Pedagogia Empresarial

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Trazendo uma nova prática de gestão, o empoderamento, que delega poderes, mas não retira o controle das mãos do gestor. O presente trabalho visa analisar a aplicabilidade do processo de empoderamento nas organizações, suas vantagens, os cuidados na implantação e, sobretudo a importância desse processo ser realizado por profissional capacitado. Bem como o papel da pedagogia empresarial nesse processo, sua colaboração e importância no treinamento e desenvolvimento dos colaboradores. Esta pesquisa tem caráter bibliográfico, descritivo e exploratório, utilizando-se como fontes de pesquisa os principais autores no campo da pedagogia empresarial e gestão de pessoas. Palavras-chave: Empoderamento, Pedagogo Empresarial. O antropólogo Carlos Brandão (1981) em seu livro O que é educação?, expressa a ideia de que a educação está em todo lugar, ressalta que não há uma única forma, nem um único modelo de educação, todos nós envolvemos pedaços da vida com a educação.

Estamos diante de uma sociedade genuinamente pedagógica (cf. Beillerot, 1985). Para levar o gestor a compartilhar as responsabilidades e riscos com as decisões da empresa, o funcionário precisa mostrar qualificação e competências necessárias para que haja confiança no processo. Surge então o empowerment (empoderamento), que delega ao colaborador o poder de decisão sobre determinadas atribuições do seu nível de atuação. O objetivo primordial deste deve ser uma apresentação prática e teórica da função da área de treinamento e desenvolvimento pessoal, assim como a sua utilização para alcançar metas da organização. Um dos propósitos da Pedagogia na Empresa é a de qualificar todo o pessoal da organização nas áreas administrativas, operacional, gerencial, elevando a qualidade e produtividade organizacionais.

FERREIRA, 1985, p. Segundo Giroux, (2000, p. “o pedagogo precisa se colocar na condição de um eterno aprendiz, buscando desenvolver profissionalismo, integridade e responsabilidade, capacitação na área educacional, deixando de serem meros executores para se tornarem intelectuais transformadores”. a falta de motivação pessoal do sujeito em querer investir no seu autoconhecimento; as dificuldades de saber expressar com clareza e objetividade; a falta de postura ética diante de seus colaboradores, dirigentes e colegas; o desconhecimento de sua missão pessoal e profissional; e a passividade diante das mudanças e das inovações fazem com que as empresas e os trabalhadores fiquem aquém de um mundo moderno e altamente competitivo. De maneira geral o processo de ensino-aprendizagem deve estimular o pensamento, uma conexão do indivíduo com ele mesmo, seus saberes, referências, uma autorreflexão, objetivando sempre sua melhor performance como parte da empresa.

Treinar é tornar apto, com saberes e práticas atualizadas, tornando-se referência para os demais. Para isso o profissional pedagogo deve estar sempre atualizado, criando e elaborando meio para atuar de forma mais eficiente. O conhecimento será o principal instrumento de ascensão profissional dessa nova era empresarial. Dentre os propósitos das empresas, no que refere-se ao aumento da competitividade e no destaque frente ao mercado, está o compartilhar responsabilidades, maximizar resultados, otimizar o tempo dos gestores. Os gestores são o centro nervoso de uma rede de informações que compõe as empresas, eles estão muito distantes do que as teorias sugerem em termos de utilização do tempo, por isso cada vez mais ressalta-se a importância da descentralização na tomada de decisão, que é o centro das atividades do gestor.

Essa descentralização surge trazendo uma nova aplicação no ambiente empresarial, conhecida como empowerment, que é uma ferramenta de gestão adotada nas organizações modernas que presumem uma mudança nas relações sociais de trabalho através do emprego de formas autônomas de poder. O termo “empowerment” ganhou popularidade a partir da década de 70. Sua origem remete ao campo das ciências sociais e tem relação com a ascensão de movimentos sociais, como o movimento negro e o feminista, que reivindicavam um aumento do poder e da participação política para os grupos que representavam. As informações devem ser partilhadas com foco na necessidade e competência de cada um e de cada departamento, mantendo sigilo e restrição para as informações mais importantes.

