OS POSSÍVEIS EFEITOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Finanças

Documento 1

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em _______da Faculdade _______ como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em ________, sendo submetido à Banca Examinadora e considerado aprovado em / /. Professora Orientadora Membro da Banca Examinadora Membro da Banca Examinadora Dedico este trabalho a minha mãe, orientadora, namorada e amigos, que tornaram possível a realização deste, pelas horas incontáveis de apoio. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente aos meus pais,. abc RESUMO Este projeto final nasceu de uma preocupação com a realidade de como os jovens e adolescentes planejam e entendem a educação financeira. O Brasil é um país com um alto fator de desigualdade social e uma economia bastante instável. We conclude that it is essential to create an interdisciplinary curriculum, with content that complements each other and with the inclusion of current, extracurricular topics on financial education.

Keywords: financial education; curriculum; importance. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 2. MARCO TEÓRICO 11 2. O Brasil e a Atual questão do endividamento da população. A Estratégia Nacional de Educação Financeira 32 3. A formação continuada de professores para educação financeira. A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA EM ESCOLAS PÚBLICAS. APRESENTAÇÃO DE UMA POSSÍVEL ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 35 4. A necessidade da transversalidade. A educação financeira como um todo está se tornando cada vez mais proeminente nas discussões, com várias iniciativas de promoção e estudo. Se aplicada desde a infância, ajuda a conter os reflexos negativos na estruturação do consumo de forma consciente. A sensibilidade das famílias às questões financeiras é notória, pois o assunto está ligado às dívidas e ao planejamento de compras futuras.

A falta de tratamento do assunto decorre de um contexto cultural no qual falar de dinheiro é um assunto reservado a especialistas e bancos em geral (ALVES, 2016). A compreensão das crianças ligada ao conhecimento é de suma importância para investir no aprendizado. O método de pesquisa será bibliográfico e documental, pois este tipo de pesquisa permeia todos os momentos do trabalho acadêmico e é utilizado em todas as pesquisas como base para coleta de materiais como livros, artigos, entre outros. A pesquisa bibliográfica é aquela que é realizada com base em materiais já produzidos, e sua principal vantagem "[. reside no fato de que ela permite ao pesquisador cobrir uma gama muito maior de fenômenos do que poderia ser estudada diretamente. Esta vantagem torna-se importante quando o problema de pesquisa requer dados escassos (GIL, 2016, p.

que é o caso da presente pesquisa. A instituição também enfatiza a importância da conscientização das alternativas de crédito existentes, pois muitos brasileiros pensam que suas únicas opções são o limite de descoberto ou o cartão de crédito, ignorando opções como o crédito direto ao consumidor, empréstimos de dia de pagamento e linhas oferecidas pelas cooperativas de crédito. Além disso, a instituição afirma que uma melhor compreensão dos conceitos financeiros esclarece o funcionamento de mecanismos como os juros aplicados ao crédito ao consumidor e aos investimentos dos investidores, facilitando a compreensão da volatilidade dos preços das ações, a relação entre risco e retorno, e os descontos concedidos para compras à vista. Estes fatores são muito úteis para que os cidadãos tomem decisões cotidianas de consumo e investimento, para ampliar sua visão de longo prazo e para evitar a inadimplência do consumidor.

A instituição também considera que os cidadãos que estão conscientes de seus direitos e obrigações financeiras se informam a partir de fontes confiáveis e efetivamente úteis, e apresentam queixas e reclamações relevantes, contribuindo assim para a saúde financeira da economia como um todo e protegendo-se adequadamente. Esta visão é complementada pela de Greenspan (2003), ex-presidente da Reserva Federal, que argumenta que os consumidores com conhecimentos financeiros tornam-se menos vulneráveis a fraudes e abusos, e estão mais atentos a esquemas que prometem baixo risco em troca de altos retornos. Neste cenário, a educação das crianças está ganhando terreno desde que a mídia começou a explorar a fragilidade e a inocência das crianças para estimular o consumo.

O estabelecimento de regras e limites promove a criação de responsabilidade e, com paciência, a criação de adultos mais equilibrados e maduros em relação ao dinheiro (D'AQUINO, 2008). Os anunciantes também conseguiram transmitir às crianças a idéia de que o consumo tornará suas vidas melhores e que seu valor depende da qualidade de seus bens. Ao mesmo tempo, é transmitido aos pais que dar produtos às crianças equivale a dar-lhes amor (GALLO, 2006). Pode-se concluir que a influência da mídia sobre as crianças é extremamente forte, as crianças brasileiras estão sob uma forte influência da mídia. A educação financeira pode ser uma ferramenta necessária para alcançar resultados de gestão financeira, promovendo o desenvolvimento de habilidades para monitorar, analisar, planejar e simular informações nesta área para uma tomada de decisão eficaz.

