A importância da música para a igreja cristã evangélica e sua função no culto

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Religião

Documento 1

Por todo o seu amor, carinho e cuidados, por sua compreensão em aceitar a distância para eu fazer o curso e por todo seu apoio nos momentos difíceis me incentivando a permanecer firme sem desanimar. AGRADEÇO a Deus, criador de todas as coisas, criador da arte musical para honra e louvor de sua glória. Agradeço também a Ele pela oportunidade de ampliar meus conhecimentos bíblicos fazendo o curso de Evangelista do IBEL – Instituto Bíblico Eduardo Lane, aprendendo mais da Bíblia para aprimorar o talento musical que Ele me deu de compor músicas, tocar instrumento musical e cantar para exaltar seu nome. À Direção e ao Corpo Docente do IBEL – Instituto Bíblico Eduardo Lane, que em tantos momentos compreenderam minhas necessidades e dificuldades físicas e espirituais nas atividades a serem desempenhadas por mim e nos momentos de dificuldades em meio ao curso.

Ao Rev. À Aparecida dos Reis Ferreira, amiga querida que pacientemente me deu orientações sobre as normas da ABNT. A todos amigos e colegas de curso que sempre me incentivaram no meu talento musical, elogiando e criticando minhas músicas proporcionando meu crescimento e aperfeiçoamento nesta área. SUMÁRIO INTRODUÇÃO. PANORAMA HISTÓRICO DA MÚSICA NA BÍBLIA. A FUNÇÃO DIDÁTICA DA MÚSICA. Do total dos 66 livros da Bíblia, 44 citam ou se referem à música. Existem na Bíblia 575 referências à música ou ao cântico. “Somente Salomão escreveu mil e cinco cânticos” (MCCOMMON, 1963, p. A primeira referência indireta à música encontra-se provavelmente no livro de Gênesis em seu primeiro capítulo. É bem verdade que não encontramos o termo música e nem a sua criação no texto citado, mas ao final podemos observar Deus finalizando a obra da sua criação: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.

Considera-se a Reforma Protestante como o marco do nascimento do cristianismo evangélico e Lutero como quem iniciou o movimento. “Martinho Lutero nasceu em Eisleben, na Alemanha, em 1483, de pais camponeses. Seu pai era muito ambicioso para com o filho, e quis educa-lo para ser um advogado, mas a morte de um colega deste e um acidente em que quase foi fulminado por um raio dirigiram os pensamentos do jovem para a igreja, e logo entrou no mosteiro de Erfurt, em 1505, desejando genuinamente achar paz de mente e de coração. Mas a tranquilidade de consciência não veio. Foi nesse tempo que o Papa mandou que vendessem mais indulgências para que pudessem construir a Igreja de São Pedro em Roma, e Lutero separouse da igreja, embora o seu primeiro pensamento fosse de reforma dentro da própria Igreja Católica.

” (KEITH, 196-?, p. Ambos, Martinho Lutero e João Calvino desejaram e se determinaram a restaurar a participação da congregação no culto. Enquanto Martinho Lutero usou os seus amados hinos, Calvino, numa reação contra os ornamentos da liturgia católica, voltou-se para a Bíblia como a única fonte do canto cristão. Isto automaticamente excluiu todos os hinos de composição humana, e “a Bíblia, somente a Bíblia foi considerada como a autoridade final em todos os aspectos da vida, incluindo o de música sacra. Desde que o livro dos Salmos fora o hinário da Bíblia, e o Novo Testamento exuberou-se em citações deste hinário, os salmos e alguns dos cânticos do Novo Testamento, tais como “Glória in Excelsis” e o “Nunc Dimittis”, foram considerados por Calvino como sendo os únicos cânticos que o crente necessitava para louvar ao seu Deus.

Porém ele publicou em 1542 um hinário para uso da congregação de Genebra, o Saltério Genebrino, que foi um dos hinários mais usados na história. “Combinou as melhores versões métricas dos Salmos com as melodias compostas e adaptadas pelos melhores músicos daquele tempo. ” (KEITH, 196-?, p. O hinário de João Calvino logo se tornou popular. Foi traduzido para várias línguas e várias vezes editado. Depois deste, Isaac Watts escreveu mais de seiscentos hinos. Nas suas tentativas de melhorar o baixo grau da salmodia, Watts inaugurou um novo estilo de canto sacro cujos característicos incluíram uma mensagem evangelística, liberdade na tradução literal ou na paráfrase das Escrituras, e reflexão dos pensamentos assim como dos sentimentos dos cantores, não somente expressando os sentimentos de Davi.

