TCC de Cléo - Gestão pública

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Finanças

Documento 1

– São Paulo, 2011. f. cm. Monografia (Especialização em Gestão Pública) – Universidade de Mogi das Cruzes, 2011. Bibliotecas públicas – Automação. O principal benefício alcançado pelo Sistema Municipal de Bibliotecas com a catalogação automatizada é a informatização da circulação de materiais bibliográficos, onde se criou um banco de dados de usuários do sistema Alexandria On Line, proporcionando a cada leitor cadastrado o acesso ao acervo de todas as bibliotecas públicas do sistema municipal, inclusive dos CEUs e ao controle de reserva e empréstimos on line. A pesquisa à distância ou nos computadores instalados nas bibliotecas através do catálogo eletrônico também é um dos grandes objetivos atingidos pelo SMB, democratizando o acesso à informação possibilitando ao munícipe o direito à leitura e pesquisa, fomentando a cultura, a educação e o lazer, seguindo as diretrizes do Manifesto da Unesco para Bibliotecas Públicas.

Palavras-Chave: Bibliotecas Públicas - Automação. Bibliotecas Públicas - São Paulo. Software para bibliotecas. AUTOMAÇÃO DE BIBLIOTECAS 23 2. Softwares para automação de bibliotecas 27 2. Software Comercial 30 2. Software Livre 33 2. Critérios de Avaliação e Seleção 35 3 AUTOMAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS 41 3. Projeto Piloto 62 3. Seção Circulante da Biblioteca Mário de Andrade 62 3. Biblioteca Monteiro Lobato 63 3. Biblioteca Alceu Amoroso Lima 64 3. Biblioteca Anne Frank 64 3. O objetivo geral deste trabalho é estudar a modernização dos serviços das bibliotecas públicas na cidade de São Paulo em relação à automação. Tendo como objetivos específicos: • Analisar a política de automação de acervos; • Avaliar o processo de automação de consulta ao usuário; e • Verificar os benefícios da informatização no Sistema Municipal de Bibliotecas.

Sendo assim, a modernização da biblioteca pública representa mais do que escolher ferramentas tecnológicas para implementar serviços prestados aos usuários. Ela desempenha a função de introduzir uma nova filosofia de trabalho, agregação de valores informacionais e novos comportamentos. Verifica-se que as bibliotecas públicas que estão se informatizando e ao mesmo tempo revendo a sua organização, buscam se adaptar melhor às novas tecnologias colocadas à sua disposição no mercado, mas o processo de automação nem sempre é feito de forma sistemática. Além disso, uma biblioteca pública deve consistir em um ambiente público de fato, de convivência prazerosa, em que os cidadãos possam marcar encontros para dialogar, compartilhar idéias, debater problemas, auto-instruir-se e participar de atividades culturais e de entretenimento.

Sendo assim, para a Fundação Biblioteca Nacional (2000, p. as bibliotecas públicas se caracterizam por: • Destinar-se a toda a coletividade, ao contrário de outras bibliotecas que tem papeis mais específicos; • Possuir todo tipo de material bibliográfico; • Ser gerida pelo poder público (federal, estadual ou municipal). Segundo a Fundação Biblioteca Nacional (2000, p. “criada na Inglaterra como conseqüência da Revolução Industrial, no final do século XIX, até a época atual, a biblioteca pública passou por profundas mudanças em seu conceito”. Aquele momento histórico (meados do século XIX) leva-nos a reconhecer a influência, a mescla, a intersecção dessas e de outras causas. A biblioteca pública surge, não isoladamente, deslocada dos acontecimentos e da situação da sociedade daquela época.

Ao contrário, ela está imersa nas transformações, nas mudanças e alterações daquela época e, assim, deveria continuar participando de cada cenário histórico, cenários não estanques, mas dinâmico e em constante mutação. A biblioteca pública deve ser reflexo e causa das transformações da sociedade; deve receber influências, interferir, ser início, meio e fim das alterações sociais, numa seqüência interminável. Sua origem esteve sustentada por esse quadro. É nessa data que as pesquisas passaram a se constituir numa obrigação escolar. E como os estabelecimentos de ensino não dispunham de bibliotecas em condições mínimas de uso, as bibliotecas públicas, sempre um pouco melhores, passaram a receber os estudantes. Daí nasce a necessidade de adaptar a velha biblioteca pública a essa nova demanda.

A última versão do Manifesto da Biblioteca Pública publicada pela UNESCO, em 1994 (ver Anexo A), ressalta missões essenciais que tem relação com a informação, alfabetização, educação e cultura. Nesse sentido, conforme a Fundação Biblioteca Nacional (2000, p. Sendo assim, neste contexto, de acordo com os autores (ARAUJO; OLIVEIRA, 2005, p. Pedro Gomes Ferrão de Castello Branco: Planejou a biblioteca como uma instituição para promover a instrução do povo. A biblioteca pública da Bahia foi a primeira a ser fundada com essa característica de não contar com recursos do governo. A experiência não deu certo e o governo passou a dar subsídios e outras bibliotecas públicas floresceram em outras capitais e cidades importantes. Diante desse cenário histórico de grande relevância a respeito do surgimento de bibliotecas públicas no Brasil, ressalta-se que, Além da Biblioteca Pública da Bahia (1811) e da Biblioteca Imperial e Pública do Rio de Janeiro (Biblioteca Nacional), incorporada ao patrimônio do Estado em 1825, novas foram criadas: em 1829, foi criada a Biblioteca Pública do Estado do Maranhão.

O acervo sempre foi um falso problema. A eficiência não se mede, unicamente, pelos números de volumes que estão nas estantes, mas pelas relações que se estabelecem entre o público e eles. MILANESI, 2003, p. Um dos muitos problemas também enfrentados por este tipo de biblioteca, se refere à falta de um preparo pedagógico dos profissionais e de uma política clara nesse sentido. Então, Almeida Júnior (1997b, p. A sua coleção é desenvolvida, considerando o atendimento de um público que, quase sempre, não freqüenta o espaço da biblioteca. Poucos são os materiais, normalmente doados, que estão voltados para os alunos. Por esse motivo, entre, outros, as obras de referência, em especial as enciclopédias e almanaques, acabam por se converter no principal material utilizado pelos estudantes.

