O BRANCO E O OLHAR EXISTENCIALISTA PRESENTE EM JOSÉ SARAMAGO

Tipo de documento:Produção de Conteúdo

Área de estudo:Física

Documento 1

JUSTIFICATIVA. OBJETIVOS. OBJETIVO GERAL. OBJETIVOS ESPECÍFICO. EMBASAMENTO TEÓRICO. Na obra Ensaio sobre a cegueira, após o “mal branco” alastrar-se em toda a cidade, onde todas as pessoas ficaram cegas instantaneamente, com exceção da “mulher do médico”, que possui uma verdade, ela se preocupa com todos, logo se dispõe a ajudar todos no manicômio e após a fuga. Ela se mostra autêntica protetora de todos, pois era a única que não perdera a visão, ela era o sinônimo de resistência. Assim, também acontece na obra Ensaio sobre a lucidez, em que o símbolo da cor branca está nos votos em branco, pois a maioria da população votou contra os ideais do governo, ou seja, não escolheram sequer um partido para ser seu representante no governo.

Dessa forma todos ficam curiosos em saber que a maioria dos votos foi em branco, inclusive o próprio autor por considerar este Ensaio uma forma de resposta ou descontentamento das pessoas contra as classes dominantes, neste caso, o governo. Ambos os Ensaios trazem questões a serem esclarecidas, então, é como base na investigação e no esclarecimento da representação da cor branca como alegoria que está a principal problemática a ser discutida e avaliada para que se possa levantar hipóteses válidas de acordo com os critérios ou ações fornecidas pelas personagens e pelo pensamento do autor. O propósito deste projeto de pesquisa é fazer um estudo comparativo entre duas obras do escritor José Saramago – Ensaio sobre a cegueira (1995) e Ensaio sobre a lucidez (2004), com ênfase na cor branca e no olhar existencial idealista.

A pesquisa explora o contexto ideológico, existencial e racional presente nas obras, focando na visão branca por meio da cegueira. As análises de investigação baseiam-se por meio da Semiótica Discursiva, da Crítica Literária Marxista e da relação comparativa das ações ou fatos enfocados por Saramago nas duas obras em questão. Esta pesquisa pressupõe a hipótese de que os símbolos de brancura que retratam a cegueira podem trazer esclarecimentos sobre a importância ou visão dos escritores para a sociedade moderna, visto que eles expressão por meio de seus escritos fatos e ações que articulam e contribuem para a reflexão e compreensão da razão do homem para o cotidiano. Isso resulta no esclarecimento ou pregação de um novo comportamento social, resultando numa transformação ideológica quanto aos fatores realistas presente nas obras de Saramago.

Para isso, tem-se aspectos existenciais idealistas que retratam uma visão turva ou distorcida da realidade. Esse tipo de distúrbio está presente em duas obras do escritor José Saramago – Ensaio sobre a cegueira (1995) e Ensaio sobre a lucidez (2004), categorizado por um mal, chamado “mal do século”, que é o responsável pela não clarividência da sociedade contemporânea. Desta forma, busca-se a contribuição de um estudo mais delimitado com a perspectiva de desenvolver conteúdos de verificação das ações praticadas pelas personagens, verificando o grau de importância que o personagem dar à obra literária na formação discursiva e social de uma sociedade. Objetivo geral: Trazer esclarecimentos sobre o papel idealista dos personagens de Ensaio sobre a cegueira e Ensaio sobre a lucidez no tocante a cor branca e na perspectiva dos escritores para abordar a importância ou visão dos escritos para a sociedade moderna, visto que eles expressão fatores que articulam e contribuem para a reflexão e compreensão da razão do homem para o cotidiano.

Objetivos específicos: Fazer um elo comparativo entre a visão e a cor branca entre as duas obras citada; Compreender a relação entre sociedade ideal e alienada; Aplicar a trilogia imagem, imaginação e esclarecimento sobre um olhar da Semiótica Discursiva nas obras e da Crítica Literária Marxista; Analisar o comportamento do escritor José Saramago na composição de seus escritos para a compreensão de uma sociedade moderna. Dessa forma se tem a representação dos personagens de José Saramago, que em seus dois Ensaios demostram o símbolo de resistência e de fé às forças dominantes. Como se pode perceber o jovem Lukács é idealista, anticapitalista, assim também se pode perceber Saramago sob a visão de seus personagens. Entre os cegos havia uma mulher que dava a impressão de estar ao mesmo tempo em toda a parte, ajudando a carregar, fazendo como se guiasse os homens [.

