UM ESTUDO DOS ELEMENTOS DA FOLKCOMUNICAÇÃO NO FILME “AMARELO MANGA”

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

O filme Amarelo Manga detém o regionalismo imerso na estética cultural dos grupos sociais recifenses. Concluiu-se que suas premissas estéticas aderem aos conceitos de folkcomunicação revelando o que é de real, urbano e corriqueiro nas relações na construção social daquela realidade. PALAVRAS-CHAVE: FILME – FOLKCOMUNICAÇÃO – COMUNICAÇÃO 1 INTRODUÇÃO O que se manifesta no público nas vertentes culturais mais heterogêneas comunicam peculiaridades sociais e antropológicas das esferas populares. A matriz social e os seus grupos anunciam vertentes que se fazem presentes nos processos comunicacionais. Assim é a folkmunicação. Amarelo Manga é a cor de uma sociedade recifense que se revela em personagem estéticos e, ao mesmo tempo, arquétipos os quais nem sempre são ouvidos pela sociedade. Amarelo Manga é uma cor que sempre tem algo a revelar nas concepções intrapersonalíticas.

Ainda que verde por fora, o amarelo está por dentro da fruta. Sempre há algo a ser revelado. A expressão da cultural popular dá-se não somente pela cultura em si e pela forma como ela se construiu. A interação social é realizada na heterogeneidade de grupos que dinamizam o tempo. Esse tempo narrativo em Amarelo Manga é o dia, a rotina e às necessidades reais dos elementos que estão presentes em massa. O sentido comunicativo de cada elemento que integram essas relações sociais delimita a unidade de estudo: o grupo social. A respeito desses grupos sociais (BELTRÃO, 1980, p. apud COSTA, 2005, p. “a comida, a bebida, o ato sexual, no seu aspecto real, são absorvidos pela vida privada, tornando-se de preferência um problema pessoal e familiar, adquirem um colorido específico estritamente cotidiano, tornam-se pequenas realidades vulgares do dia a dia” Os subalternos sociais, através desses idiomas, migram entre os individuais e coletivos apropriando-se dos agentes que irão se construídos.

O pudor é a forma mais inteligente da perversão3 representa uma fala na qual reside no sistema de comunicação o qual as mensagens no interior são inteligíveis para todos os acessíveis a essa realidade. No filme “Amarelo Manga” as personagens são interligadas e se complementam com o usufruto dessa comunicação que flui refletindo uma realidade carnal, ao mesmo tempo, em que o caos das relações são duras, selvagens e com em despeito ao comportamento humano concernente a essa realidade. Essa realidade de arquétipos e simbolismos constitui uma forma livre de viver e de se explorar um espaço, que é o eixo concreto de uma realidade que é pura subversão desde a sua linguagem até o seu modus vivendis que estão presentes em vários recortes narrativos.

Kika é uma personagem que é contida e esconde o amarelo da manga. A marginalidade da cultura popular pode prescrever esses grupos sociais da película. Desprovida de uma perspectiva romântica, essas fontes culturais revelam amplitude entre o que sagrado, profano, velho, novo. Dunga é o futuro do decaído Hotel Texas. O passado do estabelecimento vai com o óbito sereno do seu Bianô. Nessa ambiguidade social do cotidiano, a polaridade da comunicação é absorvida por uma relação social única, com padrões, prática e condutas que se associam a condições desse grupo marginalizado. A subversão na imagem do taxista necrófilo deixa uma mensagem subliminar de que nem a morte é uma separação entre o homem e o grotesco, assim como a morte serena do seu Bianô é repleta de simbolismos religiosos que são tradicionais, porém sem uma comunicação autêntica para o popular.

O tradicional não comunica, mas penetra na construção da folkcomunicação preenchendo os rompantes e paixões. Isaac: “Cacete, Rabecão! Que demora da porra! Rabecão: Devagar. Devagar, cidadão Isaac: E aí? Cadê o bicho? Rabecão: Tá aí dentro. Isaac: E o estado? Tá muito avariado? Rabecão: Olha, o corpo tá meio perfurado. Mas pensa comigo, o perdão é dado pelo que nós somos. E castigo nunca é equivalente àquilo que nós fizemos. Outra coisa, veja bem: eu engasgar não é uma forma exemplar de punição. Meça o teu passado! Meça teu presente. Meça o que a senhora acha que seja um castigo, criatura! A fala do padre atenua os sentimentos de uma personagem, doente pulmonar, que leva consigo o peso da culpa.

Aqui eu exijo respeito. Em nome de Jesus”6 O elemento do discurso popular que revela a imposição do que é ritualístico e que comunica, e a religião é uma liturgia de ritos que está sempre em conexão com o simbólico construindo processos de agente folkcomunicadores, constituem o processo comunicativo. Folkcomunicação tem a mesma raiz que folk-lore e faz remeter à comunicação que vez do povo, do que ganhou lugar nas culturas de massa e cuja mutação de sentidos está sempre ligado à classificação de elementos que vem do povo e para ele retornam (COSTA, 2005). Ao decodificar as mensagens relacionadas a essas camadas, os conteúdos mídiáticos, e aqui se refere a mídia para o povo – o jornal na banca que todos leem de manhã, como o rádio que todos ouvem – meios que marcam a folkcomunicação como arcabouços da informação e a expressão de ideias para o povo.

Rádio: Aquele bom dia especial. De uma coisa eu não posso reclamar. Fiéis. Aliás, isso é uma coisa que eu nem ligo. A Igreja tá fechada. Não tem santos. O ser humano é estômago e sexo. E tem diante de si uma condenação. Mas ele mata e se mata com medo de viver”. A carne é uma metáfora que perpassa todo o filme. Representando o instinto, ela está no açougue, no corpo, na mesa, está na orelha arrancada pela crente. A religião aparece em vários momentos: quando Dunga e Dayse falam do terreiro, quando Kika mostra-se uma evangélica fervorosa, quando o padre conversa com os seus únicos fiéis que frequentam a igreja (os cachorros). A morte é corrente: do abate do boi até a morte serena do seu Bianô.

A traição do Wellington que tem um caso com Dayse e revela-se apaixonado por ele, porém não aceita que falem da sua esposa, a Kika. A morte de seu Bianor, serena, não só mostra um abandono do proprietário que estava condicionado ao passado do lugar, mas sim a uma posição do novo que é a figura do Dunga, grande pivô da briga entre Kika e a amante do seu esposo, a Dayse. Os únicos a chorar com fervor a morte do dono do Hotel Texas é o Dunga, que derrama lágrimas com furor e é maltratado quando pede ajuda a Aurora e a Isaac. Compreendeu-se com esse estudo observar como que os elementos da comunicação popular apareciam na película, e cada um deles revelara um véu de informações que a cada cena era levantado ao se expressarem dentro do contexto da exclusão e da subversão.

O que é crucial no cotidiano é revelado em uma linguagem de violência, instinto, corrupção, rompantes, frutos da expressão de uma população que é marginalizada. Os agente mencionados corroboram com a folkcomunicação aderindo à presença massiva do seus estreito diálogo popular na linguagem afiada e contextualizada nas paixões. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ASSIS, C. Amarelo Manga.

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