ALMEIDA JUNIOR, 2003, p. Para exercer esse papel educacional, é fundamental que a biblioteca trabalhe em conjunto com outras instituições parceiras da comunidade, isto é, escolas, creches, fundações, Organizações Não Governamentais (ONGs), entre outras, buscando desta maneira unir esforços para erradicar o analfabetismo e impulsionar a inclusão social dos cidadãos por meio da leitura. Ainda de acordo com o mesmo autor, não pode se esquecer de uma função importantíssima que, • Já no final dos anos 60 e início dos 70 deste século, acrescenta-se às outras funções a informacional. Tal função na verdade, é fruto não de um estudo de usuário que tenha detectado a necessidade da população por informações para atender e fazer face a problemas cotidianos, mas de um interesse da própria biblioteca: lutar por uma fatia maior do orçamento destinado aos equipamentos culturais.

ALMEIDA JUNIOR, 2003, p. Ainda seguindo nesse sentido, ressalta-se que: O novo conceito de biblioteca pública deve ser implementado, promovendo amplamente as facilidades oferecidas pelas novas tecnologias da informação (registros eletrônicos, comunicação e transferência de arquivos) e disponibilizando esses modernos meios de comunicação e informação, através do treinamento e orientação dos usuários para o seu uso cotidiano. A biblioteca pública deve, ainda, atuar como um centro de informação de cultura popular promovendo a melhor integração comunidade/biblioteca, visando a coleta, preservação e disseminação da documentação representativa dos valores culturais que expressam as raízes, jeito de ser e identidade de nosso povo. ressalta que: As novas tecnologias transformaram de maneira fundamental as práticas informacionais, na medida em que operaram a separação entre suporte e informação.

A partir daí, toda uma prática informacional baseada nos suportes esta tendo que ser repensada, trazendo novos problemas conceituais e, consequentemente, didáticos. Conforme relata (GUIMARÃES; SANTOS, 2003), a história dessa tecnologia passa por dois momentos marcantes: Em 1942, com a invenção do primeiro computador, o ENIAC, que pesava algumas toneladas, e era composto por válvulas, com custo de fabricação em torno de alguns milhões de dólares, cujas primeiras aplicações eram militares, restrito apenas ao governo norte-americano. O segundo momento foi com o surgimento do primeiro computador pessoal do tipo IBM-PC, padrão projetado pela IBM, no início da década de 80. Com o surgimento do microcomputador surge a oportunidade da popularização dos computadores, pois com as constantes evoluções tecnológicas, os PCs foram ficando menores em tamanho, mais velozes no desempenho e com um preço mais acessível ao consumidor, ocasionando assim a sua democratização.

Sendo assim, é fundamental observar que o uso das tecnologias da informação é o meio para otimizar processos e não o fim. Por isso, o armazenamento, recuperação e disseminação de informações resultam de uma sistemática voltada para a democratização do acesso à informação, tendo a Internet como principal aliada. O impacto da tecnologia da informação, e da internet em particular, tem ocasionado mudanças nas bibliotecas e centros de informação, criando tanto ameaças como oportunidades para o desenvolvimento dessas instituições. LANCASTER, 1994 apud MARCONDES; GOMES, 1997). Neste contexto, pode-se destacar três fases do uso das tecnologias da informação em bibliotecas: • Tradicionalmente e até a primeira década do século passado não se dissociava conceitualmente a informação de sua base documental.

As políticas de acervo de todas as bibliotecas têm que ser repensadas à luz dessa nova realidade. Todo o ciclo informacional que incluía etapas como identificação, localização, acesso ao documento, manipulação e uso deve ser repensado. O foco do trabalho informacional se desloca do tratamento para a facilitação do acesso; “a explosão informacional” torna mandatório que sejam desenvolvidas novas propostas de “catalogação na fonte” de documentos eletrônicos como por exemplo o Dublin Core. AUTOMAÇÃO DE BIBLIOTECAS A automação de bibliotecas não é nenhuma novidade na sociedade atual. Os computadores já eram utilizados no auxílio do gerenciamento dos serviços nestes ambientes. especificamente em relação à automação de bibliotecas, a abertura do mercado brasileiro a partir dos anos 90, o ingresso de produtos internacionais, colocam para o profissional da informação uma realidade não mais do desenvolvimento de softwares, mas sim da avaliação, seleção e aquisição de produtos.

A tecnologia da informação, então, passa a estar mais presente em todas as etapas do trabalho informacional. Por isso, automatizar o acervo de uma biblioteca é hoje só um dos propósitos da tecnologia da informação nas práticas informacionais. Neste sentido, com a abertura do mercado e o crescente desenvolvimento de softwares nacionais, a sua avaliação, seleção e posterior aquisição de licença para uso passaram a ser vistas com maior interesse dentro do processo de automação de bibliotecas, principalmente nas públicas, haja vista que a realização eficaz dessas etapas evita maiores problemas futuros, caso eles não atendam às reais necessidades destas bibliotecas. Muitos são os fatores que fazem com que as bibliotecas, de menor ou maior porte, passem a automatizar os seus serviços.

identifica que os processos de automação não são tão simples de serem realizados e mostra uma realidade diferente a depender do tipo de biblioteca que está sendo informatizada, apontando que, [. Enquanto inúmeras bibliotecas (universitárias e especializadas) e algumas poucas bibliotecas públicas e escolares adotam complexos sistemas integrados de gestão de seus processos, muitas outras se encontram na idade da ficha lascada, ou, quando muito utilizando sucateados recursos computacionais. Segundo Ohira (1992, p. apud PONTES, 2006, p. nos anos 80, a automação começou a sair do nível embrionário e experimental para se aproximar do operacional, onde alguns fatores contribuíram fortemente para que isso acontecesse, tais como: O estabelecimento de redes informacionais computadorizadas, como a Rede Bibliodata/CALCO, da FGV; a introdução de tecnologias da informação [.

As empresas de nível nacional continuam sendo pequenas ou médias. Já Gusmão (2001, p. apud PONTES, 2006, p. relata três fases aplicadas ao processo de automação de bibliotecas no Brasil: • 1ª fase – Automação independente, ou seja, em que os módulos de um programa não se comunicam entre si para compartilhar dados. Podem ser sistemas desenvolvidos localmente ou vendidos por empresas comerciais, utilizando computadores de grande ou médio porte geralmente adotados por bibliotecas universitárias ou microcomputadores adotados geralmente por centros de documentação e bibliotecas de pequeno porte; • 2ª fase - Automação integrada, em que os módulos de programa comunicam-se entre si para compartilhar dados, geralmente instalados em rede local, para automação de funções administrativas e técnicas das bibliotecas, com sistemas vendidos por empresas comerciais ou desenvolvidos localmente; • 3ª fase – Conexão interinstitucional em rede, das bibliotecas e sistemas de informação, para compartilhar processos, serviços e recursos, remotamente.

