Deficiência e mercado de trabalho

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Gestão de segurança

Documento 1

Considerando o trabalho como um direito essencial, que proporcionando aprendizado, crescimento e remuneração, este também se responsabiliza pela posição do homem na sociedade em que vive. De fato que, ao se negar esse direito, estas pessoas são obrigadas a conviverem com uma situação de dependência a mais, que levam a perda de autoestima e ao sentimento de fracasso. As questões que nortearam o trabalharam tiveram como base as indagações a respeito do processo pelo qual o excludente passa nos processos seletivos e, diga-se, formadores. Por segundo, entende-se como a sociedade contribuiria para que eles enfrentassem as adversidades e alcançassem objetivos dentro dos movimentos engajados com o resultado afetivo e laboral de uma pessoa portadora de deficiência. Por terceiro, entender que a inclusão é um processo de adaptação social e de atender as necessidades do portadores através de profissionais – coordenadores e empregadores – capacitados para programas de colocação.

No primeiro capítulo, fazemos um breve relato sobre o início das relações trabalhistas e como os deficientes foram incluídos nesse processo. No segundo capítulo, aborda a importância da família e da sociedade para inclusão dos deficientes não só no mercado de trabalho, mas principalmente na sua inserção social. No terceiro capítulo, apresentamos como a acessibilidade dos deficientes no mercado de trabalho vem sendo feita. As questões aqui abordadas pretendem construir uma “ponte” entre a deficiência e os recursos existentes na sociedade. Entretanto, uma das discussões será acerca da responsabilidade do Estado na eficácia do gerenciamento do capital social destinado a essa parcela da população, pois é papel do Estado impedir a inutilização dos recursos investidos, assim como a desorganização ou ineficácia dos procedimentos adotados.

O que é excludente é despertado por reações de uma política paternalista, falta de programa de capacitação eficiente para pessoas com deficiências, falta de preenchimento das cotas destinadas aos deficientes. Alternativas são válidas, porém nem sempre são acatadas ou promovem a qualificação de pessoas com deficiência. Programas pedagógicos e profissionalizantes não têm como oferecer uma oficina para uma pessoa com deficiência possa ser trabalhada para que eles tenham uma crescente nas oportunidades geradas por um mercado profissional que somente decretou, porém não preparou o ambiente para treinar e receber essas pessoas que têm o seu direito garantido. A prática inclusiva tem acontecido de forma quase estagnada. Ela acaba dependendo de fatores, de família disponível, de influências de pessoas que estão na comunidade.

A integração social começara a ser revista na década de 60 quando as formas de exclusão social foram estudadas. De acordo com esse paradigma de integração, os indivíduos atingidos por alguma limitação física, intelectual ou de quaisquer natureza teriam que ser tratados para se adaptarem. SASSAKI, 1998). Os deficientes estão inseridos neste contexto, e, portanto, além de todas as dificuldades que a sua condição impõe, devem também ter que vencer os empecilhos do mundo capitalista, competindo com todos os outros trabalhadores. De acordo com Sassaki (1998, p. Seguindo então esta lógica do mundo capitalista, a deficiência, qualquer que seja, será uma enorme barreira para a inserção ou reintegração dos deficientes ao trabalho. O trabalho quando se fala de deficiência torna-se complexo e polêmica.

Vivenciar um processo de inclusão social perfaz um caminho de qualidade total, o que o sistema de produção ainda não oferta para um real desempenho no trabalho nas atividades laborais dos deficientes. A inserção dos deficientes nesse sistema que ainda precisa ser moldado de recursos para que atinja um objetivo, envolve os projetos familiares e individuais assim como os que convergem para a própria atividade realizada no desempenho laboral. Segundo Faleiros (2001), com a crise do capitalismo e com o avanço das idéias neoliberais, o trabalho formal, com a carteira assinada e direito adquirida está se tornando um benefício raro para todos os trabalhadores. Embora a legislação em vigor no país seja qualificada como avançada, ainda não conseguimos alcançar o nível de dignidade que todo cidadão tem direito.

Perguntamo-nos o que leva o ser humano a rejeitar o convívio e o relacionamento com o deficiente? Pode ser negligência, medo de não saber lidar com a situação, superstição ou inúmeros outros adjetivos. Quando pensamos em exclusão social, o senso comum, imediatamente associa à pobreza. Porém se analisarmos a questão poderemos concluir que não é somente a pobreza e a falta de recursos que causam exclusão, mas neste caso o deficiente vitima da exclusão social por portar uma deficiência e viver um contexto sócio-político e cultural que em todos os sentidos lhe é adverso, violento e hostil, a começar pela estrutura das cidades. A Constituição da República de 1988 inovou o tratamento da questão social através do estabelecimento de diretrizes estratégicas no campo da Seguridade Social.

