Projeto de Ensino (Geografia Cultural)

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharia mecânica

Documento 1

Este projeto tem como objetivo, incentivar o aluno a perceber como a cultura está relacionada com a transformação do ambiente, desenvolver estudos sobre a cultura local e a influência que exerce no decorrer dos anos e identificar os elementos culturais e sociais presentes nos diferentes espaços. As atividades propostas e os estudos foram estruturados a partir das teorias de Benatti, Claval, Corrêa, Hoefle, MIkesell, Sauer, Wagner, Santos e Castro, os quais desenvolveram pesquisas sobre a geografia cultural no mundo e também no Brasil, assim como a importância da cultura na compreensão da modificação do espaço e das relações sociais. Palavras-chave: Cultura. Espaço. Geografia. Para tanto é preciso que o professor tenha conhecimento de como ocorre estes processos dentro do campo da geografia cultural, bem como os estudos desenvolvidos por teóricos e pesquisadores da área.

A partir desta perspectiva este projeto tem como objetivo incentivar o aluno a perceber como a cultura está relacionada com a transformação do ambiente, desenvolver estudos sobre a cultura local e a influência que exerce no ambiente no decorrer dos anos e identificar os elementos culturais e sociais presentes nos diferentes espaços. Com isso iremos trabalhar com transformações culturais e conceito prático de cultura, levando o aluno a entender seu papel como agente transformador do espaço onde vive. Para isso criamos uma estrutura de projeto cultural, onde será abordado com os alunos os principais temas relacionado a geografia cultural e também as temas escolhidos dentro de uma sequência didática de 10 (dez) aulas. Utilizaremos para a realização deste projeto principalmente o ambiente escolar e sua influência no cotidiano do aluno, também iremos utilizar, sala de informática, pesquisas online, artigos, material didático escolar, biblioteca e recursos audiovisual.

Contudo, a geografia humana teve seu início no final do século XIX, época em que o Darwinismo estava triunfante. Ela foi concebida por Friedrich Ratzel como a ecologia dos homens, sendo esta ideia aceita por outros geógrafos da escola francesa como Vidal de La Blache. CLAVAL, 1993) Claval (2014) aponta que a expressão Geografia Cultural foi usada pela primeira vez por Ratzel, após sua experiência nos Estados Unidos, em que escreveu uma obra sobre questões geográficas norte americana, intitulado de A Geografia Cultural dos Estados Unidos da América do Norte, o que resultou, no primeiro estudo a conter essa nomenclatura. A Geografia Cultural tem suas origens na Europa do final do século XIX, e início do século XX juntamente com a sistematização da geografia como ciência acadêmica no debate sobre sua identidade, ou seja, sobre o que era inerente a ela como ciência.

OLIVEIRA E SILVA, 2010, p. Em 1970 a geografia cultural passa por grandes transformações estabelecendo se debates epistemológicos, teóricos e metodológicos que culminaram no surgimento da geografia crítica e vários sub­campos que convergiram, em parte, para gerar a denominada geografia cultural renovada nos anos 80. Já na década seguinte surgem periódicos especializados, Géographie et Cultures, na França, criado por Paul Claval em 1992 e Ecumene, na Inglaterra e nos Estados Unidos, em 1994, posteriormente redenominado de Cultural Geographies. Ambos se juntam ao Journal of Cultural Geography criado nos Estados Unidos. A criação posterior do Social and Cultural Geography veio ampliar as possibilidades de publicar textos em geografia cultural. A publicação de coletâneas ampliou mais ainda essas possibilidades (CORRÊA, 2009). Seu propósito não é mais partir do espaço e da paisagem para estudar suas especificidades e a maneira pela qual são diferenciadas regionalmente.

De agora em diante, trata-se de compreender como a vida dos indivíduos e dos grupos se organiza no espaço, nele se imprime e nele se reflete (CLAVAL 2001, p. Corrêa e Rosendahl (2005) também apontam que o processo de renovação da geografia cultural, sofreu diversas influências dentre as quais a tradição saueriana e o legado vidaliano, as filosofias do significado (fenomenologia) o relacionamento com as humanidades e a Geografia Social. Wagner e Mikessell (1962) em seus estudos afirmam que a Geografia Cultural em primeiro lugar é sempre geográfica, ou seja, versa essencialmente sobre superfície terrestre, utilizando métodos usados por todos os geógrafos das diferentes áreas. Todavia, os autores admitem que o geógrafo que se dedica aos estudos das áreas culturais, paisagens culturais ou ecologia cultural, pode ser denominado um geógrafo cultural, mesmo que desenhe temas conectados, pois o seu objeto de estudo é a superfície terrestre sobre a influência da cultura e dos homens.

