Resumo - Los comienzos de la literatura latinoamericana - Martin Lienhard

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Zootecnia

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América latina: palavra, literatura e cultura. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina; Campinas: Editora da UNICAMP, 1993, v. p. O objeto deste resumo é o ensaio Los comienzos de la literatura ‘latinoamericana’, presente no primeiro volume de América Latina: palavra, literatura e cultura, publicado em 1993 pela Fundação Memorial da América Latina e UNICAMP, sob organização de Ana Pizarro, doutora em Letras e pesquisadora chilena. Até 1995, foram publicados mais dois volumes deste projeto historiográfico, composto por produções de diferentes autorias. A escrita até se fazia presente, como nos kipus e nos glifos, no entanto, o foco dos signos não era na fonética das palavras, mas no seu conteúdo semântico. Os europeus surgem com uma cultura onde o que predomina é a palavra transcrita em papel por meio de um alfabeto.

Os textos escritos ocupam um lugar central e determinante, são autossuficientes, não requerem atualizações e dispensam a presença de intérpretes. O que está escrito não sofre mudanças com o tempo, coexistem com arquivos mais velhos e mais novos, e podem até servir de modelo para os seguintes. Segundo Lienhard, essa cultura escritural foi levada pelos europeus a América sob a forma de quatro pilares: direito, teologia, administração e historiografia, tendo os dois primeiros um prestígio maior por conter os fundamentos da ideologia de superioridade dos europeus e sua missão de levar o cristianismo para os demais povos. A segunda orientação é focada no diálogo com o “outro”, o autóctone. A matéria prima é o discurso do “outro”, fundamentalmente oral, e o resultado será sempre com base nos modelos escriturais da cultura europeia.

Neste sentido, o autor cita La Historia General y Natural de las Índias (1548-1549) de Fernández de Ovideo que apresenta uma vasta coleção de testemunhos referentes ao começo da empresa colonizadora. Nela também abundam elementos literários, já que Oviedo dilui o discurso etnográfico e o transforma em uma narrativa de cavalarias medieval. Depois que as condições mínimas de intercâmbio cultural foram criadas, o discurso do outro quase sempre era utilizado para condenação moral. O trabalho mais significativo de compilação, segundo Lienhard, foi o realizado pelo franciscano Bernardino de Sahagún em Su Historia general de las cosas de la Nueva España. Sua missão era conhecer a fundo as crenças indígenas para extirpá-las, mas Sahagún se encanta pela cultura estudada e decide apenas consignar o patrimônio verbal náhualt, fazendo poucas interferências no texto.

Outros “cronistas” tomaram atitudes até mais radicais, como Juan Betanzos e Cieza de León, que deixam a memória oral aparecer de modo predominante na obra, ausentando a sua instância no texto. Com esses exemplos, Lienhard traz o conceito de “antropologia da urgência”, que é “la voluntad de “rescatar”, para los estudiosos futuros, el patrimonio de una cultura condenada por el avance de la cultura “universal’” (LIENHARD, 1993, p. Todo esse processo favoreceu a formação de letrados na aristocracia indígena, que muitas vezes assumiam parte dos trabalhos de compilação melhor que os funcionários metropolitanos. Enquanto algumas dessas literaturas foram apagadas ao longo da história subcontinental pelos episódios de genocídio e genocídio, outras nasceram dos processos de restruturação e interação social.

Por fim, sempre se moldando as novas situações, elas “seguirán desempeñando la función de expresar artísticamente la visión de las que pasaron de sociedades autónomas a subsociedades marginadas” (LIENHARD, 1993, p.

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