Há também o uso de sistemas proprietários, ou seja, programas in house e atualmente a utilização de softwares livres, também conhecidos como softwares livres de código-fonte aberto ou fonte aberta, que estão buscando o seu espaço no contexto das tecnologias da informação. Por acreditar na necessidade de softwares sob medida, muitas bibliotecas tentaram desenvolver, de forma isolada, seus próprios programas. Porém essa tendência tende a diminuir devido a problemas de interoperabilidade, isto é, dificuldade dos sistemas domésticos se comunicarem com outros formatos padronizados ou participarem de redes de intercâmbio e, também, devido à sua desvantagem em relação à flexibilidade e praticidade proporcionada pelos softwares comerciais. Para corroborar esta observação, Marasco e Mattes, (1995, p. apud SILVA, 2000) dizem que: (. constitui-se de um conjunto estruturado de atividades que incluem a forma como as bibliotecas, produzem, armazenam disseminam e utilizam à informação e o conhecimento, tendo nos recursos tecnológicos o instrumento facilitador deste processo.

Já Costa (1995 apud CÔRTE; ALMEIDA, 2000, p. alerta que as bibliotecas contemporâneas convivem com graves conflitos organizacionais, orçamentos limitados e pessoal insuficiente para a realização de suas atividades atuais, e têm enfrentado os desafios originados das transformações socioculturais, incorporando a nova função que lhes cabe na transferência de informações e conhecimentos. Diante do que foi colocado acima (CÔRTE; ALMEIDA, 2000, p. fazem uma observação importante a partir do que foi exposto: O cenário indica que, se as bibliotecas e centros de documentação quiserem oferecer melhor serviço aos usuários e cumprir a sua missão, necessário se torna acompanhar, passo a passo, o desenvolvimento da sociedade, entender com melhor precisão os hábitos e os costumes dos usuários, adaptar as tecnologias às necessidades e quantidades de informação de que dispõem, e utilizar um sistema informatizado que privilegie todas as etapas do ciclo documental, onde a escolha recaia sobre uma ferramenta que contemple os recursos hoje disponíveis, sem se tornar obsoleto a médio e longo prazo.

Diante do exposto, fica evidente que a modernização das bibliotecas está estritamente ligada à automação de rotinas e serviços, com a intenção de implantar uma infra-estrutura de comunicação para agilizar e ampliar o acesso à informação pelo usuário, tornando-se necessário haver uma visão global da tecnologia da informação e sua aplicação nas instituições. Por isso, é fundamental que as bibliotecas estabeleçam os seus próprios critérios obrigatórios e solicitem as operações desejáveis somente depois de ter certeza de que as funções básicas e primordiais estejam completamente atendidas. Para que um sistema de automação de bibliotecas seja considerado adequado para o gerenciamento de um acervo bibliográfico é fundamental que ele possua três itens imprescindíveis: • A norma ISO 2709 – Dcumentation Format for Bibliographic Interchange on Magnetic Tape foi desenvolvida pelo Comitê ISO/TC 46, Informação e Documentação, Subcomitê SC 4 – Aplicativos de computador na informação e documentação, da International Organization for Standadization (ISO).

Esta norma especifica os requisitos para o formato de intercâmbio de registros bibliográficos que descrevem todas as formas de documentos sujeitos à descrição bibliográfica. CÔRTE et al. Já de acordo com Lima (1999, p. há três tipos de sistemas de automação utilizados nas bibliotecas, a saber: • Sistemas de gerenciamento de bibliotecas – São sistemas de bases de dados com uma finalidade especifica, projetados para controlar as atividades essenciais de uma biblioteca. Ex. Virginia Tech Library Center (VTLS), ALEPH (Automated Library Expandable Program), Sysbibli, Informa; • Sistemas de gerenciamento de bases de dados bibliográficos – São softwares que rodam em microcomputadores, destinados a uma clientela que inclui não apenas bibliotecários, mas também usuários pessoais, principalmente professores e pesquisadores acadêmicos. Ex. Segundo Rowley (1994, p.

um software comercial para atender às principais necessidades básicas das bibliotecas, em particular das públicas, deve possuir as seguintes funções: Realização de encomendas e aquisições: Este serviço faz parte do processo de aquisição de materiais bibliográficos e é um processo administrativo simples que tem como objetivo suprir as necessidades e demandas da biblioteca. As principais atividades são: encomendas; recebimentos; reclamações (por parte da biblioteca, quanto ao não recebimento das encomendas realizadas); contabilidade de custos; consulta (sobre a situação das encomendas); relatórios e estatísticas (sobre as encomendas). Catalogação: O objetivo de um sistema automatizado de catalogação é gerar catálogos. É nesta etapa que a informação é tratada e processada tecnicamente, para que seja posteriormente recuperada no sistema por meio de seus pontos de acesso.

Informações gerenciais: Trata de todas as informações referentes à parte administrativa do sistema de gerenciamento de bibliotecas. As principais atividades são: diversos relatórios e estatísticas; instrumentos de análise das informações estatísticas. Empréstimos entre bibliotecas: Os sistemas de empréstimos entre bibliotecas tratam do intercâmbio de material bibliográfico entre acervos diferentes. Este foi o módulo mais recente a ser implementado em alguns sistemas de gerenciamento de bibliotecas. As principais atividades são: igual ao controle de circulação, mas comumente com menos opções, isto é: entrada de dados; empréstimo ao leitor; devolução; multas; manutenção do arquivo de leitores (pode ser o arquivo principal do controle de circulação); consultas; relatórios e estatísticas. Um sistema é considerado livre quando o usuário possui quatro liberdades fundamentais, que são cópia, uso, modificação e distribuição.

