TCC Nutrição - Distúrbios Alimentares

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 07 2. ASPECTOS E QUADROS CLÍNICOS DA ANOREXIA 09 2. ASPECTOS E QUANTOS CLÍNICOS DA BULIMIA 11 2. DIAGNÓSTICOS PSICOLÓGICOS DOS DISTÚRBIOS ALIMENTARES 12 2. ÍNDICES DE SAÚDE – IMC. INTRODUÇÃO Dentro do aspecto da Nutrição, seus conceitos e preceitos, entende-se que a base fundamental para o estudo da nutrição é a alimentação. Através do hábito de ingerir alimentos o ser humano desenvolve seu corpo, suas forças, sua imunidade. O crescimento do corpo, seus aspectos e traços também são influenciados e impactados pelo habito alimentar. Quando um corpo está doente, há uma grande preocupação com a nutrição adequada e com as conseqüências de uma alimentação incorreta (ZANCUL, 2004). De acordo com os fundamentos da Nutrição, a alimentação precisa ser consistente com a necessidade do corpo humano, para manter a saúde e os níveis de nutrientes que o corpo precisa para se manter.

O bullying e a baixa autoestima tem provocado cada vez mais cedo a demanda por técnicas de emagrecimento e tratamentos de beleza, mostrando que a busca pelo corpo perfeito esta começando cada vez mais cedo (CAMPAGNA, 2009). Segundo o DSM IV-TR (2002) os transtornos e distúrbios alimentares ocorrem em sua maioria entre as mulheres e podem ser divididos em duas categorias principais: Anorexia e a Bulimia. A Anorexia caracteriza-se pela não aceitação do corpo, onde a pessoa se vê acima do peso e tenta, por técnicas forçadas de perda de peso, buscar obsessivamente a magreza. Já a Bulimia tem como sintoma e característica a ingestão de alimentos em grande quantidade, por alguns momentos, sendo seguida da sensação de perda do controle da ansiedade e apetite, e uma preocupação excessiva com a imagem corporal.

Em alguns casos, a pessoa com Bulimia tenta utilizar métodos de emagrecimento perigosos para a saúde, como medicamentos laxantes, inibidores de apetite, vômitos auto-induzidos e dietas forçadas. Segundo o DSM-IV-TR (2002) E CID-10 (2003), a Anorexia e a Bulimia são as principais entidades nosológicas dos Transtornos alimentares. Embora não possuam a mesma classificação, estão relacionados por sintomas em comum, como medo de engordar, preocupação com o peso e aparência, distorção da imagem do corpo e uso de métodos e medicamentos para emagrecimento (CLAUNDINO; BORGES, 2002). A Anorexia caracteriza-se pela perda de peso auto-induzida, amenorréia (bloqueio da menstruação por três meses ou mais), alterações da imagem corporal e busca constante pela magreza (PHILIPPI; ALVARENGA, 2004; BORGES et al. Cordas, et al.

define a imagem corporal pelo modo de perceber, de sentir o tamanho, o peso e a forma corporal. Em geral, as pessoas com bulimia tem o peso normal ou com pouca variação, mesmo com os métodos incorretos para manter o peso, não se veem acima do peso, mas devido ao distúrbio, possuem o medo de engordar e ultrapassar os padrões de corpo ideal (DALGARRONDO, 2008). Conforme Philippi e Alvarenga (2004), a Anorexia atinge cerca de 4% da população, podendo ser maior se forem considerados os quadros parciais. Há um maior acometimento de pessoas do sexo feminino, sendo 90% de mulheres e 10% homens. O início dos sintomas ocorre já na adolescência, por volta de 13 a 17 anos, mas também foram observados casos com início na infância e após os 40 anos.

A idade media para o aparecimento dos primeiros sintomas é por volta dos 20 anos, ocorrendo no final da adolescência ou até os 40 anos (BORGES et al. A visão distorcida proveniente do medo de engordar e da necessidade de emagrecer já representa a necessidade de tratamento e terapia. É comum em casos de Anorexia o uso de roupas largas que disfarcem a falsa percepção da paciente do seu corpo, e para familiares e amigos este recurso é usado como forma de disfarçar sua magreza (HESCOVICI, 1997). No aspecto clínico e psicológico, a omissão de sintomas e o ato de mascarar refeições, aparência do corpo e demais sintomas é um agravante para o distúrbio, pois impede que as pessoas próximas possam compreender a situação e oferecer ajuda para a paciente.

