Resumo - Arte como artificio - Viktor Shklovsky

O objeto deste resumo é o artigo intitulado “El arte como artificio”, escrito por Viktor Shklovski, crítico literário e escritor russo. Foi publicado por Tzvetan Todorov em sua antologia “Teoría de la literatura de los formalistas rusos”, que reúne trabalhos de outros acadêmicos russos, como Vladimir Propp, Yuri Tynianov, Boris Eichenbaum e Roman Jakobson. Tais nomes destacaram-se no estudo da autonomia da linguagem poética e literária. Shklovski opõe-se à corrente simbolista e inicia sua obra criticando a ideia de um conhecido filólogo da época chamado Potebnia, que acreditava que a poesia era o pensamento por imagens. Isso permitiria que houvesse uma economia de forças mentais, sugerindo um automatismo, sendo o sentimento estético um reflexo desta economia. Seu objetivo é fazer o objeto ser visto e não apenas reconhecido.

Seus procedimentos, então, consistem em singularizar os objetos e aumentar a duração da percepção. Tolstoi, para não cair nessa automatização, utilizava com frequência um método de singularização que consistia em “no llamar al objeto por su nombre sino en describirlo como si lo viera por primera vez y tratar cada acontecimiento como si ocurriera por primera vez” (p. Por meio da descrição, o escritor russo mudava a forma sem mudar a essência. Fez isso, por exemplo, na descrição das batalhas em Guerra y Paz e em Jolstomer, onde os objetos são individualizados pela percepção de um cavalo: “Los hombres no gobiernan en la vida con hechos, sino con palabras. A teoria usada como argumento pelos defensores seria explicada por Spencer da seguinte forma: estruturas irregulares exigem uma maior tensão dos músculos, enquanto a regularidade proporciona uma economia de foça.

A princípio parece fazer sentido, no entanto, mais uma vez as leis da língua poética seriam confundidas com as leis da língua prosaica, o que não é aceito pelo autor.