Alguns [. não puderam agüentar, como se de repente tivessem adormecido desmaiaram ali mesmo, valeu-lhes a mulher do médico, parecia impossível como esta mulher conseguia dar fé de tudo quanto se passava, devia ser dotada de um sexto sentido (SARAMAGO, 1995, p. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento (KANT, 1985, p. Aqui, esclarecimento está empregado como um conceito de liberdade, dando condutas aos homens das diversas classes, onde todas as pessoas são colocadas no mesmo nível, por isso é seguindo esta ordem do esclarecimento que as personagens de Ensaio sobre a cegueira e Ensaio sobre a lucidez lutam para encontrar e ser valorizadas como cidadãos pensantes, capazes de mudar suas histórias de seu tempo, através de uma visão mais crítica da realidade, fugindo das normas que o governo dita para ser seguidas.

É por meio da Semiótica Discursiva que se constitui a análise das duas obras em estudo, que serão investigadas mais precisamente sob a perspectiva do Nível Fundamental (iii), esse é o nível em que se estabelece o eixo semântico da narrativa sobre o qual o texto é construído. O interessante da enunciação é que cada personagem tem uma marca de tempo, pois cada uma delas tem seu tempo e espaço de fala diante das ações e dos fatos. Para tanto, este projeto está desenvolvido sob o aspecto da Semiótica Discursiva e da Crítica Literária Marxista. Essas duas grandes áreas estão embasadas na tríade imagem, imaginação e esclarecimento, assim, o conceito dessas três revela detalhes da universalidade e da totalidade da vida humana, enfatizando no cotidiano social, revelando a concretude dos fatos e ações praticadas pela sociedade que nas obras analisadas é vista como uma sociedade alienada e ingênua.

A teoria marxista analisava as obras literárias a partir de seus jogos de poder, o que Karl Marx chama de luta de classes. Para Marx os homens eram vistos pela sociedade pelo que tinham, pela sua contribuição à base produtiva da sociedade. Percebe-se que é colocada a culpa de todo o caos na personagem mulher do médico, mas essa culpa é explicada pelo espião do governo como exagerada, assim, ele não considera ela como a preceptora da peste branca que se espalhara por toda a cidade. José Saramago, como um autêntico e idealista escritor, deixa transparecer nas duas obras estudadas sua visão em relação à sociedade moderna, que por mais que esta seja tratada como dependente sempre da supremacia do governo tenta de todas as formas livra-se das ordens dele, pois sendo livre para pensar todas as pessoas podem escolher seus caminhos e trajetórias na composição das cidades.

Portanto, Saramago comporta-se como um leitor e também como um mero personagem que consegue narrar suas visões. METODOLOGIA A proposta do projeto é analisar o branco e a visão existencial seguindo três aspectos que se pode verificar nos escritos de José Saramago, por isso esta metodologia apresentar os delineamentos da pesquisa a partir da base teórica e por meio da pesquisa investigativa no que diz respeito a cor e o olhar dos personagens sobre o caos do mundo, ou da cidade que vivem, que seguindo fatores contextuais e relevantes para a compreensão existencial do objeto real da própria existência estabelece figurinos de uma sociedade mesquinha e que aceita tudo o que é posto pelo Governo, mas que há uma resistência por parte de alguns personagens que mesmo sabendo de seu fracasso ainda permanecem lutando contra os ideias do governo.

Busca-se trabalhar por meios de leituras investigativas que exercem cronologicamente uma atitude de respeito às lutas contra uma sociedade ultrapassada e ignorante, sociedade que vive calada, atendendo todas as ordens do governo. Percebe-se que é importante e necessário pesquisas de caráter investigativo dentro do foco literário, levantando questionamento e trazendo novas teorias para poderem ser vinculadas e discutidas de acordo com o objeto de estudo. Assim, este projeto tenta demostrar que as obras literárias podem ser analisadas sob o viés da Semiótica Discursiva e da Crítica Literária Marxista, como também ser estudas de forma moral e ética seguindo uma visão mais esclarecedora pelo o aspecto do esclarecimento. A proposta discutida neste projeto, portanto, pode dar suporte a outros estudos, assim como compreender o real objetivo da literatura, literatura esta que é livre e aberta para a criação e estudos de distintas áreas.

Então, por meio dos estudos feitos tem-se a compreensão da alegoria da cor branca como alegoria de criação e manifestação de uma sociedade contra seu governo, e que só após o mal branco consegue manifesta-se mediante a cegueira de todos. REFERÊNCIAS ADORNO, Theodor W. J. e COURTÉS, J. Dicionário de Semiótica. São Paulo: Cultrix, 1979. KANT, I. São Paulo: Ática, 2004. A imaginação. Porto Alegre, RS: L&PM, 2008. SARAMAGO, José. Ensaio sobre a cegueira.

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