Vitamina e, e suas qualidades

Evidências de deficiência de vitamina D e Vitamina C já foram encontradas em esqueletos pré-históricos. Nos séculos XVIII e XIX observações empíricas demonstravam que alguns alimentos possuíam substâncias que evitavam doenças como o beribéri e o escorbuto. Funk e Hopkins criaram em 1912 um concentrado antiberibéri utilizando uma amina em sua composição, por ser necessária a vida, recebeu o nome de vitamina (COSTA, 2008). Suas funções são variadas e destacam-se sua ação como coenzima à síntese de hormônios, regulação no catabolismo de macronutrientes, antioxidante e substrato de reações químicas (COSTA, 2008). As vitaminas são classificadas de acordo com sua solubilidade, sendo as hidrossolúveis os compostos solúveis em água e as lipossolúveis os compostos solúveis em gordura.

FONTES DE VITAMINA E A vitamina E pode ser encontrada especialmente em folhas verdes, oleaginosas como amêndoas, avelãs, castanhas e nozes, no abacate, em óleos vegetais, cereais integrais, gérmen de trigo e em alimentos de origem animal como gema do ovo, leite, fígado e carnes em geral. Sua disponibilidade pode ser alterada pelo processamento, cozimento e pela exposição ao oxigênio, luz e calor assim é recomendado que, sempre que possível, os alimentos fontes sejam consumidos in natura (VILLELA, 2008; VANNUCCHI; MARCHINI, 2014). A dose diária recomendada de vitamina E é de 15 mg/dia para indivíduos a partir dos 14 anos de idade. Enquanto que a dose máxima sem efeitos adversos em adultos é de 1000 mg/dia, uma vez que essa vitamina apresenta baixa toxicidade em seres humanos e animais, no entanto, doses muito altas podem diminuir a capacidade do organismo de utilizar outras vitaminas lipossolúveis (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012).

No quadro abaixo é possível observar a quantidade de alfa tocoferol em alguns alimentos: Alimentos fonte de vitamina E Alimento a-TE (Mg) Amêndoas, 1 onça (31,1 g) 7,33 Óleo de girassol, 1 colher de sopa 5,59 Óleo de canola, 1 colher de sopa 2,39 Azeite de oliva, 1 colher de sopa 1,94 Margarina 1,27 Aspargo, 1 xícara 2,27 METABOLISMO A vitamina E é absorvida na porção superior do intestino delgado e possui eficiência variável de 20 a 70%. A vitamina E possui papel fundamental na proteção do corpo contra os efeitos prejudiciais das espécies reativas de oxigênio, que são formadas metabolicamente ou encontradas no meio ambiente, assim possuem como principal benefício o combate aos radicais livres, causando redução do estresse oxidativo, o que a torna o antioxidante lipossolúvel mais importante da célula.

Os radicais livres causam danos celulares por meio da peroxidação lipídica, oxidação proteica e do DNA (CARDOSO; COZZOLINO, 2009; VANNUCCHI; MARCHINI, 2014). As gorduras, que são parte integral de todas as membranas plasmáticas, são vulneráveis à destruição através da oxidação dos radicais livres. O alfa-tocoferol está singularmente preparado para interceptar os radicais livres e impedir a peroxidação lipídica e, dessa forma, prevenir uma destruição em cadeia dos lipídeos. No entanto para que os benefícios à saúde sejam mais eficazes é necessário mais que o alfa-tocoferol, sendo importante uma mistura de tocoferóis (alfa, beta, delta e gama) e tocotrienóis (alfa, beta, delta e gama) (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). CONCLUSÃO A vitamina E possui inúmeros benefícios para o organismo, principalmente em função de sua capacidade antioxidante e importância situações fisiopatológicas que tenham por base a produção de espécies reativas de oxigênio além de ser um potencial agente na prevenção do Mal de Alzheimer.

REFERÊNCIAS BATISTA, E. S. COSTA, A. G. R. COZZOLINO, S. M. F. Oxidative stress in Alzheimer’s disease: the role of vitamins C and E. p. dez. COSTA, N. M. B. Medicina, Ribeirão Preto, 31: 434-449, jul. set. MAHAN, L. K. ESCOTT-STUMP, S. SANTOS, H. S; CRUZ, W. M. S. A terapia nutricional com vitaminas antioxidantes e o tratamento quimioterápico oncológico. S. Nutrição Clínica. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2014. VILELLA, N.