MIKESELL, 1994). Claval (2011) destaca que a geografia cultural situa-se em alguns pontos: 1- O conhecimento de mundo sempre se faz através de representações, isso significa que os homens não tem um conhecimento direto, imediato das realidades terrestres, dos lugares e da organização do espaço. O seu conhecimento está firmado nas percepções que têm da superfície da terra e sobre as representações que compartilham. A cultura é construída a partir de elementos transmitidos ou inventados: Assim a cultura é definida como um conjunto de práticas, conhecimentos, atitudes e crenças que não é inato, mas adquiridos. Para essa linha de pensamento a geografia tem uma função importante de transmissão, de ensino, de aprendizagem e comunicação. A gêneses dos sistemas de crenças e de valores: Está relacionado com a experiência do espaço que cada um faz, o que o autor chama de horizonte, ou seja, é o processo em que o homem imagina outros ambientes, outras paisagens, outras formas de organização do espaço, este processo faz parte das capacidades mentais de cada um.

Os lugares que a mente humana imagina não se localiza apenas além do horizonte, alguns se situam no espaço indefinido antes da história, no tempo imemorial das sociedades da oralidade pura; outros se situam no céu ou no inferno; os filósofos localizam os seus alhures na esfera platônica das ideias; os teóricos da sociedade nos séculos XVII e XVIII colocavam-nos no futuro, na utopia, desde o começo do século XX, a localização mais frequente situa-se no inconsciente individual ou coletivo. Estes alhures possibilitam a visão de outros mundos, e esta visão orienta a ação dos homens. A cultura e ideologias comunitárias: neste ponto o autor chama a atenção para o perigo de utilizar o termo cultura, devido ao fato de que para ele o que foi analisado nos estudos foram processos, que são responsáveis pela transmissão e produção de comportamentos não inatos dos seres humanos.

Partindo desta perspectiva a cultura não existe como uma realidade fixa intangível, mas se apresenta como uma realidade múltipla e em perpétua evolução. Durante as décadas de 1970 e 1980 a geografia brasileira dividia-se em três linhas, de acordo com a tradição francesa, segundo a visão teorético-quantitativa e de acordo, após 1980, com a perspectiva crítica, calcada no materialismo histórico e dialético. A heterogeneidade cultural do Brasil, assim como o seu dinamismo, e a escala dos praticantes da geografia (os congressos de geografia reúnem 2000-3000 pessoas), assim como as inúmeras redes estabelecidas com geógrafos europeus e norte-americanos, contribuíram para que fosse despertado o interesse pela dimensão cultural do espaço. Afinal, parafraseando Denis Cosgrove, a cultura está em toda parte, manifestando-se no espaço e no tempo, especialmente se este espaço for amplo, diversificado e mutável, como é o Brasil (CORRÊA E ROSENDAHL, 2005, p.

Claval (2012) ao abordar sobre a geografia cultural no Brasil destaca que se trata de um país que oferece um prodigioso campo de estudos para aqueles que se interessam pela diversidade das sociedades e pela multiplicidade de possibilidades de sua apreensão do real. As raízes ameríndias da cultura nacional são identificáveis em muitos domínios, por exemplo, na agricultura e nos hábitos alimentares; os aportes da cultura africana são também consideráveis, com o surgimento e a consolidação de sincretismos religiosos no Candomblé ou na Umbanda, assim como com o nascimento de sociedades neoafricanas, como os quilombos. “A diversidade herdada é real; ela é acompanhada por uma construção precoce de uma cultura e de uma identidade brasileiras [. CLAVAL, 2012, p. Desse modo percebe-se a importância da abordagem cultural no Brasil, isso porque se pode esclarecer sobre o peso da diversidade herdada, da unidade construída progressivamente em torno do catolicismo e da modernidade, tal como elaborar novas leituras sobre a nostalgia das origens, a retomada dos valores e a conscientização dos povos indígenas, a nova consciência negro africana e o impacto da globalização.

