AUTOGESTÃO E HETEROGESTÃO EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Administração

Documento 1

Dr. Data:___/___/____ BANCA EXAMINADORA: ______________________________________________ Prof. – Orientador Universidade Estadual de Feira de Santana ______________________________________________. Universidade Estadual de Feira de Santana ______________________________________________. Universidade Estadual de Feira de Santana SUMÁRIO 1. Economia Solidária x Economia Capitalista 14 2. GESTÃO 16 2. Heterogestão 18 2. Autogestão 20 2. Heterogestão x Autogestão 22 2. Junto às inovações tecnológicas, surgiram diferentes formas de gestão baseados na flexibilidade de processos, produtos e mercados, e que rompiam com a perspectiva fordista calcada na acumulação e no trabalho em massa (JUVENAL, 2006). No Brasil, as mudanças na economia e no mercado de trabalho surgiram, consideravelmente, no início da década de 90. A construção da economia ao comércio e capitais internacionais, a queda na taxa da inflação e a menor intervenção do Estado na economia atingiram na qualidade e na quantidade de serviços apresentados no país, resultando no desenvolvimento do desemprego e no número de trabalhos na informalidade.

Ao buscar resultados para as questões enfrentados pelas cooperativas de crédito, foi possível analisar que, além das cooperativas e associações, a equipe também se estabelece sob outros modelos de trabalho, como as instituições recuperadas, oriundas de massa falida, sob-regime de autogestão e heterogestão. Há tanto tempo que o capitalismo está guiando a economia que é possível pensar que tudo o que acontece no mundo atualmente é normal, inclusive a lógica de consumo constante, criando uma superprodução e tendo processos artificiais para uma empresa baseada no consumo como meio de bem-estar. Primeiramente abordaremos sobre a Economia num contexto geral, sabendo que ela é classificada em diferentes formas, destrinchamos aqui a economia capitalista e a economia solidária, e colocamos uma versus a outra para análise.

No segundo tópico pesquisamos sobre a Gestão, abordamo-la no contexto geral, e assim, como na economia analisamos apenas dois modelos a heterogestão e a autogestão, tratamos deste modelo no contesto geral de como funcionam e analisamos uma versus a outra com seus principais pontos. A partir da terceira etapa começamos a abordar o cooperativismo, e como a autogestão e a heterogestão atuam dentro das cooperativas de crédito. E por ultimo analisamos a percepção da autogestão e da heterogestão com relação a economia, a gestão e cooperativismo de crédito. ECONOMIA Economia é uma ciência que estuda os recursos de trabalho, distribuição, acumulação e consumo de bens materiais. Os estudos em economia constituem os fatores econômicos que são: governo, indivíduos, firmas e setor externo.

Todos estes fatores compartilham com mercados de produtos e de condições. A partir do estudo de como ocorre esta relação é que são construídos os recursos de representação econômica de uma nação.   Conceitualmente, desenvolvimento e crescimento econômico estão compostos nos estudos do desenvolvimento total do país, porém com propriedades diferentes, enquanto um olha somente para a economia de forma monetária e quantitativa o outro tem em sua base processos sociais, específicos de certa forma, que consideram as questões qualitativamente. Para Vasconcelos (2011, p. O Capitalismo surgiu com o fim do Feudalismo, o qual era um processo político e econômico que se começou na Europa ao longo a Idade Média, e com o final do desse processo, o Capitalismo teve a sua evolução.

As economias de mercado estiveram sob diferentes modelos de governo, em diversos momentos históricos, lugares e culturas. No mas, o aumento das sociedades capitalistas determinado por uma expansão dos vínculos sociais baseadas no dinheiro, uma classe de trabalhadores assalariados consistentemente abrangentes e uma sociedade que possui o controle da riqueza e do poder político desenvolveu-se na Europa Ocidental em um sistema que levou à Revolução Industrial. A resultado de Schumpeter consiste na realidade de que este autor representa equivocadamente o capitalismo com o processo de livre-concorrência: No sistema de comércio livre não haveria conflito de interesses econômicos entre as diferentes nações, nem mesmo entre as classes de diferentes nações. E como o protecionismo não é uma característica essencial da economia capitalista – pois se assim fosse a economia nacional inglesa dificilmente seria capitalista – é evidente que qualquer interesse econômico num expansionismo pela força por parte de um povo não é necessariamente um produto do capitalismo (SCHUMPETER, 1961, p.

