Portfólio Conceito de Raça

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Estatística

Documento 1

ANÁLISE DA TEORIA DE ANÍBAL QUIJANO 6 2. A IMPORTÂNCIA DE DISCUTIR ESSAS QUESTÕES NA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE CONSTRUIR NOVOS IMAGINÁRIOS SOCIAIS 6 3 CONCLUSÃO 8 REFERÊNCIAS 9 1 INTRODUÇÃO Durante muito tempo, o olhar da historiografia tradicional permaneceu sobre o ensino de história, fazendo com que muitos assuntos fossem ignorados no espaço escolar. Com tudo, com as transformações no ensino e no modo de se pensar o ensino de história, mostrou-se necessário trazer à luz temáticas imprescindíveis para a compreensão da formação da sociedade.   Nesse sentido, esta produção busca tornar evidente o conceito de raça e suas implicações, sobretudo no que diz respeito a sua origem, o que de fato significa e com quais problemáticas sociais está relacionado.

Para que isso seja possível, esta produção divide-se em quatro etapas. São eles: Sem, Cam e Jafé. Segundo a Bíblia, certo dia, após Noé dormir em uma tenda, Cam o viu nu e contou para seus irmãos.   Contudo, este ato era condenado pelos hebreus e, quando Noé soube do acontecido, amaldiçoou Canaã, o filho mais novo de Cam: “Maldito seja Canaã; seja servo dos servos de seus irmãos” (Gênesis 9:25). Para as explicações religiosas daquele período, esta maldição possui um sentido ampliado ao visualizar a história dos filhos de Noé e a povoação do mudo. Assim explica Pereira e Jesus (2019, p. Dessa maneira, um mito bíblico fez parte da manutenção do sistema escravista adotado durante o período colonial no Brasil.

  Por essa razão, é possível afirmar que o modelo societário brasileiro, que possui uma forte base cristã, é fruto da escravidão do passado, assim como o racismo correspondente. Assim sendo, a hierarquia social brasileira possui como um dos pilares fundadores a memória mítica relacionada com a expressão do racismo estrutural presente na sociedade. As implicações do mito de Cam ultrapassam os séculos passados: ele influencia o racismo estrutural na sociedade contemporânea. IMAGINÁRIO SOCIAL Para Castoriadis (1982 apud MOURA, 2015), Imaginário Social consiste no conjunto de representações sócio-históricos que está estruturado em um sistema simbólico, podendo ser compreendido apenas através de uma análise sociológica da realidade, pois o Imaginário Social corresponde a uma representação e não há um reflexo da sociedade.

Nesse contexto, como as relações eram de dominação (colonização), essas identidades foram associadas a hierarquias e papéis sociais. Em síntese, para Quijano (2005, p. “raça e identidade racial foram estabelecidas como instrumentos de classificação social básica da população”.   Desse modo, pode-se entender que a Teoria de Aníbal Quijano busca trazer à luz uma nova concepção acerca das configurações sociais que foram construídas na América, sendo esse espaço um local de consolidação de poder para determinados grupos, que se aproveitaram da ideia de raça para legitimar as relações de dominação impostas pela conquista. A IMPORTÂNCIA DE DISCUTIR ESSAS QUESTÕES NA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE CONSTRUIR NOVOS IMAGINÁRIOS SOCIAIS Como abordado, os imaginários sociais relacionados ao conceito de raça na nossa sociedade possuem inúmeras implicações sociais, sobretudo no que diz respeito à manutenção do racismo estrutural, responsável pelas violências sofridas diariamente pela população negra.

REFERÊNCIAS CAPOBIANCO, Marcela. Matheus Ribeiro: “Se eu fosse branco, não seria acusado de roubar a bike”. Veja Rio, 2021. Disponível em: https://vejario. abril. iseg. ulisboa. pt/afroport/wp-content/uploads/2020/07/ROEDEL-H-Do-Mitode-Cam-ao-Racismo. pdf. Acesso em: 10 fev. br/emblemas/article/view/39488. Acesso em 10 fev.   QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais.

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