ELEMENTOS AFRO BRASILEIROS ENCONTRADOS NO CATOLICISMO BRASILEIRO

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Segundo diário online (2019), entre as milhares de pessoas que forma às margens da BR-316 para homenagear Nossa Senhora de Nazaré na manhã desta sexta-feira (11), um grupo em especial chamou atenção de quem passava pelo local. À beira da rodovia, cerca de 20 umbandistas se organizaram para cantar e tocar para a padroeira dos católicos. A religião oficial no Brasil era o catolicismo, trazido pelos brancos, de origem portuguesa. O candomblé - culto africano que se tornou afro-brasileiro - era considerado como bruxaria. Por isso era ilegal e sua prática reprimida pelas autoridades policiais.  A Igreja Católica sempre tentou obrigar os escravos a aderirem as doutrinações cristã, impedindo que eles propagassem e desempenhassem suas obrigações religiosas na qual acreditava. No entanto, por muitas vezes, alguns escravos realizam mobilizações ou festividades nos mesmos dias em que aconteciam os eventos católicos.

  Alguns estudos, como os promovidos por Engels e Durkhein, citados em BASTIDE (1989, p. e, ainda, por VALÈRIO que, erroneamente chamaram algumas coletividades de “primitivas”, diziam que a forma religiosa traduzia a angústia do homem em relação às forças misteriosas da natureza que não pode dominar. Mas, as coletividades “contemporâneas” também exprimiriam suas angústias em face às forças sociais, economia, desemprego, globalização. A mitologia era transmitida pela oralidade. Deus era considerado o próprio mundo. Os pontos de umbanda são os cânticos sagrados dessa religião afro-brasileira que têm muitas funções como, por exemplo, homenagear uma entidade ou convidá-la ao convívio no centro. Quando os fieis entoam os pontos de umbanda, eles estão ao mesmo tempo fazendo uma prece e invocando as falanges, chamando-as para fazer uma visita.

No início do século 20, algumas décadas depois da abolição da escravatura no Brasil, originou-se na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, um culto afro-brasileiro muito importante: a umbanda. Deus não é mais que a imagem do capitalismo irracional. Por isso, ser psicológica e sociológica a explicação definitiva da religião. Pensamentos sociológicos procuraram esclarecer as religiões cujo sentido nasceria do esforço do trabalho humano em face à natureza ou discussões de um processo econômico. A área da psicologia considerou as questões da vida ou suas discussões como aspectos que agiriam em relação ao medo anti o irracional e controlável pelo homem. Os pontos de umbanda são entoados, sobretudo para entrar em sintonia com as forças do astral, por isso não é recomendado que os umbandistas andassem cantando os pontos sem o devido objetivo de invocar as falanges.

Organizavam suas festas, os adornos no corpo e esquecendo provisoriamente seus desencantos com a sorte, em festas, lembravam suas origens. Uma das mais típicas e interessantes era a do Rei do Congo, também conhecida por Congada, festa ao mesmo tempo profana e religiosa. A religião consiste, então, numa rede de símbolos, conjunto de cultos e culturas, por meio de ritos, mitos e simbologias, combinando-os e dando-lhes um significado espiritual com o objetivo fantástico de alcançar o horizonte e preencher o vazio da ausência dos objetos de desejo, ressignificando o mundo atual em um mundo ideal possível, isto é, compreender o mundo com um sentido humano. Candomblé é uma religião afro-brasileira proveniente de cultos tradicionais africanos, na qual há crença em um Ser Supremo (Olorum, Mawu, ou Nzambi, dependendo da nação) e culto dirigido a forças da natureza personificadas na forma ancestral divinizada: orixás, voduns ou inquices, dependendo da nação.

A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê, Maracatu. O presidente gostou e a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”. Desde o seu início, as religiões afro-brasileiras formaram-se em sincretismo com o catolicismo e em grau menor com religiões indígenas. O culto católico aos santos, de um catolicismo popular de molde politeísta, ajustou-se como uma luva ao culto dos panteões africanos. O interesse pela cultura afro-brasileira manifesta-se pelos diversos ensinamentos nos campos da sociologia, antropologia, etnologia, música e linguística, entre outros, centrados na expressão e evolução histórica da cultura afro-brasileira. Além disso, as religiões tradicionais africanas, bem como o islamismo dos chamados malês (como os maís e hauçás) entraram em contato e absorveram maiores ou menores quantidades de elementos de religiões indígenas, do Catolicismo e, mais recentemente, da Doutrina Espírita.

As Religiões Africanas No Brasil. Contribuição A Uma Sociologia Das Interpenetrações De Civilizações. ª edição. Livraria Pioneira Editora. São Paulo. Ubandistas cantam e tocam para homenagear Nossa Senhora. Disponível em : https://www. diarioonline. com. br/noticias/cirio/537080/umbandistas-cantam-e-tocam-para-homenagear-nossa-senhora Acesso em 14/10/2021.

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