Artigo de Opinião

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Finanças

Documento 1

Assim, partindo do pressuposto de que a argumentação é um dos recursos pelo qual o artigo de opinião se constitui, os resultados obtidos permitiram concluir que, independentemente da ordem e/ou do tema tratado pelo artigo, não há estratégias argumentativas preferenciais para retratar determinados assuntos. Palavras-chave: Argumentação. Gênero Textual. Artigo de Opinião 2 INTRODUÇÃO Certamente, o artigo de opinião é um dos gêneros textuais mais estudados nas aulas de língua portuguesa, na escola e na academia. E, além do contexto escolar, o artigo de opinião tem um espaço seguro em suportes de mídia impressa como, por exemplo, os jornais e as revistas. Por esse motivo, o presente artigo traz um estudo sobre as estratégias argumentativas presente em artigos de opinião jornalísticos, isto porque, sendo um gênero predominantemente argumentativo, acredita-se que os exemplos encontrados nesses artigos facilitarão o trabalho do professor em relação às metodologias de ensino voltadas à leitura e produção de textos.

Além disso, este trabalho realiza uma investigação da natureza das construções argumentativas desse gênero e como tais construções se manifestam, tornando-se grandes e importantes estratégias para persuadir o leitor. Considerando que o trabalho que segue tem como foco o estudo da argumentação no gênero textual artigo de opinião, cabe indagar se há consolidação de estratégias de argumentação preferenciais em relação à ordem do assunto tratado pelo gênero ou se elas, independentemente do assunto, se manifestam de formas livres e diferenciadas. Assim, assumindo como pressuposto que a argumentação é uma característica constitutiva do gênero textual artigo de opinião, a hipótese trabalhada é a de que textos que abordam a mesma ordem ou tema tende a apresentar estratégias argumentativas iguais ou semelhantes.

Buscando atingir o propósito da pesquisa, será analisado um corpus constituído de exemplares do gênero, publicados no primeiro semestre do ano de 2015 pelo jornal Folha de S. Outro pesquisador e também professor dedicado aos estudos da linguagem, Marcuschi (in DIONÍZIO; MACHADO; BEZERRA, 2002), embora fundamentado em Bakhtin, adota a terminologia gêneros textuais em vez de gêneros do discurso e os define, sejam eles orais ou escritos, como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos, caracterizados pelas funções comunicativas, cognitivas e institucionais. Segundo Marcuschi, os gêneros textuais são fenômenos históricos profundamente vinculados à vida cultural e social e que contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia a dia. No tocante ao gênero textual artigo de opinião, podemos afirmar que - em relação ao tema – esse gênero apresenta tópicos atuais, de ordem social, política, econômica ou cultural que são colocados como relevantes e discutíveis pelo jornal.

Normalmente, os temas apresentados não possuem consenso na sociedade e o seu produtor sempre oferece respostas às questões apresentadas. No que se refere à estrutura do gênero, é perceptível que ele é predominantemente argumentativo. Nessas circunstâncias, podemos destacar que o gênero tem o objetivo de construir, transformar (mudar, reforçar ou enfraquecer) a posição ou o comportamento do leitor em relação ao assunto tratado. Para isso, o articulista do jornal sustenta a sua opinião por meio de argumentos convincentes e refutando argumentos contrários. Tendo em vista o suporte em que o gênero circula, é possível ainda afirmar que o periódico (jornal ou revista) tem – como maior papel social - informar. Seguindo essa lógica, o jornal busca cumprir esse objetivo de forma organizada e, por isso, apresenta uma seção específica para expor os artigos de opinião.

Normalmente, essa seção traz, também, outros gêneros de sequência argumentativa e, às vezes, artigos de opinião com posicionamentos diferentes em relação àqueles que, outrora, foram apresentados. “a interação social por intermédio da língua caracteriza-se, fundamentalmente, pela argumentatividade”. Nessa perspectiva, Koch (2008) defende a tese de que argumentar é a função básica da língua. Ou seja, nas relações humanas, o tempo todo, os sujeitos envolvidos em um ato comunicativo necessitam expor os seus pontos de vistas e, dessa forma, fazer com o que o interlocutor compartilhe da sua mesma opinião. Entretanto, para que isso seja possível, os sujeitos envolvidos na ação utilizam (ainda que de forma inconsciente) diversos recursos linguísticos para atingirem os seus objetivos. De acordo com Abreu (2012, p.