Ainda a respeito de software livre, Evangelista (2003, p. apud CIPRIANO; MARCONDES; MACIEL, 2007) contextualiza que: O software livre não é visto só como um objeto técnico, o que define um software como livre ou proprietário não está dado em sua arquitetura, mas pela sua forma de licenciamento, ou seja, na forma como é regulamentado juridicamente que configura determinadas relações na sociedade, e não em outras. Assim sendo, de acordo com Vicentini, (2003 apud CIPRIANO; MARCONDES; MACIEL, 2007) o software livre pode ser definido a partir de duas características básicas: • Não existe custo de licenciamento. O software livre pode ser utilizado, copiado e redistribuído livremente. Apesar de todas essas vantagens oferecidas pelo software livre, os gestores das bibliotecas, principalmente as públicas, devem estar conscientes de que a escolha de um software livre pode não resolver os seus problemas, pois um pacote comercial ocupa menos tempo em termos de testes e avaliações, bastando somente adequar-se às necessidades da biblioteca.

A escolha do software livre a ser adotado pela instituição não deixa de ser um desafio, pois além dos benefícios oferecidos pelo sistema, há também riscos de problemas de compatibilidade, usabilidade e até mesmo de legalidade. SOFTWARE COMERCIAL Vantagens Desvantagens Um pacote comercial ocupa menos tempo de avaliação e teste, bastando ajustar à biblioteca. Alto custo do sistema Suporte dos produtos garantindo infra-estrutura de auxílio aos clientes (instalação, manutenção, operação, treinamento etc. na solução de problemas. Imaturidade dos projetos, geralmente desenvolvidos pelo esforço individual dos programadores (hobby ou entusiasmo) interessados em criar algo, mas cujo interesse ou objetivo pode mudar deixando órfão o sistema. Quadro 1 - Software Comercial X Software Livre: vantagens e desvantagens Fonte: adaptado do texto de Silva, 2007.

Critérios de Avaliação e Seleção Requisitos relacionados à tecnologia Identifica a capacidade do sistema de trabalhar com modernos recursos tecnológicos, possibilitando segurança e intercâmbio de dados. Imprescindíveis Desejáveis Acesso simultâneo de usuários às bases de dados. O acesso à base de dados via browser INTERNET/INTRANET. Gestão de bases de dados com diferentes tipos de documentos. Interface gráfica. Leitura de código de barras. Níveis diferenciados de acesso aos documentos. Padrão ISO2709. Gerenciamento dos tipos de material bibliográfico e informacionais utilizados em bibliotecas. Quadro 3 - Requisitos gerais Fonte: Côrte; Almeida (2000, p. Requisitos relacionados ao processo de seleção e aquisição Módulo gerenciador do processo de aquisição de materiais bibliográficos, por meio de doação, permuta e compra, privilegiando os seguintes procedimentos: Imprescindíveis Desejáveis Controle de todo o processo de aquisição.

Controle de datas de recebimento do material adquirido. Controle de listas de sugestão, seleção, aquisição, reclamações e recebimento. Cadastro de entidades com as quais mantém intercâmbio de publicações. Controle da situação (status) do documento bibliográfico (encomendado, aguardando autorização, aguardando nota fiscal, encaminhado para pagamento e outros). Identificação do usuário que sugeriu o título para aquisição. Quadro 4 - Requisitos relacionados ao processo de seleção e aquisição Fonte: Côrte; Almeida (2000, p. Requisitos relacionados ao processamento técnico dos documentos Módulo gerenciador do registro das informações bibliográficas, segundo padrões internacionais, catalogação segundo padrões AACR2, de livros, mapas, jornais, periódicos, capítulos de livros, artigos de revistas, materiais especiais (disquetes, CD-ROM, fitas de vídeo, microfilmes, etc.

Geração de etiquetas para bolso e lombada dos documentos. Importação de dados de centros de catalogação cooperativa on line e CD-ROM. Inclusão de referências, de alterações, revogações e republicações para atos normativos/legislação. Incorporação de textos digitados – sistema de gerenciamento de texto, imagem e som para inclusão de inteiro teor de atos normativos e resumos de periódicos. Possibilidade de duplicação de um registro para inclusão de novas edições. Código de barras para cada leitor. Controle de devoluções, renovações, atrasos. Controle de usuários pessoais e institucionais. Controle dos leitores em atraso. Definição de parâmetro para a reserva de livros, com senhas de segurança. Senha para os empréstimos. Quadro 6 - Requisitos relacionados ao processo de empréstimo de documentos Fonte: Côrte; Almeida (2000, p.

Requisitos relacionados ao processo de recuperação de informações Constituem-se em recursos especiais de pesquisa para localizar documentos em múltiplas bases de dados, com filtragem de resultados e combinações de conjuntos, agregando as seguintes características: Imprescindíveis Capacidade de ordenar e classificar os documentos pesquisados. Capacidade de permitir que os resultados de pesquisas sejam gravados em disquetes ou arquivos. Consulta à Internet. Diferentes formatos de visualização de registros on line e em relatórios tipo ABNT e AACR2. Elaboração e impressão de bibliografias em formato ABNT. Definição de instrumentos de alerta e disseminação seletiva de informações, conforme perfil dos usuários. Pesquisa por conceitos com utilização de tesauro ativo. Quadro 8 - Requisitos relacionados ao processo de divulgação da informação Fonte: Côrte; Almeida (2000, p.

HISTÓRICO Em 1926, a partir da liberação do acesso ao público da Biblioteca da Câmara Municipal um ano antes, instalou-se na Rua 7 de Abril, nº 37 a Primeira Biblioteca Pública de São Paulo. Sob a inspiração de Paulo Duarte e comando de Mario de Andrade elaborou-se um projeto para estruturar as atividades culturais na cidade através da criação de um Departamento de Cultura. Pelo ato nº 861 de 30 de maio de 1935 consolidou-se a idéia viabilizada pelo grupo de intelectuais de que faziam parte também Antonio Alcântara Machado e Sergio Milliet, entre outros. A partir de 1936, Rubens Borba de Moraes assumiu a Divisão de Bibliotecas do Departamento. Neste mesmo ano inaugurou-se a Primeira Biblioteca Infantil sob a direção de Lenyra Fraccaroli.

