EM DEFESA DE PAULO FREIRE

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Infelizmente, em nosso país, onde existem tão poucas bibliotecas públicas e onde tão poucas pessoas têm o hábito da leitura e a preocupação da pesquisa, o que pessoas que se destacam em um grupo social dizem acaba sendo repetido por seus seguidores e admiradores sem questionamento. Isso gera uma cultural oral de boatos sem qualquer fundamento. Como exemplo disso, podemos lembrar o boato que se repete em todos os anos eleitorais segundo o qual se metade dos eleitores anular o voto a eleição será anulada e terá de haver uma outra com outros candidatos. Além de não ter nenhum amparo legal, pois quem repete esse boato jamais cita o texto da lei que o confirmaria – pois a tal lei não existe –, essa crença mostra a falta de consciência crítica de quem o espalha: se uma eleição fosse anulada e fosse exigida uma nova eleição com outros nomes, quem seriam esses outros candidatos que substituiriam todo o enorme elenco anteriormente rejeitado? A longevidade desses boatos e a sua dissimulação somente mostram como nossa sociedade está atrasada e atesta o fracasso da escola, que não deu a essas pessoas a criticidade necessária para julgar o que deve ser passado adiante ou não.

Por vezes, ouvimos as pessoas proporem sugestões simples e rápidas para problemas complexos, que demonstra que não houve por parte delas uma análise séria da questão. Então Freire começa por questionar essa ideia: o camponês não sabe menos que um advogado; camponês e advogado têm conhecimentos diferentes. O método desenvolvido por Paulo Freire tem início com a pesquisa sobre o ambiente em que vivem os educandos. Desse ambiente serão obtidas as palavras a serem ensinadas na sala de aula e a realidade dentro da qual essas palavras foram colhidas será discutida. Um exemplo de aula ministrada conforme os princípios do método de Paulo Freire está no capítulo “A Palavra”, do romance “Quarup”, do imortal Antonio Callado (1917- 1997), no qual uma das personagens usa o método Paulo Freire para alfabetizar adultos.

As palavras discutidas com a classe são depois divididas em sílabas para que essas sílabas deem origem a novas palavras e a frases inteiras. As pessoas mudam o mundo”. Assim, o educador comprometido com a liberdade abandonaria a educação “bancária” para ter uma relação de diálogo com seus alunos, trazendo para dentro da sala de aula os conhecimentos do cotidiano dos educandos.

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