TEORIA FEMINISTA PÓS-COLONIAL E O AUMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Relações Públicas

Documento 1

Diante disso, muitas mudanças drásticas no cotidiano individual, familiar e social têm sido observadas, gerando potenciais fatores de estresse que podem facilitar a instalação de conflitos. Isso levou a um aumento nos casos de violência doméstica, especialmente durante a quarentena. O Objetivo do artigo é analisar a partir de uma perspectiva feminista pós-colonial, o aumento da violência contra a mulher durante esse período pandêmico, para isso, foi utilizado a metodologia de analise descritiva, onde todos os conhecimentos foram apresentados de forma metodológica e temporal. Palavras-Chave: COVID-19. Isolamento. Isolation. Violence. Woman. Post- colonialism. Feminism. A quarentena é atualmente a medida mais eficaz para minimizar os efeitos diretos do COVID-19. Contudo, o distanciamento social recomendado pelas organizações de saúde tem levado indivíduos e famílias a realizarem inúmeras adaptações na vida cotidiana, que impactam no processamento emocional, cognitivo, comportamental (LI, et al.

Além dos riscos físicos, o isolamento social, a vulnerabilidade e a incerteza podem levar a repercussões psicológicas significativas, em pessoas com transtornos psiquiátricos pré-existentes (HUECKER, SMOCK, 2020). Sintomas como ansiedade, medo, tristeza, problemas relacionados ao sono e abuso de álcool e outros têm sido amplamente descritos na literatura. Juntos, afetam a saúde física e mental, a qualidade de vida e as relações sociais e familiares (MARQUES et al. Portanto, é necessário responder o seguinte problema: Quais os motivos que causaram esse aumento absurdo da violência doméstica? 2. METODOLOGIA DE PESQUISA A construção do estereótipo de gênero feminino associa as mulheres a capacidades sensíveis, instintivas e intuitivas, opondo-as a questões universais, racionais, políticas e culturais. Assim, tais estereótipos destinam-se à dedicação ao indivíduo: família, cuidados domésticos, projetos de maternidade.

Esse bom senso impede a distribuição justa de responsabilidades. Os problemas listados aqui, juntamente com muitos outros que nos atormentam, não são novidades causadas pela pandemia do COVID-19. br, também acessível pelo dial100. mdh. gov. br e call180. mdh. A divulgação cientifica conta diretamente com estratégias e conhecimentos apropriados e estudados para todas as faixas etárias de estudos e conhecimentos, cumprindo o papel e o objetivo de estimular a complexa e benéfica formação de pesquisadores, diante de uma associação com a arte, gerando uma plateia. Com isso, é importante conhecer a existência de dúvidas de como o público consegue realizar o conhecimento e o compartilhamento de ideias, de materiais, conhecimentos e artes. A informação, aliada à sensibilidade, à subjetividade, vai formar as futuras audiências dos espetáculos cênicos e de música erudita.

Com a ciência, pode- se pensar de modo equivalente: o acesso ao conhecimento científico, aos processos, aos pesquisadores e seus trabalhos colabora para a formação de novas plateias para a ciência, quiçá estimula novas inserções profissionais. Nos moldes descritos acima, a divulgação cientifica é parte do campo no sentido atribuído por (BOURDIEU, 1994). Há duas problemáticas centrais quanto aos riscos da história única que são impostas às Licenciaturas de Ciências Sociais: a) o sentido “prático” do conhecimento pedagógico sociológico; b) as representações sociais sobre a profissão de ensinar. Também é importante observar como a localização colonizada da Educação impediram uma acomodação mais privilegiada – dentro e fora da escola – das novidades que são gritantes no espaço escolar como a interculturalidade, o risco da paralisia do conhecimento escolar e da inovação social e a emergência da composição de uma agenda de discussões para o Ensino de Sociologia: entre possibilidades e epistemologias.

