A utilização de Derivativos Financeiros e seus Riscos

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Turismo

Documento 1

Agradecemos a nossas colegas de grupo pelo empenho para concluir este trabalho. “Os derivativos são como a eletricidade. Utilizados adequadamente podem gerar grandes benefícios. Mas se forem mal utilizados ou compreendidos os resultados podem ser catastróficos. ” (Pennsylvania Securits Commission, February 1995) RESUMO Com a instabilidade do mercado financeiro, o uso dos derivativos tem se tornado cada vez mais freqüente pelas empresas que buscam uma alternativa para se protegerem contra as oscilações do mercado. A História dos Derivativos. O que são Derivativos. Participantes do Mercado Derivativo. Hedger. Especulador. Os Principais Tipos de Swap. Swap de Taxas de Juros. Outros Tipos de Swap. METODOLOGIA. Sadia. Devido a esses grandes prejuízos, as empresas passaram a procurar melhores formas de administrar os riscos financeiros e operacionais. O uso de derivativos como forma de proteção é uma delas.

Porém a utilização inadequada poderá trazer uma série de conseqüências. Mas o que é preciso saber sobre derivativos? Quais os participantes? Quais os tipos? Como se utiliza? Quais as opções para minimizar os riscos? Objetivo geral: demonstrar através de pesquisas como as empresas podem utilizar os derivativos como forma de proteção, para minimizar os riscos em suas operações financeiras. Objetivos específicos: avaliar casos práticos de empresas que utilizaram os derivativos financeiros e não se protegeram contra as oscilações do mercado. Boa parte da economia esta baseada nesta commodity. O arroz era largamente produzido e consumido e a cidade de Osaka se destacava como sendo um centro de comercialização do produto. Logo um fluxo natural de comercialização do produto formou-se na região.

Com toda essa movimentação, um comerciante percebeu a oportunidade que bons negócios se formavam. A desogarnização e a falta de informações sobre o produto produziam distorções em seu preço. Diante desse fato, o comprador, receoso de não receber nem a mercadoria nem o dinheiro pago por ela, propôs que o contrato fosse firmado, mas sem o pagamento pelo bem, que também seria deferido para a data da entrega. Assim se formavam os primeiros contratos. Esses contratos ficariam conhecidos como contrato a termo. Podendo-se definir contrato a termo como uma promessa de compra e venda, firmada hoje, com entrega da mercadoria e recebimento do pagamento em data futura. Nesse ponto, a história diz-nos que o mercado se consolidou e que a negociação do arroz tomou proporções muito grandes na região.

Pode-se segmentá-lo em: mercado de futuros; mercado a termo; mercado de opções; mercado de swaps; e mercado de derivativos específicos”. FORTUNA, 2008, p. “Em vez dos próprios ativos serem negociados no mercado, os investidores apostam em seus preços futuros e, através de contratos assumem compromissos de pagamentos e entregas físicas futuras”. NETO, 2010, p. Neto (2010) em seu livro cita algumas vantagens no uso dos derivativos, entre elas: • Maior atração ao capital de risco, permitindo uma garantia de preços futuros para os ativos; • Criar defesas contra variações adversas nos preços; • Estimular a liquidez do mercado físico; • Melhor gerenciamento do risco e, por conseguinte, redução dos preços dos bens; • Realizar negócios de maior porte com um volume relativamente pequeno de capital e nível conhecido de risco.

Resultado se o dólar cair a R$ 2,90 Perda: 10. Perda: R$ 150. Fonte: Treina Treinamentos 1. Participantes dos Mercados Derivativos O desenvolvimento do mercado levou à especialização de seus participantes que são classificados conforme seu relacionamento com o produto objeto do contrato. Hedger Quando uma pessoa ou empresa se utiliza do mercado para se proteger de eventuais mudanças no preço de um produto, ou para negociar o bem, é chamado de hedger. Bessada (2000) demonstra um exemplo de hedge. Um exemplo bem ilustrativo de uma operação de hedge seria a compra de trigo a futuro por um moinho que vendeu farinha para entrega em data futura. O ponto de partida é a venda da farinha a um cliente. Neste caso, o moinho está vendido (short) no mercado à vista. Vendeu a farinha e terá posteriormente, que comprar o trigo para produzi-la.

