AS TEORIAS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Comunicações

Documento 1

O Conceito de Comunicação A comunicação pode ser definida como um método peculiar no qual a realidade é criada, alimentada, aperfeiçoada e modificada (MCQUAIL, 2003). Em outras palavras, o comunicador tem o poder de transmitir a realidade segundo seu pensamento, podendo mantê-la exatamente com ela é, ou transformá-la muitas vezes sem o compromisso da verdade e, desse modo, atingir o seu propósito. Martino e Marques (2015) alegam que a comunicação precisa ser percebida como interação entre interlocutores porque aproxima diferenças e confere destaque à singularidade, pois é, ao mesmo tempo, afetiva, racional, consensual, de caráter conflituoso, harmoniosa e política. Ao estudar a comunicação, se analisará a relação entre os interlocutores, os meios e os símbolos usados nessa relação que residem na complexa rede de relações sociais, evidenciadas em discursos, diálogos e contextos de interação em constante movimento.

O exame das teorias de comunicação não segue apenas um critério cronológico. O Conceito de Meios de Comunicação de Massa Os meios de comunicação de massa são todos os dispositivos sociais que operam em grande escala e que atingem e envolvem quase todos os membros de uma sociedade em maior ou menor grau (MCQUAIL, 2003). Essa definição aplica-se aos livros, revistas e jornais no que diz respeito aos meios impressos e também aos meios de reprodução fotográfica e eletrônica de todo o gênero, desde que originem uma produção em série dirigida a receptores desconhecidos (SANTOS; CORREIA, 2004). Serra (2007) complementa que os meios de comunicação são responsáveis pela redução, do distanciamento no tempo e do afastamento no espaço.

Em sua análise, ele divide os meios de comunicação em três grupos quanto à tipologia: os meios apresentativos (como a voz, o rosto e o corpo) que requerem a presença de um comunicador e produzem atos de comunicação; os meios representativos (como os livros, as pinturas, as fotografias e a escrita) que concordam geralmente com a ausência do comunicador; e os meios mecânicos (como o telefone, a rádio, a televisão e o telex) que são transmissores dos meios apresentativos e representativos. Os dois últimos meios mencionados originam problemas de recepção. Os receptores têm pouco contato ou conhecimento entre eles e só podem interagir diretamente em pequeno número (MCQUAIL, 2003). A análise das relações existentes entre essas ordenações permite moldar as conexões entre as diversas teorias de comunicação de massa e especificar o motivo pelo qual foi utilizado o modelo dominante em diferentes períodos.

Adicionalmente, também permite entender quais os problemas das comunicações de massa que foram metodicamente tratados como relevantes e fundamentais e, por outro lado, quais os que foram frequentemente relegados para um plano secundário. As teorias de comunicação de massa são experimentadas de formas diferentes em sociedades com características não ocidentais, especialmente as menos individualistas, de atitudes mais comuns, menos seculares e mais religiosas. As diferenças não estão apenas no desenvolvimento econômico, mas envolve variações intensas de cultura e uma extensa experiência histórica. Este estudo se concentrará nas duas primeiras fases de pesquisa da Escola Estadunidense e nas aplicações práticas dos processos de persuasão. A Teoria Hipodérmica A Teoria Hipodérmica coincide com o período entre a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e com a difusão em grande escala das comunicações de massa.

Os principais elementos que caracterizam a teoria hipodérmica não são as novidades dos fenômenos dos surgimentos das massas de trabalhadores e operários das emergentes indústrias, mas a ligação desses fenômenos às trágicas experiências totalitárias daquele período histórico. Esta teoria se resume na afirmação de que cada indivíduo é diretamente atingido pela mensagem, ou seja, defendia uma relação direta entre a exposição às mensagens e o comportamento (teoria da ação psicológica behaviorista4) (WOLF, 2006). O homem é resultado dos estímulos que recebe. A Estratégia Psicodinâmica A estratégia psicodinâmica de persuasão pretende modificar fatores cognitivos para influenciar o comportamento. Deste modo, para efeitos persuasivos, a estratégia psicodinâmica está fundamentada dentro da ideia nos quais estímulos são recebidos e detectados pelos sentidos oriundos do ambiente externo e o organismo molda a resposta a ser produzida.

Para De Fleur e Ball-Rokeach (1993), as estratégias devem focar em questões cognitivas e emocionais, pois os fatores biológicos transmitidos, como raça, cor, sexo, são impossíveis de serem persuadidos. A estratégia psicodinâmica tem o objetivo de alterar o funcionamento psicológico de um indivíduo por meio da eficácia de uma mensagem, ou seja, o potencial da informação, que é essencial para o processo persuasivo e um estimulante para a alteração do comportamento. O processo da estratégia psicodinâmica de persuasão pode ser representado segundo o diagrama da FIGURA 1. Essas alterações de significado influem em nossas respostas às coisas e às questões que são qualificadas. A presente estratégia pode ser representada segundo o diagrama da FIGURA 3.

FIGURA 3 – A Estratégia da Persuasão de Construção de Significados. Fonte: DE FLEUR e BALL-ROKEACH, 1993, p. A Escola Francesa, A Escola Britânica e a Teoria Culturológica A Escola Francesa tem como alvo analisar as relações existentes entre a sociedade e as comunicações de massa. Além disso, a estrutura nos ajuda a refletir como será realizada essa comunicação, e quais etapas devem ser pensadas antes da ação de comunicação. Os estudos culturais devem se preocupar com o conteúdo com o qual o receptor entende, porque é na recepção que a comunicação efetivamente ocorre. Essa ideia é importante de ser demonstrada, pois a percepção de quem gera a comunicação pode não coincidir com a percepção recebida pelo receptor.

REFERÊNCIAS DE FLEUR, Melvin Lawrence; BALL-ROKEACH, Sandra. Teorias da Comunicação de Massa. p. LASSWELL, Harold D. A estrutura e a função da comunicação na sociedade. In COHN, Gabriel (org. Comunicação e indústria cultural: leituras de análise dos meios de comunicações na sociedade contemporânea e das manifestações da opinião pública, propaganda e cultura de massa nessa sociedade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenklan, 2003. SANTOS, José Manuel; CORREIA, João Carlos. Teorias da Comunicação. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2004. SERRA, J Paulo.

67 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download