Ao deixar que o quadro se agrave, a paciente passa a viver exclusivamente em função de sua forma corporal, de dietas, exercícios físicos, do peso e do medo intenso de engordar, levando ao isolamento social (BORGES et al. CORDÁS, 2004). Para Borges (2006), a Anorexia pode ser divididade em dois diagnósticos: - Restritivo: não há episódio de comer compulsivamente ou prática purgativa (vomito auto-induzido, uso de laxantes, diuréticos, enemas). Purgativos: existe episodio de comer compulsivamente e/ou purgação. Abaixo estão os critérios de avaliação para diagnosticar e tratar a anorexia nos pacientes. Segundo a OMS (1993): - Há perda de peso ou, em crianças, falta de ganho de peso; o peso corporal é mantido pelo menos 15% abaixo do esperado. A perda de peso é auto-induzida pela evitação de “alimentos que engordam”.

ASPECTOS E QUADROS CLÍNICOS DA BULIMIA Assim como a anorexia, o quadro clínico da Bulimia começa com a preocupação exagerada com o corpo, ainda que seu corpo esteja com o peso normal, o paciente está sempre buscando formas de emagrecer e com um intenso medo de engordar. Assim como na anorexia, o bulímico passa a realizar dietas com restrições de alimentos que possam engordá-lo (PHILLIPI, ALVARENGA, 2004). Os critérios para diagnóstico e avaliação da Bulimia, são, conforme o DSM-IV-TR (2002) e a OMS (1993). Episódios recorrentes de consumo alimentar compulsivo – episódios bulímicos – tendo as seguintes características: - Ingestão em pequeno intervalo de tempo (isto é, aproximadamente em duas horas) de uma quantidade de comida claramente maior do que a maioria das pessoas comeria no mesmo tempo e nas mesmas circunstancias; - Sensação de perda de controle sobre o comportamento alimentar durante os episódios (isto é, sensação de não conseguir parar de comer ou controlar o que e quanto come).

O profissional de saúde precisa avaliar estes sintomas, ainda que em geral, a pessoa com bulimia não apresente espontâneamente os sintomas, sendo em muitos casos, omitidos os sintomas até que as ocorrências passem a ser notadas pelos familiares ou o quadro clínico torne-se perigoso para a saúde do paciente, sendo, conforme a a OMS (1993): - Comportamentos compensatórios inapropriados para prevenir ganho de peso, como vômito auto-induzido, abuso de laxantes, diuréticos ou outras drogas, dieta restrita ou jejum ou, ainda, exercícios vigorosos. O paciente tenta neutralizar os efeitos “de engordar” dos alimentos por meio de vômitos auto-induzido; períodos de alternação de inanição; uso de drogas, tais como anorexígenos, preparados tireóideanos ous diuréticos. Quando a bulimia ocorre em pacientes diabéticos, eles podem negligenciar seu tratamento insulínico.

Há uma auto-percepção de que se esta muito gordo, com pavor intenso de engordar e com a prática de exercícios excessivos ou jejuns. Os episódios bulímicos e os comportamentos compensatórios ocorrem, em media, duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A auto-avaliação é inevitavelmente influenciada pela forma e pelo peso corporal. Ser magro significa ser atraente. O padrão de beleza concebido e estipulado pelos meios de comunicação é, na maioria das vezes, biologicamente impossível de se atingir, tornando cada vez mais comum a insatisfação com a imagem corporal e maiores os casos de distúrbios alimentares, principalmente entre as mulheres (MORGAN et al. Um dos fatores socio-culturais que afetam o psicológico, em geral, das mulheres, é o padrão e modelo de corpo e aparência europeu, que devido a facilidade de acesso da mídia e desde os tempos de colonização, das imigrações, entre as mulheres brasileiras.