Entretanto, transpondo o lado teórico (linguístico) do ato de argumentar e, novamente, trazendo em voga o lado didático do termo, podemos ainda complementar que, no processo de ensino e aprendizagem, os alunos devem estar cônscios de que argumentar é uma capacidade própria do ser humano de relacionar 7 fatos e teses, estudos e opiniões, problemas e possíveis soluções para determinados pontos de vista que eles enfrentarão não somente na escola, mas também na vida em sociedade. Por isso, defendemos o trabalho com textos dissertativos argumentativos. Em nossa concepção, é crucial, no processo de ensino-aprendizagem da escrita que os alunos se familiarizem com a forma pela qual o discurso escrito se organiza e, em particular, o discurso argumentativo, pois, como é de nosso conhecimento, a argumentação é utilizada por nós em muitos momentos: no meio escolar, no meio acadêmico e – também – nas atividades do dia-adia.

As estratégias argumentativas em artigos de opinião Segundo Barbosa (2006), encontramos nos artigos de opinião, os seguintes tipos/ classificações de argumentos: Argumento de autoridade: o argumento fundamenta-se a partir da citação de fontes confiáveis, normalmente de um especialista no assunto tratado pelo artigo ou dados de instituições de pesquisa, bem como uma frase dita por alguém como um líder ou político. Argumento de princípios: sustenta a opinião com base em provas concretas, o que torna a conclusão quase incontestável. Todavia, a elaboração de uma tese ou uma ideia para ser defendida por meio de argumentos convincentes não é uma tarefa fácil e, como bem nos lembra Abreu (2012), a argumentação deve ser construída a partir do respeito e dos valores éticos.

Uma vez apresentados os argumentos que possivelmente são encontrados em artigos de opinião, passaremos a apresentar a nossa análise em relação a essas marcas argumentativas identificadas no corpus estudado. ANÁLISE DA ARGUMENTAÇÃO NOS ARTIGOS DE OPINIÃO Para analisar como se configuram as marcas argumentativas no gênero textual artigo de opinião, selecionamos um corpus, composto por seis textos da esfera jornalística (publicados, no caderno A do jornal Folha de S. Paulo, no período de 28/04/2015 a 28/05/2015. No que se refere aos assuntos retratados nos artigos, foram selecionados textos de ordem política, social e econômica, a saber: Quadro 1 – Textos do corpus Artigo (A) A1 Título Uma transformação política Tema de ordem Data da publicação Política 28/04/2015 Social 14/05/2015 Econômica 20/05/2015 Política e Econômica 22/05/2015 Desafios para um novo rumo na A2 educação Mais Mercosul, mais Brasil no A3 mundo Brasil e o combate internacional à A4 corrupção A5 Quando a fé cheira pólvora Social 26/05/2015 A6 Os aprendizes de feiticeiro Social 28/05/2015 O procedimento de análise adotado na pesquisa foi qualitativo e quantitativo.

Ao final de nossa análise, pudemos computar, em primeiro lugar, com 15 exemplos (48,4 %) de argumentos de causas; em segundo lugar, com 8 exemplos (25,8 %) de 10 argumentos de princípio; em terceiro lugar, 5 exemplos (16,1 %) de argumentos de exemplificação e; por fim, apenas 3 exemplos (correspondente a 9,7%) de argumentos de autoridade. Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos, adotando, na recuperação dos excertos dos textos analisados, o recurso gráfico do grifo (negrito) para melhor focalização. Argumentos de autoridade Os argumentos de autoridade foram encontrados nos artigos 2 e 5, de Maria Alice Setubal e Carlos Bezerra Junior, respectivamente. Vejamos os exemplos: Exemplo 1 (“vide Anexo 2”): (A 2) Marina Silva diz que precisamos avançar em relação aos paradigmas de um Estado provedor – ou Estado mínimo – para um Estado mobilizador, capaz de acionar uma participação plural e permanente.

