Resenha O Sistema Bretton Woods Barry Eichengreen

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

Eichengreen identifica três elementos que mantinham o sistema e o diferenciavam do padrão ouro-divisas: “O câmbio fixo tornou-se ajustável, sujeito a condições específicas. Aceitavam-se controles para limitar o fluxo de capitais internacionais. E uma nova instituição, o Fundo Monetário Internacional, foi criada para monitorar as políticas econômicas nacionais e oferecer financiamento para equilibrar o balanço de pagamentos de países em situações de risco. ” (pág. Na prática o sistema não funcionava, com exceção da presença dos controles na tentativa dos países de equilibrar suas contas. Deste modo, a liberalização dos mercados pretendida pelos Estados Unidos ocorreu, contudo de maneira mais lenta, haja vista a resistência à remoção das barreiras ao livre comércio.

O autor ainda aponta como causa a esta lentidão a prioridade dada pelos governos aos gastos com investimento, o que acentuava os gastos públicos. Crise da libra esterlina Mesmo com a inflação contida, a Grã-Bretanha tinha dificuldade em equilibrar as contas nacionais devido a sua dificuldade em exportar. Por conta do peso da libra, os EUA forçaram mesmo assim o Reino Unido a aderir à conversibilidade, ainda que em termos de valores reais, a moeda seguia depreciada. Esta adesão forçada levou ao rápido esgotamento das reservas. Eichengreen destaca então que esta acomodação política dos partidos trabalhistas acabou tornando-se um obstáculo para a recuperação europeia. Na busca pelo crescimento e desenvolvimento econômico a expansão do estado de bem-estar deveria abrir mão do instrumento de controle das taxas de juros, vez que poderia sacrificar o crescimento e o nível de empregos.

Assim, muitos países optaram por controlar o câmbio e aumentar impostos. Antes o controle do balanço de pagamentos era feito principalmente pela variação no rigor às importações. A experiência francesa foi bastante relevante na medida em que conseguiu reequilibrar-se através da desvalorização da sua moeda e prática da austeridade. Afirma ainda que se esse instrumento fosse implementado antes, “não teria havido necessidade de aumentar o estoque de saldos oficiais em dólar”. O problema residia, sobretudo, na incapacidade dos Estados Unidos em recorrer a políticas de redução de despesas para controlar seus déficits. Redução nos controles e na rigidez O retorno à conversibilidade impossibilitava o controle das importações. Os países então tentavam realizar ajustes através da conta capital.

Deste modo, os diferenciais de juros eram o mecanismo temporário de ajuste mais recorrido para evitar fugas de capitais e divisas. mas ainda assim teve grandes dificuldades em manter sua condição. Para o autor, a posição dos Estados Unidos exigia não só que mantivesse uma situação estável, mas que a sua taxa de inflação fosse menor que a dos outros países. A fuga de dólares para a Europa em 1971, o movimento de apreciação das moedas naquele continente e a ameaça de conversão do dólar em ouro quando grande volume dessa moeda em circulação encontrava-se sem lastro foram a grande causa para a crise que se seguiu. Diante deste cenário, o presidente norte-americano Nixon suspendeu a conversibilidade do dólar em ouro, e com o acordo Smithsoniano trouxe a desvalorização do dólar, a valorização das moedas europeias e a ampliação das bandas para controle cambial.

Em 1973, entretanto, os países passaram a adotar o câmbio flutuante.

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