Nas bibliotecas municipais o público pode ler, pesquisar, levar livros emprestados e outros materiais, acessar a Internet e também usufruir de uma ampla programação cultural. Atualmente os acervos somam mais de cinco milhões de documentos, incluindo livros, CDs, CD-ROMs, DVDs, jornais, revistas, entre outros itens. O Sistema Municipal de Bibliotecas conta também com um Sistema Móvel de Informação composto de caixas-estantes e Ônibus-Biblioteca com roteiros fixos nas regiões periféricas da cidade, seis Bosques da Leitura e onze Pontos de Leitura. A informatização da Rede Municipal de Bibliotecas da Cidade de São Paulo iniciou-se em 1982, com a instalação na Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação (PRODAM) de um sistema denominado DOBI/LIBIS na versão 1. para automação do CCSP e da Biblioteca Mário de Andrade.

No âmbito da SMC foi criado um grupo formado por bibliotecários – Grupo de Apoio Técnico – GAT, que atuou no período de 1999-2001. Este grupo era formado por representantes dos diversos departamentos que possuíam acervos inseridos no sistema. O GAT institui grupos de trabalho que eram responsáveis pelo DOBI/LIBIS. Apesar do grupo não ter recebido respaldo político, principalmente no que se referia às prioridades na área de informática e, portanto, poder influir no gerenciamento do sistema DOBI/LIBIS pela PRODAM, realizaram um trabalho de qualidade que incluiu: implementação da catalogação retrospectiva a partir das bibliotecas de bairro; estabelecimento de regras únicas de catalogação para as duas divisões de Processos Técnicos dos Departamentos de Bibliotecas Públicas – BP e Bibliotecas Infanto-Juvenis - BIJ; fortalecimento do princípio de catálogo on line.

O contrato de manutenção não foi renovado desde 2001, mas a inserção de dados no sistema continuou normalmente até janeiro de 2004 quando o software foi desativado definitivamente. Os primeiros relatórios emitidos foram revistos para a compatibilização e padronização dos dados e correção nos registros, visando uma análise e estudo comparativo dos questionários (ver ANEXO B). Esta análise tinha por objetivo dar subsídios para o diagnóstico final das necessidades de automação das Bibliotecas Públicas Sendo assim, o Grupo havia se reunido e trabalhado, inicialmente para levantar os recursos existentes e as necessidades mais imediatas. Após reuniões com bibliotecários e analistas do sistema de grande porte DOBIS/LIBIS, implantado na Divisão de Processos Técnicos das Bibliotecas Públicas e bibliotecários e analistas de microcomputadores, implantados na Biblioteca do Centro Cultural, levou-se ao conhecimento dos profissionais de toda rede de bibliotecas da SMC o que já existia de automação para que, além do conhecimento, cada biblioteca pudesse fornecer, através do questionário (ver ANEXO B), as informações necessárias para que o Grupo pudesse concluir os trabalhos dos itens 1 e 2 dos objetivos.

O relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho de Informatização de Bibliotecas (GTI-B), que foi composto por 17 membros, analisou os dados apresentados no relatório preliminar, de novembro/89, que tabulou dados de questionários (ver ANEXO B) sobre as necessidades de automação das unidades de biblioteca de SMC, aplicados em julho e agosto do mesmo ano. Os objetivos deste relatório, sugeridos pelo Grupo de Supervisão de Informática (GSI) da Secretaria Municipal de Cultura no documento Roteiro para elaboração do Plano Bianual (1990-1991) de Informatização de SMC, foram os seguintes: • Estabelecer e quantificar quais as tarefas e projetos dos Departamentos que deveriam ser automatizados, dividindo-os em serviços-meio e serviços-fim, e justificando as prioridades atribuídas; • Estimar os equipamentos e software necessários à operacionalização das propostas; • Definir as necessidades de treinamento de pessoal; e • Estabelecer um plano de instalação.

Não obstante, chamou à atenção a grande incidência de pedidos de automação do que se chamaram serviços gerenciais de controle (bens patrimoniais, funcionários, etc. superando muitas vezes os serviços-fim de biblioteca, relacionados diretamente ao atendimento do público. Esse fato pareceu indicar uma inversão nas atribuições das unidades, pois a automação de tais serviços contribuiria para que fossem desempenhados com maior rapidez. Ao que tudo indica, reformas estruturais mais profundas seriam necessárias para diminuir a complexidade das exigências de controle. Tendo em vista a política atual da PRODAM nesse período e o incremento da utilização de microcomputadores, conforme comunicado pelo Assessor de Informática de SMC em reunião com este grupo, impediu-se que fosse proposta uma utilização maior do DOBI/LIBIS, por desconhecer se existia disposição e condições por parte da empresa de melhorar a qualidade de seus serviços, especialmente no que concerne a: • Diminuição do tempo de espera de acesso ao sistema, constantemente alto; • Melhoria das saídas impressas, visto que a PRODAM não emite todas as saídas necessárias, permitidas pelo DOBI/LIBIS; e • Aumento do número de terminais disponíveis para inserção de dados e acesso a eles.

e EDITOR TOTAL) faz a edição de qualquer tipo de texto e também o desdobramento de fichas catalográficas (com acentuação). O Word na versão 2. não faz indexação, porém, o Editor Total o faz, além de possuir calendário, controle de correspondência (ofícios, memorandos), entre outras aplicações. A Planilha eletrônica (SUPERCALC 4) faz o controle de dados numéricos. Exemplo: Estatísticas/gráficos; Controle de estoques; Contabilidade, etc. títulos com 117. exemplares somente com o sistema operacional (DOS 4. e DBASEIII PLUS) e o sistema FASTCAT instalados. Em meados de 1995 BIJ. recebeu do gabinete de BIJ por orientação do Sr. compreenderam depois de analisar a rotina de trabalho e o sistema, que era o momento para restaurar o FASTCAT (contendo na época seis diretórios diferentes em micro) com os dados anteriores ao ano de 1996 que não estavam disponíveis no micro de uso.