 As propriedades principais deste processo envolvem, além da propriedade privada, a acumulação de capital, o trabalho assalariado, a troca voluntária, um processo de preços e mercados competitivos (HEILBRONER, 2008). Economistas,  sociólogos e historiadores tomaram diferentes aspectos em seus estudos do capitalismo e observaram diferentes formas dele na prática. Estas envolvem capitalismo livre-mercado ou laissez-faire, capitalismo de bem-estar social e capitalismo de Estado. Diversos modelos de capitalismo possuem diferentes graus de mercados livres, propriedade pública, problemas à livre concorrência e políticas sociais sancionadas pelo Estado. O capitalismo é um processo econômico e social, em que o principal objetivo aponta o lucro e a acumulação de recursos, por meio dos meios de produção. Segundo bem demonstrou Singer (2004), “a economia solidária foi inventada por operários, nos primórdios do capitalismo industrial, como resposta à pobreza e ao desemprego resultante da difusão «desregulamentada» das máquinas-ferramenta e do motor a vapor, no início do século XIX”.

Economia solidária transmite o entendimento do trabalho como um processo de independência humana dentro de um sistema de democratização econômica, tendo uma possibilidade à dimensão alienante e assalariada das relações de trabalho capitalistas. Além disso, a economia solidária um objetivo multidimensional, isto é, demanda a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da compreensão econômica de desenvolvimento de trabalho e receita, as tentativas de economia solidária se distinguem na área pública, incluindo como sentido a produção de um espaço socialmente justo e sustentável.   A Economia Solidária consegue ser determinada em três condições: • Economicamente: é uma forma de realizar a atividade econômica de trabalho, proposta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na participação, o que chamamos de autogestão: ou seja, na Economia Solidária não existe chefe nem empregados, porque todos os membros da empresa (associação, cooperativa ou grupo) são ao mesmo tempo trabalhadores e proprietários.

É isto que a perspectiva da economia solidária quer afirmar, quando seguem no plano de democratização da economia que tem todas estas iniciativas. Ou seja, utilizando o vocabulário de Lipietz (2001), “fazemo-lo em nome disto” sobrepõe-se ao “como, sob que estatuto e com que normas de organização o fazemos”, isto é, as regras da economia social. O sentido da Economia Solidária é tornar a sociedade menos diferente. Porém, mesmo que todas as cooperativas colaborassem entre si, sempre umas iriam pior e outras melhor, em função do acaso e das mudanças de capacidade e interesse da população que as constituem. Teria assim instituições ganhadoras e perdedoras. O equilíbrio entre oferta e demanda exige, em princípio, competição livre, que demanda em um número tão grande de vendedores e clientes que nenhum dos lados pode estabelecer o preço ao outro.

Assim, não deve surpreender que as empresas sociais e econômicas inventadas e mantidas por pobres (desprovidos de propriedade) sejam regidas muito mais pela solidariedade do que pela competição. A economia solidária apresenta diversos tipos de 'empresas', associações voluntárias com o objetivo de garantir a seus membros benefícios financeiros. Estas instituições surgem como ações a necessidades que o processo principal se nega a resolver. As atividades de economia solidária contêm suas atividades em um sentido diferente: a partir de uma análise ao sistema de trabalho capitalista, apresentam e defendem princípios distintos, como a solidariedade, a cooperação e a autogestão. evidencia que: A Economia Solidária constitui-se de empreendimentos que, independente da forma e dos nomes que recebem (cooperativas, associações, mutirões, etc), caracterizam-se por ser solidários e autogestionários.