KEITH, 196-?, p. Assim como Calvino, Watts em 1707 também publicou um hinário, o ‘ “Hymsand Spiritual Songs” (Hinos e Cânticos Espirituais), contendo paráfrases bíblicas, incluindo catorze salmos e hinos. ’ (KEITH, 196-?, p. “O dom de Carlos Wesley era compor poesias e isto fazia com a mesma facilidade com que um pássaro canta. ” (KEITH, 196-?, 106). João Wesley juntou e colecionou mais de 6000 hinos de seu irmão. Com habilidade, ele transformava os hinos tornando-os belos e foi isto que levou seu irmão a ser considerado “a melhor coleção de poesias devocionais na língua inglesa” 4. De acordo com o livro HINÓDIA CRISTÃ de Edmond D. Os irmãos Wesley: uniram o poder da pregação bíblica e do canto bíblico provocando o reavivamento espiritual do povo.

A partir da visão destes homens que muito influenciaram a música cristã e também contribuíram para a hinódia cristã apresento este trabalho sobre A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA PARA A IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA E SUA FUNÇÃO NO CULTO pretendendo mostrar e provar biblicamente o quanto a música é importante para a igreja cristã evangélica, dentro e fora da igreja e especialmente qual deve ser a função da música no culto público. No primeiro capítulo o leitor perceberá um PANORAMA BÍBLICO no Antigo e no Novo Testamento para mostrar o valor que o povo de Israel dava à música e como a música foi apresentada e usada no Novo Testamento. No segundo capítulo o leitor aprenderá A FUNÇÃO DIDÁTICA DA MÚSICA, quantas e quais são.

Em seguida, apontarei as características que a música sacra deve evidenciar para cumprir com seu propósito de evangelização. Sabe-se então que Deus é o Criador de todas as coisas, pois lemos “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele nada do que foi feito se fez. ” (Jo1:3). Portanto, a resposta é clara. A música vem de Deus! Ele nos deu a música, para finalidades divinas, ordenando que ela assumisse um lugar significativo no louvor que os homens prestam: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais. ” (Ef 5:18-19). Entre tantas religiões e denominações que temos, somente o judaísmo e o cristianismo desenvolveram a música como parte integrante do culto, os israelitas, citados no Antigo Testamento usavam músicas para todas as ocasiões.

Em Êx 15:1-18 está registrado o cântico que Moisés e o povo de Israel entoaram a Deus depois do livramento do Mar Vermelho e da destruição dos exércitos de faraó. Miriã, a irmã de Moisés foi quem dirigiu o cântico, que foi acompanhado de instrumentos musicais. Em Dt 32:1-43 vemos um cântico que foi a última coisa que Moisés deu a Israel: “Então Moisés proferiu, aos ouvidos de toda a assembleia de Israel, as palavras deste cântico. ” (Dt 31:30). O povo judeu parece que tinha músicas apropriadas para casa ocasião. Há várias cerimônias religiosas que são mencionadas durante toda a Bíblia. Festividades sociais, como a volta do Filho Pródigo (Lc 15:25-32) foram acompanhadas por música.

Acontecimentos públicos, como por exemplo a unção de Salomão (1 Rs 1:39) e celebrações vitoriosas conforme as que são mencionadas em Êx15:1-21 e I Sm 18:6 foram acompanhados por músicas. No livro de II Crônicas foi-se encontrado o mais estranho conselho de guerra: “Então, veio o Espírito do SENHOR no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe, e disse: Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o SENHOR. Um coro foi escolhido para entoar cântico de louvor indo à frente, servindo de guia às tropas, para guiar o exército. É Deus dizendo para Judá sair para a batalha confiante de que venceria e como uma demonstração de desprezo pelo inimigo como se os valentes estivessem a dizer: “Vocês já estão derrotados antes de começar”.

