O ENSINO DA MATEMÁTICA PARA ALUNOS AUTISTAS

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Essas crianças, apesar de todas as suas dualidades comportamentais e sociais, precisam frequentar as escolas e terem acesso a uma educação de qualidade. Para isso, é preciso que o sistema educacional brasileiro esteja plenamente preparado para receber esses alunos e contribuírem para o seu desenvolvimento saudável e contínuo. Nesse contexto, a matemática segue ocupando um lugar do qual ainda não conseguiu sair: como uma matéria extremamente difícil e que representa o maior desafio do sistema educacional brasileiro. Mas, que pode e deve, ser ensinada da maneira correta para todos os alunos, incluindo aqueles que são autistas, como medida de autoafirmação e igualdade. Palavras-chave: Autismo, Matemática, Ensino Aprendizagem, Educação Infantil 1. Os estímulos visuais, auditivos, motores e a ausência de contato humano direto que são proporcionados pelos aplicativos para celulares e tablets, são de grande ajuda para o desenvolvimento cognitivo dos alunos com autismo.

Nesse contexto, a matemática segue ocupando um lugar do qual ainda não conseguiu sair: como uma matéria extremamente difícil e que representa o maior desafio do sistema educacional brasileiro. Mas, que pode e deve, ser ensinada da maneira correta para todos os alunos, incluindo aqueles que são autistas, como medida de autoafirmação e igualdade. RELATÓRIO DESCRITIVO ANALÍTICO SOBRE O ALUNO OCIDENTAL E A CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR Durante muitos anos, ainda nos primeiros passos dos homens enquanto sociedade acreditava-se que apenas o tamanho e o corpo físico de um indivíduo era alterado com o passar dos anos, transformando meninos em homens. Porém, muitos anos se passaram até que fosse compreendido que o desenvolvimento humano vai muito além da altura e do crescimento dos músculos e ossos.

Por outro lado, se fosse de família rica era esperado que essa criança fosse detentora das habilidades físicas e mentais necessárias para tomar decisões, influenciar pessoas e conduzir a sociedade (VEYNE, 1989). Em ambos os casos, uma criança com deficiência física ou mental, de natureza média ou até mesmo grave, não seriam capazes de atender os propósitos que seus familiares tinham idealizado durante toda a sua formação gestacional. Obviamente, raras eram as famílias que não compactuavam com a prática de descarte, ou então que descobrissem deficiências apenas após alguns anos de vida. Entretanto, essas crianças eram mantidas dentro de casa e representavam uma vergonha para a família, já que eram uma alegação de que os genes que ali corriam eram defeituosos (VEYNE, 1989).

Dessa forma, é possível compreender que o papel da criança nas sociedades antigas era completamente operacional, ou seja, a importância de sua existência estava ligada ao que poderia executar quando crescesse e qualquer limitação que estivesse ligada ao não cumprimento desse planejamento prévio, basicamente inviabilizava a existência dessa criança para a sociedade. Novamente, a evolução desse pensamento foi um processo lento e conflitante, até que a mesma pudesse ser reconhecida com um indivíduo ainda na infância e não apenas quando se tornasse um adulto. A escola surge então como um espaço de desenvolvimento para essas crianças, com o objetivo de disciplina-las e educá-las de acordo com as regras sociais da época (GAGNEBIN, 1997). Em idade de desenvolvimento, desde o início da sua primeira infância até os anos finais da adolescência, os indivíduos são obrigados, através da Constituição Federal vigente em território nacional, a frequentarem instituições de ensino podendo ser de natureza pública ou privada.

Dessa forma, mais da metade de toda a primeira etapa de sua vida, é passada em escolas e demais centros de ensino. É exatamente por esse motivo que a escola tem um papel fundamental na formação desses jovens, visto que é nesse espaço que há uma forte socialização e a formulação de ideologias, opiniões e gostos. Transtornos Invasivos do Desenvolvimento Leve dificuldade em manter relações humanas e estabelecer diálogos consistentes. O autismo em si, ainda é divido em níveis onde os comportamentos são intensificados e manifestados de diferentes formas, lembrando que sempre há variação de pessoa para pessoa devido a resposta biológica e ações relacionadas a cultura e a criação. Esses níveis são demonstrados na tabela abaixo: Tabela 02: Os três níveis de autismo GRAU 1 GRAU 2 GRAU 3 Sintomas que podem ser confundidos com traços de uma personalidade mais fechada, mas são correspondentes ao espectro autista em nível mais baixo.