São solidários porque dividem os custos do investimento e repartem os lucros. E são autogestionários porque os próprios trabalhadores administram o empreendimento. É dentro do sistema capitalista, em que dominam empresas privados, de que objetivo principal é o lucro, que apresentam essas iniciativas. Para alguns, essas iniciativas podem ser conhecidas como o princípio do desenvolvimento de um novo sistema de produção, não capitalista. GESTÃO Gestão significa administração, controle, no qual existe uma organização, uma empresa, uma entidade social de pessoas, a ser gerida ou dirigida. Por meio do estudo dos modos de trabalho e as características de gestão de uma organização, é possível avaliar de que sistema é aplicado seus recursos organizacionais, e qual sentido é base ao sistema de planejamento, execução e gestão dela.

De forma mais simplificada, um modelo de gestão significa um padrão, um meio de administrar. Porém, o que é administrar? Administrar é tomar medidas sobre meios disponíveis (financeiros, materiais e humanos) para realizar os objetivos da organização. Então, podemos dizer que sistema de gestão é o administrar por meio de um modelo já existente, fazendo as mudanças importantes de acordo com as características de cada instituição. O conceito de gestão apresenta relação diretamente com a administração dos recursos disponíveis na instituição.  Esses recursos podem ser tanto materiais e financeiros como humanos, tecnológicos ou de informação. Gestão é estabelecer e analisar um processo para que ele alcance os resultados esperados. Gestão é entender que 80% das dificuldades e dos problemas de alcançarmos resultados ocorrem do processo, e não dos indivíduos.

O bom gestor é aquele que considerando isso, estrutura os recursos, processos e os indivíduos, para que o resultado seja obtido. Mesmo que exemplos históricos (FARIA, 2009), a autogestão tem sido confundida apenas com uma nova forma de administrar instituições ou empresas, sem qualquer relação com a especificidade destas. A autogestão só consegue viabilizar-se por meio da vontade coletiva dos elementos incluídos numa produção comunitária e depois de uma revisão crítica da história e constituição da empresa moderna. Não se consegue esquecer nem à vontade e nem tampouco o caráter técnico do que é administração. Infelizmente, na prática, apresenta que os que têm a vontade não apresentam a paciência necessária para analisar o processo, e os que sabem a técnica não têm a vontade.

Heterogestão A heterogestão é um meio de controlar o capital e a parte intelectual passa a ser mais considerada, porque ela tem a capacidade profissional, administrativo e de decisão: enquanto que aos trabalhadores manuais ocorre uma desvalorização. Ou seja, reconceituase a perspectiva de trabalho, firmando-a como possibilidade de ocupação em cooperativas e associações, não só em empresas ou autonomamente. Mais que isso, aponta-se esta como a opção para qualificar o trabalho informal em termos de produtividade, aumento de renda e proteção social. Assim, a economia solidária seria a possibilidade de redenção do espúrio informal que sempre marcou a história trabalhista do país e que cresce estruturalmente nos últimos tempos. BARBOSA, 2007 p. A heterogestão é o sistema de gestão de trabalho e de produção em que o lucro é próprio pelos capitalistas individuais ou por empresas anônimas.

O que a gestão técnica de Taylor criou, então, foi um trabalhador mecanicista, ou seja, tarefeiro, brutalmente profissional, em que o embotamento do conhecimento pelo sistema de trabalho era um exemplo deste processo de gestão. O taylorismo foi sistema que acrescentou o estudo e a acumulação do lucro a partir da heterogestão. Autogestão Segundo Albuquerque (2003) apud Carvalho (2012, p. a autogestão pode ser compreendida como: Por autogestão, em sentido lato, entende-se o conjunto de práticas sociais que se caracteriza pela natureza democrática das tomadas de decisão, que propicia a autonomia de um "coletivo". É um exercício de poder compartilhado, que qualifica as relações sociais de cooperação entre pessoas e/ou grupos, independente do tipo das estruturas organizativas ou das atividades, por expressarem intencionalmente relações sociais mais horizontais.