Em julho de 1998 em reunião junto a Assessoria de Informática de SMC foi solicitado a PRODAM a consolidação do sistema FASTCAT e o novo padrão de distribuição de exemplares para as bibliotecas ramais, decidido em reunião com as mesmas entre maio/junho/97 e mantido pelas Supervisoras em fev. março/98. Como não foram atendidas pela PRODAM após dois meses de espera, sugeriu-se a Assessoria de Informática da SMC se este trabalho poderia ser feito pelo analista Terry Esko Micael Murto. Em agosto de 98 ficou estabelecido que a Bibliotecária Clara A. no micro 486 monocromático num diretório chamado FASTNOVO, onde foram restaurados e descompactados os arquivos com todos os dados de compra/doação de BIJ referentes a dez anos de trabalho, somando 18.

títulos e 723. tombos com padrão de erro de 13 títulos e 1. exemplares, do universo total de 91. títulos e 2. Departamento Total de Títulos Total de Exemplares BIJ 3. BP 8. Total 11. Quadro 10 – Sistema FASTCAT: Títulos/Exemplares processados até junho/91 por departamentos da SMC Fonte: BP & BIJ. SISTEMA DOBIS/LIBIS O DOBIS/LIBIS é um software belga-alemão desenvolvido pela IBM para o gerenciamento de rede de bibliotecas em geral, com possibilidade de trabalhar além do material convencional, todo tipo de material: cartográfico, visual, discos, partituras, etc. O acervo inserido na versão 1. com 33. títulos e aproximadamente 105. exemplares e na versão 1. foram alimentados 2. Como primeira medida decidiu-se por um convênio entre SMC/PRODAM/IBM que tornasse possível o uso de todos os recursos disponíveis (suporte técnico ao hardware, software, e capacitação de pessoal) para garantir o êxito do projeto.

Decidiu-se também, pela formação do Grupo Gerenciador de Projeto, constituído de dois analistas e sete bibliotecárias. Este grupo recebeu um treinamento especial visando à uniformização de linguagem; integração de conhecimentos entre as áreas de biblioteconomia e informática; técnicas para trabalho em grupo e de gerenciamento. O trabalho de reimplantação do software foi realizado a partir da proposta de consultores contratados pela IBM que executaram os serviços em conjunto com o Grupo Gerenciador capacitando-os para a manutenção e continuação do projeto. A implantação deste projeto deveria ser realizada em quatro fases, sendo que após cada uma delas haveria inspeções e revisões de modo a subsidiar a implantação da fase seguinte. Quarta Fase: Controle de Periódicos e Circulação.

• Implantação das funções Controle de Periódicos e Circulação / Empréstimo; • Treinamento dos funcionários; e • Estudo da versão 2. Avaliação do sistema DOBI/LIBIS A versão 3. instalada corrigiu muitos problemas existentes nas versões anteriores, entretanto, na década de 90 ocorreu um inigualável avanço tecnológico e a versão do DOBI/LIBIS, que estava em funcionamento, não incorporava todos os avanços ocorridos. Seria necessária a compra de uma nova versão, mais moderna, que contemplasse essas novas exigências tecnológicas. Quando foi iniciado o planejamento da instalação dessas bibliotecas, os problemas da informatização das bibliotecas de SMC vieram mais uma vez à tona. Na situação em que se encontrava a gerência do DOBI/LIBIS e os problemas tecnológicos da versão 3.

do mesmo, não havia condições de empreender e concluir tal empreitada, sendo imprescindível à troca de sistema. Os estudos iniciais para a escolha do novo sistema definiram os seguintes princípios norteadores dos trabalhos: • Atender o modelo de organização e funcionamento da rede que estava sendo implantada com as subprefeituras; • Ser compatível com os padrões internacionais da biblioteconomia (AACR2) e os de automação de biblioteca (MARC21 / ISO 35. e • Utilizar as atuais ferramentas de TI e suas tendências. Tabela 2: Dados da migração final do DOBIS/LIBIS para o Alexandria On Line DOBIS/LIBIS Alexandria On Line Diferença % de Perda Títulos 142. Exemplares 1. Fonte: Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas. SISTEMA ALEXANDRIA ON LINE O Alexandria On Line foi projetado para gerenciar catálogos bibliográficos e arquivísticos, integrando e automatizando todas as funções básicas inerentes a eles: Aquisição, Catalogação, Pesquisa, Circulação e Gerenciamento.

Esse sistema é uma aplicação de arquitetura cliente-servidor e conta também com uma interface WEB. Para utilizar o Alexandria On Line, nessa arquitetura de sistemas é necessário estar conectado a Intranet (rede corporativa) da PRODAM. Esta conexão pode ser efetuada de duas formas: direta – para as unidades que possuem uma linha privada de dados (frame relay); VPN (Virtual Private Network) – rede virtual privada utilizada para transferir dados entre redes corporativas ou usuários por meio da rede pública Internet. O Alexandria On Line na WEB, disponível na web page da Prefeitura da Cidade de São Paulo, possui duas áreas: uma pública e uma de acesso restrita. A pesquisa ao acervo das bibliotecas está disponível a qualquer usuário da Internet (pública). Na área restrita encontram-se as tarefas relacionadas com a função circulação (gerenciamento de usuários e empréstimo/devolução).

A função pesquisa já havia sido analisada em 2001/2002 para a elaboração da pesquisa WEB. A instalação inicial do Alexandria On line foi realizada no segundo semestre de 2003 nas bibliotecas dos 6 primeiros CEUs que foram inaugurados. Estes já possuíam acervo inserido no DOBI/LIBIS que foram migrados para o Alexandria On Line. A capacitação foi feita no local, com os funcionários presentes. No final de 2003, o software Alexandria foi instalado na Divisão de Processos Técnicos da SMC e no CCSP para testes, tendo o grupo de trabalho realizado um relatório preliminar de análise do software para a PRODAM. Atualmente todas as unidades que compõem a rede de catalogação cooperativa em um único banco de dados da SMC (Processos Técnicos, Biblioteca Mário de Andrade, Biblioteca Monteiro Lobato, Centro Cultural São Paulo, Bibliotecas Públicas, Bibliotecas dos CEUs e Biblioteca do Departamento de Patrimônio Histórico) utilizam o sistema Alexandria On Line modelo Cliente/Servidor para a realização das tarefas internas das bibliotecas – catalogação e emissão de produtos (listagens, relatórios e etiquetas); e o Alexandria WEB – para as tarefas com os usuários das bibliotecas (pesquisa e circulação).

