Resumo do texto o suicídio de ÉMILE DURKHEIN

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

A fim de sanar isso, Durkhein cria uma fórmula para ser a base do seu trabalho: o suicídio é toda morte que resulta mediata ou imediatamente de um ato positivo ou negativo realizado pela própria vitima conhecendo os possíveis resultados. A partir dessa definição, deixa de ser considerado suicídio apenas atos violentos e letais contra o próprio corpo, e passa a ser qualquer ato externo ao corpo, por decisão da própria pessoa, que leva a cabo sua vida. A pessoa que deixa de se alimentar ou tomar seus remédios, ou comete um crime que tem como pena a morte, também serão considerados suicidas no trabalho de Durkhein, visto que conheciam as consequências naturais e sociais do seu ato. Os animais foram excluídos do trabalho de Durkhein que focou apenas em suicídio humano.

Durkhein coloca o questionamento, que sendo o suicídio, um ato do indivíduo que afeta apenas a ele mesmo, seria então um campo de estudo da psicologia e não da sociologia. Cada sociedade tem uma determinada predisposição para o suicídio, sendo essa diferente nos vários momentos da história. Durkhein chama essa predisposição para o suicídio de taxa de mortalidade-suicídio própria à sociedade, e a calcula através da relação entre o numero global de mortos voluntários e a população global (todas as idades e ambos os sexos). Como cada grupo social possui uma tendência particular para o suicídio que não pode ser explicada através da constituição orgânico-psíquica dos indivíduos nem através da natureza do meio físico, pode-se, portanto, por eliminação, afirmar que depende necessariamente das causas sociais e constitui, por si só, um fenômeno coletivo.

Durkhein propõe em seu estudo que deveria recolher-se o maior número de casos de suicídios individuais e os descrevê-los. Os casos que apresentassem as mesmas características fundamentais seriam reunidos em um determinado grupo. Nas constatações judiciárias que se fazem cada vez que ocorre um suicídio, aponta-se o motivo geralmente de cunho emocional, desgosto da família, dor física ou remorso, embriaguez, drogas e etc. No fim, aquilo a que se chama estatística dos motivos dos suicídios é, na realidade, uma estatística das opiniões que se tem. O texto compara as causas sociais do suicídio para pessoas com diferentes profissões, encontrando a maior discrepância entre a agricultura e profissões liberais como advogados, magistrados, sábios. A porcentagem de casos de suicídio derivados da embriaguez, por exemplo, para agricultores era maior que o dobro da porcentagem de suicídios para profissionais liberais, já a porcentagem das outras causas sociais variaram também, mas não tanto.

Comparando-se as causas sociais dentro do conjunto do mesmo sexo, feminino e masculino, durante alguns períodos de tempo, obtiveram-se pequenas variações de um período para outro, dentro de um mesmo sexo, mas uma variação muito grande quando se compara os dois sexos, sendo a porcentagem de suicídio entre homens maior. Não há relações definidas entre o movimento dos suicídios e os estados do meio físico que se consideram como tendo uma ação poderosa sobre o sistema nervoso, tais como a raça, o clima, a temperatura. Ao abandonar o indivíduo e focando na natureza da própria sociedade as causas da inclinação que cada uma delas manifesta para o suicídio. Tanto eram equívocas e duvidosas as relações do suicídio com fatores de ordem biológica e física, quanto são imediatas e constantes com certos estados do meio social.

Se a mulher se mata muito menos do que o homem é porque está muito mais integrada na vida coletiva do que ele. O mesmo acontece ao comparar um idoso e uma criança, apesar de ser por outras razões. Temos como exemplo os kamikazes japoneses, os muçulmanos que colidiram com o World Trade Center em Nova Iorque, os terroristas do Estado Islâmico. Essas pessoas acreditam que a sua morte trará algum benefício para o todo e por isso é totalmente válida. O suicídio anômico é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou seja, quando há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a normalidade social não seja mantida. Em uma situação de crise econômica, por exemplo, na qual há uma completa desregulação das regras normais da sociedade, certos indivíduos ficam em uma situação inferior a que ocupavam anteriormente.

Assim, há uma perda brusca de riquezas e poder, fazendo com que, por isso mesmo, os índices desse tipo de suicídio aumentem.

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