FUNDAMENTOS DE ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

LESÕES MEDULARES 6 3. Lesão Primária. Lesão Secundária. Trauma Medular. POLÍTICAS PÚBLICAS E REDES DE APOIO. A vértebra comum consiste num corpo vertebral (anterior), um arco vertebral (formado por dois pedículos e duas lâminas, que protegem a medula espinal) e sete processos. O arco vertebral e o corpo vertebral formam o forame vertebral (e a sucessão de forames forma o canal vertebral), por onde passa a medula espinhal. As vértebras tornam-se maiores à medida que a medula desce até o sacro, mas tornam-se progressivamente menores até o ápice do cóccix, como uma forma de adaptação para sustentar maior peso, que é posteriormente transferido para as articulações sacroilíacas (DÂNGELO; FATTINI, 1998). O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e a medula espinhal que, embora estejam intimamente relacionados, apresentam significativo grau de independência funcional.

A medula espinhal é a porção posterior do neuroeixo que está protegida dentro do canal vertebral. Os músculos apresentam capacidade de se contrair e encurtar gerando movimentos, além de sua propriedade de elasticidade, que é a capacidade de retornar ao seu tamanho normal após a contração. As proteínas contráteis, actina e a miosina, estão presentes no músculo estriado esquelético formando o sarcômero ou conhecida como unidade funcional da fibra muscular, estas proteínas interagem entre si e geram a contração muscular. Porém, é necessário o estímulo nervoso que se origina no córtex motor do cérebro (TORTORA; DERRICKSON, 2016). O impulso nervoso é transmitido para a terminação axônia do neurônio motor e libera a neurotransmissora acetilcolina (ACh).

A acetilcolina através da fenda sináptica liga-se aos receptores que estão contidos na placa motora do músculo iniciando o potencial de ação. No entanto, o papel da apoptose em tecidos pós-mióticos, como o músculo esquelético, não é bem esclarecido. Os sinais indutores de morte celular causam desequilíbrio na regulação de cálcio livre. Após esse estágio, os receptores de superfície celular ou vias mitocondriais são ativados, desencadeando eventos citoplasmático e nucleares. As enzimas conhecida como caspases estão envolvidas no início e na execução da apoptose, elas são responsáveis pela clivagem proteolítica de um amplo espectro de alvos celulares (TEIXEIRA et al, 2012). A perda muscular pode ocorrer por distintos mecanismos, como déficit de regeneração pela inatividade de células-satélites, e através de vias de degradação proteica, como por exemplo: proteases ativadas por cálcio, proteossomo e autofagia.

Lesão secundária A lesão primária é resultado da ruptura mecânica do tecido, ocasionando uma zona hemorrágica de necrose predominantemente localizada na substância cinzenta, resultado da vascularização desta região. Após esse processo, inicia-se uma lesão endógena secundária, caracterizada pelo aumento na permeabilidade da barreira hematoencefálica, apoptose glial e neuronal, além da resposta neuroinflamatória que persiste por meses ou até anos após o trauma primário (DUMONT et al. PROFYRIS et al. FLEMING et al. DONNELLY et al. POLÍTICAS PÚBLICAS E REDES DE APOIO A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi ratificada à legislação brasileira em 2008 e segundo o IBGE há mais de 24 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência.

A Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência foi criada mediante a Portaria GM/MS nº 1. de 5 de junho de 2002 e para a implantação das unidades de reabilitação foram estabelecidas diversas normas. Pelo decreto nº 7. de novembro de 2011 foi instituído o Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência - Plano Viver Melhor. Os vulneráveis são os que englobam a sociedade como um todo, visto que todos podem adquirir algo que interfira na condição de vida ou no estado de saúde (SIQUEIRA; SCHRAMM, 2009). NASF: Princípios e Diretrizes Gerais O Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), mediante a portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008, publicada em 4 de Março de 2008.

Tendo como principal objetivo apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede de serviços, além de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, aumentando a resolutividade da mesma, reforçando em suma os processos de territorialização e regionalização em saúde (BRASIL, 2008). O NASF é constituído por equipes de profissionais de diferentes áreas de atuação/conhecimento, que prestam apoio e parceria com os profissionais das equipes de Saúde da Família, com foco e objetivo nas práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade da equipe de SF. Um dos processos chave de trabalho dos profissionais é a definição das tarefas a serem estabelecidas e ajustadas entre gestor, a equipe do NASF e a equipe SF(BRASIL, 2010).

O gerenciamento de caso surge como uma estratégia na busca de alternativas para melhorar os resultados do paciente com lesão medular, alcançando metas individuais, melhorando a habilidade funcional e aumentando a qualidade de vida de cada paciente. Esse modelo utilizado requer profissionais de saúde para compartilhar de tarefas especificas que responde pelo cuidado de saúde total dos pacientes que necessitam de cuidados especiais, promovendo apoio crescente aos indivíduos doentes, aumentando dessa maneira a qualidade do cuidado (CARDOZO-GONZALES; VILLA; CALIRI, 2001). A qualidade de vida após a lesão medular está associada à abordagem fisioterapêutica que deve ser instituída desde a fase aguda inclusive na terapia intensiva. Essa abordagem não deve ser somente baseada em técnicas respiratórias, mas também em abordagem holística que previnam as complicações que podem ter efeitos irreversíveis sobre a autonomia destes pacientes.

A intervenção fisioterapêutica neurofuncional deve transcender a manutenção e o fortalecimento muscular acima do nível da lesão (BRASIL, 2013). O profissional Fisioterapeuta é um dos principais profissionais no processo da assistência ao paciente lesionado. É através desse profissional que o paciente desenvolve uma rotina específica de exercícios respiratórios e motores. Tendo como principal objetivo ajudar o paciente no processo de reabilitação a fim de que o paciente após receber a alta hospitalar esteja preparado para romper barreiras e dar continuidade ao tratamento (BRASIL, 2013). Em relação ao profissional Nutricionista, ele é responsável pela elaboração, preparo e acompanhamento da alimentação de todos os pacientes que estão internados. No processo da alta do paciente com lesão medular, o profissional nutricionista cria uma alimentação específica para esse paciente de acordo com as suas necessidades nutricional, e realiza a orientação ao paciente e aos familiares em relação à hidratação com líquidos e a higiene básica dos alimentos e o seu preparo, desde a confecção da refeição até a administração dos alimentos quando feita após a alta, quando o paciente volta para o seu domicílio (OLIVEIRA; RADICCHI, 2005).

Abordagem multiprofissional em lesão medular: saúde, direito e tecnologia. Florianópolis-SC, 2016. p TEIXEIRA, V. O. FILIPPIN, L. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. DÂNGELO, J. G. FATTINI, C. A. E. Tratado de fisiologia médica. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Saunders, 2006. RIZZO, D. Santos, R. R. Robaina, T. F. Varga, V. BOYLE,K. PETRATOS, S. Degenerative and regenerative mechanisms governing spinal cord injury. v. p. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. Villa T. C. S. Caliri M. H. R. P. R. Radicchi A. L.

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