As bibliotecas que tem acesso à Internet podem utilizar os módulos: Pesquisa e Circulação (cadastro de usuários da biblioteca e empréstimo). O Sistema Alexandria On Line ainda está em fase de implementação e adequação às necessidades das bibliotecas. Para uma melhor análise do software foi criada uma comissão de avaliação do sistema composta por 4 grupos de estudos: WEB, Catalogação, Circulação e Aquisição, sendo que os módulos de pesquisa e gerenciamento serão avaliados por todos os grupos. Após a avaliação do sistema, a comissão apresentou um relatório com as modificações e implementações necessárias ao sistema, que foi encaminhado para a PRODAM, que é responsável pela efetuação destas. Dentre eles, os mais comuns foram: software - várias interrupções para adequação do executável; conexão instável e demora no restabelecimento da conexão; rede de energia elétrica instável; e obsolescência dos equipamentos, provocando morosidade na inserção e atualização dos dados.

Em relação ao projeto de informatização, o piloto trouxe experiências e resultados para a Seção Circulante da Biblioteca Mário de Andrade e, também, para todo o sistema, pois cada título, revisado e com a classificação atualizada, constituía-se em um registro pronto para inserção de exemplares para as demais bibliotecas que, futuramente, receberiam o mesmo processo. Os principais resultados alcançados foram: • Inventário do acervo; • Seleção e atualização do acervo quanto ao estado físico das obras; • Melhoria da qualidade dos dados do catálogo eletrônico disponível na Internet para pesquisa; • Padrões únicos para a classificação e catalogação; • Utilização do módulo Circulação; – empréstimo on line – cadastro único de usuários do sistema.

Biblioteca Monteiro Lobato Como o acervo da Seção Circulante da Biblioteca Mário de Andrade é característico de biblioteca pública de leitor adulto, fez-se necessário incluir no projeto piloto uma biblioteca com acervo característico para público infanto-juvenil. Dessa forma, estaríamos corrigindo os títulos e atualizando o registro de grande parte do banco de dados também para as bibliotecas infanto-juvenis. Os acervos são muito semelhantes e a inserção de exemplares do acervo de Ficção infantil (I) e Ficção Juvenil (F) foi feita em pouco tempo, uma vez que os títulos já haviam sido corrigidos na BML. Biblioteca Período Nº. de pessoas envolvidas Exemplares Inseridos Mário de Andrade - Seção Circulante Novembro/05 a Dezembro/07 5 38. Monteiro Lobato Fevereiro/06 - em execução 7 34.

Alceu Amoroso Lima Agosto/06 a Fevereiro/07 6 32. Com isso conseguiu-se baixar os custos do projeto viabilizando a contratação de empresa especializada para a inserção apenas de exemplares, sendo a catalogação restrita aos bibliotecários da área de Tratamento da Informação da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas (CSMB). Desta forma, foi contratada através de pregão, uma empresa de consultoria que forneceu a mão-de-obra (não especializada), a conexão e os equipamentos para execução das tarefas. No primeiro contrato, foi firmado o valor de R$ 1,50 para cada exemplar inserido e etiquetado. A equipe era formada por estagiários e um coordenador contratados pela empresa e por bibliotecários da área de Tratamento da Informação da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas. A responsabilidade administrativa ficava por conta da empresa e a responsabilidade técnica por parte da Coordenadoria do Sistema Municipal de Bibliotecas.

O pessoal da Biblioteca onde o acervo estava sendo inserido ordenava os livros topograficamente e, ao mesmo tempo, verificava se o número de chamada impresso na etiqueta estava de acordo com os dados do livro. No período de dezembro de 2007 a fevereiro de 2011 foram informatizadas, pela terceirização, 31 bibliotecas, a saber: Adelpha Figueiredo, Álvares de Azevedo, Amadeu Amaral, Belmonte, Cassiano Ricardo, Castro Alves, Chácara do Castelo, Cora Coralina, Érico Veríssimo, Hans Christian Andersen, Helena Silveira, Jamil Almansur Haddad, José Mauro de Vasconcelos, Jovina Rocha Álvares Pessoa, Lenira Fraccarolli, Malba Tahan, Marcos Rey, Mario Schenberg, Milton Santos, Paulo Duarte, Paulo Setúbal, Prefeito Prestes Maia, Raimundo de Menezes, Raul Bopp, Roberto Santos, Rubens Borba de Moraes, Sergio Buarque de Holanda, Vicente de Carvalho, Vicente Paulo Guimarães, Vinicius de Morais e Viriato Correa.

Além da melhoria da qualidade dos dados do catálogo eletrônico disponível na Internet para pesquisa, esse trabalho possibilitou a utilização total do módulo Circulação do software de gerenciamento, permitindo o empréstimo e a reserva on line e o cadastro único de usuários do sistema. BIBLIOTECA EXEMPLARES INSERIDOS ANO DE INFORMATIZAÇÃO Adelpha Figueiredo 35. Álvares de Azevedo 44. Roberto Santos 37. Viriato Correa 39. Helena Silveira 29. Lenyra Fraccarolli 31. Amadeu Amaral 19. Vicente de Carvalho 11. Vicente Paulo Guimarães 26. Vinicius de Moraes 15. Malba Tahan 35. Total 997. Também participei em 2001, nos estudos e análises quando houve a troca do DOBIS/LIBIS pelo Alexandria On Line. A partir de 2005, montei um projeto para conversão retrospectiva do acervo de toda rede de bibliotecas públicas inserindo exemplar por exemplar e catalogando todos os títulos encontrados nas bibliotecas e não encontrados no banco de dados.

Esse projeto continua em execução. Qual foi sua função na época da automação das Bibliotecas Públicas? Relate. Indivíduo 1: Diretora da Divisão de Processos Técnicos. Questão Livre – Sugestões, Críticas, Elogios, etc. Indivíduo 1: É necessário dar continuidade à informatização da rede de biblioteca públicas, melhorando os equipamentos, capacitando os usuários, inclusive solicitando melhorias no software. Indivíduo 2: Além de informatizar todo o catálogo do acervo das bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura, é importante salientar que utilizando o mesmo banco de dados, foi possível manter o mesmo padrão e criar um banco único de usuários de toda rede. O trabalho ainda em execução tem a preocupação de manter a qualidade dos dados tanto de catalogação como de inserção de exemplares.

O projeto está previsto para terminar em dezembro de 2011. O principal benefício alcançado pelo Sistema Municipal de Bibliotecas com a catalogação automatizada é a informatização da circulação de materiais bibliográficos, onde se criou um banco de dados de usuários do sistema Alexandria On Line, proporcionando a cada leitor cadastrado o acesso ao acervo de todas as bibliotecas públicas do sistema municipal, inclusive dos CEUs e ao controle de reserva e empréstimos on line. A pesquisa à distância ou nos computadores instalados nas bibliotecas através do catálogo eletrônico também é um dos benefícios atingidos pelo SMB, democratizando o acesso à informação possibilitando ao munícipe o direito à leitura e pesquisa, fomentando a cultura, a educação e o lazer, seguindo as diretrizes do Manifesto da Unesco para Bibliotecas Públicas.