Nesse grau o indivíduo pode ser caracterizado como apático e fechado. Nesse estágio as interações sociais já começam a ser notoriamente prejudicadas, principalmente quando partem de terceiros. Apesar de possuírem um comportamento social atípico, uma boa parcela dos autistas costuma apresentar um desempenho escolar louvável, isso porque uma das características do transtorno é o excesso de concentração e foco em determinadas atividades que são selecionadas de acordo com o gosto do indivíduo. Assim, caso o objetivo desse autista seja vencer os desafios acadêmicos escolares, estes costumam ser extremamente insistentes e não aceitarem notas menores do que excelentes. As artes, como a pintura, o desenho, o design gráfico e outras ramificações, também são fortemente escolhidas como objetivos pelos autistas (ORRÚ, 2012).

Logo, os autistas não devem ser vistos como inválidos ou incapazes dentro do contexto escolar. Caso haja o incentivo correto e a construção de uma relação de confiança dentro da sala de aula, esse aluno apresenta resultados acadêmicos até mesmo acima da média. O autor Marques (2003) nos chama atenção para o fato de que a autonomia vai muito além de fazer o que se tem desejo no momento em que deseja. Principalmente no ambiente escolar a autonomia não deve ser apenas viabilizada, mas deve ser principalmente ensinada. Muito mais importante do que dar liberdade para os alunos, é ensina-los como fazer uso da mesma de forma saudável e favorável ao seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. Por exemplo, a autonomia não deve ser ensinada no âmbito escolar através da formulação de uma norma que decreta que o aluno tem liberdade para sair das dependências da escola no momento em que desejar, sem antes explicar para o mesmo as consequências de suas ações.

A autonomia tem o seu significado prático totalmente atrelado ao cumprimento de regras sociais, mesmo que o seu significado teórico nos passe uma impressão exatamente contraria. Em muitas situações o protagonismo pode proporcionar ensinamentos extremamente ricos e úteis para a vida daquele jovem, principalmente em eventos da vida adulta que exigirão muita desenvoltura. Entretanto, não é preciso passar muitas horas dentro de escolas e observando o convívio dos alunos para reparar que o protagonista é facilmente identificado porque costuma ser uma figura atípica e quase única. Em turmas composta por uma média de 30 a 40 alunos, apenas um desses se torna o protagonista, o líder e o mediador entre sua sala e a direção escolar. Aceitando essa realidade, é um dos objetivos da escola formar cada vez mais alunos protagonistas e deixar de incentivar que os demais alunos apenas sigam as ideias lançadas pela figura do líder.

As matérias que tratam da sociedade e suas relações ajudam os alunos no desenvolvimento do conhecimento de si mesmos, do meio em que vivem e também na identificação de traços comportamentais de outros indivíduos. O apelo realizado pelas mães está direcionado para todos os problemas encontrados no processo educacional e na permanência desses alunos em salas de aula convencionais, em nome de efetivar a chamada: inclusão. A dramática dessas famílias está associada ao fato de que, apesar de teoricamente ser muito benéfica para ambas as partes, a inclusão desses alunos nas salas de aula brasileiras não está sendo saudável. Os relatos coletados contam que não há evolução considerável do quadro clínico do aluno que sofre com tais limitações quando colocado para conviver com os demais colegas, isso porque é muito comum que seja hostilizado, seja alvo de bullying e que não haja a compreensão, nem por parte dos alunos e nem por parte dos professores, de suas limitações crônicas.