O conceito anarquista de autogestão se representa por eliminar a hierarquia e os recursos capitalistas de instituição envolvida. Para outra concepção de autogestão, esta se representa como as relações de produção da instituição comunista. O objetivo do modelo é promover autonomia, igualdade e eliminar as hierarquias e a burocratização presentes na organização. Entende-se por autogestão um princípio de organização social baseado na cooperação entre as diferentes pessoas que constituem parte do conjunto de qualquer trabalho, sejam elas serviços econômicas, produtivas, administrativas, políticas, culturais, etc. Esta teoria demanda que todas as medidas relacionadas à gestão de um trabalho são diretamente e igualitariamente tomadas por todos que dela participam. Então, a heterogestão tem como característica o controle de resultados de gestão dos recursos de produção aplicado sob o domínio do capitalista, na base em que é necessário dominar não apenas as matérias-primas, mas também a própria força de trabalho, para assegurar o sistema de produção em funcionamento constante, bem como a apropriação privada e em consequência a acumulação e aplicação de capital (SINGER, 2006).

Tendo em vista que a Autogestão é o oposto da gestão capitalista de instituições que objetiva potencializar o lucro seguindo os interesses dos donos do capital, este novo sistema de administrar tem como objetivo o bem estar dos produtores que são os fundadores e proprietários da organização. Consiste na gestão coletiva, tendo cada associado um voto nas assembleias que estabelecem o destino do negócio e dialoga sobre as importantes questões enfrentadas e seus prováveis resultados. Minha hipótese é a de que, apesar da heterogeneização, complexificação e fragmentação da classe trabalhadora, as possibilidades de uma efetiva emancipação humana ainda podem encontrar concretude e viabilidade social a partir de revoltas e rebeliões que se originam centralmente no mundo do trabalho; um processo de emancipação simultaneamente do trabalho, no trabalho e pelo trabalho (ANTUNES, 2000 apud MARIANA, 2003).

Propriedades como a distribuição dos resultados, gestão do trabalho e os recursos de produção neste processo se apresentam a partir da heterogestão que, neste caso, se apresenta como sistema de gestão que se utiliza. Tanto que essa dificuldade se reflete no sentido da área a que pertencem. Podem estar estabelecidos na definição de Terceiro Setor, como área determinada entre o público e o privado, mas existem questões quanto a essa perspectiva em função da classificação com fins lucrativos ou sem fins lucrativos. Parte-se, assim, do objetivo que, além de não caracterizadas plenamente como autogestão, a prática de determinadas empresas pode ser chamada autogestão na unidade produtiva. A base de autogestão utilizada nesse ambiente não parte, então, de um conceito geral de autogestão, considerado que emerge de recursos de empresas reais no seu enfrentamento a formas de gestão autoritárias (heterogestão).

O sistema de autogestão se constitui em um processo no qual não há patrões, e a todos envolvidas estabelecem entre si, de forma democrática, o planejamento da organização. Procurando compreender que mudanças foram essas e como distribuir os lucros produzidos pelo trabalho aos trabalhadores, os primeiros socialistas, conhecidos de socialistas utópicos, começaram a considerar sobre novas formas de produção. Foi então que se criou o cooperativismo. O cooperativismo está relacionado a recursos universais da participação democrática, solidariedade, liberdade e autonomia. Por sua vez, se forma independente do território, religião, nacionalidade ou credo. Então, o cooperativismo tem se apresentado como um movimento, um sistema de vida e modelo socioeconômico capaz de aproximar indivíduos numa causa comum, além da busca do crescimento financeiro e bem-estar social dos envolvidos e sociedade.

A divisão antes mencionada é reconhecida pela Revolução Industrial que mexeu nas bases industriais das instituições através da geração das importantes inovações. Cooperativismo é o sistema que indica a participação e a associação de indivíduos ou grupos com os mesmos interesses, a ponto de atingir benefícios comuns em seus serviços econômicos. O associativismo cooperativista tem por estrutura o desenvolvimento geral do apoio e do auxílio mútuo segundo o qual aqueles que se encontram na mesma situação desvantajosa de competição podem, pela soma de esforços, assegurar a sobrevivência. É um movimento econômico e social, através de pessoas, em que a cooperação se constitui na participação dos membros, nos serviços econômicos com vistas a atingir o bem comum e realizar uma mudança social dentro do capitalismo.

