O PAPEL DO FARMACÊUTICO NO ATENDIMENTO AS PACIENTES EM TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

Tipo de documento:Plano de negócio

Área de estudo:Saúde coletiva

Documento 1

OBJETIVO ESPECÍFICO. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. CONCEITO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA SOBRE A ATENÇÃO FARMACÊUTICA E FARMÁCIA CLÍNICA. A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO. A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS. Esse estádio pode se desenvolver em diversas formas sendo ela a mais comum a que ocorre por meio do Papiloma Vírus (HPV) cuja transmissão se dá, preferencialmente, pelo contato sexual, onde está presente em quase 100% dos casos de câncer do colo de útero, porém, para a sua progressão quanto as lesões pré-invasivas, é necessária a associação com os outros fatores de riscos, como o tabagismo, multiplicidade de parceiros sexuais, o uso de contraceptivos orais, a baixa ingestão de vitaminas e a iniciação sexual precoce por agentes infecciosos, como o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e comorbidades (LEPIQUE et.

al. No Brasil, a abordagem mais efetiva para o controle desse câncer continua sendo a detecção precoce por rastreamento pelo exame de Papanicolau, que é simples, de baixo custo e oferecido por pela rede pública de saúde (INCA, 2012). No entanto, os sinais e sintomas do câncer do colo de útero aparecem tardiamente, o que leva muitas mulheres a procurar o médico somete quando a doença já está em estádio avançado, diminuindo as chances de um tratamento menos invasivo e indolor, e consequentemente da cura, o prognóstico piora com o avanço da doença (PIMENTEL et. al. Este estudo busca compreender como tais problemas vêm se inserindo no cotidiano da mulher portadora do câncer do colo do útero quanto ao tratamento farmacoterapêutico.

A opção foi trabalhar com mulheres com a doença em estádio avançado, por acreditar que as suas histórias, provocam, além de danos físicos, problemas emocionais e psicossociais, envolvendo a mulher e os que são mais próximos. Além disso, a dor em virtude da quimioterapia oral é uma das razões mais frequentes de descontinuidade do tratamento e sofrimento para essas pacientes com câncer em progressão. NUNES, 2010; PIMENTEL, et. al. OBJETIVO Este objetivo tem como compreender o papel do profissional farmacêutico sobre o tratamento das mulheres com diagnóstico avançado do câncer do colo do útero. OBJETIVO ESPECÍFICO ● Investigar como a atuação do farmacêutico pode contribuir com a maximização da adesão à farmacoterapia antineoplásica por meio das ações da atenção farmacêutica as pacientes com câncer de colo de útero.

● Investigar como a atuação do farmacêutico pode contribuir com o manejo e as ações da atenção farmacêutica junto à equipe multidisciplinar para com as pacientes com câncer de colo de útero. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3. CONCEITO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA SOBRE A ATENÇÃO FARMACÊUTICA E FARMÁCIA CLÍNICA A profissão farmacêutica, ao longo das últimas décadas, vem passando por grandes avanços, essenciais para sua creditação (FREITAS et. Segundo Hepler e Strand (1990), o profissional farmacêutico é o responsável pelo controle no uso dos medicamentos de vido ao seu conhecimento e sua habilidade, o que permitiu o desenvolvimento expansivo da atenção farmacêutica e da farmácia clínica componentes da Assistência Farmacêutica. “A Assistência Farmacêutica, é o conjunto de atividades relacionadas ao medicamento, para apoiar as ações de saúde para uma comunidade.

O profissional atua em todas as etapas, desde a pesquisa de um novo medicamento até sua chegada aos usuários” (HEPL ER; STRAND, 1990). “Atenção Farmacêutica é a provisão responsável do tratamento farmacológico com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios na saúde, melhorando a qualidade de vida do paciente” (HEPLER; STRAND, 1 990). “Farmácia Clínica como um conceito inovador é uma atividade especializada do farmacêutico, de apoio assistencial e essencialmente hospitalar, cuja responsabilidade é assegurar que o uso de medicamentos seja seguro e apropriada” (NUNE S, 2010). Nessa perspectiva, o estabelecimento que dispõe de uma política nacional para pacientes oncológicos, deve contemplar todo o conjunto de aspectos compreendidos no conceito de Assistência Farmacêutica (LEÃO et. al. GAUI, 2010). A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO A história do controle do câncer do colo do útero (CCU) começou a ser escrita há pouco mais de 100 anos.

