O que é cultura para Antropologia

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Antropologia

Documento 1

Os indivíduos, por ser sociáveis, aprendem no ambiente que vivem determinados comportamentos e que são similares aos seus pares. Sendo assim, a absorção da cultura e o aprendizado dos traços culturais ocorrem na observação do comportamento. Na concepção de Skinner (1976), a cultura na qual o indivíduo nasce se compõem de todas as variáveis que o afetam e que são dispostas por outras pessoas. Ou seja, para este autor: “Uma dada cultura é um experimento de comportamento”. Como a prática antropológica se dá pela observação de determinados comportamentos, a grande maioria dos antropólogos acredita que a origem da antropologia se deu a partir da observação do historiador grego Heródoto. Sendo assim, notar as diferenças e respeitá-las é a primeira manifestação de um pensamento antropológico.

Desta forma, aqui veremos, então, como se deu as primeiras reflexões sistematizadas sobre, segundo Laplatine (2000), o confronto visual com a alteridade. Esse comportamento do profissional da antropologia deve se diferir do que doravante era praticado: um olhar preconceituoso em relação as diferentes culturas. Neste sentido, no início dos estudos antropológicos o que se sobressaia era uma visão etnocêntrica. Neste sentido, o antropólogo analisava a cultura e os outros como inferiores a ele e a sua concepção de mundo. Entendeu-se que não era porque estas eram diferentes, que deveriam ser tratadas como inferiores. Segundo Sanchis (1999), é a partir do encontro com o diferente que posso questionar os meus padrões de compreensão do mundo, de valorização e de comportamento. Ainda este autor explica que: “O ‘Outro’, que ela ia procurar longe, se acostuma a encontrá-lo no interior do próprio grupo social de seus cultores”.

o objeto teórico da Antropologia não está ligado [. a um espaço geográfico, cultural ou histórico particular. Sendo assim, trabalhavam dentro de sua zona de conforto. Mas, segundo Marins (2000), A experiência de sair de um “status” e inserir-se “em outro” é que possibilita ao antropólogo o encontro com a diversidade, com a diferença, o que implica um encontro entre identidades, marcado, portanto, pela alteridade: seja a pesquisa realizada em um espaço fora do cotidiano do pesquisador - o que implica seu deslocamento - seja em seu próprio meio. Neste sentido, coube ao antropólogo o trabalho de interagir com os nativos para que pudesse compreender em profundidade os traços culturais aprendidos por este com o passar da vivência. Sendo assim, um trabalho etnográfico deve ser realizado por meio da interação entre o antropólogo e os nativos intermediados por um informante.

Segundo Oliveira (2000), definindo-a como a interação entre pesquisador e informante durante o trabalho etnográfico; significa dizer que o pesquisador assume um papel aceitável pelos membros daquela sociedade, possibilitando, assim, o contato. Referencias OLIVEIRA, Roberto Cardoso De. O trabalho do antropólogo. ed. Brasília: Paralelo 15; São Paulo: Unesp, 2000. O ofício do antropólogo, ou como desvendar evidências simbólicas. Os nuer. ed. São Paulo: Perspectiva, 1999. Série Estudos Antropologia) GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Múltiplos Olhares Sobre Educação e Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano, 1976.

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