Ainda, os demais alunos costumam possuir suas aulas paralisadas com frequência ou atrasadas para que haja uma tentativa de nivelamento do ensino, causando revolta. Os processos evolutivos alteram de forma drástica a sociedade, implantando dentro dos homens a ideia de que era possível adquirir o conhecimento sobre a natureza e os elementos do mundo de forma plena através dos estudos. Seguindo a mesma mentalidade de trata-los como inválidos e praticamente ignorar as suas necessidades singulares. Com a consolidação da Constituição Federal de 1988 que colocava a educação como um direito social que deveria ser garantido a todos os cidadãos sem distinção de nenhuma natureza, as primeiras mudanças aconteceram. A Declaração Mundial sobre Educação para Todos ocorrida em 1990 trouxe a tona à discussão das práticas que deveriam ser adotadas em busca da inclusão de todos os tipos de alunos, sendo eles portadores de qualquer tipo de dificuldade ou deficiência (DIAS, 2006).

Para Lopes (2006) as salas de aula e as escolas de modo geral deixaram de ser um espaço onde o autoritarismo reinava e passou a ser um espaço de compreensão, tolerância, bondade e propicio a produtividade. Apenas dessa forma, é possível que a inclusão ocorra de fato. Porém, ao longo da história da vida humana na Terra, a matemática foi fundamental para que houvesse uma grande evolução através das invenções como calendário, relógio, hábito de medir distâncias, invenção do comércio e instauração do sistema de moedas e tantos outros. Logo, se faz necessário que haja uma breve contextualização histórica sobre a matemática e os seus impactos na estrutura das sociedades, desde as mais remotas até as mais modernas.

Boyer e Merzbach (2019) pontuam que a história da matemática surge da necessidade de quantificar. Não apenas itens, como pessoas e até mesmo o tempo. Sendo assim, os autores colocam que a história da matemática se inicia ainda em 4700 a. C. e 1650 a. C. respectivamente, também são considerados marcos na história da matemática (BOYER; MERZBACH, 2019). Segundo Roque (2012), a China é o país onde foram encontrados os mais antigos documentos que comprovam as primeiras atividade matemáticas das quais se tem notícias, em meados de 1100 a. C. É também em 212 a. C. que Arquimedes coleciona uma série de contribuições para a matemática, como o valor de Pi, cálculos de esfera, hidrostática e outros. Em 225 a. Newton desenvolve o cálculo infinitesimal e integral em 1727 e em 1862 David Hilbert inicia a defesa de um dos mais importantes pontos na história: a matemática pensa por si própria (CARVALHO et.

al. Entre 1903 e 1957 a matemática passa a fazer parte das teorias do que viria a ser a chamada Ciências das Tecnologias da Informação, teoria dos jogos e computação. Em 1931, Kurt Godel é o responsável pelo desenvolvimento dos elementos indefiníveis da matemática e em 1954 surgem a criptografia e a inteligência artificial. Carvalho et. É exatamente por esse fato que se recomenda que os conteúdos iniciem daqueles que são considerados mais fáceis, para os mais difíceis. Dessa forma, o aluno se sente motivado e consegue visualizar sua evolução na matéria. Por outro lado, o inverso também ocorre e prejudica o desenvolvimento de muitos alunos. O grande motivo disso é o acúmulo de dúvidas e de conteúdos não plenamente compreendidos em anos anteriores.

Ou seja, o aluno avança de série sem compreender todas as etapas de cada um dos conteúdos, e no futuro isso o impossibilita de progredir no aprendizado de conteúdos mais difíceis e complexos (PINHEIRO, 2005). História social da criança e da família. ed. Rio de Janeiro: LTC,1981. BOYER, Carl B. MERZBACH, Uta C. Paulo. org. Infância, escola e modernidade. São Paulo: Cortez; Curitiba: Editora da UFPR, 1997, p. HEYWOOD, Colin. OLIVEIRA, Karina Griesi; SERTIÉ, Andréa Laurato. Transtornos do espectro autista: um guia atualizado para aconselhamento genético. Revendo de Ciências Básicas, Hospital Israelita Albert Einstein. São Paulo, 2017. ORRÚ, Sílvia Ester. Soc. Campinas, v. n. p. jul. Educação para a Diversidade: uma prática a ser construída na Educação Básica.

Universidade Estadual Do Norte Do Paraná - Campus De Cornélio Procópio, 2008. VEYNE, Paul. O Império Romano. In: História da Vida Privada.

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