Problemas Contemporâneos em Comércio Exterior - Crises internacionais e protecionismo

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Economia

Documento 1

OBJETIVO 6 3. METODOLOGIA 7 4. DISCUSSÃO TEMÁTICA 8 5. CONCLUSÃO 124 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14 1. Em linhas gerais, a imposição de barreiras ao trânsito de bens e serviços caracteriza este viés político, que se erige na pretensão de resguardar a indústria nacional de práticas concorrenciais agressivas - e de prejuízos associados. As transações comerciais são naturalmente complexas, pela diversidade de aspectos que podem influenciar seu curso. Essa natureza é potencializada substancialmente quando as negociações são paridas no âmbito internacional; neste contexto, as variáveis que determinam o sucesso (ou o fracasso) de uma incursão tornam-se diametralmente mais sensíveis à competição, recebendo o influxo direto de tensões sociopolíticas. Isto encerra o conhecimento premente da dinâmica de mercado aplicada ao contexto, traduzindo-se num arcabouço vital para a instrumentalização econômica de um país.

A programação fundamentada de ações comerciais dirigidas ao mercado externo deve sobrepesar a conjuntura implicada, buscando guarida nas raízes histórico-culturais que refletem a atualidade. Em meio às discussões, foram registrados alguns eventos historiográficos determinantes para o contexto atual. Utilizou-se, ainda, algumas outras referências bibliográficas para consulta, com a finalidade de esclarecer alguns pontos ou trazer novos elementos para o discurso positivado nesse artigo. DISCUSSÃO TEMÁTICA A ordem econômica internacional formatada após a Segunda Guerra Mundial está em franco recrudescimento. Apesar da inclinação de muitos autores na tentativa de elucidar a tendência de reconfiguração, poucas nuances podem ser assinaladas. Esta é a mensagem incutida no trabalho de Michael Spence, vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2001. É sabido que a maioria das economias individuais apresentam um aspecto quase esquálido na atualidade.

Com raras exceções (como China), a tentativa de recuperação econômica se tornou uma frente majoritária de todas as nações. Entretanto, a caçada pelo incremento do parque industrial difere significativamente do que está sendo perscrutrado pelas maiores autoridades monetárias dos Estados Unidos, da Europa e do Japão. Estes países têm a ciência de que sem a geração de empregos e a manutenção do ciclo de consumo interno, qualquer Estado sucumbe. As consequências da edificação secular desse círculo de produção e distribuição global são catastróficas. Atualmente, o cenário revela um mix de elementos, que refundam um elevado índice de juros na economia americana, e a desorientação consequente do mercado internacional. Os investimentos financeiros externos são mais fugazes do que nunca, fato que derivou problemas para muitos Estados emergentes.

A Argentina é um retrato atual desse fenômeno. A era Kirchner (2003-2015) legou o fim das atividades de um número significativo de multinacionais no país, justamente pela impossibilidade de remeter a produção ao mercado internacional. Nesse ínterim, o governo encobriu os reais indicadores econômicos (como a inflação), na tentativa de estabilizar o nervosismo do mercado. No futuro, entretanto, é improvável que a força comercial de uma nação fique inerte às intempéries sociopolíticas. O Reino Unido figura como uma exceção contemporânea, pela acareação recente do Brexit. Na outra faceta européia, a chanceler alemã Angela Merkel batalha pela intituição de uma confederação de nações – apesar de seu enfraquecimento político – A França e a Alemanha tentam reunir forças para regenerar a União Europeia.

No continente asiático, o governo do presidente chinês Xi Jinping promove a gestão eficaz de riscos, alavancando um crescimento orientado ao consumismo e à adesão de novas tecnologias. Na mesma linhagem, a Índia coleciona índices positivos e incentiva a inovação. Na mesma medida em que a utilização de barreiras tarifárias tornou-se demodê, medidas protecionistas são trivialmente implementadas e maquiadas, por meio de obstáculos não tarifários. Majoritariamente, estas medidas não são perceptíveis, e buscam justificativa na motivação pela segurança ou proteção do mercado interno. Os principais eixos da atual ordem mundial se consolidaram da década de 20. Tendências negativas na distribuição de renda ratificavam uma incerteza, que crescia gradativamente, em relação ao fenômeno da globalização.

Os governos se mantiveram relativamente inertes, diante da abertura do mercado internacional. ” Essa necessidade determina o estabelecimento de um arcabouço principiológico, capaz de estatuir normas de atuação. Desse compêndio se estratifica a ordem econômica internacional. Nos próximos anos, os Estados mais desenvolvidos e os emergentes deverão se inclinar para a modificação dos padrões de consumo, infiltrando propostas mais abrangentes e menos exclusivas. O presente indica que as grandes corporações, as agências representativas dos governos e as companhias educacionais e universidades podem voltar a ter mais espaço, determinando os novos rumos do comércio internacional. Isso se torna ainda mais eloqüente com as regiões que sofreram com o processo de desintegração, traduzindo-se como um forma de reagir ao establishment político.

A manutenção conivente da liberdade comercial é aceita entre a maioria dos Estados, com exceção do Estado Unidos; hoje, o posicionamento do governo de Donald Trump não indica, nitidamente, uma tendência de se esquivar da cooperação global. Os EUA apenas resvalam da posição de patrocinadores principais do sistema em voga. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRIGHI, Giovanni.  O longo século XX: dinheiro, poder e as origens de nosso tempo.  Rio de Janeiro: Contraponto-São Paulo: Editora UNESP, 1996. Globalização da política: mitos, realidades e dilemas. Trabalho apresentado no Congresso da ANPOCS, Caxambu, 1997. mimeo, 20 p. Gresser, Edward, America's hidden tax on the poor - the case for reforming U. S. O Tratamento especial e diferenciado aos países em desenvolvimento: Do GATT a OMC. Brasília: Fundação Alexandre Gusmão, 2011.

MAIA, Jayme de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior. ed. VIOLA, Eduardo, OLIVEIRA, Alejandro. Globalização, sustentabilidade e governabilidade democrática no Brasil. In: TRINDADE, Antônio Cançado, CASTRO, Marcus Faro de (Orgs. A sociedade democrática no final do século. Brasília: Paralelo 15, 1997.

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