Cooperativismo de Crédito O cooperativismo é um meio de sistema econômica da sociedade. Juntamente com seu trabalho social e missionário, o padre foi responsável pelo desenvolvimento dos princípios cooperativos, primeiramente, na cidade de Nova Petrópolis. Essa área é um dos mais dinâmicos do cooperativismo, sendo desenvolvido por organizações financeiras sob a forma de cooperativas, as quais têm como propósito a prestação de serviços financeiros aos associados, de acordo com o Banco Central do Brasil - BACEN (2008). Essas empresas não têm fins lucrativos, porém, sim o objetivo de garantir crédito realizar demais atividades financeiras aos cooperados, com autorização e fiscalização do BACEN, como consideram Meloni (2005) e Geriz (2004). As Cooperativas de Crédito, diversas das vezes são confundidas com Bancos, além de estarem supervisionadas pelo Banco Central do Brasil, enquadrando-se como empresas financeiras, destacando que as mesmas não apresentam maior interesse nos lucros, fazendo destes um de suas diferenças.

Uma cooperativa é um grupo de indivíduos, que nela entram livremente (se tornando sócias) e que passam a fazer seus movimentos financeiros por meio delas, e não mais com os bancos tradicionais. Os trabalhadores do nível mais baixo sabem muito pouco além do necessário para que cumpram suas tarefas, que tendem a ser repetitivas e rotineiras. SINGER 2002, p. Para TAUILE et. al. dos modelos de gestão socialmente indesejável, consideramos a heterogestão. Autogestão em Cooperativa de Crédito O cooperativismo tem início, de acordo com Costa (2007), na resistência operária às pressões sociais resultados do liberalismo econômico realizado nos séculos XVIII e XIX. O autor inclui que a cooperativa de consumo dos “Probos Pioneiros de Rochdale” foi a primeira cooperativa de sucesso, sua formação em 21 de dezembro de 1844, por 28 tecelões, é considerada uma referência na história do cooperativismo.

De acordo com o Lima Neto (2006), no século XIX, foram identificados cinco aspectos ou grupos de cooperativas: a) cooperativas de consumo, de que início foi a de Rochdale; b) cooperativas de trabalho, que apresentaram seu primeiro acesso na França; c) cooperativas de crédito, com início na Alemanha; d) cooperativas agrícolas, com início na Dinamarca e na Alemanha; e e) cooperativas de serviço, como as de moradia e saúde, que surgiram em algumas regiões da Europa. Autogestão ou gerir-se a si mesmo é compreendido segundo os próprios cooperados, representante e dirigente apresentarem total responsabilidade pela gestão da cooperativa (KRUEL, 1999). Para facilitar o entendimento do termo da autogestão cooperativa, busca-se definição em Tesch (1995, p. a negação da burocracia e de sua heterogestão, que separa artificialmente uma categoria de dirigentes de uma categoria de dirigidos” (MOTTA, 1981, p.

Então, autogestão é o compromisso entre o conhecimento e a execução, i. e. a junção entre atividades separadas artificialmente, primeiro através de capital e agora pela burocracia do conhecimento (MOTTA, 1981). Os Componentes de Mudança é um dos grupos na análise do modelo determinado por Oliveira (2006). Ao oposto da heterogestão, reconhecida pela gestão hierárquica, completa por condições constantes de autoridade, com as informações fluindo dos níveis mais baixos (que executam especialmente serviços rotineiras e operacionais), e as decisões dependendo dos níveis mais altas da hierarquia, a autogestão demanda em controlar ao máximo os níveis hierárquicos na gestão, para que as relações em seu meio sejam horizontalizadas (FARIA e CUNHA, 2011). O movimento histórico apresenta que a autogestão não é só uma ideia vaga, um ideal, porém que tem profundas condições na história da humanidade, no processo e no pensamento original do proletariado que é a mesma existência dos conflitos operarias (GUILERM, BOURDET, 1976).