Sabe-se que muito trabalho ainda precisa ser realizado, mas a total informatização dos acervos das bibliotecas públicas não é apenas imprescindível, mas também é fundamental para agilizar os processos das rotinas de trabalho nas bibliotecas públicas, gerar a melhoria na qualidade do atendimento aos usuários das comunidades em que essas bibliotecas estão inseridas e possibilitar a inserção dessas bibliotecas na sociedade da informação trabalhando em rede. Portanto, o comprometimento dos bibliotecários e dos servidores que estão envolvidos nesse processo de automação do Sistema Municipal de Bibliotecas é a “mola propulsora” para dar continuidade a essa empreitada, apesar dos problemas de falta de estrutura física, financeira e de pessoal. REFERÊNCIAS ALMEIDA JUNIOR, Oswaldo Francisco de. BIBLIOTECA pública: princípios e diretrizes.

Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2000. p. CAFÉ, Lígia; SANTOS, Cristophe Dos; MACEDO, Flávia. Proposta de um método para escolha de software de automação de bibliotecas. M. R. N. de (Org). Desafiando os domínios da informação. Software livre para bibliotecas públicas: uma proposta de critérios de avaliação e sua aplicação. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA DA INFORMAÇÃO, 7. Salvador. Anais. Salvador: UFBA, 2007. São Paulo: Polis, 2000. CUNHA, Murilo Bastos. Desafios na construção de uma biblioteca digital. Ciência da informação, Brasília, v. n. Estudo sobre o uso de sistemas bibliotecários e a implementação de um software livre para sistema de gerenciamento de bibliotecas universitárias. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 14.

Salvador. Anais. Salvador: UFBA, 2006. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 16. Salvador. Anais. Salvador: APBEB, 1991. p. LIMA, Gercina Ângela Borém. Softwares para automação de bibliotecas e centros de documentação na literatura brasileira até 1998. Ciência da informação, Brasília, v. n. p. Tecnológica Metropolitana, 1999. MARCONDES, Carlos Henrique; GOMES, Sandra Lúcia Rebel. O impacto da internet nas bibliotecas brasileiras. Transinformação, Campinas, v. n. A casa da invenção: biblioteca e centro de documentação. ed. rev. e amp. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. OPAC como recurso para a gestão da informação no contexto da biblioteca central da UFPB. f. Monografia (Especialização)-Centro de Ciências Sociais Aplicada, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2006. ROWLEY, Jennifer. Informática para bibliotecas.

ppt. nov. CD-ROM. Microsoft PowerPoint 2003. slides 18-25. São Paulo, 1989. p. SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Cultura. Comissão Especial de Bibliotecas. Secretaria Municipal de Cultura. Comissão Especial de Bibliotecas. Levantamento das necessidades de automação das Bibliotecas Públicas. São Paulo, 1989. p. bvs. br/snbu2000/docs/pt/doc/poster009. doc>. Acesso em: 15 mar. SILVA, Roosewelt Lins. sp. gov. br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/>. Acesso em: 21 jan. SOUZA, Francisco das Chagas de. O processo de escolha de softwares nas bibliotecas universitárias de São Luís-MA. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 14. Salvador. Anais. Salvador: UFBA, 2006. A biblioteca pública, porta de entrada para o conhecimento, proporciona condições básicas para a aprendizagem permanente, autonomia de decisão e o desenvolvimento cultural dos indivíduos e grupos sociais.

Este Manifesto proclama a crença da UNESCO na biblioteca pública, como força viva para a educação, cultura e informação, e como agente essencial para a promoção da paz e bem estar espiritual da humanidade. Em decorrência, a UNESCO estimula governos nacionais e locais a apoiar e comprometerem-se ativamente no desenvolvimento das bibliotecas públicas. A Biblioteca Pública A biblioteca pública é o centro local de informação, disponibilizando prontamente para os usuários todo tipo de conhecimento. Os serviços fornecidos pela biblioteca pública baseiam-se na igualdade de acesso para todos, independente de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou status social. Estimular a imaginação e criatividade da criança e dos jovens; 5. Promover o conhecimento da herança cultural, apreciação das artes, realizações e inovações científicas; 6.

Propiciar acesso às expressões culturais das artes em geral; 7. Fomentar o diálogo intercultural e favorecer a diversidade cultural; 8. Apoiar a tradição oral; 9. Operação e Administração Deve ser formulada uma política clara definindo objetivos, prioridades e serviços relacionados com as necessidades da comunidade local. A biblioteca pública deve ser efetivamente organizada e respeitar padrões profissionais de operação. Deve ser assegurada a cooperação com parceiros adequados, por exemplo, grupos de usuários e outros profissionais em âmbito municipal, regional, nacional e internacional. Os serviços devem de ser fisicamente acessíveis a todos os membros da comunidade. Isto requer que o prédio da biblioteca esteja bem localizado, com instalações corretas para leitura e estudo, assim como tecnologias adequadas e horários de funcionamento convenientes aos usuários.

Assinale os serviços que tem necessidade de automação na sua unidade: ( ) Sugestões de Compra de Acervo ( ) Circulação/Empréstimos ( ) Encadernação ( ) Programação/Atividades ( ) Bens Patrimoniais ( ) Gráficos/Estatísticas ( ) Relatórios (texto) ( )Material de Consumo ( ) Funcionários ( ) Caracterização do bairro/cadastro de entidades de utilidade pública ( ) Doações ( ) Jogos 5. Indique suas prioridades de automação Processamento do acervo: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Serviços administrativos: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6. Sua unidade dispõe de uma área de cerca de 4 m² (em boas condições) para instalação de equipamentos? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, descreva-a __________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7. Funcionários da Unidade interessados em informática ou com alguns conhecimentos: (indique nomes) __________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8. Cite alguma informação ou comentário que queira fazer a respeito do assunto ou deste questionário: ANEXO C Listagens que compõem o Relatório Final Listagens Título 1 Identificação das Seções dos deptos.

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