A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO MANEJO DE FERIDAS COM FOCO AO TRATAMENTO E COBERTURA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Tipo de documento:Revisão integrativa de literatura

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar na literatura estudos que descrevem a assistência de enfermagem no cuidado e tratamento de feridas na Atenção Primária a Saúde. Metodologia: O respectivo estudo consiste numa revisão bibliográfica da literatura sobre a assistência de enfermagem no cuidado e tratamento de feridas na Atenção Primária a Saúde. O levantamento de dados ocorreu no período de Outubro à Novembro de 2021, utilizando-se bases virtuais. Resultados: Utilizou-se um total de 10 artigos que foram divididos em duas temáticas, sendo, aproximadamente, 37% correspondentes à categoria Feridas e Lesões e 63% à Assistência de Enfermagem no Manejo de Feridas na APS. Conclusão: As feridas são um problema presente na humanidade há séculos e seu tratamento passou por um processo evolutivo compreendendo as medidas de prevenção e cuidado, tendo o enfermeiro como principal agente deste cuidado e a atenção básica a principal porta de entrada para o acesso a saúde.

BRASIL, 2002; MACÊDO et al. No Brasil, as feridas constituem um agravo à qualidade de vida do indivíduo acometido e um sério problema de saúde pública em virtude da sua baixa notificação. Atinge a população de forma geral, independente de sexo, faixa etária ou etnia. Em nível primário, destaca-se a assistência às feridas neurotróficas, desenvolvidas, principalmente, a partir de doenças que acometem o sistema nervoso periférico, como a hanseníase e o diabetes mellitus. BRASIL, 2002) O tratamento das lesões é praticado a anos, mas com o tempo está prática esteve em constante evolução, desde suas técnicas as substancias utilizadas, o planejamento das ações é feito a partir do planejamento através de avaliação, classificação e cicatrização, empregando os critérios científicos para a escolha do tipo de cobertura, identificando o mais eficaz e acessível para o paciente.

Atendendo aos critérios de inclusão foram estabelecidos: artigos científicos completos, disponíveis na íntegra, publicados no período de 2016 a 2021, em periódicos nacionais e internacionais, no idioma português. Como critérios de exclusão, foram adotadas: livros, teses, dissertações, monografias, editoriais, além de artigos duplicados ou que não atenderam ao objetivo do estudo. Para organização e tabulação dos dados, foi montado pelos pesquisadores um instrumento de coleta de dados contendo: Identificação (título, periódico, ano de publicação, país do estudo) Metodologia (natureza do estudo, população, método de análise, base de dado onde foi retirado, enfoque) resultados/ conclusões e categorização. Anexo I) Por fim, realizou-se à análise bibliográfica para caracterização dos estudos selecionados.

Sendo assim, foram selecionados os conceitos principais abordados pelos artigos, havendo a categorização por similaridade de conteúdo. Ano Autor Título Assunto 2011 DANTAS, DV; TORRES, GV; DANTAS, RAN. Assistência aos portadores de feridas: caracterização dos protocolos existentes no Brasil Realizar a caracterização os protocolos de assistência aos portadores de feridas existentes no Brasil quanto ao ano, local de publicação, tipo de intervenção e nível de atenção, tipo de lesões abrangentes e estruturação. SMANIOTTO, PHS et al. Sistematização de curativos para o tratamento clínico das feridas Descreve sistematicamente as coberturas propriamente ditas, os curativos passivos e os com princípios ativos utilizados nos tratamentos de feridas em um tratamento clínico. BUSANELLO, J et al. Ângulo de fase para avaliar risco ou cicatrização de lesões: revisão sistemática Avalia a efetividade do ângulo de fase medido por bioimpedância elétrica como preditor para avaliação de cicatrização em pacientes com lesões cutâneas ou risco de desenvolvê-las.

OLIVEIRA, MRP et al. Ações de enfermagem na atenção ao portador de feridas na atenção básica em saúde Descreve as ações do enfermeiro no atendimento ao portador de feridas na atenção básica em saúde. RAMOS, FT et al. Associação entre a orientação recebida durante a internação e a ocorrência de cicatrização de feridas Avalia se há associação entre a orientação recebida durante a internação e a ocorrência de cicatrização de feridas na perspectiva do paciente após a alta hospitalar Observou-se, após a análise das bibliografias estudadas a predominância e similaridade de conteúdo em determinados temas, sendo os estudos agrupados nas seguintes categorias temáticas: A) Feridas e Lesões B) Assistência de Enfermagem no Manejo de Feridas na APS.

Oliveira et al (2016), cita que as feridas são um problema que acomete a população mundial, com altos índices de morbidade e mortalidade, impactando economicamente pelas despesas relacionadas as lesões. Além disso, repercute negativamente na vida do paciente alterando sua rotina e trazendo sensações desagradáveis que alteram também o humor do indivíduo. Ramos et al (2021), as feridas não se limitam a uma faixa etária podendo acometer qualquer pessoa, tornando-se assim um problema de saúde. A extensão com que o ferimento atinge pode impactar diretamente no tratamento determinando sua duração. Quando ocorre a lesão o corpo inicia diversas respostas com intuito de restaurar a proteção realizada pela pele, sendo a cicatrização uma delas. As complicações relacionadas as feridas não afetam somente o portador, como também todos aqueles que estão em seu convívio, pois ela acaba causando incapacidade, dores, isolamento, gastos, alterações psicossociais, imobilidade, baixa autoestima, afastamento relacionado a hospitalização (OLIVEIRA et al, 2016).