Sua presença nos mercados futuros é indispensável, pois é ele que se dispõe a assumir o risco dos hedgers. Assim como uma companhia assume riscos de quantidade, os especuladores em futuros e opções assumem riscos de preços. BESSADA, 2000, p. No mercado de futuros, é ele quem eventualmente assume a posição contrária dos hedgers, dando liquidez ao mercado, assumindo os riscos e, evidentemente, procurando realizar seus ganhos. FORTUNA, 2010). Podemos definir o arbitrador como o participante que, assumindo muito pouco risco, opera em mais de um mercado simultaneamente para se valer de distorções de preços relativos. São responsáveis pelo estabelecimento de preços futuros e pela manutenção de uma relação entre preços futuros e a vista (NETO, 2000, p. “Normalmente, os arbitradores são grandes bancos que possuem uma fonte de financiamento barato, ou grandes empresas que trabalham com o produto objeto do derivativo e que possuem a facilidade de negociá-lo no mercado a vista”.

NETO, 2000, p. Market Maker Assim como o Banco Central possui um grupo de bancos e corretoras que o auxiliam nas operações diárias no Open Market, foi criada pelas Bolsas de futuro outra categoria de participantes chamada de Market Maker ou Especialistas. BESSADA, BARBEDO e ARAÚJO 2005, p. Segundo Neto (2000), com a organização de um sistema de bolsas para a negociação de bens, várias vantagens surgiram. Podemos enumerar algumas delas: • Transparência na formação de preços; • Facilidade na negociação; • Criação de centro de liquidez; • Formalização do sistema; • Garantias na realização e liquidação do negócio. As bolsas provaram ser eficientes como centros de negociação de produtos e presenciaram um grande crescimento, que acabou por trazer mais liquidez, mais transparência de preços e mais garantias à negociação, fatos estes que atraíam mais participantes para seus mercados.

NETO, 2000, p. IBX-50 3. IGPM Dívida Externa 1. Captalization Bond (C-Bond) 2. Eligible Interest Bond (EI) 3. Global 40 Na Bovespa Ações Fonte: Treina Treinamentos 1. A clearing house da BM&F é um departamento. Uma das principais funções da clearing house é garantir que todos os negócios dos mercados de derivativos realizados em bolsa sejam liquidados. Essa garantia e segurança de que todas as negociações sejam liquidadas dão-se pelo fato de que, para cada posição vendida ou comprada, a BM&F assume a outra ponta da operação. A clearing house registra, controla e efetua tanto as compensações de ajustes diários, atualização do preço do contrato, quanto às liquidações físicas e financeiras, administrando as garantias de todas as negociações de derivativos realizados nas bolsas.

Fonte: Site BM&F Nos sistemas de clearing hoje adotados, a corretora é a garantidora final das posições de seus clientes. Mercado a termo São contratos de negociação de uma quantidade de um bem por um preço específico para ser liquidado em uma data futura determinada. O mercado a termo envolve um acordo de compra e venda de certo ativo para ser entregue numa data futura e liquidação em prazo determinado a um preço previamente estabelecido. Sua principal característica é que ele obriga uma parte a comprar – e a outra a vender – o ativo-objeto da negociação. ASSAF NETO, 2010). O contrato a termo não deve obrigatoriamente seguir padrões impostos pelas bolsas de valores, já que se constitui em contrato particular firmado entre duas partes.

Qualquer uma das partes pode liquidar seu contrato antes do prazo. As bolsas asseguram que as obrigações assumidas no contrato entre as partes sejam honradas, caso haja inadimplência de uma das partes, a bolsa ajusta a mercado todas as posições de futuros, determinando uma margem de garantia para a cobertura de eventual inadimplência de uma das partes, em que compradores e vendedores estão obrigados a efetuarem ajustes diários. O mercado futuro tem mais participantes e devido às garantias exigidas pela bolsa garantem maior liquidez que o mercado a termo. As principais diferenças entre mercado a termo e mercado futuro podem ser observadas por meio do quadro abaixo: Tabela 4: Diferenças entre Mercado a Termo e Mercado Futuro Características Futuros A termo Objetivo Proteção contra variações nos preços e especulação sem que haja, na maioria das vezes, transferência das mercadorias.