Trata-se da instabilidade e vulnerabilidade do emprego, ausência de qualificação, o que caracteriza a condição geral da classe trabalhadora. Com a mesma base salarial as empresas buscam atualmente um profissional altamente qualificado e experiente. Consequentemente somente uma parcela de trabalhadores consegue um emprego estável devido à falta de condições financeiras para se qualificar. Para o deficiente, essa situação é mais difícil, a maioria está atuando no trabalho informal. O mercado de trabalho é segregativo e excludente, fruto de uma sociedade capitalista que visa somente o lucro. • Colocação competitiva: o contrato de trabalho é regulado pelas normas trabalhistas e previdenciárias, concorrendo o deficiente em condições de igualdade com os demais trabalhadores, inclusive no que se refere à eficiência e qualidade na prestação do serviço.

Neste modelo não há a adoção de procedimentos especiais para a colocação do deficiente no emprego, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais. • Colocação seletiva: além da observância da legislação trabalhista e previdenciária, neste modelo o deficiente tem o respaldo de procedimentos e apoios especiais para sua colocação no mercado de trabalho, sendo considerados procedimentos especiais os meios utilizados para a contratação da pessoa que, devido ao seu grau de deficiência, transitória ou permanente, exija condições especiais, tais como jornada variável, horário flexível, proporcionalidade de salário, ambiente de trabalho adequado as suas especificidades, entre outros. O Decreto N° 3. que dispõe sobre a Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, no artigo 19, enumera uma extensa lista de exemplos de ajudas técnicas facilitadoras: • Promoção de trabalho por conta própria: é aquele desenvolvido pelo deficiente, através de uma ou mais pessoas, sob as formas de trabalho autônomo, cooperativo e em regime de economia familiar, visando à emancipação econômica e pessoal.

Outro fator comum após um diagnóstico de deficiência é surgirem conflitos entre os pais dos deficientes. Os pais procuram compreender quais fatores levam à concepção de uma criança com deficiência e assim busca descobrir qual dos dois é o “culpado” pelo problema. Consequentemente, tais conflitos contribuem para dificultar ainda mais a aceitação dessa criança deficiente dentro da família a que pertence. Deste modo, verificamos muitas vezes a total desestabilização que a chegada de um filho deficiente pode ocasionar no convívio familiar. Diante desta realidade, os pais tentam chegar a um “ponto de equilíbrio”, mas infelizmente não são todos os que conseguem, ou seja, muitos pais após o acontecido se desestabilizam completamente e nunca mais conseguem se reestruturar. É importante destacarmos que as atitudes dos pais e dos familiares diante da deficiência não são isoladas, mas sim um reflexo das atitudes apresentadas pelo grupo social a que pertencem.

Esses familiares, assim como todos nós, estão inseridos em uma sociedade que apresenta um conjunto de normas e regras pré-estabelecidas que seja passadas de geração a geração. Estas normas e regras variam de sociedade para sociedade. Verifica-se por vezes, a tentativa de mudanças de alguns desses padrões pré-estabelecidos, o que constitui uma tarefa árdua diante da tendência da sociedade em colocar obstáculos a possíveis mudanças, preferindo manter e cultivar todos os padrões já trazidos através dos tempos. Assim, verificamos que o próprio homem se posiciona na maioria das vezes contra possíveis modificações na sociedade. No caso da deficiência mental, por exemplo, muitas pessoas sequer sabem diferenciar os conceitos como de doença mental e deficiência mental.

De acordo com os autores Cobb e Mitller: “Doença mental é um termo geral utilizado para cobrir uma variedade de distúrbios que afetam o funcionamento emocional, social e comportamental. É caracterizado por reações emocionais inadequadas, em padrões variáveis e grau de severidade, mais por distorção do que por deficiência de compreensão e comunicação, e por conduta socialmente mal direcionada e não simplesmente por um comportamento adaptativo apenas inadequado. ” (Cobb e Mittler, 1998, pág. e 08). ” “Deficiência Visual: é a perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos, com carácter definitivo, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico. ” “Deficiência Auditiva (também conhecida como hipoacusia ou surdez) é a perda parcial ou total da audição.

Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças. ” Ainda é notória a desinformação, até mesmo dos agentes governamentais quanto às suas responsabilidades na prestação de serviços básicos de atenção aos deficientes. É necessário que os órgãos de educação e de saúde do país realizem campanhas, onde se tenha uma maior divulgação sobre tal assunto, mostrando as pessoas, o que é a deficiência, como esta ocorre e outros esclarecimentos de extrema importância para uma melhor reflexão acerca dessa temática. Torna-se evidente a grande importância de uma relação harmoniosa entre o deficiente e a sociedade, pois sem dúvida alguma, é a partir desta troca que se dará o enriquecimento de vários fatores na vida destes.

É como nos coloca NOT (1983): “Uma educação das relações interpessoais é indispensável para a formação do caráter, o enriquecimento da linguagem, a estruturação dos pontos de vista e do pensamento sob forma reversível, e para a contribuição que a expressão de si, as trocas com o outro trazem ao desabrochar da personalidade. ” (Not, 1983, p. A questão da deficiência em nossa sociedade, ainda precisa de muita reflexão. Perguntamo-nos: como uma pessoa consegue ser feliz em uma sociedade onde presenciamos o ideal de ser humano como aquele que é bonito, inteligente, jovem, trabalhador, útil e perfeito? Para respondermos a esta questão, acreditamos que podemos ser felizes dentro desta sociedade (pessoas ditas “normais” e deficientes), a partir do momento em que todos se conscientizarem que mesmo sendo indivíduos pertencentes à mesma espécie, somos cada um possuidor de características distintas, com habilidades específicas, capacidades e limitações.

Assim, é razoável entender-se que a pessoa portadora de deficiência tem, pela sua própria condição, direito à quebra da igualdade, em situações das quais participe com pessoas sem deficiência”. Araújo, 1994, p. Essas considerações de Araújo nos remetem às ponderações de D' Amaral (2000): "A primeira dificuldade é resultante do medo, do medo de olhar a pessoa portadora de deficiência no que nos é diferente, no que nos mostra de perda, no que ameaça de morte. A segunda dificuldade é que a enorme discriminação imposta do problema passa indiscutivelmente pela questão da alteridade, de entendermos a diferença, de nos confrontarmos com ela, a sociedade tem, certamente, uma enorme dificuldade de entender o outro, o diferente e aceitá-lo”. D’ Amaral, 2000, p. Segundo Sassaki (1999), historicamente, a origem do uso desse termo se deu no final da década de 40, concomitantemente com o surgimento dos serviços de reabilitação física e profissional.

Na década de 60, algumas universidades americanas iniciaram as primeiras experiências para eliminação de barreiras arquitetônicas existentes nos recintos da própria universidade, como as áreas externas, salas de aula, laboratórios, biblioteca, lanchonete, entre outros. Em 1981, Ano Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiência, o segmento de pessoas com deficiência se organizou, pressionando a sociedade através de campanhas de âmbito mundial para alertar a respeito das barreiras arquitetônicas e exigir não apenas a eliminação delas, mas também a não inserção de barreiras já nos projetos. A preocupação era no sentido de conscientizar e cobrar que os arquitetos, engenheiros, urbanistas e desenhistas industriais não incorporassem elementos obstrutivos nos projetos de construção de ambientes, mobiliários e utensílios.

Na década de 90, começou a ficar mais claro que a acessibilidade seguiria o paradigma do desenho universal, isso quer dizer que os ambientes, os meios de transportes, o mobiliário e os utensílios devem ser projetados para todos, seja deficiente ou não. incluindo textos em braile, uso do computador portátil), virtual (acessibilidade digital). • Acessibilidade metodológica: sem barreiras nos métodos e técnicas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de ação comunitária (social, cultural, artística, etc. de educação dos filhos (familiar). • Acessibilidade instrumental: sem barreiras nos instrumentos, utensílios e ferramentas de estudo (escolar), de trabalho (profissional), de lazer e recreação (comunitária, turística, esportiva, etc. • Acessibilidade programática: sem barreiras invisíveis embutidas em políticas públicas (leis, decretos, portarias, etc.

