Resumo crítico do Capitulo 23 Interações Bióticas p 693-730

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Biologia

Documento 1

Tradução: Eliane Romanato Santarém, Doutora em Botânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Resumo crítico do Capitulo 23: Interações Bióticas, p. As plantas são muito diversas e ocupam a maioria dos ecossistemas terrestres, onde desempenham um papel fundamental como produtores primários em redes alimentares, sendo um organismo imóvel em seu sistema, ou seja, após se estabilizar em determinado local ela não se locomoverá estando sujeita as interações bióticas que esse ambiente a proporcionar, essas interações podem ser benéficas ou maléficas ao desenvolvimento da planta. A composição desses organismos varia de acordo com a espécie vegetal, estágio de desenvolvimento, genótipos, ou mesmo entre plantas altamente semelhantes, com pequenas diferenças em seus antecedentes genéticos, como os transgênicos.

Dessa forma, uma vez estabelecida à planta é colonizada por uma diversidade de microrganismos e susceptíveis a interações diretas com insetos. Dessa forma um segundo receptor parece ser também importante, o receptor quinase de simbiose. Cominando nas etapas finais que formam a nodulação através da sinalização por meio da citocinina. Além do que fungos micorrízicos abasculares tem sido importantes ferramentas biológicas para manter a fixação biológica do nitrogênio mesmo em condições com escassez de fósforo, sendo ainda mais importante pela alta adsorção do fósforo nos solos brasileiros e consequentemente sua baixa disponibilidade para as plantas, que são comumente supridos a partir de rochas fosfatadas, o que não é um recurso renovável. Nessa interação de plantas e fungos micorrízicos abasculares, as hifas do fungo atuam como um substituto para as raízes, fornecendo nutrientes e água para a planta e obtém várias fontes de carbono em contrapartida.

Além disso, a necessidade dessa interação é evidenciada pela obrigatoriedade de algumas plantas dependerem da cooperação microbiana para desenvolvimento, crescimento e sobrevivência. Rizoremediação de estresse bióticos e abióticos (descontaminação de metais pesados no solo, auxiliando no desenvolvimento da planta livre dessas substâncias); 5. Estimulação na produção de fitohormônios como IAA, GAs, citocininas e alguns COV que interagem na morfogene radicular e consequentemente otimização seu potencial de captação dos minerais disponíveis. Ativação da resistência sistêmica induzida, um exemplo dessa relação é apresentado pela bactéria Bacillus subtilis que induz a síntese de ácido jasmômico, etileno e do gene regulador do NPR1 em plantas. É prudente também destacar as relações em que ambas as partes se beneficiam indiretamente uma da outra, porém não é acometida por interações maléficas, essa relação de “ninguém ganha e ninguém perde em favor do outro” é denominada de comensalismo, podendo em dado momento passar de um organismo comensal para um organismo que promove uma interação benéfica ao seu hospedeiro.

Interações bióticas maléficas A exposição de plantas a patógenos ou eventos extremos de temperatura, produtos químicos ou antibióticos pode influenciar fortemente na composição de seu microbioma e interação bióticas com insetos. Outro exemplo de interação maléfica entre microrganismo e planta pode ser compreendido através da mancha marrom de alternaria, uma importante doença fúngica do citros causado pelo fungo Alternaria alternata f. sp citri, esse patógeno é capaz de produzir espécies reativas a oxigênio (EROs) tóxicos através de uma NADPH oxidase (Nox) ligada à membrana, essa EROs auxilia na sua severidade uma vez que ela também induz os sintomas da doença (necrose), pois a infecção de A. alternata resulta em peroxidação lipídica, aumentando o acumulo de peróxido de hidrogênio (H2O2), o desequilíbrio bioquímico da planta e consequente à morte celular.

Ainda sobre as defesas mecânicas, as plantas desenvolvem estruturas de superfícies como espinhos (ramos modificados), gloquídios (espinhos agrupados normalmente encontrados em cactos), acúleos (pseudos espinhos), essas estruturas tem em comum a constituição de extremidades pontudas e afiadas que a protegem de insetos herbívoros maiores e mamíferos. Outra importante barreira física das plantas são os tricomas que proporcionam uma defesa mais restrita a pequenos insetos pragas, eles são constituídos de diversas formas e armazenam metabólitos secundários nocivos às pragas como fenóis e terpenos, que são armazenas em uma região específica entre a parede celular e a cutícula, após a injúria pelo inseto praga essa região arrebenta e libera esses metabólitos secundários que funcionam como repelentes uma vez que possuem um odor muito forte e sabor amargo.

Frequentemente as plantas armazenam metabólitos secundários para sua defesa, além de conjugados de açúcar, hidrossolúveis e não tóxicos. Esse armazenamento se da preferencialmente em regiões mais novas da planta, por isso os níveis constitutivos dos metabólitos secundários são mais acentuados em tecidos jovens do que em tecidos mais velhos. Esse é um mecanismo da planta reter sempre seus metabólitos e estabilizar sua produção ou acentuar quando necessário. Contudo essas defesas constitutivas que produzem os metabólitos secundários exigem um alto aporte energético da planta, pois necessita de muita energia derivada de metabolismo primário que passa a ser indisponível para seu desenvolvimento e reprodução. Contudo esses metabólitos quando induzidos diretamente pelo inseto herbívoro pode repelir ele mesmo e promover a atração de inimigos naturais que são aqueles insetos que predam ou parasitam os insetos pragas.

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