Modelos Teóricos sobre a Natureza da Linguagem

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

É útil repensar tais abordagens à luz da discussão sobre a palavra refratada e seus efeitos na pedagogia e nos estudos da linguagem. Ferdinand de Saussure referiu-se à linguagem como um conjunto heteróclita, alojado em todos os níveis da vida social e, por isso mesmo, inacessível para uma ciência.  Essa característica o levou a fazer cortes de cunho epistemológico e histórico, a partir dos quais ele poderia construir um objeto acessível a uma abordagem científica.  Esse objeto, a linguagem, uma vez definidos seus limites: a forma e suas abordagens: sincronia e imanência, aliou-se à racionalidade da forma para, assim, ausentar a realidade e objetivá-la apenas na perspectiva da representação. Esta tese baseia-se em três formas distintas de abordar o assunto: a linguagem como sistema semiótico, a linguagem como sistema virtual (psicossocial) de signos e a fala como realização individual da linguagem.

Vygotsky propõe quatro estágios da linguagem: natural ou primitivo, que correspondem à fala pré intelectual e ao pensamento pré-verbal; psicologia ingênua, quando a criança experimenta as propriedades físicas, tanto de seu corpo quanto dos objetos e aplica essas experiências ao uso de instrumentos; inteligência prática, em que os signos exteriores são usados para auxiliar as operações internas; crescimento interior, em que operações externas se interiorizam. Como fenômeno semiótico de ordem social, cultural e histórica, organiza o sentido em termos de linguagens verbais e não verbais, de níveis e códigos de sentido específicos que nos permitem objetivar a realidade; como fenômeno discursivo, coloca-nos em situação dialógica por meio de enunciados, dispositivos e gêneros discursivos.

Na medida em que nos obriga, exerce várias competências (técnicas, científicas, sociais, ideológicas, éticas e estéticas); ao nos posicionarmos, nos põe em contato com o mundo, as ações e acontecimentos que nele se realizam, os sujeitos que organizam as ações e interagem naquele mundo e diante de si. Assim, a linguagem oferece múltiplas opções de produção de referências e nos permite extrapolar-nos para o mundo e saturar com acentos o que fazemos nele e o que sabemos dele.   Referências BAKHTIN, MM (1982).  Marxismo e a filosofia da linguagem.   FIORIN, J. L.  Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Contexto, 2016. São Paulo: Scipione, 2010.   SAUSSURE, F.  Curso de lingüística geral.  Buenos Aires: Losada.

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