Redações argumentativas dos filmes "Carandiru" e "Na natureza selvagem"

Tipo de documento:Crítica Literária

Área de estudo:Segurança do trabalho

Documento 1

Vemos que, o tratamento no Carandiru entre os presos, varia de acordo com o crime realizado, sendo o mais desprezível o estupro. Para aquele que o comete, não há respeito ou perdão, apenas a certeza da própria morte aproximando-se. Para apresentar-nos um exemplo, o filme conta um pouco do caso de um presidiário que sobreviveu apenas cinquenta minutos atrás das portas pesadas do Carandiru, pois era culpado de estupro. Apesar da violência, superlotação, instalações precárias, a falta de assistências médica e jurídica e outros meios que garantem a dignidade humana, também há casos de solidariedade, organização e amor, unidos à um enorme respeito pelos homossexuais, realizando dentro do presídio até mesmo casamentos. De palestras e sessões de cinema, o filme mostra um universo sem falsos moralismos, imergindo seus espectadores na negligência do Estado para com o cárcere, e muitas vezes, para com a sociedade em geral, expondo a falta do nivelamento de pena ou esforços para a ressocialização dos detentos, sendo assim, os dizeres “sempre pode ficar pior” são extremamente reais.

O personagem do médico representa, em parte, como poderia ser a atuação de um psicólogo no contexto, por exemplo. Inicialmente, ele se aproxima da equipe e dos presos, ouvindo-os e criando uma relação de confiança e vínculo, para iniciar, posteriormente, um trabalho voltado à promoção da saúde. Em sua atuação, o médico utilizava métodos estratégicos visando reeducar os presos em relação à sexualidade e a prevenção de doenças sexuais, além de medidas de redução de danos para as pessoas que usavam drogas, e o constante acolhimento e escuta durante atendimentos. Em um ambiente com condições de trabalho tão insatisfatórias, onde faltavam-lhe os materiais básicos, recursos, segurança e medicamentos, rodeado de drogas e violência, o trabalho desse profissional tinha diversas limitações.

O tratamento individualizado previsto em lei é difícil de ser atingido nos presídios brasileiros pela superpopulação existente nos mesmos, sendo tarefa impraticável proporcionar tal tipo de tratamento, nessas tão cruéis condições. Após doar os 24 mil dólares que tinha de poupança a uma instituição de caridade, abandonar seu carro e queimar todo dinheiro que tinha na carteira, Christopher McCandless decide abandonar também os laços familiares. Não tendo mais nada que o prendesse em sua casa, o jovem parte sozinho, sem deixar sequer um bilhete. Sob o pseudônimo de Alex Supertramp, ele inicia sua viagem enquanto seus pais o procuram, desesperados pelo sumiço repentino e tentam refletir melhor sobre a decisão do jovem. Após percorrer muitos quilômetros conhecendo novas pessoas, contando e ouvindo histórias, ele experimenta a felicidade através da liberdade de ir e vir sem vínculos ou cobranças.

Muitas pessoas transitam pela vida do jovem caroneiro americano durante tal trajetória, e de acordo com relatos posteriores, todos tiveram suas vidas transformadas pela passagem rápida do misterioso garoto. O resultado de sua obsessão e investigação cheia de detalhes, veio a tornar-se o livro “Na natureza selvagem”, publicado pela primeira vez em 1996, para após cerca de dez anos, tornar-se a adaptação nas mãos do diretor Sean Penn, sendo lançado posteriormente em 2007, elogiado pelas críticas. A viagem de Christopher em busca de uma vida de fato feliz nos faz refletir em torno de nossas decisões sobre o consumismo, a falsidade, a instabilidade da sociedade. O filme apresenta uma mensagem tocante, forte e libertadora, tanto para Christopher McCandless, quanto para quem o acompanha pelo longa, cheio de experiencias verdadeiras de amizade, companheirismo e amor, apresentando o mundo como algo muito maior do que as celas que construímos para nós mesmo todos os dias.

As cenas sobre a natureza fazem-nos sentir como se estivéssemos sozinhos no mundo para aproveitá-la, libertos de regras.

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