De acordo com Meier e Sprenger (2012), a educação financeira também é responsável por possibilitar a disseminação da importância dos mercados financeiros e de capitais para o crescimento social e econômico do país, considerando que a liquidez do mercado é diretamente proporcional ao número de participantes ativos nesse mercado. Além da liquidez, a educação financeira permite que consumidores e investidores tenham melhor controle sobre suas finanças. Ela lhes permite administrar seus fluxos financeiros de maneira racional e consciente ao tomar decisões de vida. Behrman (2010) aponta que o impacto da educação financeira é economicamente viável e, portanto, os investimentos nesta área podem ser compensados. A educação financeira ajudará o jovem a se tornar um adulto consciente que, com as informações adquiridas ao longo do tempo, garantirá uma melhor qualidade de vida.

De acordo com D'Aquino (2008), a relação com o dinheiro é algo que é construído a longo prazo. Este padrão raramente será decidido por uma única frase ou pela observação de uma cena chocante. Cerbasi (2011) corrobora estas idéias, salientando que tomar a iniciativa cedo e corretamente é o que diferenciará um milionário de um milionário em dívidas. Portanto, é necessário desenvolver habilidades adequadas para criar seus próprios recursos a fim de se tornar independente em um tempo mais curto. Segundo Weatherford (2005), o dinheiro começou como uma simples mercadoria composta de cobre, prata, conchas e ouro, e hoje inclui moedas e cédulas, cheques, contas bancárias, cartões plásticos, informações eletrônicas via Internet. No entanto, essa evolução eletrônica do dinheiro está destinada a aumentar ainda mais seu papel na vida das pessoas.

Hoje, há uma série de alternativas ao dinheiro plástico que facilitam a vida diária das pessoas e representam um enorme incentivo ao consumo porque oferecem uma alternativa ao crédito mediado pelo mercado bancário (FORTUNA, 2005). Para Weatherford (2005), o dinheiro se tornou uma variável determinante nas relações comerciais, religiosas, políticas e familiares. Desde a invenção do dinheiro há cerca de 3. O estudo da educação financeira e uma cidadania ativa, na qual a conscientização combinada com uma compreensão das finanças, economia e administração e matemática financeira formam uma equação que contribui para finanças pessoais saudáveis. Carvalho (1999) argumenta que o uso do conteúdo da matemática financeira, porque: [. a contribuição da matemática nas tarefas que lidam com o dinheiro não reside apenas em apoiar as ações do cálculo correto, no que se refere a especificações de determinadas somas ou casos como troco ou pagamento de um total no caixa.

Diversos conceitos e procedimentos da matemática são acionados para entendermos nossos holerites (contracheques), calcular ou avaliar aumentos e descontos nos salários, aluguéis, mercadorias, transações financeiras, entre outros (CARVALHO, 1999, p. Outro aspecto que deve ser levado em consideração são as discussões que devem ser promovidas em relação ao consumo, pois segundo Maia (2000, p. O interesse do governo na educação financeira, de acordo com Maia (2000), não se limita aos órgãos reguladores e supervisores do sistema financeiro. A constituição de reservas para aposentadoria, no sistema de previdência privada, que é voluntária e complementar, e no sistema geral de previdência social, que é obrigatório. A educação financeira no Brasil No Brasil temos uma grande parte da população que não conhece ou não está interessada em produtos financeiros, isto tem sido agravado ao longo dos anos pela falta de estabilidade da economia, o que não estimulou a população a procurar instituições financeiras para alocar e até mesmo multiplicar suas economias.

