Resenha Crítica Racismo Estrutural como Mecanismo de Poder

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

Assim a pergunta que quero debater na presente resenha se trata de como se daria essa ligação entre Estado e racismo estrutural. Conforme a análise de Foucault o racismo para além de um discurso ou mesmo ideologia, é uma tecnologia de poder. Para se aprofundar nessa concepção, precisamos entender como a soberania do Estado se modificou nas diferentes épocas. A ferramenta regulatória utilizada pelo estado era a violência e a ameaça de morte, com o advento da industrialização e o capitalismo o estado passou a precisar manter mão sua de obra ativa. Passando agora a se responsabilizar pela manutenção da vida abandonando até certo ponto essa lógica, esse poder sobre a manutenção da vida segundo Focault seria o biopoder que seria o exercício de poder sobre a vida (SILVIO ALMEIDA, 2019).

Historicamente falando primeiramente se constitui essa concepção de inferioridade e população negra mediante o processo de escravidão que apesar de ter ocorrido a nível mundial no Brasil apresentou marcas de violência próprias. Pois mesmo diante da abolição da escravidão os negros não tiveram um processo de desagregação do trabalho escravo para o trabalho livre. Responsabilidade essa que o Estado deveria ter assumido preparando-os para o novo regime de vida e de trabalho já que eles já haviam nascido dentro do regime de escravidão portanto só conheciam essa forma de trabalho (SOUZA, JÚNIOR, 2019). Assim a população negra foi inserida em um mercado competitivo sem meios matérias para fazer parte dele mantendo a dinâmica social de violência e inferiorização criando assim as raízes políticas do racismo estrutural.

Legitimada pelo Estado que negou a essa população direto a terra, a educação e a emprego. Por isso o racismo seria simultaneamente estrutural e estruturante das relações sociais e da formação dos sujeitos porque mesmo entre aqueles que não aceitam essa violência não existe nenhum tipo de ação política efetiva para se voltar contra ela. Tornando assim essa violência contra as pessoas negras naturalizada, como é o caso dos assassinatos dos jovens na favela que não gera choque nem revolta na população como deveria. Ou o encarceramento em massa atingir a população negra, o fato de não haver negros nas novelas, nos livros infantis, nem nos espaços políticos e a questão que gira em torno do racismo estrutural é como mudar isso (ALMEIDA, 2016).

Para Silvio as pessoas brancas naturalizam o ser branco e o diferente seria o ser negro o que ele chama de branqueamento. Assim o enfrentamento do racismo na sua dimensão estrutural precisa abrir mão de privilégios para que a luta contra racismo seja efetiva.  Racismo estrutural. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019. ALMEIDA, SILVIO, O que é o racismo estrutural, TV Boitempo, Youtube, 2016. Disponível em <https://www. youtube.

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