Proteção contra variações nos preços, normalmente com entrega do produto contratado. Mercado de Opções O mercado de opções foi criado dos contratos negociados no mercado futuro, e representa um direito de comprar ou vender um bem. Neste, negociam-se contratos padronizados, como os futuros, mas com características distintas. Uma opção consiste em um pagamento denominado prêmio. Uma vez pago esse prêmio, dá ao comprador o direito de exercer a opção por um preço específico predeterminado. O comprador de uma opção tem um direito, mas não a obrigação de exercê-lo. Em se tratando de opções de compra, o vendedor desse contrato tem a obrigação de entregar o bem da opção, caso o comprador deseje exercer o seu direito.

O vendedor de um contrato de opção é denominado lançador, e o comprador, titular da opção. Há dois tipos de contratos de opções: opções de compra e opções de venda. A opção de compra é conhecida pela sua denominação call. A opção de venda denomina-se put. Para a realização de uma operação de swap devem existir sempre duas partes com riscos mutuamente exclusivos e opostos, ou seja, uma parte que possui crédito (debito) em determinado índice procura a outra parte que possui debito (crédito) e realiza com ela uma troca. Os Principais Tipos de Swap Os tipos mais comuns de swap são os de taxas de juros e os de moeda, mas as características e necessidades de cada mercado permitem a criação de outros.

Swap de Taxas de Juros É basicamente uma operação financeira na qual são trocadas as naturezas das taxas de juros incidentes sobre determinadas operações por um determinado período de tempo. Essa troca permite alterar as características dos pagamentos das taxas de juros devidas ou a receber. Para Eduardo Fortuna, swap de taxas de juros: “São operações internacionais de hedge (proteção) de taxas de juros acessíveis a empresas brasileiras e efetuadas em bancos estrangeiros, únicos autorizados pelo banco Central para fazer a troca de juros externos. Floor (piso): Um floor de taxas de juros é o oposto de um cap, é utilizado por investidores para fixar um patamar para a rentabilidade de seu investimento. É um produto que pode ser considerado como um seguro contra a baixa nas taxas de juros.

Collar: Nesta operação, há um teto e há um piso. Se as taxas subirem acima do fixado pelo teto, o banco paga a diferença, no caso das taxas caírem abaixo do estipulado à empresa é quem paga ao banco. Normalmente esta operação é feita por empresas que tenham dividas indexadas a taxas flutuantes e querem se proteger contra a alta das mesmas, mas não querem pagar o prêmio de um cap. Para os bancos que trabalham com limites de crédito por empresa, o swap multiplica as oportunidades de fazer e fornecer métodos de proteção, o que acaba beneficiando as empresas que estão em busca constante de proteção para as suas operações. Na BM&F, temos um mercado de swap onde predominam as empresas que, normalmente busca o hedge.

Já os swaps registrados na CETIP caracterizam mais as operações interbancárias. CAPÍTULO 2 METODOLOGIA Para realização deste trabalho foi aplicado o método da pesquisa exploratória da literatura existente sobre o tema abordado. Como metodologia utilizou-se dois estudos de casos: Sadia, Aracruz, cujo os dados obtidos através de sites, revistas, jornais e outras fontes de pesquisa. CAPÍTULO 3 ANÁLISE DOS RESULTADOS 3. Sadia A alta do dólar, que chegou a beirar os 18% em setembro de 2008, efeito colateral da crise, complicou as contas de uma das principais indústrias alimentícia brasileira, com fortes vendas externas em carteira. A companhia excedeu o hedge (proteção) tradicional utilizado por muitos exportadores, que buscam reduzir a influência da moeda nos seus resultados por meio de contratos de câmbio.