Mas, teme-se que um excesso de formalização impeça as cooperativas nas relações da burocracia, o que, contraditoriamente, poderia prejudicar o trabalho cotidiano da autogestão, correndo-se o risco, com o passar do tempo, de virem a se apresentar processos capitalistas de controle e de gestão. Enquanto o conselho operário e a cooperativa procuraram superar a heterogestão, agindo sobre a produção (economia) e a estratégia (política), a autogestão pretende evitar a heterogestão e não a ultrapassar, na medida em que pretende ser uma mudança radical (GUILLERM e BOURDET, 1976). Torna-se fundamental, neste momento, estabelecermos o conceito de autogestão. Nestes trabalhos, também foi observado que a forma pela qual o grupo gestor atua é capaz de impedir ou promover a participação dos outros cooperados.

As empresas, no sentido cooperativo, são autogestionárias, ou seja, os sócios são os trabalhadores e também participam das decisões da gestão da instituição. A autogestão não é entendida como um sistema organizacional, porém, como um processo econômico social, o qual os cooperados, homens e mulheres, precisam participar ativamente das decisões. Outra categoria de questões associadas às organizações cooperativas diz respeito à necessidade ou fraca educação cooperativista por parte dos cooperados (PEREIRA; RIGO, 2006; RIOS, 1979). Tanto no trabalho das cooperativas quando no sistema de entrada dos novos associados, os ensinamentos sobre o sistema institucional cooperativista e a vida nestas empresas são diferentes e fracos. O resultado natural é a solidariedade e a igualdade, cuja reprodução, no entanto, exige mecanismos estatais de redistribuição solidária da renda.

SINGER, 2002 p. Nesse contexto, consiste e se desenvolve o movimento de economia solidária, incluindo o cooperativismo como possibilidade a uma sociedade mais justa e igualitária; um socialismo restaurado, incluindo como projeto a inclusão dos trabalhadores que estão fora do mercado, por causa da reestruturação, ou ao longo do desenvolvimento histórico de violência. A autogestão segue incluindo um sentido para toda a sociedade, não apenas a instituição de trabalho, porque o sentido democrático presente nessas instituições provavelmente estimula o indivíduo a tomar responsabilidades externamente, aumentando uma identidade como trabalhador e como cidadão no sentido do autogoverno. Neste modo, as atividades autogestionários constituem-se de diferentes condições: econômico-produtiva, político-administrativa e psicossocial e ideológica.  É importante aqui lembrar Marx (1998), na sua conhecida afirmação, que as forças produtivas são condições de trabalho do conhecimento.

Nesse modo, o desenvolvimento da ciência não é mais que um sentido e um meio de crescimento dos efeitos produtivo humano. No entanto, isso não significa uma redução do conhecimento a um economicismo estreito. O que destacamos é que a origem última do conhecimento está na meio de trabalho material, em que a os princípios e prática são inter-relacionadas. Seguindo essa concepção, pretende-se com essa análise como sendo do tipo qualitativo, uma vez que demanda a identificação de uma metodologia de gestão em particular, sem deixar de considerar suas consequências dentro da cooperativa. Podemos estabelecer que ele estivesse buscando uma base sólida, que lhe dê segurança para a pesquisa da verdade, que são a experiência e o estudo, pois a discussão não confrontava seus resultados com as informações, mas apenas com as palavras.

Mas apresenta a dificuldade de aplicação de seu método: Nosso método, contudo, é tão fácil de ser apresentado quanto difícil de se aplicar. Consiste no estabelecer os graus de certeza, determinar o alcance exato dos sentidos e rejeitar, na maior parte dos casos, o labor da mente, calcado muito de perto sobre aqueles, abrindo e promovendo, assim, a nova e certa via da mente, que, de resto, provém das próprias percepções sensíveis. Foi, sem dúvida, o que também divisaram os que tanto concederam à dialética. BACON, 2000, p. As cooperativas de crédito são eficientes para o desenvolvimento da economia, a democratização do crédito e a alienação de renda. Referências Bibliográficas ALCÂNTARA, Fernanda Henrique Cupertino.

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