Era um estímulo de Deus para fortalecer a fé de seu próprio povo, para que eles se lembrassem que o Senhor estava ao seu lado e seus inimigos não haveriam como subsistir. Samuel, deu ordens específicas a Saul de como ele deveria reinar sobre Israel e isto incluía que ele deveria ter contato com um grupo de profetas-músicos, que eram alunos de uma escola de profetas (I Sm10:5-6) O livro dos Salmos é o que representa a maior parte do material musical da Bíblia. Eles eram dirigidos a Deus com a finalidade de glorificá-LO. A Bíblia menciona inúmeras vezes as escolas de profetas ou os alunos, conhecidos como “filhos de profetas”: I Sl 19:20; II Rs 2:3; II Rs 4:38; II Rs 6:1. Eles eram treinados para exercer a liderança religiosa de Israel e para um ministério que fosse eficiente e equilibrado, entre as matérias estavam a lei e belas artes.

Os músicos do Antigo Testamento, estavam entre os levitas (descendentes da tribo de Levi). Os mais hábeis foram escolhidos para ensinar aos outros: Em I Cr 9 estão os deveres dos líderes levitas, e entre eles encontramos os músicos. Seus chefes eram citados como músicos: “Quenanias, chefe dos levitas músicos, tinha o encargo de dirigir o canto, porque era perito nisso. Eles trabalhavam incansavelmente dia e noite (I Cr 9:33). Eram pagos pelo seu trabalho: recebiam o dízimo porque eles não deveriam fazer outro trabalho além de servir no Templo (Nm 18:21 e Ne 12:47). Usavam paramentos para servir no culto (I Cr 15:27 e II Cr 5:11-12). O ofício dos músicos mostrava sua dignidade pela sua forma de se apresentarem. As vestimentas deles os identificavam, traziam uniformidade e facilitavam sua harmonia com a beleza do culto a Deus.

Ajuntaram-se os filhos dos cantores, tanto do Kikkar circunvizinho de Jerusalém, como das vilas dos netofatitas’ (Ne 12:27-28). Embora muito menor do que alguns, o tamanho deste côro é tanto mais notável quando nos lembramos de que o mesmo foi organizado logo após a volta do exílio. Mesmo nesta ocasião, os judeus foram capazes de ter um côro muito maior do que os coros da atualidade. O tamanho de todos estes coros é um indício do seu desejo sincero de prover música adequada aos louvores de um Deus grande e maravilhoso. ” (MCCOMMON, 1963, p. Aparece no céu o coro celestial, os primeiros a louvar a Deus pelo nascimento de Cristo, entoando o “gloria in excelsis Deo” (Glória a Deus nas alturas) e se tornou o primeiro hino da igreja cristã: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem.

”(Lc 2:14). O evangelista Lucas registra vários cânticos, considerados os primeiros cânticos de Natal. Em seguida ao coro de anjos celestiais, vemos depois o MAGNIFICAT de Maria, o cântico de ZACARIAS e de SIMEÃO. Jesus, na sua entrada triunfal, em Jerusalém, ouviu música entoada pelos discípulos e por todo o povo que o seguia nas ruas com palmeiras (Lc 19:38). Após ser-lhe anunciado o nascimento de Jesus, e sabendo que Isabel, sua parenta, também se achava grávida pelo Espírito Santo, Maria foi visitá-la. Após a saudação de Isabel, cheia do Espírito Santo, Maria, esta serva do Senhor, reconheceu a maravilha de Deus em sua vida e entoou o MAGNIFICAT (Lc 1:46-55). As palavras que ela proferiu mostra suas boas qualificações por ter sido escolhida para ser a mãe do Salvador.

Seu hino é parecido com o de Ana, do Antigo Testamento, mas ocupa um lugar sem igual na hinologia cristã. ZACARIAS Zacarias havia ficado mudo por duvidar das palavras do anjo, mas mal acabou Maria de entoar seu MAGNIFICAT e voltando a voz para seus lábios, ele louvou ao Senhor (Lc 1:68-79). Ao contrário, qualquer função que ela possa exercer, será afetada. Ela deve apontar para Jesus Cristo, sua obra e pessoa, principalmente exaltando sua pessoa. Considerando a função didática da música, ela pode exercer 3 funções básicas: 1. Ensinar verdades bíblicas. Decorar textos bíblicos. No canto, os crentes, ao mesmo tempo ensinando e admoestando uns aos outros. É bem claro que o canto foi usado para ensinar e admoestar o povo de Deus ao mesmo tempo.