SETUBAL, 2015, grifo nosso). Um dos elementos incontornáveis desses complexo emaranhado é o chamado Estado Islâmico (EI). Esse grupo, e com ele os seus vários similares, aliados ou concorrentes, aparece como espectro a assombrar desde a Nigéria até o Iraque, passando pela Líbia e o restante do norte da África, pelo Levante Árabe e pelo Golfo, incluindo aí o Iêmen, hoje sobe ataque saudita. NASSER, 2015, grifos nossos). Nesse excerto, Nasser (2015) expõe o seu argumento partindo do princípio de que a região do Oriente Médio é um eterno desafio à nossa capacidade de compreensão. Assim, para comprovar sua assertiva, o autor do artigo atribui toda a complexidade de compreensão relativa a essa região do planeta ao Estado Islâmico (EI). Vejamos os exemplos que seguem: Exemplo 5 (“vide Anexo 3”): (A 3) Além disso, a perspectiva do Mercosul transcende a dimensão econômicocomercial.

Por um lado, está orientado pela concretização de direitos e da identidade cultural comunitária. Por outro, fortalece tanto a inserção do Brasil no mundo como o seu poder de negociação com as grandes potências. ROSSETO, 2015, grifo nosso). Como vemos, nesse argumento, o articulista usa, para defender o fortalecimento do Mercosul, um argumento baseado na consequência de que atender às necessidades do grupo econômico se torna (praticamente) obrigatório, pois fortalecerá o Brasil diante da economia mundial, bem como o poder de negociação com outros países considerados potências mundiais. Exemplo 8 (“vide Anexo 5”): (A 5) O Mapa da violência 2013, de JulioWaiselfisz, feito com dados do Ministério da Saúde, indica que, de 1980 a 2010, morreram quase 800 mil pessoas por arma de fogo no Brasil.

Não há base bíblica que sustente turbinar esses números. BEZERRA JUNIOR, 2015, grifo nosso). Nesse outro e último excerto, podemos perceber a presença do recurso argumentativo por exemplificação quando o autor do artigo faz alusão ao estudo realizado em 2013 e traz, como exemplo, o número alarmante de 800 mil pessoas que morreram vítimas por arma de fogo no Brasil. Desse modo, com a representação do expressivo número de mortes (entre 1980 e 2010), por si só, já é suficiente para justificar o problema da violência no Brasil. Além do artigo de opinião, a argumentação pode ser estudada em outros gêneros jornalísticos, tais como: a resenha, o editorial, as cartas de leitor etc. Entretanto, neste caso, tal estudo pode nos servir como sugestão para futuras pesquisas.

Por fim, no que tange aos estudos da argumentação em artigos de opinião, foi possível comprovar, por meio de exemplos, a necessária presença desse recurso para a constituição do gênero. O emprego de diferentes tipos de argumentos pode ser visto, portanto, como uma estratégia de composição textual discursiva bastante enriquecedora e que quando não bem compreendida, pode acarretar diversos prejuízos não só à produção, mas também à própria compreensão do texto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, A. Estética da criação verbal. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Disponível em: < http://www. dominiopublico. gov. br/pesquisa/DetalheObraForm. do?select_action=&co_obra= 156992 > Acesso em: 19, set. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade.

In: DIONÍZIO, A. P. MACHADO, A. Paulo. São Paulo, 26 mai. Caderno A/ Opinião, p. Disponível em: < http://www1. folha. Disponível em: < http://www1. folha. uol. com. br/opiniao/2015/05/1632126-milton-fornazari-junior-brasil-ecombate-internacional-a-corrupcao. com. br/opiniao/2015/04/1621875oded-grajew-uma-transformacao-politica. shtml> Acesso em: 28, abr. NASSER, S. H. shtml> Acesso em: 28, mai. ROSSETO, M. Mais Mercosul, mais Brasil no mundo. Folha de S. Paulo. A. Desafios para um novo rumo na educação. Folha de S. Paulo. São Paulo, 14 mai. O que significa, antes de tudo, investir no aperfeiçoamento da administração pública, na sua modernização democrática e na busca pela eficiência e qualidade dos serviços prestados à população. Com isso, teremos condições de superar boa parte dos obstáculos básicos que impedem o salto de qualidade definitivo para tornar a gestão pública brasileira contemporânea da própria importância econômica e internacional do país.

