Cartas a um jovem terapeuta

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Acredito que a grande realidade é que vivemos da dor e sofrimento de outros, é muito raro conhecer alguém que diz que procurou um psicólogo somente para se conhecer melhor, sempre existe uma problemática, um sofrimento real, e esse fato talvez seja consciente das pessoas, que o psicólogo não deve ser prestigiado como um médico é. Ainda existe certo tabu acerca do sofrimento e das patologias psicológicas, por mais que estas sempre estiveram presentes desde que se tem indicio do surgimento da humanidade. A transferência também está presente na leitura, na parte em que surge um questionamento sobre qual seria o sentimento ao ser atendido por um psicólogo travesti, insinuando, talvez, que muitos não conseguiriam esse mecanismo de defesa por não se projetar no outro.

Ao longo da nossa formação sempre surge a ansiedade do primeiro cliente, pois pensamos que muitos não gostariam de passar por um terapeuta inexperiente, porém, ao exemplo do livro muitos até preferem um terapeuta recém formado, pois assim poderá acabar por se dedicar mais a seu cliente. A verdade é que não existe uma regra dita, cada pessoa é de uma maneira e faz suas escolhas baseadas em várias percepções. Quanto as regras impostas na terapia como a de falar tudo aquilo que lhe vem em mente não necessariamente precisam ser cumpridas, pois há pessoas que podem não lidar bem com qualquer regra que lhe foi imposta, e devemos sempre pensar que cada ser é diferente e compreende o processo terapêutico de maneira diferente, devendo considerar que cada um tem seu momento.

Ao se pensar no setting terapêutico novamente vem à tona a questão da aliança terapêutica, pois muitos só conseguem estabelecer essa relação se houver um “face a face” com seu terapeuta. É importante, saber do paciente o que este espera da terapia que está se iniciando, podendo ser essa uma das questões iniciais no processo terapêutico. Porém, nem sempre o cliente é capaz de responder a pergunta verdadeiramente, levando em consideração que as vezes nem ele mesmo sabe se é aquilo que espera na realidade. A supervisão na vida de um terapeuta é importante, pois possibilita que tenha confiança em seus atos e compreenda que está no caminho certo. Para finalizar, o importante é ser humilde, para aceitar as condições impostas pelos pacientes, pois de alguma maneira todos tem a necessidade de mudar e o terapeuta acaba por mudar junto com eles.

É importante deixar o preconceito e pensamentos prontos de lado, se desarmar e compreender que cada ser é único e tem suas subjetividades que devem sempre ser respeitadas. CALLIGARIS. Contardo. Cartas a um jovem terapeuta.

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