Os judeus aperfeiçoaram este método de aprender e receber inspiração através da música. A música deve ser instrumento para espalhar o Evangelho. No livro de Isaías isto fica bem claro, pois pode-se notar a seguinte ordem: “Saí de Babilônia, fugi de entre os caldeus e anunciai isto com voz de júbilo; proclamai-o e levai-o até o fim da terra; dizei: O SENHOR remiu a seu servo Jacó. Infelizmente, no cenário evangélico atual, muitas das músicas tidas como “evangélicas” não são. Pois muitas não são cristocêntricas, mas antropocênticas, ou seja: ao invés de ter Cristo no centro de sua mensagem, têm o homem no centro da sua mensagem, suas vontades, seus anseios.

e desta forma, a música “evangélica” deixa de cumprir com sua principal missão: anunciar o Evangelho. “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura. ” (Mc 16:15). O ministério musical não deve ser desconsiderado, mas deve-se levar em conta todo o seu potencial para alcançar vidas. Se somos sinceros para com os princípios básicos demonstrados nas Escrituras, daremos à música seu devido lugar em todas as esferas da igreja. A Música não é algo a ser, simplesmente, ligado à periferia da vida da igreja, ou para ser relegado a um plano secundário. A música ocupa uma posição de destaque como grande meio de ensino e de treinamento. Pode ser usada como poderosa força para sustentar a pregação da Palavra e é poderoso veículo para levar a mensagem de salvação, outorgada por Deus, aos homens e mulheres perdidos.

” (Ef 4:1). McCommon (1963, 134) diz que a música é capaz de atrair as pessoas para uma direção certa ou errada, por isso a música de louvor tem a capacidade de atrair o povo para Deus, e assim o Senhor lhe fala ao coração de cada pessoa, tornando-a nova criatura em Cristo. A música precisa atrair o povo a ter mais intimidade com Deus. Segundo o dicionário Michaelis online evangélico significa: adj (Evangelho+ico2) 1 Do Evangelho ou a ele relativo. Conforme aos princípios do Evangelho. A música sacra deve defender a fé em Jesus Cristo e também propagar esta fé. Deve falar em como o cristão deve viver sua fé e sua espiritualidade com Deus. Pois ela só cumprirá seu propósito de evangelização se estiver centrada na palavra, quando seu conteúdo for totalmente bíblico.

Na música sacra também se deve prezar pelo princípio de "Somente as Escrituras". Os hinos que são cantados na comunidade devem ser analisados para que se veja se são compatíveis ou não com as escrituras. Com o propósito de evangelizar, de alcançar pessoas, a composição musical deve possuir letra bíblica, ser produzida, tocada e cantada para a glória de Deus. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. ” (1 Co 10:31) ______________ 5 ZACARIAS, Willian F. A função da música no culto cristão Primeiro artigo citado nas referências bibliográficas: História, Teologia e Prática. Disponível em: <http://teoligado. Ele usou a música para propagar a doutrina da justificação pela fé e assim possibilitou a toda sua comunidade a possibilidade de cantar e memorizar hinos em alemão.

Sua hinologia leva não somente o obreiro mas toda igreja a cantar, entoando hinos alegres em louvor a Deus. Todos aqueles que têm cooperado com hinos sacros fiéis à mensagem das escrituras têm deixado sua contribuição à hinologia cristã. Hinos, salmos e canções evangelísticas são instrumentos para tocar almas e fazê-las se quebrantar, dobrando-se aos pés de Jesus. “Este é o papel da música na Igreja em relação ao mundo: anunciar as Boas Novas e denunciar as injustiças. II Cr 20:21) [grifos meus] Hoje em dia, há muitos músicos, cantores e instrumentistas que se autodenominam levitas, porque espelham-se nos levitas músicos do Antigo Testamento. Há também muitos pastores e líderes que os consideram levitas. Porém, não se pode afirmar que os músicos atuais são levitas, pois biblicamente o ministério levítico acabou, considerando que os levitas atuavam auxiliando os sacerdotes em seu serviço no templo.

Chamou Davi os sacerdotes Zadoque e Abiatar e os levitas Uriel, Asaías, Joel, Semaías, Eliel, e Aminadade e lhes disse: Vós sois os cabeças das famílias dos levitas; santificai-vos, vós e vossos irmãos, para que façais subir a arca do SENHOR, Deus de Israel, ao lugar que lhe preparei. Cr 15:11). Parágrafo único. Não se realizarão cultos em memória de pessoas falecidas. Princípios de Liturgia da IPB, p. Portanto, o louvor é parte integrante do culto de adoração a Deus. Devemos louvar ao Senhor com salmos, hinos e cânticos sagrados. Esse tipo de serviço induz a prestar culto assim como era feito nos templos bíblicos. McCommon, 1963, 119). Assim como os levitas do Antigo Testamento que eram organizados, da mesma forma o grupo de louvor precisa ter uma organização quanto aos ensaios e uma preparação devida para ministrar louvor no culto público dirigindo a congregação na adoração a Deus.

