O Papel do Psicopedagogo na Instituição Escolar

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Na escola, o psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são consequências de problemas escolares. Seu papel é analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando evitar processos que conduzam às dificuldades da construção do conhecimento. Palavras-Chave: Psicopedagogia. Intervenção. Assim, pode-se conhecer o trabalho pedagógico desenvolvido dentro do espaço da sala de aula. Dentre as diversas áreas de atuação deste profissional verificar que as funções que eles desempenham são: realiza o diagnóstico e intervenção psicopedagógica, atuam na prevenção dos problemas de aprendizagem, desenvolvem pesquisas e estudos científicos relacionados ao processo de aprendizagem, atendimento aos alunos e pais, orienta professores etc.

Ao investigar as origens, o método e a natureza da Psicopedagogia a apresenta como instrumento válido, atual, urgente e necessário para a superação do fracasso escolar. Quanto à definição de psicopedagogia é frequente a junção dos conhecimentos da psicologia e da pedagogia – como a simples decomposição do vocábulo: psico + pedagogia. Essa compreensão limita e reduz o conceito e não é suficiente para abarcar e definir toda a ação e a prática psicopedagógica. A aprendizagem deve ser olhada como a atividade de indivíduos ou grupos humanos, que mediante a incorporação de informações e o desenvolvimento de experiências, promovem modificações estáveis na personalidade e na dinâmica grupal as quais revertem no manejo instrumental da realidade. O objeto central de estudo da psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos e a influência do meio (família, escola, sociedade) em seu desenvolvimento.

“Para o Psicopedagogo, aprender é um processo que implica pôr em ações diferentes sistemas que intervêm em todo o sujeito: a rede de relações e códigos culturais e de linguagem que, desde antes do nascimento, têm lugar em cada ser humano à medida que ele se incorpora a sociedade. ”(BOSSA,1994,pág. Desde o nascimento, o indivíduo faz parte de uma instituição social organizada – a família - e depois, ao longo da vida, integra outras instituições. A aprendizagem humana é o objeto central dessa área de estudo, levando consideração a influencia do meio (família, escola, sociedade) no desenvolvimento. Definições sobre esse processo são complexas e dificilmente encontrarão uma resposta exata. Segundo Bossa ( 2000, p. a concepção de aprendizagem é o resultado de uma visão de homem e é em razão desta que acontece a práxis psicopedagógica”.

Tomando como base estudos, Bossa afirma (2007, p. As instituições se deparam com dificuldades ao lidar com os “problemas” de aprendizagem e ao mesmo tempo traçar uma proposta de intervenção eficaz a superar os problemas dificuldades de aprendizagem dos alunos. Dessa forma, defende-se a importância do Psicopedagogo Institucional, como um profissional qualificado, que se baseia principalmente na observação e análise profunda de uma situação concreta, no sentido de não apenas identificar possíveis perturbações no processo de aprendizagem, mas para promover orientações didático-metodológicas no espaço escolar de acordo com as características dos indivíduos e grupos. Segundo Groppa (1997) o trabalho psicopedagógico terá como objetivo principal trabalhar os elementos que envolvem a aprendizagem de maneira que os vínculos estabelecidos sejam sempre bons.

A relação entre sujeito e objeto deverá ser construída positivamente para que o processo ensino-aprendizagem aconteça. O desenvolvimento de atividades que ampliem a aprendizagem faz-se importante, através dos jogos lúdicos e da tecnologia que está em favor daqueles que saibam usa-la. A psicopedagogia considera o processo de aprendizagem como resposta de uma construção que envolve o sujeito que está aprendendo, nos vários contextos onde está inserido. Percebe-se a grande responsabilidade da família no desenvolvimento cognitivo e evolutivo da criança, a sua  ausência  no  ensino aprendizagem dos   alunos podem ocasionar baixo desempenho e até mesmo a repetência escolar. A importância que a família  dispõem para o desenvolvimento educativo de  seus  filhos  é  condição  indispensável para que  a  criança  se  sinta  amada  e motivada a obter avanços em sua aprendizagem.

  Dessa forma a família e a escola   precisam ser parceiras para que os alunos possam realmente ter um maior aproveitamento na aprendizagem, não basta apenas à escola se  preocupar  na  aprendizagem, e  os  pais  deixar somente o fazer pedagógico para a escola.  O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e no mundo que a cerca. Segundo Pombo (2000, p. o educador deveria ter por objetivo preparar adultos livres de traumas psicológicos, pessoas que não estivessem intencionadas de tirar dos outros a felicidade que delas próprias foi retirada. O ensino-aprendizagem acorrerá somente através do entusiasmo do educador, do comprometimento, de educar com alegria sem pensar nos problemas em que está envolvido, pois os professores não são valorizador pela sociedade com merecem.

