USO DA TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE ENSINO

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Administração

Documento 1

Além disso, é preciso realizar a provisão de meios para a capacitação adequada dos professores, afim de que venham a desenvolver e avaliar os resultados advindos desse novo modo de facilitar o conhecimento. No cenário educacional atual, embora a pesquisa tenha sido realizada em um recorte do país, acreditamos ser essa uma realidade que se equipara às demais unidades educativas distribuídas no Brasil. Se, por um lado, é positiva a disposição em investir na aquisição de recursos tecnológicos para uso pedagógicos nas Unidades Educacionais por parte dos agentes públicos, por outro, são frustrantes o entusiasmo e a ansiedade dos professores em querer utilizá-los sem uma metodologia apropriada que possa efetivamente propiciar aprendizagem por parte dos alunos. Entretanto podemos ver que a presença das tecnologias no ambiente escolar nem sempre provoca alterações nas práticas escolares.

Os pilares que alicerçam tais práticas continuam com a concepção e construção dos conhecimentos solidificados na escrita e na oralidade residuais da sociedade e ciência modernas. No contexto escolar, muitos profissionais que atuam com a educação básica, principalmente, não têm acesso e ou conhecimento para o uso dessas ferramentas tecnológicas, ora por falta de conhecimento, ora por medo e ou ora por insegurança para o uso. Entretanto, acreditamos assim que, ao trabalhar com os princípios da TE, o professor estará criando condições para que o aluno, em contato crítico com as tecnologias nas escolas, consiga lidar com as tecnologias da sociedade apropriando-se delas como sujeito. Este tipo de trabalho será facilitado na medida em que o professor dominar o saber relativo às tecnologias, tanto em termos de valoração e conscientização de sua utilização (ou seja, por que e para que utilizá-la), quanto em termos de conhecimentos técnicos (ou seja, como utilizá-la de acordo com as suas características) e de conhecimento pedagógico (ou seja, como integrá-las ao processo educativo).

Percebemos, ao longo da pesquisa, que muitas vezes as tecnologias chegam à escola não por escolha do professor, mas por imposição, como no caso do kit tecnológico (composto de TV, vídeo e antena parabólica) enviado pelo governo federal às escolas públicas em meados da década de 90, sem oferecer condições para o uso e formação aos professores. Desta forma, para utilizar a tecnologia mais recente, o professor colocou de lado o conhecimento das outras tecnologias tradicionais. Acredita-se que o problema não está relacionado estritamente ao papel da escola quanto à estruturação e operacionalização de seus processos educativos, mas também à atuação do professor de Geografia diante da tecnologia educacional. O esforço que ora se faz em aparelhar o espaço escolar de instrumentos tecnológicos não terá sentido se, em escala paralela, o docente não se apropriar dos conhecimentos necessários para operá-los no seu campo de trabalho.

Por si só, esses equipamentos nada contribuirão para a melhoria do ensino se o Estado não prover mecanismos de atualização do profissional da educação para operacionalizar tais equipamentos com eficiência técnica, sobretudo de forma pedagógica. Apesar de a nossa preocupação estar voltada ao professor de Geografia e ao uso que ele faz das novas tecnologias educativas, sabe-se que esta é uma preocupação que permeia as demais áreas do conhecimento. Ademais, o profissional da educação, em sala de aula, não percebeu ainda que a chamada “era da informação” está produzindo uma transformação na sociedade e, consequentemente, na educação, onde os elementos fundamentais desse processo são: o professor, o aluno e a escola. A intenção, nesse sentido, é dar continuidade desse trabalho, agora em outros formatos que não vinculados ao PDE, no intuito de garantir momentos de reflexão e aprendizado para o uso tecnológico que, se bem compreendido e utilizado, poderá surtir grandes avanços no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem.

O Brasil é um país com grande diversidade regional, cultural e com grandes desigualdades sociais; portanto, não é possível pensar em um modelo único para incorporação de recursos tecnológicos na educação. É necessário pensar em propostas que atendam aos interesses e necessidades de cada região ou comunidade e a escola for entendida como um local de construção do conhecimento e de socialização do saber, como um ambiente de discussão, troca de experiências e de elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a utilização dos recursos seja amplamente discutida e elaborada conjuntamente com a comunidade escolar, ou seja, que não fique restrita às decisões e recomendações de outros. Tanto no Brasil como em outros países, a maioria das experiências com uso de tecnologias informacionais na escola estão apoiadas em uma concepção tradicional de ensino e aprendizagem.

Conclusão O objetivo é de desenvolver um diagnóstico sobre a forma como os professores utilizam os recursos tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental e Médio - Educação Básica. Referências FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.   PAPERT, Seymour. São Paulo: Papirus, 2000. OLIVEIRA, Márcio Romeu Ribas de. O Primeiro Olhar: Experiência com Imagens na Educação Física Escolar. f. Tese (Mestrado em Educação Física) Centro de Desportos – Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC. PRETTO, Nelson de Luca. Uma escola sem/com futuro : Educação e multimídia. Campinas : Papirus, 1999a.

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