RESENHA: Escola Cidadã de Moacir Gadotti

RIBEIRA DO POMBAL 2016 GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. ª edição. São Paulo: Editora Cortez, 2010. Moacir Gadotti nasceu em Rodeio, Santa Catarina, em 01 de outubro de 1941. Além disso, esse é o capítulo associado a uma concepção emancipadora da educação, além da autogestão. Já no capítulo 2 (Autonomia e Autogestão) é apresentada de maneira mais detalhada a autonomia e a autogestão, a qual ele associa às lutas sociais com as lutas pedagógicas. A autogestão visa à transformação e não à participação, já a autonomia é a quebra de esquemas centralizadores, e para entendê-las melhor, o autor encontrou inspirações em socialistas utópicos, que a seu modo, cada um sugeria uma sociedade constituída de trabalhadores/produtores livres. O conceito de autogestão é amplo, capaz de englobar além da autonomia, como a autoformação, o autogoverno e a liberdade.

O capítulo 3 (Autogestão Pedagógica: uma Experiência Vivida) traz grandes marcos para a autogestão, como a obrigatoriedade em quase todas as disciplinas de Ciências em Educação, mesmo que fosse uma grande incoerência estudar a pedagogia institucional e a teoria da autogestão com uma estrutura hierarquizada e burocrática. O capítulo 14 (Escola Cidadã e Cidade Educadora) é iniciado com um questionamento aparentemente simples e que logo é respondida quando Gadotti cita que a cidade dispõe de inúmeras possibilidades educadoras, e que a vivência na cidade se constitui num espaço cultural de aprendizagem permanente por si só. Nesse contexto, o conceito de “Escola Cidadã” ganha um novo componente: a comunidade educadora. No último capítulo da obra, o capítulo 15 (A Escola Cidadã frente às Políticas Neoliberais), é citado a partir do impacto da globalização na educação e que as novas tecnologias de informação criaram novos espaços do conhecimento.

O autor não coloca a escola como a única “fonte do aprender”, empresas, espaços domiciliares e espaços sociais também se tornaram educativo. Por mais que algumas ideias contrárias sejam expostas nesse capítulo sobre as políticas neoliberais, Gadotti termina o seu livro com uma grande esperança de construção da educação em parceria da autonomia e da cidadania, reforçando a sua ideia do conhecimento como o grande capital da humanidade.