Essa busca desenfreada por esse padrão de beleza pode ser percebida pelo fato do Brasil ser o segundo país com o maior número de mulheres em busca de intervenções estéticas (ROCHE, 2000). Os distúrbios e transtornos psicológicos a respeito da imagem do corpo começam na infância, quando as crianças são apresentadas às princesas dos contos de fadas e heroínas, cujas personagens são valorizadas pela beleza. Muitos casos de bullying acontecem ainda dentro de casa. Os autores ainda relatam que: Mães de pacientes com Transtornos Alimentares tendem a ser mais críticas e preocupadas com relação ao peso de suas filhas, incentivando-as a fazer dieta mais do que as mães de filhas sem o transtorno. A pressão para perder peso exercida pela mãe é o principal fator preditivo de insatisfação corporal e do engajamento em estratégias para modificar o corpo em adolescentes de ambos os sexos (MORGAN, VECCHIATTI, NEGRÃO, 2002, p.

Segundo Cury (2005), desde cedo as adolescentes deixam de se sentir belas, atraentes e passam a ser controladas pelo desejo asfixiante de serem o que não são. A anorexia e a bulimia são as doenças principais nesta fase da vida. A não aceitação do corpo foi imposta já na infância e adolescencia. A estima diminui pela falta de elogios, reconhecimento, afeto, carinho e atenção. Pais e mães que antes de importar-se com o emocional da criança, sua personalidade, carisma, ideias, criatividade, inteligência, julgam sua aparência. A criança perde seus valores e acredita que o que ela é por dentro não tem valor. Perdem-se grandes chances de obter sucesso na vida, apenas para obter o “sucesso” de uma boa aparência.

com. br/como-calcular-seu-indice-de-massa-corporal/ Pesquisas apontam que no Brasil, mais de 57% da população está acima do peso ideal, sendo este o considerado saudável para o corpo, em caráter de saúde e bem estar. Os padrões de beleza estudados, a anorexia e a bulimia em geral forçam o corpo a atingir níveis de desnutrição e subalimentação. Índices abaixo do peso normal são tão perigosos para a saúde quanto os índices de excesso e peso e obesidade. MATERIAIS E METÓDOS Este Trabalho de Conclusão foi elaborado através da pesquisa qualitativa. A percepção atual é de que apenas pessoas magras são felizes, apenas os magros podem ter carros e casas luxuosas, empregos dos sonhos e relacionamentos amorosos. A sociedade, em geral através da mídia, utiliza de padrões inumanos de beleza para vender produtos, tornando impraticável a vida de quem está fora dos padrões de beleza, ainda que estes não sejam patamares saudáveis de qualidade de vida.

Este trabalho de conclusão permitiu identificar problemas sociais entre as pessoas, jovens e adolescentes, onde por fatores como falta de apoio, reconhecimento, valorização, afeto e acompanhamento, homens e mulheres buscam além de seus limites transformar seus corpos para alcançar padrões de beleza produzidor por programas de computador em cartazes, televisão e revistas. Apenas a aceitação e a compreensão podem amenizar os casos e reduzir os indícios de anorexia e bulimia, que se toram mais comuns entre os jovens. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS CABRAL, M. N. Os descompassos da adolescência feminina. Disponível em: http://www. redepsi. com. P; MARCHINI, J. S; DOS SANTOS, J. E. Transtornos alimentares – Quadro clínico. Medicina, Ribeirão Preto, 2006. org. br/publico/ultimas19. cfm>. Acesso em: 25 de abril de 2021.

CLAUDINO, A. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1516- 44462002000700003&lng=pt&nrm=iso Acesso em 25 de abril de 2021. CORDÁS, T. A,; HPCHGRAF. P. D. SCHOMER, E. Anorexia e Bulimia: O que são? Como ajudar?. Artemed, Porto Alegra, 1998 CORDÁS, T. A. d. rev. – Porto Alegre: Artmed, 2002 FIATES. G. M. HERSCOVICI, R. C. Anorexia e Bulimia. Artes Médicas, Porto Alegre, 1997. GAYA A. Etiologia dos transtornos alimentares: aspectos biológicos, psicológicos e sócio-culturais. Revista Brasileira de Psiquiatria, 2002, vol. n. ISSN 1516-4446. Disponível em: http://www. jul. set. PEGOLO, G. E. Obesidade infantil: sinal de alerta. Manole, São Paulo, 2004. ROCHE, Daniel. História das coisas banais. Nascimento do consumo nas sociedades do século XVII ao XIX. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

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