É importante refletirmos sobre a questão da deficiência de maneira ampla, para ampliar o debate acerca do tema e formar opinião crítica sobre tudo que foi discutido. CONCLUSÃO É tarefa dos municípios, com a ajuda dos estados, levantarem as necessidades da população, cadastrar os beneficiários e executar os projetos assistenciais públicos ou conveniados com a administração pública. O cidadão tem o direito de saber onde os recursos estão sendo aplicados e quem são os beneficiados. Desta forma, a construção de uma sociedade mais igualitária necessita da definição de políticas, planos e ações governamentais e civis de valorização, assim como de atitudes que expressem respeito ao próximo. Em relação ao tema exposto no presente trabalho, vale recordar que tanto as sociedades, como os governos, têm o dever de assegurar a participação dos deficientes e suas famílias na formulação de legislações e de políticas coordenadas, a fim de alcançar a inserção social dessa parcela da população, proporcionando-lhes informação e orientação.

Através da investigação mais profunda do tema, identificamos políticas públicas que visam à inclusão dos deficientes na sociedade e no mercado de trabalho, mas é preciso que sejam criadas medidas para diminuir o preconceito que está incutido na sociedade. Sabemos que o preconceito e a capacidade que as pessoas têm de discriminar as diferenças não serão resolvidos enquanto não existir um movimento organizado entre a sociedade civil e o Estado, em prol da defesa dos direitos dos deficientes, com ações mais efetivas. Entendemos que a sociedade ainda não é capaz de perceber a importância desse tipo de atitude, por isso sabemos que essa questão só será eximida quando a população se conscientizar de que as diferenças não diminuem o ser humano e sim os enriquece.

Se a sociedade tivesse essa consciência não seriam necessárias leis de proteção às minorias sejam elas de homossexuais e negros, deficientes, entre outras, pois se elas não existissem, as diferenças seriam respeitadas de maneira mais natural. E sugerimos que o tema não deixe de ser discutido e divulgado, pois é através da mobilização que talvez um dia a sociedade se conscientize que todos somos iguais em suas diferenças. Tais locais podem ser utilizados como áreas para descanso. A largura mínima das rampas (L) deverá ser de 1,20 m; o recomendável é 1,50 m. Os desníveis entre patamares (d) variam de acordo com a altura e locais a serem atingidos. Os graus recomendáveis de inclinações das rampas, podem variar de 3 a 12,5 %, de acordo com o comprimento do segmento, a distância entre os desníveis e o número de patamares.

Quanto maior for o segmento de rampa, menor será a inclinação e, quanto menor o segmento, maior será a inclinação. As dimensões acima mostradas são as mínimas a serem cumpridas. ANEXO H – Adaptação para o vaso sanitário O vaso sanitário poderá ser elevado até a altura do assento da cadeira de rodas, a fim de facilitar as transferências. Se não for possível, poderá ser confeccionada uma tampa de bacia, elevada em relação à bacia, com a mesma finalidade. Caso uma pessoa escolha pelo uso de cadeira sanitária, tais adaptações não serão necessárias. Banho Vista Superior Está é das formas de adaptações do box para banho, onde, lateralmente, existe um banco para que a pessoa se transfira.

• Perspectiva de Banheiro Completo Esta é uma forma de banheiro adaptado, onde uma pessoa usuária de cadeira de rodas poderá circular livremente, com espaços para transferência para o vaso, aproximação do lavatório e entrada e saída do box sem obstáculos, como degrau, trilho de porta de box e outros. Esta vista mostra as medidas das alturas e profundidades de vários objetos. A angulação de 10° do espelho permitirá uma visão mais abrangente da pessoa. Existem dois detalhes muito importantes: abaixo do lavatório, não há armário ou outros obstáculos, permitindo uma maior aproximação, e, a torneira se assemelha a uma alavanca, proporcionando um fácil abrir e fechar, mesmo sem os movimentos das mãos e dedos. • Acessórios Sanitários EXO I – Equipamento urbano • Estacionamentos Vista superior Guia rebaixada em detalhe ANEXO J – Comunicação e Sinalização Símbolos internacionais de acesso são utilizados em diferentes locais e situações, sempre indicando acessibilidade às pessoas deficientes.

Acesso em: 10 nov. ARAÚJO, L. A. D. A proteção constitucional das pessoas portadoras de deficiência. gov. br/ccivil_03/leis/1980-1988/L7405. htm. Acesso em: 14 dez. BRASÍLIA. C. A reabilitação profissional e a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Disponível em: < http://www. entreamigos. com. COSTALLAT, F. L. O direito ao trabalho da pessoa deficiente. Fundação Síndrome de Down. São Paulo: 2003. T. M. O trabalho protegido do portador de deficiência. São Paulo: 2000. GOFFMAN, E. Livro I. O processo de produção do capital. ed. São Paulo: Difel, 1987. MAZZOTA. Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1999. SASSAKI, R. K. Vida Independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos.

255 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download