Há diversas classificações sendo elas: por tempo de evolução, grau de abertura, etiologia, profundidade e conteúdo microbiológico. As feridas, de classificação de acordo com o tempo de evolução, se apresentam em duas formas, como crônicas que tem um processo de cicatrização lenta ou inexistente e causa complicações ao paciente, e são associadas geralmente a doenças pré-existentes como diabetes Mellitus, insuficiência venosa ou arterial, e ferida agudas causadas por ação traumática externa, com emprego de ação de energia físicas, química, mecânica ou radioativa (CAMPOS et al 2016). As feridas por mecanismo de ação ou etiológicas são denominadas ulcerativas, oncológicas, cirúrgicas e traumática. As ulcerativas são lesões escamadas, circunscritas e com profundidade variada podendo afetar a superfícies ou até os músculos, sendo lesões complexas e de difícil cicatrização (AGUIAR, et al,2012).

A cobertura bioativa fornece elementos, que cicatrizam e estimula a cura da ferida o curativo, de carvão ativado com prata desempenha o papel de reter a bactéria, e eliminar odor tem propriedade de inativar a bactéria, nessa classificação há também o curativo de cobertura impregnadas por prata indicadas para lesões com alto risco de infeção. Coberturas biológicas que podem conter substância de origem animal, e vegetal indicados para lesões 3 e 4 com dificuldade de cicatrização (BERNANDES,2019) De acordo com a resolução cofen n°567/2018 compete ao Enfermeiro Generalista: realizar curativos, coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado às feridas; Estabelecer prescrição de medicamentos/coberturas utilizados na prevenção e cuidado às feridas, estabelecidas em Programas de Saúde ou Protocolos Institucionais Estabelecer uma política de avaliação dos riscos potenciais, através de escalas validadas para a prevenção de feridas, elaborando protocolo institucional (aplicação da Escala de Braden); Desenvolver e implementar plano de intervenção quando um indivíduo é identificado como estando em risco de desenvolver úlceras por pressão, assegurando-se de uma avaliação completa e continua da pele, participar de programas de educação permanente para incorporação de novas técnicas e tecnologias, tais como coberturas de ferida, laser de baixa intensidade, terapia por pressão negativa (V.

A. C), entre outros, Registrar todas as ações executadas e avaliadas no prontuário do paciente, quanto ao cuidado com as feridas. Competências do Enfermeiro especialista dermatologia estoma terapia – com base no PAD nº 796/2013, Parecer CTGAE nº 003/2013: Realizar todas as ações sugeridas ao enfermeiro generalista, além de: Participar da elaboração de protocolos junto à equipe de saúde, Atualizar enfermeiros e técnicos de enfermagem em relação aos princípios básicos para prevenção de feridas e recuperação da integridade da pele (instrumentos de avaliação do cliente e da ferida; fatores que interferem na cicatrização, técnicas para realização de produtos e coberturas, incluindo indicações e contraindicações; entre outros), implementar programas de prevenção e tratamento de feridas, avaliar clientes e prescrever produtos e coberturas, principalmente nos casos de maior complexidade e/ou quando necessário, solicitar parecer a outros profissionais quando necessário.

A introdução de novos protocolos e políticas permitem uma extensão na terapêutica otimizando-o, evitando também a administração de fármacos indiscriminadamente, reduzindo, no entanto, os gastos públicos e privados. Oliveira et al (2021), descreve que a saúde pública é um ambiente que, apesar das crescentes demandas, o atendimento ao portador de feridas ainda é baixo. A assistência a esses clientes impõe uma atenção especial por parte da equipe de saúde, especialmente, da enfermagem, devido ao seu domínio da prática de manejo de feridas. A educação e promoção em saúde são importantes instrumentos, devendo envolver tecnologias e recursos que facilitem o reconhecimento e intervenção precoce a lesão. As ações promovidas pelo enfermeiro devem entender o paciente e compreender sua individualidade, garantindo a conservação dos seus direitos de usuário e do desenvolvimento de uma assistência pautada nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).

Drene os abscessos locais; 6. Avalie o indivíduo quanto à osteomielite se houver tecido ósseo exposto, ou se a úlcera não cicatrizar com terapia anterior. O enfermeiro na atenção primaria em cuidados de feridas e lesões e o profissional de que está diretamente relacionado ao tratamento de feridas, é com visão ampla do cenário em que ele atua, além do conhecimento sobre os meios que ele utiliza. Diversos pacientes procuram a Atenção Primária como porta de entrada ou nela são acompanhados após atendimento de alta complexidade, o que confere a esse nível de atenção maiores envergadura e responsabilidade para assistência ao portador de lesões da pele. O enfermeiro detém maior domínio desta técnica e, uma vez que tem maior contato com o paciente, deve estar apto a acompanhar a evolução da lesão, orientar os cuidados necessários e executar o curativos (SANTOS,et al,2014) CONCLUSÃO As feridas são um problema presente na humanidade há séculos e, como a sociedade, passou por um processo evolutivo sobre os conhecimentos acerca dos métodos curativos, das medidas de prevenção e do cuidado, que, inclusive, tem o enfermeiro como principal agente.

maio/ago. AGUIAR. R; SILVA. G. Os Cuidados de Enfermagem em Feridas Neoplásicas na Assistência Paliativa. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de condutas para úlceras neurotróficas e traumáticas- Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Saberes e práticas no cuidado centrado na pessoa com feridas. Esc Anna Nery,; v. n. p. COFEN. n. p. FERREIRA, M; et al. Conhecimento e prática de enfermeiros sobre cuidados aos pacientes com feridas. J. p. MACÊDO, C et al. O cuidado com feridas na atenção primária à saúde: uma revisão da literatura. CONGREFIP, 2017. MOTA, RF; et al. Classificações de intervenções e resultados de enfermagem em pacientes com feridas: mapeamento cruzado.

Rev Gaúcha Enferm, v. n. p. RAMOS, F; et al. Rev Bras Cir Plást, v. n. p. TOLFO. G.

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