como escreveu o Pr. Atilano Muradas, em seu livro: “Na igreja em que os músicos e cantores não tem o devido apoio, são despreparados, mal ensaiados, cantam músicas impróprias para o momento, o ambiente e equipamentos são inadequados, e opera-se o som sem a devida habilidade para tal – o diabo nem precisa aparecer para atrapalhar. Celebrai o SENHOR com harpa, louvai-o com cânticos no saltério de dez cordas. Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo. ” (Sl 33:1-3). As músicas a serem escolhidas não devem ser por gosto ou prazer pessoal, mas para honra e glória de Deus, e preferencialmente escolhidas junto com o pastor ou com orientação dele. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.

Ensinar e dirigir hinos do hinário congregacional para a igreja. Ao menos um por mês. O canto e louvor a Deus devem ser participativos. Não basta o grupo de louvor cantar. Ele deve entoar canções que a igreja conhece e vai participar. Mal acabam de louvar e ministrar ao Senhor e saem da igreja, vão dar voltas, vão tomar água e ficam conversando fora da igreja como se o culto já estivesse acabado. Fica claro que isto não é adequado mas é mal testemunho para os membros da igreja. Há controvérsias sobre quais instrumentos podem ou devem ser usados no culto público, que diferem conforme o gosto ou entendimento do pastor local. Um bom exemplo é sobre a bateria, há os que apoiam e os que não se agradam ou utilizam alguma argumentação contra.

A bateria já foi considerada um instrumento diabólico dentro da igreja. O CANTO CORAL NA CONDUÇÃO DOS HINOS Algumas igrejas evangélicas, tem além do grupo de louvor um grupo de coral. Da mesma forma que o grupo de louvor deve conduzir bem o momento dos cânticos, assim também o regente do canto coral deve conduzir bem os hinos a serem cantados pelo coral. E todos os deveres do grupo de louvor aplicam-se também ao canto coral, com a diferença de que quem vai conduzi-los e escolher os cânticos e hinos será o regente. A liderança e treinamento do canto coral deve espelhar-se no modelo bíblico: Parece que era de princípio haver um diretor geral, responsável pelo trabalho todo; sob a sua orientação estariam diretores dos diversos grupos dentro do mais vasto programa.

O programa era tão bem elaborado que os musicistas tinham de esperar a vez para servir o seu turno, por indicação. O regente do coro deve ter e seguir um planejamento eficiente e executá-lo junto ao coro e também à congregação. Não é porque o coro vai cantar que a igreja deve somente ouvir. As canções a serem entoadas podem e devem ter participação dos irmãos. Para isto é bom também que além de treinar e dirigir o coro, ensine também à igreja. É um processo educativo e trabalhoso, mas necessário para o canto coral atingir o sucesso em seu objetivo de conduzir a congregação em louvor a Deus. ” (Sl 96:8-9). CANTO CONGREGACIONAL É evidente para aqueles que buscarem a ler a Bíblia procurando informações sobre a música e o desenvolvimento da música nos tempos bíblicos que todos eram levados a cantar.

Os levitas e o canto coral ou coro da época eram o apoio, a base e a orientação, o direcionamento para que toda a congregação cantasse. “Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos. Alegrem-se e exultem as gentes, pois julgas os povos com equidade e guias na terra as nações. Ao longo do Antigo testamento observamos o quanto era importante que todos cantassem. “Então cantou Israel este cântico: Brota, ó poço! Entoai-lhe cânticos!” (Nm 21:17). Israel era o povo de Deus no Antigo Testamento, portanto indica que todo o povo deveria cantar. “Então, entoou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao SENHOR, e disseram: Cantarei ao SENHOR, porque triunfou gloriosamente; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.

” (Êx 15:1-2). ” (Lc 2:14). O anjo quando anunciou aos pastores o nascimento de Cristo proclamou a mensagem de boa nova “Não temais; eis que aqui vos trago boa-nova de grande alegria que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. ” (Lc 2:10-11). Quando se diz que o cântico congregacional prepara o povo para receber a mensagem bíblica, a palavra do pastor, isso indica que o cântico precisa estar em total sintonia com a palavra que será pregada. Tomando como base o Hinário Novo Cântico da IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil) pode-se indicar alguns exemplos para facilitar melhorar a compreensão sobre o que é preparar o povo para ouvir a mensagem. ” (Sl 95:1). “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.