As três primeiras décadas do século passado trouxeram consigo dados importantes que contribuíram muito para essa área. Conforme a evolução da doença, aparecem sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor (INCA, 2012; NASCIMENTO, SILVA, 2015). Segundo a Constituição Federativa do Brasil (1988), a saúde é direito de todos é um dever do Estado, desta maneira, o Sistema Único de Saúde (SUS), é o responsável pelo atendimento a cerca de 203 milhões de pessoas atualmente, com mérito considerável (BRASIL, 1988). Com tudo, o tratamento oncológico inclusive o de CCU, fornecido pelo SUS, só passou a ser garantido com a consolidação da Lei 12. de 2012, entretanto, a busca dos pacientes revela algumas falhas por meio da terapia fornecida e aplicabilidade do mesmo (BRASIL, 2012; STORPIRTIS et. al. A dificuldade e aceitação dos pacientes aderirem ao tratamento tem sido um desafio a Atenção Farmacêutica e uma ameaça para a saúde individual como para a Saúde Pública (KANG et.

al. A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS O SUS foi criado por meio da Constituição Federal de 1988 e caracteriza-se como sistema público de atendimento universal. Engloba um conjunto de ações e serviços de saúde prestados gratuitamente por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta a indireta, e das fundações mantidas pelo poder público, e conta com o complemento do setor particular. Tem como diretrizes a descentralização político administrativa da gerência do sistema de saúde, o atendimento íntegro e a participação da comunidade na formulação e no controle da execução das políticas de saúde (MARQUES, 2005; BRASIL, 1988). O Programa de Medicamentos Excepcionais (PME) é gerenciado pela Secretaria de Assistência à Saúde, aqueles medicamentos de elevado valor unitário, ou que pela cronicidade do tratamento, se tornam excessivamente caros para serem suportados pela população.

A maioria dos pacientes de nível ambulatorial utilizará tratamento medicamentoso que durará por toda vida, ou seja, cronicamente. Esta política tem enorme alcance em todas as classes sociais uma vez que, se não 13 fossem distribuídos gratuitamente, tais medicamentos seriam acessíveis a poucas pessoas em função do alto custo dos tratamentos (BERMUDEZ et. al. O PME existe desde 1993 e, daquela época até a atual gestão do Ministério da Saúde, muitas inclusões e exclusões foram realizadas. As ações judiciais com medicamentos antineoplásicos geram custos elevados aos governos e demandam análises criteriosas para que se garanta eficiência no uso dos recursos públicos e resultados adequados para a saúde dos cidadãos (BRASIL, 2004; VIDAL et. al. São critérios apontados como importantes a serem utilizados em uma análise para tomada de decisão de fornecimento de medicamentos pela via judicial: análise técnica; identificação de registro de medicamentos, com sua respectiva indicação, na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (A NVISA); informações disponíveis em 14 diretrizes clínicas; disponibilidade/incorporação do medicamento pelo sistema de saúde; identificação do medicamento nas relações de medicamentos essenciais.

A utilização destes parâmetros parece ser fundamental para se garantir eficácia, acurácia, efetividade e segurança no uso dos medicamentos, assim como para se minimizar desigualdades no acesso e avalizar a integralidade da assistência farmacêutica (BRASIL, 2004; VIDAL et. al. ADESÃO AO TRATAMENTO E COMORBIDADES NO CCU A filosofia que rege a Atenção Farmacêutica é atender uma necessidade social e adotar técnicas do cuidado com o paciente provendo suas necessidades sobre os medicamentos. O primeiro exercício está em garantir a terapêutica farmacológica do paciente de forma que seja correta, eficaz, além da segurança e do planejamento. O segundo passo é identificar, resolver e prevenir problemas que interfiram na garantia da terapêutica prestada. E por fim, assegurar-se, que tratamento tenha excelência (SILVA et.

al. KANG, et. al. O início do tratamento, as trocas de esquema e a ocorrência de efeitos adversos são momentos essenciais de reforço à adesão ao tratamento. O apoio à adesão deve começar mesmo antes do início da terapia antineoplásica, persistindo ao longo de todo tratamento, conforme as necessidades de cada paciente, mesmo para aqueles considerados inicialmente com o “aderentes” (INC A, 2012; GA UI, 2010). Antes de prosseguir com o tratamento, o paciente necessita ser avaliado quanto aos riscos em potencial aos antineoplásicos consequentemente a terapia não deve ser iniciada sem que as devidas recomendações sejam tomadas. As opções para a quimioradiação simultânea incluem: Os medicamentos mais convencionais para o tratamento de CCU é a Cisplatina, Carboplatina e Bevacizumabe. Que frequentemente são utilizadas combinações destes medicamentos a alguns outros medicamentos como o paclitaxel, topotecano, Gemcitabina, docetaxel, ifosfamida, 5 -fluorouracil, irinotecano e mitomicina (GAUI, 2010).