Empoderamento, no meio corporativo, entende-se por delegar poder e responsabilidade, mas deve ir além e gerar a ideia de comprometimento e responsabilização. Essa ideia de descentralização causa em alguns gestores receio, pois traz à mente que se terá perda de poder e autoridade. Mas o objetivo é facilitar a tomada de decisão, encurtando etapas para realização de tarefas-chave para o funcionamento da organização. Segundo a abordagem racional da tomada de decisão, sendo a mais conhecida a de Kepner e Tregoe (1978), Gravidade/Urgência/Tendência, para alcançar seus objetivos é necessário que o gestor tenha claro seus objetivos, prioridades e valores. Infere-se que, quando a decisão é tomada em grupo a sensação de confiança aumenta ao analisar que a culpa pelo erro não é individual, por se tratar de uma decisão em grupo.

Na tomada de decisão otimizada pelo empoderamento, se tem uma agilidade em processos cruciais para o funcionamento da empresa, mas que são na maioria das vezes operacionais, diminuindo assim etapas nos processos internos da organização. Traz aos executivos maior liberdade para atuar nas atividades de alta complexidade e prioridade. O empoderamento é conquistado através da auto superação, da demonstração de conhecimento, habilidades e competência, que potencializarão o surgimento de novos líderes. Nesse novo contexto empresarial da gestão de pessoas na era do conhecimento, segundo Figueiredo (2003) só o conhecimento dos funcionários pode garantir a competitividade e a sobrevivência das empresas, onde conhecimento e poder, em alguns contextos, tem o mesmo valor, o compartilhar conhecimento torna-se inviável em face do medo de perderem sua posição na empresa, mas além do compartilhar, uma empresa se torna competitiva quando privilegia também o aprender.

Alinhando sempre empresa, liderança e colaboradores, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de todos. Implantar esse processo requer tempo, paciência e custos extras com formação e recompensa. Mas seus benefícios são tangíveis para a organização, um deles é o incentivo ao surgimento de novos líderes, despertar, valorizar e reconhecer talentos. Uma das grandes dificuldades das organizações é reter seus talentos, com treinamento e o empoderamento a satisfação com o trabalho executado aumenta consideravelmente. A sinergia entre equipes gera um ótimo ambiente organizacional trazendo melhora na percepção por parte dos colaboradores. Uma construção pessoal e profissional constante e permanente, buscando sempre a atualização das novas ferramentas da gestão de pessoas. O pedagogo em sua atuação no processo de empoderamento traz à empresa uma grande contribuição em processos decisórios, motivacionais e na produtividade.

Mostra-se um profissional essencial para a gestão de pessoas, aliando-se ao psicólogo e ao administrador, contribuindo para uma maior conscientização dos funcionários de seu papel para o crescimento e desenvolvimento da organização na qual está inserido, refletindo em seu desenvolvimento pessoal e social. – Considerações Finais Em um mundo corporativo altamente competitivo, globalizado e informatizado, a necessidade de um diferencial é cada vez mais essencial para a sobrevivência das empresas no mercado. O capital intelectual e os talentos que a organização possui tem desempenhado esse papel de diferencial competitivo, trazendo consigo novas práticas e novas necessidades de adequação na gestão. O conhecimento e a motivação em aprender, e não apenas cumprir uma determinação, evidencia a busca de estratégias para a resolução de problemas, a junção de interesses, objetivos, expectativas, direciona para o agir em um só foco.

Referências ALBUQUERQUE, V. A Atuação do Pedagogo Empresarial Dentro das Empresas. Disponível em: <http://www. realconsultoriaeservicos. Porto, Rés Editora, 1985. BRANDÃO, C. R. O que é educação?. SP:Brasiliense,1981. PRUSAK, L. Conhecimento Empresarial: como as organizações gerenciam seu capital intelectual. ed. Tradução de Lenke Peres, Rio de Janieor, Campus, 1998. FERREIRA, A. GRECO, M. G. Pedagogia Empresarial, O Pedagogo Empresarial. Disponível em: <http://www. pedagogiaemfoco. TREGOE, B. B. O Administrador Racional. Editora Atlas, 1978. LAPA, E. Pedagogia e Pedagogos, para quê?. ed. São Paulo, Cortez, 2010. LOPES, I. TRINDADE, A. Empowerment como estratégia competitiva em manufatura e serviços: percepção dos colaboradores. Disponível em: <http://producaoonline. org. br/index. php/rpo/article/viewFile/109/151>, Capturado em 18/01/2009. Empowerment: theory and pratice. Vol. Issue:1, 1998. ANEXOS Anexo I Evolução das definições do conceito de empowerment Autor Ano Definição do Conceito de Empowerment Barbee e Bolt 1991 “Empowerment é o ato de aquisição de responsabilidade das pessoas mais próximas do problema.

” Boren 1994 “Empowerment é o estímulo das capacidades e das potencialidades dos subordinados com base na confiança.

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