A Licenciatura é um grau acadêmico do ensino superior em que habilita o formando a atuar numa especificidade de trabalho que é o de ser professor (FERNANDES, 1961). No caso de ciências sociais - existem cursos, alguns já incluem disciplinas relacionadas à licenciatura ao longo do curso, outros focam no ensino para a preparação do ofício pedagógico nos últimos anos do curso - recebe a mesma formação hard core access, teorias clássicas, sociologia contemporânea e temática, antropologia e ciência política e as disciplinas estão inseridas ao longo da grade em que o desempenho do aluno ciências sociais para ou ensino (BRASIL, 2014). As teorias feministas datam do século XVIII, profundamente envolvidas nos movimentos progressistas da época e além. Os estudiosos do pós- colonialismo se preocupam com a relação de dominação e subordinação estabelecida pelo imperialismo.

O feminismo pós-colonial demonstra como as feministas ocidentais têm construído conhecimento sobre as mulheres orientais. As feministas pós-coloniais analisam os falsos argumentos universalistas das experiências ocidentais. TICKNER, 2001) Segundo Chandra Mohanty(1988), faz uma crítica as feministas ocidentais que tratam as mulheres de forma homogênea, não reconhecendo assim suas diferenças culturais, classistas, localização geográfica e de raça. O universalismo nas teorias não leva em consideração a atuação histórica e política dessas mulheres que são “excluídas”. No entanto, nem todas as teorizações feministas participam desse esforço da mesma forma e, em muitas delas tendem a esquecer que os feminismos surgem em determinados contextos, sob determinadas configurações e que eles são apropriados pela formação social capitalista para atingir determinados fins (SOUSA, 2005).

Assim, os feminismos apresentam, ao lado de um esforço de construção teórica e de extensão de direitos, formulações que podem ser utilizadas em um sentido diferente do pretendido. Este texto pretende situar alguns desses usos, tendo em conta outras formulações de feminismos menos estudados em Portugal, mas que podem ser úteis como antídoto e usos de feminismos num capitalista obedecendo a uma lógica neoliberal (RAYMOND, 2006). Foi somente na década 1970 e 1980, na segunda onda do movimento feminista, que o tema se tornou importante na América Latina e Caribe. Primeiramente, com estudos universais, depois estudos focados em gênero, classe e raça, preocupando-se com o debate de desenvolvimento de cada país. A partir disso, Lugones define a colonialidade de gênero como uma intersecção de gênero, raça e classe, e são conjunturas fundamentais para a exploração e poderio do sistema capitalista global.

LUGONES, 2014) Este trabalho permite chegar às formulações que na última seção de feminismos que os denunciam com projetos coloniais, racistas e opressores, colocando no modo como é possível produzir uma feminista levando em conta a outra cesura que ela apresenta outros projetos de saída. Trata-se de apreender os feminismos como espaço de atenção à situação e às contingências de um sistema capitalista imperialista que é global e que usa múltiplos para domesticar os movimentos sociais e suas formulações (VIEIRA, 2020). Este texto não é uma crítica ao feminismo, mas o produto de uma reflexão negativa que permite perscrutar as áreas de tensão e cumplicidade, que podem ser evitadas com este tipo de trabalho. Reafirma-se a importância da teoria feminista como material de leitura e sua relevância como ferramenta política.

Segundo dados da pasta, mês se encerra com 59. óbitos. Desse total, 30. foram confirmados nos últimos 30 dias” (POU et al. A pandemia sempre afeta violentamente favelados e pessoas em situação de rua. Esses dados revelam taxas maiores que 2 mulheres assassinadas a cada 100. habitantes. Conforme gráfico 1, no Brasil em 2019, tivemos 1. mortes, e 1,8 a cada 100. habitantes. Ao assumir o modelo ecológico proposto pela OMS para as principais dimensões individual, relacional, comunitária e social que se juntam na ocorrência da violência, é de notar que a crise saúde, econômica e induzida por pandemia COVID-19 e suas medidas necessárias podem aumentar significativamente o risco de violência contra as mulheres (ALENCAR et al. A pandemia também tem repercussões ao nível comunitário do modelo ecológico, pois reduz a coesão social e os serviços públicos e instituições que compõem a rede de indivíduos.

