissão. As infecções congênitas transmitidas pela via transplacentária e intra-uterina são consideradas incomuns.

O bacilo é eliminado a partir de excreções gastrointestinais e secreções respiratórias, vaginais, intra-uterinas e pelo sêmen (KATALE et al. Diversas espécies de animais domésticos e silvestres de vida livre e de cativeiro podem atuar como reservatórios do M. Bovis (PALMER, 2013). Consequentemente, o hospedeiro destrói seus próprios tecidos através da necrose de caseificação. Uma nova proliferação de células do sistema imune acontecerá culminando na formação de granulomas, os quais são constituídos por células de Langhan, epitelióides e histiocitárias (GENGENBACHER & KAUFMANN, 2012). A partir daí, os bacilos disseminam-se para os linfonodos, originando novos granulomas então denominados de complexo primário. A via digestiva é a porta de entrada secundária para o M. Bovis, onde o complexo primário são os linfonodos regionais e órgãos digestivos (NEILL et al.

A tuberculinização pode ser feita de três formas: caudal, cervical simples ou cervical comparada. Esse método tem como princípio a resposta imune do hospedeiro ao agente. O aumento do volume e rubor da região onde a tuberculina foi aplicada caracteriza como a reação positiva. Embora o teste tuberculínico não possa diferenciar espécies de micobactérias, ainda não existe um método mais eficaz para substituí-lo. Diversos testes in vitro e in vivo também têm sido utilizados para o diagnóstico da tuberculose bovina, tais como: ELISA, aglutinação com látex, hipersensibilidade com ESAT-6 (SOUZA et al. Bovis em animais é escassa, ocorrendo sob a forma de surtos esporádicos em um pequeno número de explorações (AVILA et al.

Em muitos países da Europa assim como no Canadá, Austrália e Israel, onde programas de controle foram implementados, a tuberculose bovina foi erradicada. Entretanto, na Nova Zelândia, Irlanda e Estados Unidos à tuberculose está reemergindo, possivelmente devido à presença de reservatórios silvestres (MORE; RADUNZ; GLANVILLE, 2017). Na América latina e Caribe, países como Haiti, Guatemala, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador e Guiana a taxa de infecção por M. Bovis é maior que 1%. De acordo com dados publicados pelo MAPA em 13 estados brasileiros, a prevalência de tuberculose bovina entre os anos de 2003 a 2014 foi de: 0,05% (Distrito Federal); 0,42% (Paraná); 0,21%(Bahia); 0,035% (Mato Grosso do Sul); 0,12% (Mato Grosso); 0,12% (Rondônia); 1,3%(São Paulo); 0,06% (Santa Catarina); 0,7% (Espírito Santo); 0,3% (Goiás); 0,62% (Pernambuco) e 0,7% (Rio Grande do Sul) (BRASIL,2016). Apesar de ser reconhecida como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Tuberculose integra o rol das doenças negligenciadas.

Estima-se que um terço da população mundial esteja infectado com o bacilo, sendo o M. Bovis responsável por 2% dos casos da doença em humanos (BRASIL, 2016). Esta incidência pode ser subestimada, uma vez que o M. M. C. M. Tuberculose humana causada pelo Mycobacterium bovis: considerações gerais e a importância dos reservatórios animais. p. Análise de detecção de cluster na caracterização espaço-temporal da tuberculose bovina no estado da Bahia. Pesquisa Veterinária Brasileira,v. n. p. BRASIL. v. n. p. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasília, 2006. p. BELCHIOR, A. P. C. J. Brucellosis in humans and animals. Switzerland: © World Health Organization, 2006. FITZGERALD, S. D; KANEENE, J. G; ROBERTO, F. F; HANATH,J; BRETTIN, T; KEIM, P.

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