A aprovação da PEC das Metas proporcionará ao país os seguintes benefícios: o aprimoramento dos instrumentos de planejamento e da gestão para os quatro anos de mandato dos prefeitos, governadores e presidente da República, a consolidação programática dos partidos e de suas propostas e a promoção da participação, transparência e ampla corresponsabilização social em relação à execução das políticas públicas. Em setembro deste ano serão anunciados pela ONU os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que são os compromissos de todas as nações com o desenvolvimento sustentável. E é nesse contexto que a PEC do Plano de Metas ganha ainda mais importância. br/opiniao/2015/04/1621875-oded-grajewuma-transformacao-politica. shtml> Acesso em: 28, abr. TEXTO 02: 14/05/2015 Desafios para um novo rumo na educação Maria Alice Setubal Vivemos no Brasil uma crise política que é também de valores e se irradia para os setores da economia, do meio ambiente e da educação.

O maior envolvimento da população na eleição do ano passado revela que a sociedade está consciente de que a responsabilidade pelos rumos do país não é só do governo, é papel de todos. O acirramento da postura do "nós contra eles" –tão cara ao PT–, no entanto, não tem nos levado a sair da crise. No campo da educação essa reflexão implica primeiramente mobilizar os diferentes atores da sociedade em torno do que se entende e do que se busca de fato com a visão de "pátria educadora". Um bom começo poderia ser a transição de um modelo centralizado em formas competitivas para formas mais colaborativas, como ocorre em iniciativas das políticas educacionais do Ceará e em projetos de formação e mobilização da região da Chapada Diamantina (BA).

Um segundo passo se refere à descentralização de poder e de recursos do Ministério da Educação, que submete Estados e municípios a uma lógica única e centralizadora. Fortalecer municípios e agentes locais é importante para aumentar a aproximação entre as políticas públicas. Capacitar os agentes públicos para que possam assumir essas novas responsabilidades de forma competente, transparente e responsável é o terceiro passo na nova relação entre Estado e sociedade. TEXTO 03: 20/05/2015 Mais mercosul, mais Brasil no mundo Miguel Rossetto O Mercosul entra no debate nacional de maneira surpreendente. Algumas vozes têm defendido mudanças drásticas no rumo da posição brasileira em relação ao bloco. Essas vozes defendem que, em lugar do Mercosul, o Brasil deve estabelecer acordos bilaterais de livre comércio, principalmente com as grandes potências mundiais.

Propõe, na prática, o abandono da correta estratégia de dar ênfase à integração seguida pelo Brasil nos últimos 13 anos. Essas visões foram fortemente debatidas durante a última eleição presidencial, no ano passado. Por outro, fortalece tanto a inserção do Brasil no mundo como o seu poder de negociação com as grandes potências. Os mecanismos e organismos de integração regional –Mercosul, Unasul e Celac– reforçam o papel ativo da região na promoção da estabilidade, da democracia e da conformação de um mundo multipolar. Fica claro que quando nações de um mesmo continente comprometem o seu destino com estratégias econômicas comuns e integradas, o ambiente de cooperação e de paz nessa região se fortalece. O país não diminui a importância do relacionamento com os Estados Unidos, com quem mantém –e seguirá mantendo– intensa interação econômica, científica e tecnológica.

O mesmo vale pra União Europeia e para o Japão. br/opiniao/2015/05/1631157-miguel-rossetto-maismercosul-mais-brasil-no-mundo. shtml> Acesso em: 20, mai. TEXTO 04: 22/05/2015 Brasil e combate internacional à corrupção Milton Fornazari Junior A facilidade com que é possível se locomover pelo mundo e se comunicar com auxílio da internet acrescentou às relações humanas muitos efeitos. Por outro lado, aumentaram os litígios e a prática de crimes internacionais, em especial a corrupção, os crimes financeiros e a lavagem de dinheiro transnacionais, todos complexos por natureza e de difícil comprovação. Não é demais lembrar que, nesse contexto, os recentes escândalos de corrupção investigados no Brasil tiveram como característica comum a prática de atos criminosos no exterior –pagamentos de propinas no estrangeiro, contas bancárias, empresas "offshore" de agentes públicos em paraísos fiscais etc.