Em uma operação de alto risco, chamada target forward, a empresa aposta duas vezes que o real vai se valorizar. Fica vendida em dólar futuro duas vezes. A BM&FBovespa exige que os signatários de contratos em aberto (aqueles que ainda não liquidados como os da Sadia) depositem, todo dia garantias equivalentes a uma fração do contrato. Este procedimento visa evitar problemas de inadimplência nas negociações de futuros. Resumindo, isso significou para a Sadia depositar, todos os dias, cada vez mais dinheiro já que o dólar disparou nestas garantias exigidas, conhecidas como margens. Assim, com o dólar subindo e as garantias a serem depositadas só crescendo, a influência da operação no caixa da empresa começou a pesar mais do que o planejado, diante da volatilidade e do risco no fluxo de caixa da empresa.

Ao tomar conhecimento da exposição excessiva da empresa, a diretoria decidiu recolocar a empresa no rumo acertado com seus acionistas. O mercado inclusive especula que no primeiro semestre de 2008, antes do estouro da crise, grande parte do lucro da Sadia era proveniente deste tipo de operação. Gráfico 1: Lucro / Prejuízo Líquido Fonte: www. sadia. com. br Analisando sistematicamente o desempenho da Sadia percebe-se que grande parte do lucro da empresa tem origem em operações financeiras. Nessa transação, a empresa apostava duplamente na queda do dólar. No primeiro momento, a empresa vendeu dólar ao banco por intermédio de um instrumento chamado forward. Essa operação é a tradicional venda de dólar a termo, por meio da qual a empresa assume a obrigação de vender dólar para o banco a um cotação pré-fixada em uma data futura.

A empresa aposta na apreciação cambial visando ganhar os juros da operação, recebendo, portanto, uma receita financeira. Essa transação em si, não representa elevada exposição a risco cambial, mas apenas ser for casada com uma receita em dólar que a empresa tiver a receber com as exportações. Derivativos 41. Derivativos 2. Outros 2. Outros 888. Realizável a longo prazo 693. Sua perda total foi de 2,13 bilhões de dólares. O que essas empresas poderiam ter feito para impedir tais prejuízos? A estratégia empresarial adotada por essas empresas deveria ser a de utilizar os derivativos com o objetivo exclusivo de administração de risco e sempre casado com uma receita a receber, e que mesmo assim devem ser analisados os fatores de risco e as exposições já assumidas.

CONCLUSÃO Cada vez mais as empresas buscam meios para se protegerem das oscilações do mercado ou até mesmo para obter ganhos, os derivativos financeiros são um deles, porém ao mesmo tempo em que algumas operações se mostram bastante atrativas elas também representam muito risco. Um exemplo é como os produtores de mercadorias, os exportadores e importadores procuram maximizar lucros, muitas vezes correm o risco de que os preços estimados não se cumpram no futuro, sendo assim acabam enfrentando o risco de preços que é vinculado tanto as receitas como aos custos que afeta negativamente as decisões de investimentos. Embora a opção pela intensificação da busca de lucro financeiro possa oferecer resultados atrativos no curto/médio prazos, tal financerização traz em si potencial perigo para a continuidade da empresa.

ASSAF NETO, Alexandre, Mercado Financeiro. ed. São Paulo: Atlas, 2010. BACIC, Miguel Juan, Gestão imprudente do risco financeiro como elemento de destruição de valor: uma reflexão a partir do uso de derivativos por empresas líderes brasileiras, Disponível em: <www. revistaiic. BESSADA, Octavio, O Mercado de Derivativos Financeiros. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000. BESSADA, Octavio; BARBEDO, Claudio; ARAUJO, Gustavo. Mercados de Derivativos no Brasil, 2 ed. br> Acesso em 25 de setembro de 2011. FORTUNA, Eduardo, Mercado Financeiro: Produtos e Serviços, 17 ed. Rio de Janeiro: Qualitimark, 2008. LOPES, A. B; LIMA, I. Relatório Anual 2008, Disponível em: <www. sadia. com. br> Acesso em 13 de setembro de 2011. SILVA, Breno Augusto de O; PINESE, Henrique Penatti.

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