Cisplatina administrada semanalmente durante a radioterapia. A cisplatina deve ser administrada por via intravenosa cerca de 4 horas antes da radioterapia ou, cisplatina mais 5-fluorouracilo (5-FU) administrada a cada 4 semanas durante o tratamento radioterápico (GAUI, 2010). Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de drogas, da dose administrada e do tempo de duração do tratamento. O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DO CÂNCER. O acompanhamento do farmacêutico é uma importante ferramenta junto à equipe multidisciplinar, pois este auxilia para a redução de erros na medicação e no tratamento oncológico, tornando-o mais eficaz e melhorando a qualidade de vida (LEÃO et. al. O paciente merece toda a atenção por parte da equipe de saúde, e a presença do farmacêutico embora tenha iniciado sua atuação exclusivamente nas atividades de manipulação e gerenciamento de quimioterápicos, tornou-se peça fundamental para a garantia da qualidade dos procedimentos prestados por meio da atenção farmacêutica que ajuda amenizar o sofrimento e torna a farmacoterapia segura, prevenindo e tratando as possíveis reações adversas ao medicamento (LEÃO et.

al. Sua alta incidência e mortalidade fazem a estimativa de número de novos casos para o ano de 2005 no Brasil ser de 20. casos (INCA, 2005). CONCLUSÃO O profissional farmacêutico tem um papel fundamental dentro da saúde pública, algo que vem crescendo e sendo aperfeiçoado ao longo das últimas décadas por meio da assistência farmacêutica, mas algo muito superficial em se tratando do câncer de colo de útero. Os profissionais farmacêuticos perderam sua identidade como profissional da saúde e, atualmente, são considerados meros coadjuvantes dispensadores de medicamentos, o que resulta no distanciamento do profissional farmacêutico de sua atividade primária. Para que os profissionais voltem a ter as características deixadas e esquecidas no de correr do tempo com potencial para desempenhar essa importante função social, é inevitável que se invista na formação dos profissionais futuros, incluindo capacitação em oncologia de modo que isso resulte na melhoria do atendimento e, consequentemente, na conscientização da população para o uso correto dos medicamentos.

S. PEREIRA, G. J. S. JÚNIOR, E. L. HARTZ, Z. M. A. MOSEGUI, G. Avaliação do Acesso aos Medicamentos Essen ciais: Modelo Lógico e Estudo Piloto no Estado do Rio de Janeiro. Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Brasil. Rio de Janeiro, 1999. BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988. BRASIL, Lei nº 12. M. MORLEY P. C. O Exercício do Cuida do Farmacêutico. Tradução: Denise Borges Bittar, Revisão Técnica Arnaldo Zubioli – Brasília: Conselho Federal de Farmácia, p. K. A dverse drug reactions definitions diagnosis and management. Lancet, London, v. n. p. O farmacêutico e a farmácia: Uma análise retrospectiva e prospectiva. São Paulo. Revista Pharmácia Brasileira, v.

p. GAUI, M. Hosp. Pharm. v. p. KANG, Y. CANFELL K. Effect of changes in treatment practice on survival for cervical cancer: results from a populat ion-based study in Manitoba, Canada. BMC Cancer, 22 de setembro de 2015. KINJYO, Y. NAGAI, Y. P. RABACHINI, T; VILLA L. L. HPV. vaccination: the beginning of the end of cervical cancer?: a review. K. Atenção farmacêutica no tratamento oncológico em uma instituição pública de Montes Claros-MG. Rev. Bras. Farm. MARQUES, P. A. C. PIERIN, A. M. Rev. Saúde Pública, v. n. NUNES, R. M. V, PANOBIANCO M. S. ALMEIDA A. M. OLIVEIRA I. A. RODRIGUES, A. J. L. Terapia medicamentosa do câncer. PORTA, V. Ciências Farmacêuticas - Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica.

Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 2008. STRAND, L. M. TERRET, C. K REMER, E. C. ALBRAND, G. DROZ, J. RETTO, M. P. F. S ILVA, M. J. SCHERRER, L. R. RODRIGUES, A. N. Diferenças nos Padrões de Tratamento e nas Características Epidemiológicas entre Pacientes Idosas e Adultas Portadores de Câncer do Colo do Útero. Y. HE, Z. Y. ZHOU, J. Multimodal treatment including hysterectomy improves survival in patients with locally advanced cervical cancer: A population-based, propensity score-ma tched an alysis.

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