Entretanto, com o Plano Real e a estabilização da moeda nacional, o cenário começou a mudar lentamente, onde se tornou possível para as pessoas planejarem melhor seu futuro financeiro. Certamente, um dos principais fatores da descrença das pessoas na economia e nas finanças foi a inflação, pois as pessoas quase foram forçadas a comprar um produto imediatamente, pois no mesmo dia, o produto poderia sofrer uma variação incomum. Portanto, falar sobre educação financeira sem falar sobre a base da educação torna-se incoerente, considerando que a escola é um momento importante de conscientização e aprendizado. É aqui que se tem toda a estrutura teórica para a formação de um futuro adulto educado. Observa-se que as próprias leis do país, tais como: A Lei de Orientação e Base da Educação Nacional (LDB) (Lei n.

de 20 de dezembro de 1996), que estabelece que o princípio da educação é uma obrigação da família e do Estado, onde, obedecendo ao princípio da liberdade, os indivíduos devem ser educados para exercer sua cidadania e ser treinados para o mercado de trabalho. Uma educação completa requer treinamento moral, físico e intelectual, sem esquecer a educação financeira. Para esse este estudo, os autores entrevistaram 124 alunos da rede escolar pública e 118 alunos da rede privada. Eles usaram o método do questionário, no qual cada estudante foi solicitado a responder nove perguntas pessoalmente com uma resposta de sim ou não. A primeira pergunta foi "Você sabe o que é educação financeira?", os alunos da escola particular ou pública? confirmaram saber o que é educação financeira com 96%, enquanto a porcentagem de conhecimento dos alunos da escola pública era de 75%; a segunda pergunta para os alunos foi: "A educação financeira durante a adolescência é importante para a formação de um adulto financeiramente consciente”? Na terceira pergunta, os jovens foram questionados sobre mesada, no qual lhes foi perguntado se achavam que os pais deveriam dar mesada para seus filhos.

Neste caso, a porcentagem de aprovação não foi tão unânime: nas escolas públicas?, 57% dos alunos disseram sim, enquanto nas escolas públicas? o número foi de 63%. Também lhes foi perguntado se seus pais deveriam intervir na forma como gastam suas mesadas, se seus pais lhes dão. Finanças pessoais Cherobim e Espejo (2011) apontam que as pessoas estão passando por uma fase da vida em que estão vivendo mais e melhor, cuidando de si mesmas, viajando e desfrutando mais da vida, mas precisam de recursos financeiros, o que atrai uma maior preocupação com as finanças pessoais na vida das pessoas. Segundo Gitman (2004, p. Praticamente todos os indivíduos e organizações recebem ou coletam, gastam ou investem dinheiro". O autor deixa claro que muitas pessoas podem se beneficiar da compreensão do assunto de finanças, pois poderão tomar as melhores decisões em relação às finanças pessoais.

De acordo com Cerbasi (2004), existem cinco estilos de perfil de gestão de dinheiro: O primeiro é o perfil do aforrador, que são pessoas que não se importam em restringir-se com suas despesas atuais, porque querem alcançar a independência financeira com muito dinheiro. E o índice de riqueza é a soma da renda adquirida sem trabalho, aluguéis, por exemplo, com a renda adquirida graças aos investimentos feitos; quanto maior o índice, melhor. Segundo os autores, a vida da pessoa em termos de finanças é um reflexo de seu comportamento em relação a ela. É necessário estabelecer metas e administrar as despesas. Nesse sentido, comparam o fato de que empresas e indivíduos ganham, emprestam e pagam pelo que consomem. Têm, portanto, uma dinâmica financeira semelhante.

O orçamento pessoal é uma ferramenta que possibilita o uso do dinheiro de uma forma correta, para evitar gastos não planejados e fúteis. Ter controle sobre o orçamento é um grande desafio, sem planejamento financeiro não se pode alcançar os objetivos desejados. De acordo com Bitencourt: (2004, p. O planejamento é uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização ou de um indivíduo, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças, dos seus pontos fortes e fracos, e, por essa consciência, estabelece o propósito de direção que a organização ou o indivíduo deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar ameaças ( O autor prossegue salientando que o planejamento financeiro pessoal não é diferente do adotado pelas empresas, pois em ambos os casos, deve-se seguir uma estratégia, com o objetivo de construir riqueza, seguindo uma estratégia de curto, médio ou longo prazo, dependendo do objetivo final.

Busseti (2012) recomenda que, antes de iniciar o planejamento financeiro, se faça as seguintes perguntas: Por que planejar minhas finanças? Qual é o objetivo? Em que idade você planeja se aposentar? Com as respostas acima, pode-se determinar quais ferramentas a serem usadas no planejamento e quais as metas de curto, médio ou longo prazo, pois poupar para a aposentadoria é diferente de poupar para uma viagem, para a aquisição de imóvel etc. Não basta ter metas para ter metas, é necessário desenvolver metas, que são o objetivo quantificado. A importância desse deste controle financeiro familiar não deve ser negligenciada. As consequências são frequentemente desastrosas e, na maioria dos casos, levam a longos períodos de dificuldades. Investimento Investimento de capital visa à obtenção de rentabilidade futura por uma pessoa singular ou coletiva.

