A relação entre o estigma e a educação

Com o objetivo de evidenciar o estigma na sociedade atual, se pautara em autores que buscam explicar o tema, bem como utilizará exemplos históricos, como a segregação racial. A diversidade e a multiculturalidade, estarão presentes ao longo do texto, se fundamentando como ferramentas para a discussão, assim como os conceitos de identidade social. Palavras-Chaves: Socialização; Diversidade Cultural; Estigma; Educação Étnico-racial. Introdução. A curiosidade humana esteve presente desde os primórdios da Terra, é devido a mesma que podemos ter contato com a vida que temos hoje, sem a curiosidade que levou milhares de indivíduos a buscar a entender como o mundo funciona, dificilmente teríamos a tecnologia e a globalização que temos atualmente. Socialização também condiz como a forma que o indivíduo se percebe na sociedade, pertencendo ou não a um meio, isto é, a qual grupo o mesmo se identifica.

Cada sociedade se estratifica de uma forma, porém todas possuem a organização por meio de aspectos comuns entre seus membros, é a partir dessa característica que cada indivíduo é posto em sua classe, correspondendo ao seu status social, Goffman denomina isto de identidade social, ou seja, é o que consente que “ quando um estranho nos é apresentado, os primeiros aspectos nos permitem prever a sua categoria e os seus atributos” (GOFFMAN, 1988, p. Diante disso, ao conhecer alguém pertencente a um grupo especifico, julgamos que o tal precisa possuir algumas caraterísticas, Goffman denomina isto de identidade social virtual, pois definimos certos atributos ao mesmo sem ao menos conhecê-lo. Entretanto, nossas expectativas não são correspondidas, pois o indivíduo pode a vir a possuir características e atributos diferentes de sua categoria, o que o autor chamou de identidade social real.

O estigma dentro da sociedade. A segregação racial ocorrida na África do Sul, aprovada legalmente em 1948, caracterizada por uma divisão clara entre brancos e negros, onde os negros eram inferiorizados apenas pela cor de sua pele, bem como havia um preconceito diante da cultura dessa população, é um exemplo evidente de como uma minoria pode estigmar o próximo, apenas por esse não parecer semelhante a si. Claramente, vemos que o contato com o diferente, muitas vezes causa espanto e repulsa, fazendo com que muitas vezes a diversidade cultural de uma sociedade não seja respeita, e sim descriminalizada, havendo inúmeras vezes a tentativa de excluir e dizima-la. A educação como um meio de reforçar ou opor-se a estigmatização. Como visto, as diferenças podem levar a um preconceito, acarretando na criação de um estigma, apenas pôr o indivíduo não estão difundindo dentro de um estereótipo.

Com isso, podemos analisar qual é o papel da educação diante desse cenário. Entretanto, cabe ao professor falar e mostrar dessa diversidade, que não existe uma cultura certa e única, e sim um multiculturalismo, evidenciando a diversidade e como essas diferenças contribuíram para a formação do Brasil, bem como auxiliam no acolhimento das crianças com uma etnia e raça diferente. O contato com o multiculturalismo ajuda “a criança se constrói como um sujeito do meio das múltiplas interações sociais e das relações que estabelecem com o mundo onde influencia e é influenciada por ele, ao mesmo tempo em que constrói significados a partir dele” (BENTO et al, 2011, p 40), ou seja, é a partir da interação com outra cultura, que a criança irá aprender e ensinar.

Conclusão. A partir do exposto, conclui-se que a socialização surgiu a partir do contato com as sociedades distintas, e que atualmente relaciona-se, como uma sociedade está estruturada. É diante desse cenário que surge o estigma, para evidenciar uma característica que diferencia um indivíduo de um grupo, o indivíduo estigmatizado passa a ser excluído por não seguir um estereótipo criado pela sociedade, passando a ser visto como alguém que teve ser evitado. São Paulo: CEERT, 2011. ESTERMANN, Josef. Interculturalidad: vivir a diversidad. La Paz; Seat, 2010. GOFFMAN, Erving.