O que torna necessário uma reflexão por parte dos educadores da importância da sua atuação profissional e da necessidade de se tomar conhecimento de si mesmo. Dessa forma, Antunes (2002, p. A brincadeira é de extrema importância para o desenvolvimento psicológico, social e cognitivo da criança, pois é através dela que a criança expressa seus sentimentos em relação ao mundo em que vive. É também através das atividades lúdicas que as crianças reconhecem sua realidade e compreende o funcionamento do mundo e suas emoções, também desenvolve-se como indivíduo e aprende a superar suas limitações, brincando e reproduzindo. É fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção.

como se fora brincadeira de roda. MARCELINO, 1996, p. A observância de alguns princípios norteadores são fundamentais nessa construção como, por exemplo, reconhecer que todas as pessoas são merecedores da confiança, da amizade e do respeito dos autores (2002, p. Dantas refere-se à afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon escrevendo: “A dimensão afetiva ocupa lugar central tanto do ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento” (1992, p. Já segundo Rossini (2001) a afetividade domina a atividade pessoal na esfera instintiva, nas percepções, na memória, no pensamento, na vontade, nas ações, na sensibilidade corporal, e no complemento do equilíbrio e da harmonia da personalidade. Na concepção de Wallon (1962 apud DANTAS, 1992), a emoção constitui também uma conduta com profundas raízes na vida orgânica: os componentes vegetativos dos estados emocionais são bem conhecidos, a caracterização que apresenta a atividade emocional é complexa e paradoxal; ela é simultaneamente social e biológica em sua natureza: realiza a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é, social.

A consciência afetiva é a forma pela qual o psiquismo emerge da vida orgânica: corresponde a sua primeira manifestação. Adequar a tarefa às possibilidades do aluno, fornecer meio para que realize a atividade confiando em sua capacidade, demonstrar atenção às dificuldades e problemas, são maneiras bastantes refinadas de comunicação. Segundo Vasconcellos “o professor, consciente de sua afetividade, deve estar atento para não entrar, por exemplo, no esquema de ‘aguentar’ demais, ser ‘paciente’ demais: não adianta; uma hora vai estourar, às vezes em cima de alguém que nem sabe o porquê” (1995, p. A função da escola não é primordialmente afetiva. Mais do que uma “comunidade”, onde as pessoas se escolhem e a vida coletiva é baseada em afetos, a escola deve ser uma “sociedade”, isto é, um lugar onde se aprendem as regras da vida em comum, onde se trabalha com objetivos bem definidos, onde se procura que cada um vá o mais longe possível no seu desenvolvimento (NÓVOA, 2003).

É importante deixara claro que isso tem uma característica própria, uma vez que a interação educativa inclui a função de gestão e controle da aula, absolutamente necessário para alcançar as metas que dão sentido ao trabalho do ensino. “De fato, se pensarmos em termos bem objetivos, a avaliação nada mais é do que localizar necessidades e se comprometer com sua superação” (VASCONCELOS, 2002, p. Entendemos necessário trabalhar com vivências educacionais dessa forma, pois segundo Luckesi (2002) os professores repetem modelos inconscientes de conduta principalmente em práticas de avaliação da aprendizagem escolar. O autor salienta que ao invés de os docentes se utilizarem da prática de “avaliação” eles exercitam a prática de “exames”. O que isso significa? Para Luckesi trata-se de um hábito que está registrado no inconsciente do educador e ele o reproduz sem se perguntar sobre o que esse ato representa e o que trará de benefícios aos alunos.

Para o autor, quando o professor avalia, ele diagnostica uma experiência, a fim de repeti-la para produzir o melhor resultado possível; por isso, não é classificatória nem seletiva; ao contrário, é diagnóstica e inclusiva. Que o psicopedagogo, através do diagnóstico acredite numa aprendizagem que possibilite transformar, sair do lugar estagnado e construir. Que ele seja o fio condutor que norteará a intervenção psicopedagógica. De acordo com o Código de Ética da Psicopedagogia, em seu Capítulo I – Dos Princípios – Artigo 1º afirma que o psicopedagogo pode utilizar procedimentos próprios da Psicopedagogia, procedimentos próprios de sua área de atuação. Rubinstein (1996) destaca que o psicopedagogo pode usar como recursos a entrevista com a família; investigar o motivo da consulta; conhecer a história de vida da criança, realizando a anamnese; entrevistar o aluno; fazer contato com a escola e outros profissionais que atendam a criança; manter os pais informados do estado da criança e da intervenção que está sendo realizada; realizar encaminhamentos para outros profissionais, quando necessário.

Já Bossa (2000) destaca outros recursos, referindo-se as Provas de Inteligência (WISC); Testes Projetivos; Avaliação perceptomotora (Teste de Bender); Teste de Apercepção Infantil (CAT. Estratégias capazes de guiar sua intervenção pedagógica de modo que facilite o desenvolvimento do espírito crítico, da comunicação. De modo que, os conteúdos desenvolvidos propiciem às crianças construir seus conhecimentos, em interação com os demais membros da sala de aula, da sua própria realidade. Conclui-se que a prática pedagógica deve realizar-se numa situação dialógica entre professor/aluno/família. A interferência do professor deve caracterizar-se pela sensibilidade, preparo técnico-científica, motivação, diálogo e ludicidade. As práticas pedagógicas devem permitir que a criança desenvolva amplamente o seu potencial criador, a sociabilidade, a afetividade, a imaginação e a espontaneidade.

 Curitiba, 2002. BOSSA, Nadia A.  A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto   Alegre, Artes Médicas, 2000. DANTAS, Heloysa; LA TAILLE, Ynes; OLIVEIRA, Marta Kohl de. Belo Horizonte: UFMG, 2003. p. IBGE. Normas de apresentação tabular. ed. São Paulo: Autores associados1996. OLIVEIRA, Mari Angela Calderari. Intervenção psicopedagógica na escola / Mari Angela Calderari Oliveira. Ed. Curitiba, PR: IESDE Brasil, 2009. Futuro Eventos. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1995. VISCA, Jorge.

1001 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download