Bruni e Famá (2017) definiram o investimento como um “sacrifício” aos retornos futuros e confirmam que tanto a premissa de fluxos de caixa futuros quanto o custo desse capital devem ser analisados ​​no processo de avaliação de investimentos. Na literatura brasileira, pode-se encontrar vários autores que se concentram no conceito de política pública. Entre esses autores, Maria Paula Dallari Bucci (2006) argumenta que a política pública pode ser entendida, de um ponto de vista jurídico, como lei geral, mas também é caracterizada como um conjunto de expressões jurídicas gerais que estão ligadas a uma dimensão operacional. Neste sentido, ao discutir o conceito de política pública, Bucci afirma ainda que: Isso ilustra porque a política pública é definida como um programa ou quadro de Ação Governamental, porque consiste num conjunto de medidas articuladas (coordenadas), cujo  escopo é dar impulso, isto é, movimentar a máquina do governo, no sentido de realizar algum objetivo de ordem pública ou, na ótica dos juristas, concretizar um direito.

BUCCI, 2006, p. Portanto, com relação ao conceito de política pública, é claro que ela é o instrumento pelo qual o governo garante os direitos fundamentais para a população. Revogada 10 anos depois pelo Decreto Federal 10. de 9 de junho de 2020, a nova legislação estabelece a nova Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), que visa promover a educação financeira, seguros, seguridade social no país (BRASIL, 2020). Como resultado, ele relança a possibilidade de novas propostas de medidas para enfrentar a falta de educação financeira da população em geral no Brasil. Estas foram apoiadas por instituições financeiras, autoridades governamentais, instituições acadêmicas e de pesquisa, bem como fundações e entidades do terceiro setor, mas os estudos para verificar o desenvolvimento destas iniciativas ainda estão em seus primórdios (PEREIRA, et al.

O site federal e oficial brasileiro de educação financeira é chamado Vida e Dinheiro e é administrado pela Associação de Educação Financeira (AEF), uma organização da sociedade civil de interesse público cuja criação do domínio faz parte das estratégias de educação financeira no Brasil (SARAIVA, 2017). Também em 2013, o relatório mostrou que a faixa etária dos beneficiários alcançados pelas iniciativas era de jovens de 19-29 anos e adultos (30-59 anos) com 45% e 42%, respectivamente. O nível de educação dos beneficiários dos projetos está focado naqueles com educação secundária e universitária, o que mostra que em 2013, os projetos de educação financeira não alcançaram grande parte da escola primária, com apenas 36% das crianças e adolescentes acessando os projetos de educação financeira.

Sobre este ponto, Saraiva (2017) aponta que a pesquisa publicada no site do governo demonstra a falta de maior envolvimento dos setores educacionais em relação ao assunto, especialmente em termos de estratégias coletivas para aumentar a conscientização sobre o assunto. Em 2018, ainda no âmbito do Decreto Federal 7. o segundo mapeamento nacional foi realizado e o relatório estatístico ENEF 2018 também foi publicado no site Vida e Dinheiro. Observa-se que no período de 5 anos entre os mapeamentos, houve muitas mudanças, com ênfase na participação escolar, o que cada vez mais coloca em voga a necessidade da instituição de educação financeira no currículo dos espaços educativos, bem como a inovação em termos de projetos desenvolvidos através de meios digitais capazes de um acesso mais democrático em comparação com os projetos que requerem a presença do participante.

No Brasil, por exemplo, existe um plano estratégico para a promoção da educação financeira, mas o assunto ainda está em sua infância, e só nos últimos 10 anos é que atividades mais concretas nesta direção vieram à tona. Por outro lado, não é possível especificar até que ponto os projetos elucidados nos mapeamentos conseguem transformar a comunidade na qual estão inseridos e, sobretudo, como as iniciativas se refletem na vida dos brasileiros. Por outro lado, utilizando a abordagem teórica baseada em Kingdon (2003), é possível vislumbrar os processos da programação governamental em relação ao tema. De fato, a evidência do problema da falta de educação financeira foi destacada e as alternativas para resolver o problema convergiram com o "humor nacional" - como diz Capella (2007) - que instituiu diretrizes educacionais através de um decreto federal, cuja implementação foi realizada em nível nacional com feedback sobre os resultados relativos às iniciativas, de acordo com as cartografias.

