“Atuação Psicopedagógica no contexto escolar: uma avaliação frente a escola contemporânea”

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

BIBLIOGRAFIA. INTRODUÇÃO A modernização do sistema educativo, atual, passa por uma descentralização e por um investimento das escolas como espaços de formação e não de frustração. Um dos primeiros passos do psicopedagogo seria realizar um diagnóstico buscando a história da escola, para entender melhor sobre a rede de movimentos e a identidade dessa instituição. Estabelecendo a partir daí um trabalho de ação preventiva que amenize ou impeça as dificuldades de aprendizagem, articulando uma postura de diálogos e contribuindo para que as mudanças possam acontecer na comunidade escolar. Ao chegar numa instituição escolar, muitos acreditam que o psicopedagogo vai solucionar todos os problemas existentes (dificuldade de aprendizagem, evasão, indisciplina, desestímulo docente, entre outros). É o processo de conhecer, o processo de vida que se dá por articulações possíveis e que amplia os domínios cognitivos para conexões cada vez mais complexas.

DESENVOLVIMENTO / JUSTIFICATIVA O psicopedagogo sabe que para aprender são necessárias condições cognitivas (abordar o conhecimento), afetivas (estabelecer vínculos), criativas (colocar em prática) e associativas (para socializar). Ao chegar numa instituição escolar, muitos acreditam que o psicopedagogo vai solucionar todos os problemas existentes (dificuldade de aprendizagem, evasão, indisciplina, desestímulo docente, entre outros). No entanto, o psicopedagogo não vem com as respostas prontas. O que vai acontecer será um trabalho de equipe, em parceria com todos que fazem a escola (gestores, equipe técnica, professores, alunos, pessoal de apoio, família). A aprendizagem escolar, durante várias décadas, foi vista como algo distante do prazer e entendida como um mal necessário. Então, o grande desafio das escolas, nos dias de hoje, é despertar o desejo dos alunos para que possam sentir prazer no aprender.

A opinião de Barbosa é clara quando argumenta que: "Transformar a aprendizagem em prazer não significa realizar uma atividade prazerosa, e sim descobrir o prazer no ato de: construir ou de desconstruir o conhecimento; transformar ou ampliar o que se sabe; relacionar conhecimentos entre si e com vida; ser coautor ou autor do conhecimento; permitir-se experimentar diante de hipóteses; partir de um contexto para a descontextualização e vice-versa; operar sobre o conhecimento já existente; buscar o saber a partir do não saber; compartilhar suas descobertas; integrar ação, emoção e cognição; usar a reflexão sobre o conhecimento e a realidade; conhecer a história para criar novas possibilidades". Hoje, na escola, tem que haver partilha, cooperação, questionamento, reflexão, oportunidade do outro se colocar - o processo é coletivo.

Para que o psicopedagogo realize um diagnóstico numa instituição escolar, sugere-se que se observem as características organizacionais, bem como a abordagem da cultura da escola3. São aspectos que o psicopedagogo terá que observar. E isso não é pouca coisa, é muita coisa! A institucionalização dá-se de forma processual, ou seja, não acontece de uma hora para outra. É toda uma história, todo um caminho, que vai obter um resultado bom ou ruim, mais ou menos aceitável. É esse processo de institucionalização que vai viabilizar as mudanças organizacionais, podendo também ser de maneira negativa ou positiva. A cultura é fruto de uma rede de movimentos, ou seja, daquelas interações entre os subsistemas de um sistema. O desafio do psicopedagogo é mobilizar para que haja esse movimento, para que a mudança consiga ocorrer.

O trabalho do psicopedagogo na escola é de prevenção das dificuldades de aprendizagem. Ou seja, vai fazer um trabalho institucional: averiguar a formação dos professores; o currículo que está sendo dado e se está sendo adequado às necessidades dos alunos. E a partir dessas necessidades, se o professor está ou não preparado para atender ao aluno. O psicopedagogo vai intervir na formação do professor, supervisor ou orientador pedagógico. Ou seja, qual o sentido que está fazendo para os alunos essas regras tão demarcadas, delimitadas, impostas com clareza? Como esses alunos estão entrando em contato com isso? A escola até que pode ser liberal, democrática, desde que as pessoas que assumem a direção tenham pelo menos o mínimo de controle dos acontecimentos.

A ação democrática significa está sempre dialogando, negociando, senão perde-se a rédea e não se consegue dar conta da situação. Qual o sentido que esses alunos estão atribuindo à concepção de democracia? E para a direção, coordenação, qual o sentido que está fazendo esta reação dos alunos que já é de insubordinação, de depredação da escola (quebra, destrói, rabisca)? Então, tem-se que ir buscar, "lá atrás", essas reservas de sentido. O psicopedagogo pode ajudar os que fazem a escola a tomarem consciência desse acervo, dessas reservas de sentido. No trabalho com a escola, após o diagnóstico, o psicopedagogo vai realizar a intervenção apoiando-se na utilização de recursos que promovam a operatividade dos vários grupos e instâncias da instituição.

Essas dificuldades muitas vezes são sintomas de que algo não vai bem, podendo ser identificado e até amenizado pelo educador, contando com o apoio do psicopedagogo. Não existe atuação psicopedagógica na escola sem a postura do ouvir, do falar e do propor. A intervenção do psicopedagogo tem que estar regada do seu saber, da sua criatividade, da sua perspicácia, para que tenha condições de adaptar o trabalho a que se propõe, de acordo com as necessidades e possibilidades do contexto educacional em que está atuando. O psicopedagogo vai trabalhar de forma preventiva para que sejam detectadas as dificuldades de aprendizagem, antes que os processos se instalem, bem como, na elaboração do diagnóstico e trabalho conjunto com a família frente às ocorrências provenientes das dificuldades no processo do aprender.

No entanto, não se pode falar em aprendizagem desconsiderando-se os aspectos relevantes na vida desse aluno que se relaciona e troca, a partir do estabelecimento de vínculos. Curitiba: Expoente;2001. Educere. bruc. com. br/ Revistapsicopedagogia. M. S. CARBERG,S. A aprendizagem: várias perspectivas e um conceito. In: PORTILHO, E.

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