CLAVAL, 2012). O Brasil é um país comprovadamente rico em diversidade étnica e cultural, sugerindo uma gama de possibilidades de temas, o que favorece a adoção de uma abordagem cultural pelos geógrafos brasileiros. Entretanto, não é necessário desconsiderar o estudo das culturas de outros países. O professor de Geografia pode utilizar documentários sobre diferentes países e povos do planeta, promovendo estudos, debates e reflexões acerca das questões culturais, isso deve ser realizado tanto em uma escala macro quanto na escala micro. Isso porque o trabalho com manifestações culturais que retratam as especificidades locais é muito importante para a compreensão do conceito de cultura como uma construção cotidiana da qual toda coletividade participa, diferente, portanto daquelas acepções tradicionais que a consideravam algo pairando sobre os indivíduos, concepção está denominada supra orgânica de cultura.

CASTRO 2008) Para Castro (2008) a postura do professor de Geografia diante das múltiplas possibilidades da Geografia Cultural nos espaços educacionais ainda é muito tímida e pouco consistente. As abordagens da Geografia Cultural tem despertado o interesse dos professores que procuram incluí-las, aos poucos a sua prática pedagógica, não obstante esbarra na falta de uma orientação mais consistente acerca das potencialidades da vertente cultural da Geografia. • Identificar os elementos culturais e sociais presentes nos diferentes espaços. Conteúdos • Transformações Culturais • O que é Cultura 3. Sequencia Didática Tema da Aula: Cultura: Contribuição do homem no processo de identidade cultural Ano – Turma: 9º Ano Objetivos específicos: Estimular o senso crítico do aluno quanto ao tema / valorizar a pratica cidadã no espaço multicultural escolar Conteúdos: Transformações Culturais / O que é Cultura Metodologia: Apresentação do tema para os alunos, seguindo de uma explicação do conceito de Cultura, observando a participação e o nível de conhecimento do aluno quanto ao tema, sempre levando em consideração o conceito de interdisciplinaridade com práticas pedagógicas que facilite o entendimento do aluno quanto ao tema.

Recursos didáticos: Humanos: Professor e aluno Material: Computador, data show, papel ofício, artigos retiradas da internet, material didático. Catarse (avaliação): O processo de avalição ocorrerá durante a realização das atividades proposta pelo projeto, observando a participação e dos alunos ao desempenhar cada atividade Referências: CASTRO, Jânio R. Acesso em 03 de outubro de 2018. HOEFL E, S. W. – Cultura na História do Pensamento Científico. Revista da Pós Graduação em Geografia, UFRJ. Catarse (avaliação): O processo de avalição ocorrerá durante a realização das atividades proposta pelo projeto, observando a participação e interesse e desenvolvimento dos alunos ao desempenhar cada atividade. Referências: CASTRO, Jânio R. B. de. Desafios e Potencialidades da Geografia Cultural nos Espaços Educacionais: Uma Abordagem Reflexiva e Propositiva.

– Cultura na História do Pensamento Científico. Revista da Pós Graduação em Geografia, UFRJ. Nº 2, 1998. Rozendahl, Zeny; Corrêa, Roberto L. Orgs). Desafios e Potencialidades da Geografia Cultural nos Espaços Educacionais: Uma Abordagem Reflexiva e Propositiva. Ateliê Geográfico Goiânia-GO v. n. dez/2008. Disponível em: https://www. Orgs). Manifestações da Cultura no Espaço. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000. dez/2008. Disponível em: https://www. revistas. ufg. br/atelie/article/view/5335. Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000. Tema da Aula: Cultura: Contribuição do homem no processo de identidade cultural Ano – Turma: 9º Ano Objetivos específicos: Estimular a criticidade do aluno nas práticas culturais no meio da sociedade.

Conteúdos: Transformações Cultural / O que é Cultura Metodologia: Iremos direcionar o aluno para o pátio escolar onde iremos realizar uma observação dos demais alunos e suas práticas nas relações interpessoais e no ambiente Recursos didáticos: Humanos: Professor e aluno Catarse (avaliação): O processo de avalição ocorrerá durante a realização das atividades proposta pelo projeto, observando a participação e interesse e desenvolvimento dos alunos ao desempenhar cada atividade. Referências: CASTRO, Jânio R. Acesso em 03 de outubro de 2018. HOEFL E, S. W. – Cultura na História do Pensamento Científico. Revista da Pós Graduação em Geografia, UFRJ. Referências: CASTRO, Jânio R. B. de. Desafios e Potencialidades da Geografia Cultural nos Espaços Educacionais: Uma Abordagem Reflexiva e Propositiva.