No atual estágio de evolução do combate à corrupção no Brasil, portanto, torna-se imprescindível e urgente imprimir razoável celeridade à tramitação dos projetos de lei já em curso no Congresso Nacional e no Ministério da Justiça. A aprovação dessa matéria vai ajudar a eliminar a insegurança jurídica na cooperação internacional, evitando que trabalhos da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça venham a ser perdidos no futuro por questões meramente formais. Vai colaborar também com a imposição de uma pauta legal preestabelecida a orientar a negociação do Brasil em cada tratado. MILTON FORNAZARI JUNIOR, 41, doutorando em direito penal na PUC-SP, é delegado na Delefin (Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos), da Polícia Federal.

Disponível em: < http://www1. Há outros casos preocupantes. No âmbito federal, parlamentares da chamada bancada evangélica têm se unido a ruralistas e à denominada bancada da bala contra a Lista Suja do Trabalho Escravo –um dos principais mecanismos de luta contra esse tipo de crime– e estão a favor da transferência da demarcação de terras indígenas do Executivo para o Legislativo. Os deputados da "bancada evangélica" também estão entre os principais defensores da redução da maioridade penal, contra o que disseram as ONGs cristãs Visão Mundial e Rede Evangélica Nacional de Ação Social, em audiência pública que promovi na Assembleia Legislativa de São Paulo. Essas duas organizações cristãs concordam com as exposições da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Associação Paulista do Ministério Público, Defensoria Pública de São Paulo, Fundação Casa e Fundação Abrinq - Save the Children.

Faltaria espaço nesta página se fossem elencados os absurdos legislativos nascidos da leitura obtusa do Velho Testamento. Segundo o teólogo anglicano John Stott, "a mente bíblica não é a que cita versículos, mas a que raciocina dentro dos parâmetros das Escrituras". Recomendo fortemente a leitura a certos deputados da "bancada evangélica". O circo armado do retrocesso faz um sucesso retumbante, mas não tem nada de bíblico muito menos de evangélico, é simplesmente o "business" do ódio. CARLOS BEZERRA JR. médico, é deputado estadual pelo PSDB-SP e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo Disponível em: < http://www1. Um dos elementos incontornáveis desse complexo emaranhado é o chamado Estado Islâmico (EI). Esse grupo, e com ele os seus vários similares, aliados ou concorrentes, aparece como espectro a assombrar desde a Nigéria até o Iraque, passando pela Líbia e o restante do norte da África, pelo Levante Árabe e pelo Golfo, incluído aí o Iêmen, hoje sob ataque saudita.

Em todos os lugares se multiplicam os relatos de sua extraordinária violência e causam impressão os seus números, a sua força e a sua capacidade de ação. Esse perigo gigantesco, que não pode ter sido fruto de geração instantânea, parece ter surgido no nosso radar de repente e apenas muito recentemente. É verdade que antes disso, sob o nome genérico de Al Qaeda, e no contexto da chamada guerra contra o terror, muito se falava dos portadores da mesma visão torta do islã e da violência por eles perpetrada. Não há qualquer avanço relevante contra o EI no Iraque ou na Síria que possa ser posto na conta das ações da coalizão montada pelos Estados Unidos, ações que de resto aparecem ao observador como meramente cosméticas.

Tampouco há qualquer ação visível por parte dos parceiros e clientes dos Estados Unidos voltada a efetivamente estancar as fontes de financiamento, fechar os campos de treinamento, impedir a chegada dos combatentes etc. Do mesmo modo, a mesma Arábia Saudita que hoje bombardeia o Iêmen, em violação flagrante do direito internacional, sob o pretexto de proteger a legalidade institucional do avanço dos Houtis, não pensou ser necessária qualquer ação contra a Al Qaeda e seus filhotes naquele país. Os aprendizes de feiticeiros continuam a brincar com fogo. SALEM H.

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