” (Rm 10:17). No culto a música trabalha e atua em paralelo com a pregação porque através da música a palavra também é pregada e é ensinada. Ela é tão importante quando a pregação. “Lembrai-vos e não vos esqueças de que muito provocastes à ira o SENHOR, vosso Deus, no deserto; desde o dia em que saístes do Egito até que chegastes a este lugar, rebeldes fostes contra o SENHOR. ” (Dt 9:7). A Bíblia nos chama a lembrar de tudo o que Deus fez por nós “Louvar-te-ei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Alegrar-me-ei e exultarei em ti; ao teu nome, ó altíssimo, eu cantarei louvores. ” (Sl 9:1-2). O Nebhel , que possuía 12 cordas e era tocado com os dedos e não com uma palheta.

O Sabeca (Dn 3:57), o Gittith (Sl 8, 81 e 84), o Kithros (Dn 3:5). Instrumentos de sopro: Ugab (Jó 21:12; Sl 150:4), Halil (I Sm 10:5; Is 5:12; I Co 14:7; Ap 18:22), o Mashrokita (Dn 3:5) é traduzido por flauta ou gaita, o Shophar: era fabricado de chifre de carneiro e depois de metal. Era usado no culto no templo. O Chatsotscrah (Nm 10:1-10; II Cr 5:12). desde que sejam canções que levem a igreja a descansar suas mentes e meditar, orando ao Senhor. Pode-se escolher hinos do hinário congregacional da igreja ou mesmo composições eruditas dos mais diversos autores, tendo a sabedoria de escolher canções que vai acalmar os corações. UMA PALAVRA SOBRE COREOGRAFIA E DANÇA Há muitas divergências sobre a questão de danças durante o culto, coreografias e até mesmo a expressão corporal do corpo de Cristo durante o culto.

Igrejas mais reservadas defendem que não devem haver essas expressões em contraste com as chamadas igrejas pentecostais onde quase tudo é permitido. Porém é bom observar alguns conceitos bíblicos para não chegarmos nem ao extremo de dizer que nada é permitido, como por exemplo levantar as mãos e nem ao outro de dizer que todo e qualquer tipo de dança é permitido. E como diz as Escrituras “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. ” (1 Co 6:12). Este texto na Bíblia trata sobre a sensualidade sendo condenada. Mas pode ser muito bem aplicado à questão de gestos, palmas ou até dança na igreja, seguindo o seu conceito: tudo é lícito, mas nem tudo convém.

Cantavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao SENHOR, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa. A igreja cristã evangélica atual não reconhece e nem entende o valor da música para a igreja e para o culto cristão como deveria. Falta-lhe entendimento e base bíblica para compreender que Deus criou essa arte para honra e glória do seu nome. É preciso buscar esse conhecimento na Bíblia e descobrir a importância da músicapara o culto e que Deus quer que essa arte seja usada com sabedoria, eficácia e eficiência não só no culto público mas também fora das paredes da igreja.

Isso acontece muito provavelmente por falta de conhecimento bíblico. Se analisarmos bem a Bíblia vamos observar que o ministério levítico acabou, considerando que o termo “levitas” era usado para os integrantes da tribo de Levi e especialmente porque nem todos os levitas eram músicos. “São estes os que Davi constituiu para dirigir o canto na Casa do SENHOR, depois que a arca teve repouso. ” (I Cr 6:31) [itálicos meus]. Leia na Bíblia sobre quem era da tribo de Levi e o que faziam em I Crônicas 6. Disponível em: Há ainda, outro termo comum muito usado nas igrejas cristãs evangélicas atualmente, o chamado “grupo de louvor”. Normalmente e na maioria dos cultos 46 públicos são os integrantes do “grupo de louvor” que conduzem a igreja nos cânticos de louvor e adoração a Deus durante o culto.

Existem várias discussões sobre o grupo: desentendimento com líderes, especulações sobre quais instrumentos podem ou não ser tocados, integrantes com trajes impróprios para ministrar o louvor em frente à igreja e se os líderes do louvor podem levar a congregação a emitir expressões corporais, entre tantas outras discussões que possam existir. Para evitar desentendimento com líderes é necessário haver um trabalho conjunto entre o “grupo de louvor” e seu(s) líder(es) local. Certamente esses conflitos seriam resolvidos se os líderes buscassem maior entendimento bíblico sobre a música e também os integrantes ou líder(es) do “grupo de louvor” buscassem maior conhecimento bíblico. Apresentam-se 47 com roupas curtas, com decotes, roupas “rasgadas” como estão na moda.