Na dimensão individual, podem ser gatilhos para o agravamento da violência: o aumento do nível do agressor gerado pelo medo de adoecer, frente ao futuro, a impossibilidade de convívio, a iminência de um declínio da renda - especialmente nas classes mais baixas - favorecidas, das quais há grande parte que sobrevive à custa do trabalho informal -, em mais bebidas alcoólicas ou outros psicoativos substâncias (LIRA, 2015). A sobrecarga das mulheres nas tarefas domésticas e no cuidado dos filhos, dos idosos e dos doentes também reduz sua capacidade de evitar conflitos, além de torná-las mais vulneráveis ​​à coerção psicológica e sexual. O medo de que a violência também afete seus filhos em casa é outro fator paralisante que dificulta a busca por ajuda.

” (HOOKS, 2019). A autora feminista também diz que por muito tempo o termo violência doméstica possui uma conotação “leve” em que sugere que a violência ocorrida dentro de casa, é menos barbárie do que a que ocorre fora de casa, sendo que por muitos anos os casos de feminicídios ocorridos dentro de casa só aumentam. HOOKS, 2019) Embora as evidências sobre os impactos do isolamento violência doméstica e familiar sejam incipientes, notícias na mídia e relatórios de organizações internacionais mostram um aumento desse tipo de violência. Na China, registros criminais de violência doméstica durante a epidemia (LINO, 2019). Na Itália, França e Espanha, também foi observado um aumento na frequência de violência doméstica com a introdução de quarentena obrigatória.

Tabela 1: Feminicídios, Brasil e Unidades da Federação - 2019-2021 Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Fórum Brasileiro de Segurança Pública Apesar das taxas terem diminuído de 2020 para 2021, pode-se verificar no Gráfico 3 que houve um aumento dos casos de feminicídio entre os meses de fevereiro e maio de 2020, justamente nos meses de maior restrição e confinamento domiciliar da pandemia do coronavírus. Gráfico 3: Vítimas de feminicídios, por mês (Brasil - 2019-2021) Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. RELAÇÃO ENTRE AS TEORIAS FEMINISTAS E O AUMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Hoje, nós podemos ver uma mudança na visão da sociedade sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho, de modo que a população feminina ocupa espaços antes reservados aos homens.

No entanto, embora ocupem espaços de trabalho no mundo público, as mulheres continuam a assumir as responsabilidades do trabalho doméstico, uma vez que têm uma jornada dupla de trabalho (BLAY, 2003). Chama-se também a atenção para o fato de que as mulheres no mercado de trabalho não estavam buscando a igualdade entre homens e mulheres, mas sim por razões políticas. Na sociedade patriarcal, os homens sentem que dominam as mulheres em todos os aspectos da vida e usam a violência para mostrar sua masculinidade e poder de dominação. O aumento de casos de violência doméstica ocorre devido à convivência forçada da vítima com ela entre outros aspectos que potencializam a violência, como a denúncia da mulher ou a adesão ao casamento serviço de rede.

O combate à violência doméstica neste cenário efetiva políticas públicas por parte do Estado. Nesse ínterim, o que se observa é a fragilidade das políticas públicas para as mulheres em nível regional ou nacional que dificultam a violência em tempos de pandemia de Covid-19. O desafio da implementação de políticas públicas para as mulheres deve ser prioridade para os governos, não apenas em casos atípicos, para que o ciclo da violência aconteça de fato. f. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2009. ALENCAR, Joana; STUKER, Paola; TOKARSKI, Carolina; ALVES, Iara; ANDRADE, Krislane de. Políticas Públicas e violência baseada no gênero durante a pandemia da Covid-19: ações presentes, ausentes e recomendadas.

Brasília: IPEA, 2020. BÁLSAMO, Sérgio Leão. Mulheres vítimas de violência doméstica: como mudar essa realidade?. f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação nas Profissões da Saúde) – Pontifica Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e Saúde, Sorocaba, 2019. Blay EA. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Violência: uma epidemia silenciosa. Brasília: CONASS, 2007. Brooks, S. K. CARBINATTO, Bruno. Há um ano, a Covid-19 era identificada. Veja o que aconteceu desde então - mês a mês. Só se falou de uma coisa em 2020. Relembre como uma das maiores crises de saúde pública se desenvolveu no Brasil e no mundo desde que o vírus surgiu em Wuhan. org/bitstream/handle/11362/46422/5/S2000875_es.

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