Ateliê Geográfico Goiânia-GO v. Revista da Pós Graduação em Geografia, UFRJ. Nº 2, 1998. Rozendahl, Zeny; Corrêa, Roberto L. Orgs). Manifestações da Cultura no Espaço. n. dez/2008. Disponível em: https://www. revistas. ufg. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000. Tema da Aula: Cultura: Contribuição do homem no processo de identidade cultural Ano – Turma: 9º Ano Objetivos específicos: Estimular o senso crítico do aluno quanto ao tema / valorizar a pratica cidadã no ambiente escolar Conteúdos: Transformações Cultural / O que é Cultura Metodologia: Dividir a turma em equipes e direcionar uma atividade especifica, no caso vamos distribuir artigos pesquisados e direcionar o aluno para elaboração de um pequeno projeto. Recursos didáticos: Humanos: Professor e aluno Material: Computador, data show, papel ofício, artigos retiradas da internet, material didático.

ufg. br/atelie/article/view/5335. Acesso em 03 de outubro de 2018. HOEFL E, S. W. Catarse (avaliação): O processo de avalição ocorrerá durante a realização das atividades proposta pelo projeto, observando a participação e interesse e desenvolvimento dos alunos ao desempenhar cada atividade. Referências: CASTRO, Jânio R. B. de. Desafios e Potencialidades da Geografia Cultural nos Espaços Educacionais: Uma Abordagem Reflexiva e Propositiva. – Cultura na História do Pensamento Científico. Revista da Pós Graduação em Geografia, UFRJ. Nº 2, 1998. Rozendahl, Zeny; Corrêa, Roberto L. Orgs). Desafios e Potencialidades da Geografia Cultural nos Espaços Educacionais: Uma Abordagem Reflexiva e Propositiva. Ateliê Geográfico Goiânia-GO v. n. dez/2008. Disponível em: https://www. Orgs). Manifestações da Cultura no Espaço. SANTOS, Milton.

Por uma outra globalização: do pensamento único a consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000. Isto se tornou possível por meio de analises e estudos das teorias dos diferentes pesquisadores e teóricos, que abordam sobre a interação da cultura e do espaço e como estes dois aspectos se relacionam principalmente no Brasil, onde houve a junção de várias etnias, que contribuiriam de diversas formas e em diferentes regiões para a formação de uma cultura totalmente diversificada e rica. Desse modo, entende-se que estes estudos contribuirão positivamente para o trabalho do professor em sala de aula, que ao valorizar a cultura dos seus alunos poderá desenvolver metodologias e recursos que priorize a pesquisa e os estudos sobre a cultura e o espaço local, bem como as interações ocorridas entre eles mediante as transformações sociais.

REFERÊNCIAS BENATTI, C. A geografia Cultural: Das Concepções Clássicas às Novas Tendências e Dinâmicas na Contemporaneidade. Universidade Federal do Ceará - Campus do Pici -Bloco 911, Geosaberes, Fortaleza, v. Parâmetros Curriculares Nacionais: arte. Brasília: MEC/SEF, 1997. Brasil, Rio de Janeiro, 1997. CASTRO, Jânio R. B. CLAVAL, P. C. O Papel da Nova Geografia Cultural na Compreensão da Ação Humana. In Matrizes da Geografia Cultural, org. Z. Da UFSC, 1999. CLAVAL, P. As abordagens da Geografia Cultural. In: Castro, Iná E; Gomes, Paulo C. Corrêa, Roberto L. Londrina, V. n-3, Set/Dez 2011. Disponível em: http://www. Uel. br/revistas/Uel/index. A Geografia Cultural no Brasil. Revista da ANPEGE, 2, 2005. CORRÊA, R. L. Geografia Cultural: passado e futuro uma introdução. UFRJ. Disponível em: https://docgo.

net/philosophy-of-money. html?utm_source=roberto-lobato-correa-sobre-a-geografia-cultural. Acesso em: 28 de setembro de 2018. OLIVEIRA, L, C, S. SILVA, S, G. A Importância da Abordagem Cultural na Geografia: Uma Perspectiva de Aplicação/ Sorays Castro de Lima Oliveira e Gustavo Siqueira da Silva. III encontro de Geografia A geografia e Suas Vertentes: Reflexões e VI Semana de Ciências Humanas – 16 a 19 de Novembro, Instituto Federal Fluminense – Campo dos Goytacazes – RJ, 2010. Rozendahl, Zeny; Corrêa, Roberto L. Sauer. Berkeley, TurtleIsland Foundation. WAGNER, Philip; MIKESELL, Marvin. Temas da geografia cultural. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny (org): Geografia Cultural: Um século (1).

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