Portanto, esta competência pode ser desenvolvida de acordo com o plano de cada instituição ou professor, mas sempre de acordo com o que o BNCC fornece. Isto, por sua vez, traz uma série de desafios que vão do treinamento de professores ao fornecimento de materiais didáticos adequados para garantir que os professores tenham tempo para preparar essas aulas. Mas mesmo antes do BNCC tornar a educação financeira obrigatória nas escolas, o assunto já era considerado importante para a educação, e em 2010 foi estabelecida a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), com o objetivo de promover ações de educação financeira no Brasil. A ENEF A Estratégia Nacional de Educação Financeira no Brasil (ENEF) foi lançada publicamente em agosto de 2011 em uma coletiva de imprensa do Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF).

A ENEF é uma mobilização liderada pelo governo federal que promove ações relacionadas com a educação financeira da população brasileira. Após a fase de pesquisa, as iniciativas que abordaram os temas propostos foram mapeadas e envolveram a iniciativa privada, ONGs e o setor público, mas não foram coordenadas entre si. Na época, Vida e Dinheiro (2019) - o site oficial da ENEF - identificou 64 iniciativas com um tema de educação financeira no Brasil. Em 2013, foi realizado um novo mapeamento, coordenado pela AEF-Brasil, apresentado no relatório estatístico da ENEF (, que identificou 803 iniciativas de educação financeira, das quais cerca de 40% (317 iniciativas) foram registradas voluntariamente em um formulário disponível no site Vida e Dinheiro (2019). A formação continuada de professores para educação financeira.

No Brasil, existem algumas possibilidades de treinamento em serviço para professores, tais como cursos de treinamento, atualização ou especialização. Entretanto, estão sujeitas ao controle dos órgãos competentes, o que ocorre por ocasião da re-acreditação da instituição, quando seu desempenho na área de pós-graduação é analisado (MEC, 2007). Os cursos de especialização são oferecidos somente a graduados universitários. Pelo menos 50% (cinquenta por cento) do corpo docente deve ter um mestrado ou doutorado de um programa de pós-graduação reconhecido. Os demais professores também devem ter pelo menos um diploma de especialização. Os cursos devem ter uma duração mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas, não incluindo tempo de estudo individual ou em grupo, sem assistência de professores, e tempo obrigatório alocado para a preparação de uma monografia ou trabalho final do curso (MEC, 2014).

Assim, as políticas curriculares não se resumem apenas a propostas e práticas enquanto documentos escritos, mas incluem os processos de planejamento, vivenciados e reconstruídos em múltiplos espaços e por múltiplas singularidades no corpo social da educação (BRASIL, 2013, p. O documento salienta que o currículo não é algo escrito, definido e imposto para ser seguido, mas um processo, vivido e construído pela comunidade escolar, são experiências impregnadas de relações sociais que contribuirão para a identidade do aluno. As propostas para a inclusão da educação financeira no currículo escolar estão de acordo com o estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB N. de 1996), que estabelece no Artigo 205 (da Constituição Federal) que: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu prepare para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996, p.

Segundo alguns estudos, muitos estudantes deixam a escola de educação básica sem habilidades financeiras e, por sua vez, quando são bem-sucedidos em sua vida profissional, enfrentam dificuldades financeiras (KIOYOSAKI, 2000). Cabe portanto às instituições contextualizar o assunto, inserindo-o como um dos temas transversais, oferecendo aos estudantes conhecimentos sobre EF de forma significativa e contextualizada, como o próprio BNCC afirma. Neste sentido, o protagonismo das instituições educacionais se tornará efetivo através do cumprimento do papel social da escola, que é o de educar seus alunos de uma forma abrangente e crítica. O documento aborda a educação financeira como um tema transversal a ser desenvolvido, porém, ao fazer um estudo minucioso do documento, não é possível encontrar uma direção clara e específica para orientar como é possível desenvolver o tema nas instituições.