É preciso haver sobriedade e decência porque o culto é para honra, louvor e glória de Deus. A exemplo dos levitas do Antigo Testamento que tinham vestes próprias que os diferenciavam da congregação e os identificavam no culto e na direção do louvor e adoração a Deus, os músicos cantores e/ou instrumentistas devem vestir-se bem: com sobriedade, decência e ordem. conforme 1 Co 14:40). Para isto basta voltar os olhos para as Escrituras: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Normalmente quando se quer preparar, esta canção sacra virá durante o período de louvor, com músicas que indicam o tema da mensagem que será pregada e quando se quer reforçar a mensagem a canção poderá vir logo após a pregação.

Mas isto não é necessariamente uma regra. É preciso 48 que o dirigente escolha com sabedoria o objetivo que quer atingir para escolher uma das duas formas. A música instrumental na igreja também tem o seu valor no culto, pode e deve ser apreciada por toda igreja. No cenário atual, infelizmente as pessoas chegam de suas casas no templo para o culto público, totalmente ansiosas, tensas e carregadas das atividades do dia a dia e ainda têm mania de sair com pressa para ir passear ou voltar para suas casas. ” (1 Co 14:40). Sem o entendimento bíblico os líderes eclesiásticos em geral estão perdidos e é por isso que a música muitas vezes é negligenciada na igreja ou em alguns setores dela atualmente. Os pastores, líderes, músicos cantores, instrumentistas ou regentes precisam compreender correta e biblicamente o exato papel da música para o culto.

Quando isso 49 acontecer, a pessoa ou líder responsável pela condução da música na igreja será capaz de identificar a música apropriada para o culto e fora dele. Certamente, escrever sobre a mensagem da cruz é algo difícil. Toda a congregação quando canta se torna um “grupo de louvor” a Deus. As igrejas e líderes que usam o termo “grupo de louvor” deveriam lembrar do salmista quando diz “Todo ser que respira louve ao Senhor!”(Sl 150:6) [itálicos meus]. “Louvai ao SENHOR, vós todos os gentios, louvai-o todos os povos. ” (Sl 117:1) [grifos meus]. É possível resolver muitos dos problemas sobre a música cristã evangélica do cenário atual se observarmos alguns princípios, além dos já citados, que podemos aprender com os 4 homens que influenciaram a música sacra citados neste pequeno trabalho.

”(negritos meus) Como sugestão, uma boa forma de resolver a questão da música na igreja e no culto público, seria a igreja emitir um documento oficial regulamentando a questão segundo os seus princípios doutrinários, a exemplo do que a IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil) lançou em sua CARTA PASTORAL E TEOLÓGIA SOBRE LITURGIA NA IPB. Há muita discussão sobre quem é mais importante: a música ou a pregação da palavra no culto. Muitos defendem que a pregação é mais importante, porque é o próprio conteúdo bíblico, a Palavra de Deus, colocando a música num nível abaixo, dizendo que ela é menos importante. Há aqueles que defendem que a música é mais importante do que a pregação porque ela chega às massas e dizem que “mesmo sem a pregação da Palavra usando um texto bíblico”, a música consegue alcançar pessoas e transformar vidas.

Em tudo o que pesquisei, apesar de ser uma pequena pesquisa e leitura, refletindo, entendo que A MÚSICA PODE SER CONSIDERADA TÃO IMPORTANTE QUANTO A PALAVRA se ela for uma composição puramente bíblica e sem heresias. Barueri – SP: Sociedade Bíblia do Brasil, 2012. p. A Bíblia da Mulher que ora NVI / Stormie Omartian; tradução dos artigos e das meditações por Neyd Siqueira – São Paulo: Mundo Cristão, 2009. CAMPOS, Adhemar de. O que a igreja deve cantar? São Paulo: Editora Fôlego, 2012. FAUSTINI, João W. Música e adoração: Publicação Coral Religiosa “Evelina Harper” – São Paulo: Imprensa METODISTA, 1973. ICHTER, Bill H. org. A Música e seu uso nas igrejas. Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Pulicações, 1976.

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