Há uma maior preocupação em descrever as competências distribuídas nos primeiros anos especificamente no tema da matemática, e não em vários outros contextos fora da matemática, como mencionado no início, nos temas inter-curriculares. Observou-se que o foco era o desenvolvimento de habilidades conceituais e computacionais, com pouca atenção ao pensamento crítico, onde o aprendiz recebe espaço para desenvolver consciência e pensamento crítico sobre os contextos financeiros da sociedade, comportamento de consumo sustentável, visando a autonomia e planejamento. No atual contexto global de globalização, capitalismo e competição entre países e empresas, a educação também precisa ser repensada. Assim, para que a educação possa acompanhar este cenário e responder às necessidades da sociedade, as escolas devem incluir a educação financeira na sala de aula.

Deve-se notar também que, independentemente da renda, a educação financeira deve fazer parte da vida diária de todos. De fato, um dos maiores benefícios que podem ser identificados, especialmente em tempos de instabilidade econômica como estes, é que as pessoas alfabetizadas financeiramente estão melhor preparadas para tirar proveito das oportunidades que surgem na vida cotidiana. Eles são capazes de desempenhar e desenvolver melhor em diferentes áreas: família, trabalho, saúde emocional, espiritual, intelectual e física. Também é importante considerar que os hábitos e costumes da vida cotidiana influenciam o uso do dinheiro, ou seja, eles são a base da educação financeira. Portanto, é necessário desenvolver a educação dos indivíduos de forma abrangente para que haja uma unificação da ação educacional, como aponta Perissé (2014).

Como estes tópicos acabam lembrando questões da vida real, é importante que os professores procurem relacioná-las com o contexto de cada assunto. O autor também indica que a interdisciplinaridade acabará levando a uma certa curiosidade nos estudantes sobre temas relacionados. Este sentido de integridade descrito pelo autor refere-se aos professores que têm conhecimento de várias áreas, mas são capazes de combiná-las, ou seja, eles têm "uma visão 'reconectada' do conhecimento" (PERISSÉ, 2014, p. Assim, os estudantes terão um treinamento completo e humanizado sobre a interpretação deste elemento, explica Perissé (2014). b) Geografia Na disciplina de Geografia, é possível interligar a questão da ética da relação na sociedade com a gestão dos recursos financeiros, que, para Perissé (2014, p. consiste em uma "ecologia financeira".

O autor explica que o dinheiro pode falir em certos momentos, referindo-se, por exemplo, ao indivíduo que não tem noção de planejamento financeiro e acaba encontrando dificuldades para organizar adequadamente seu orçamento. Perissé (2014) cita que há também o estudo da geografia turística, no qual o cidadão é incentivado a trabalhar e economizar parte de sua renda para realizar o sonho de viajar, ampliando assim sua visão de mundo. É necessário, portanto, garantir que a forma original não seja modificada. Perissé (2014) destaca alguns comportamentos resilientes, tais como a atitude de gratidão, bom humor e auto-aperfeiçoamento. Ela consiste em "física aplicada": "se pensarmos no dinheiro como um elemento necessário com o qual dialogaremos para configurar novas realidades" (PERISSÉ, 2014, p. b) Química É possível utilizar analogias químicas para entender a educação financeira.

Perissé (2014, p. É com base na matemática que será possível examinar situações de risco, fazer suposições, calcular porcentagens e juros. Desta forma, o raciocínio inerente às questões cotidianas é treinado com a linguagem da matemática, que estará envolvida nas decisões do indivíduo. A ênfase pode ser colocada no estudo do consumo, pensando em promoções, planos de parcelas ou compras à vista, analisando as vantagens e desvantagens de cada opção. Desta forma, o aluno entenderá como melhor economizar e investir sem riscos desnecessários. Linguagens e Códigos a) Língua Portuguesa A ligação entre a língua portuguesa e o tema transversal da educação financeira oferecerá ao aprendiz a oportunidade de expressar melhor seus sonhos materiais. Muito conhecimento é adquirido na escola, tal como aprender a ler, escrever e se relacionar com a sociedade.

Os conhecimentos adquiridos durante os anos escolares servirão como base para a formação da cultura e habilidades profissionais que serão utilizadas na vida diária de uma pessoa, e esta base deve ser preparada o mais cedo possível, para que na vida adulta uma pessoa tenha uma relação coerente, apropriada e mais segura com as questões de dinheiro. Apesar de todo o conteúdo que as escolas oferecem a seus alunos, o currículo pode sempre ser complementado pelo ensino de outras matérias/conteúdo que reflitam a realidade do país. Se muitos desses estudantes não tiveram a oportunidade de aprender sobre educação financeira, eles acabam deixando a escola com lacunas no controle de seu próprio dinheiro, deixando uma lacuna em seus conhecimentos.

Em um comentário muito oportuno e relevante sobre isso, o Sr. É grande o número de empresários que não sabem a diferença entre um balanço, uma demonstração de renda e um fluxo de caixa, como é grande o número de empregados e profissionais autônomos que não tem noção do assunto. MARTINS, 2004, p. Portanto, é essencial aprender mais sobre o mundo do dinheiro para chegar à idade adulta com o mínimo de conhecimento necessário, o que permitirá um melhor controle e, acima de tudo, uma melhor gestão da própria riqueza. Como com muitos valores morais, éticos, culturais e religiosos, as primeiras noções de educação financeira também devem começar em casa. Mas dada a importância que a escola tem no processo educativo de seus alunos, na busca de desenvolver neles um espírito mais crítico em relação ao ambiente em que vivem, é fundamental que a escola, através de seus professores e coordenadores, desenvolva um trabalho que ajude seus jovens a compreender o mundo em que estão inseridos, assim como o contexto imposto por um sistema já pré-estabelecido pela sociedade, do qual fazem parte.

Presidida pelo Deputado Rodrigo Rocha Loures - PMDB/PR da época e relatada pelo Deputado Neudo Campos - PP/RR, uma das sugestões feitas pela comissão após várias audiências públicas com membros de vários setores da sociedade foi a sugestão número 9, transcrita abaixo: Sugestão nº 9 Encaminhamento de indicação ao Poder Executivo para que seja incluído o tema “educação financeira” nos ensinos fundamental e médio. Consideramos que é de grande importância, para o desenvolvimento sustentável do comércio interno, que o cidadão tenha acesso à educação financeira, ainda que em seus aspectos mais básicos. Em virtude da disseminação do uso de cartões de crédito e débito, o cidadão deve receber informações acerca do fato essencial de que não basta que as prestações das compras efetuadas sejam compatíveis com seu orçamento: é fundamental conhecer as taxas de juros cobradas nessas operações.

É aspecto central que o consumidor tenha um conhecimento básico acerca do custo financeiro das operações que pratica, de forma que a expansão do comércio ocorra de forma sustentável. Desta forma, a indicação ao Poder Executivo é, em linhas gerais, que as diretrizes curriculares nacionais para a educação básica, fundamental ou média, disponham que os conteúdos da matemática abordem, ainda que em forma de exemplificação, questões simples que envolvam as taxas de juros usualmente praticadas no comércio, e que a educação financeira seja inserida com um tema transversal, que possa ser abordado em diversas disciplinas, preparando assim o aluno para as situações usualmente vivenciadas em operações cotidianas nas compras a prazo e na utilização de cartões de crédito e cheque especial, entre outros aspectos.

A responsabilidade social na educação da sociedade civil, tanto em termos de educação fiscal quanto financeira, é essencial para a saúde financeira de organizações ou indivíduos, e o bem-estar financeiro proporciona àqueles que a praticam uma maior capacidade de investimento e consumo, o que leva a um aquecimento da economia, e o contador demonstra que tem o conhecimento completo para se tornar um agente de transformação social no período atual. A educação financeira é caracterizada como uma educação interdisciplinar, capaz de dar ao aprendiz individual, em situação de aprendizagem, a capacidade de interagir melhor com seu dinheiro, estar mais consciente de seus recursos e capacidade de consumo e controlar seus gastos, levando a uma melhoria na qualidade de vida daqueles que aplicam os conhecimentos e boas práticas na gestão de suas finanças pessoais.

Com os resultados da pesquisa, é possível ver uma evolução nas práticas dos contadores estagiários na compreensão e aplicação do aprendizado financeiro. Este treinamento também responde à natureza interdisciplinar do ensino com uma alta variabilidade de informações. Dado o assunto e sua natureza integral como parte do processo de educação e treinamento humano, foi despertado o interesse em explorar seu escopo, importância e impacto. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro BACEN. Reformas do Sistema Monetário Brasileiro. Disponível em: <http://www. bcb. gov. Paidéia, v. n. p. BEHRMAN, J. R. n. p. BITTENCOURT, Jane. A base Nacional Comum Curricular: Uma Analise a partir do ciclo de políticas. Disponível em: https://educere.

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