Monografia TCC - Sobre reciclagem de Plásticos - Estudo das alternativas tecnológicas para reciclagem de polímeros

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Título e subtítulo (se houver) / Nome Prenome Sobrenome. São Bernardo do Campo, 20. xx p. il. Monografia apresentada no curso de graduação. RESUMO Nas últimas décadas a produção de polímeros plásticos vem aumentando de maneira acelerada, visto a diversidade da aplicação do plástico para as diversas áreas da indústria contemporânea. Desta forma o presente estudo tem como objetivo principal investigar as alternativas tecnológicas para reciclagem de polímeros, em especial os polímeros plásticos, pauta-se por caracterizar as nuances que compõe o assunto, a partir da enumeração dos dados e aspectos que delimitam tal problemática, almejando assim sanar dúvidas e fortalecer a conscientização acerca de tal assunto frente à sociedade como um todo. A partir disto, este estudo justifica-se tendo em vista a relevância da temática, levando em conta a necessidade de se analisar a realidade para provocar transformações satisfatórias.

Os objetivos específicos deste estudo em questão pautam por apresentar as principais características dos polímeros, como as suas implicações culturais, sociais, econômicas no Brasil e no mundo, além de verificar as medidas/aplicações das indústrias. A metodologia utilizada pautou pela realização de uma revisão de literatura para afirmar a validade dos fatos. A methodology used was based on a literature review to confirm the validity of the facts. With such a survey, it is concluded that the large production and disposal of plastic polymers produce extremely negative impacts for society as a whole, so investigating technological methodologies that help in the recycling of such inputs is vital for economic and social development, so that help directly in the control of waste and the sustainability of the planet.

Keywords: Polymers. Engineering. Sustainability. Os polímeros são macromoléculas caracterizadas por seu tamanho, sua estrutura química e interações intra e intermoleculares. Possuem unidades químicas que são unidas por ligações covalentes, que se repetem ao longo da cadeia. Eles podem ser naturais, como a seda, a celulose, as fibras de algodão, etc. ou sintéticos, como o polipropileno (PP), o poli(tereftalato de etileno) (PET), o polietileno (PE), o poli(cloreto de vinila) (PVC), etc (MANO et al. Através das informações apresentadas pelo autor se pode afirmar que a aplicação dos polímeros é gigantesca, o que auxilia tanto o desenvolvimento social como econômico das nações, entretanto sua exploração promove a geração de diversos subprodutos e grande quantidade de resíduos de distintas naturezas que acabam por gerar muitos empecilhos para a sociedade.

No segundo capítulo é apresentada a metodologia adotada para a elaboração do trabalho, no terceiro capítulo são abordados os resultados obtidos, a análise e discussão sobre os dados. Por fim no último tópico são feitas as considerações finais sobre as informações apresentadas no estudo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para abarcar a temática central deste estudo torna-se necessário recorrer a uma revisão bibliográfica com intuito de conceituar aspectos em torno dos polímeros, em especial as questões que englobam as alternativas tecnológicas para reciclagem de tais insumos, com foco primordial nos polímeros plásticos, com isto este tópico buscou destrinchar a temática, visando ressaltar a necessidade de estimular a aplicação de conceitos sustentáveis.

Aspectos gerais e informações sobre Polímeros Segundo Canevarolo (2002) a palavra polímero provém do grego poli (muitos) e mero (unidade de repetição), deste modo o autor expõe que um polímero pode ser definido como uma macromolécula constituída por muitos (dezenas de milhares) elementos de repetição denominadas meros, ligados por ligação covalente. O autor ressalta ainda que os materiais poliméricos existem na natureza desde os primórdios da vida, assim como o DNA e RNA, possuindo função vital nos reinos animal e vegetal. Os polímeros podem ser sintéticos, semissintéticos ou naturais, Callister (2002, p. explana que os polímeros que ocorrem na natureza são aqueles derivados de plantas e animais como a madeira, a borracha, o algodão, a lã, o couro e a seda.

Outros polímeros naturais muito utilizados segundo o autor são as enzimas, os amidos e a celulose que são importantes em processos biológicos e fisiológicos nas plantas e animais. Diversos materiais poliméricos semissintéticos foram desenvolvidos a partir dos polímeros naturais, como menciona o autor a seguir: Em 1820, Thomas Hancock descobriu que quando se aplica tensões de cisalhamento em borrachas naturais, elas se comportam de maneira mais fluida, tornando-se mais fácil de misturar com aditivos e moldar. Em 1839, Charles Goodyear descobriu que as propriedades elásticas de borrachas naturais poderiam ser melhoradas ao serem aquecidas com enxofre, originando a patente do processo de vulcanização, em 1844. p. O primeiro polímero completamente sintético a ser comercializado se deu nos primórdios do século XX segundo Pêssoa (2018), o autor ressalta que o fenol-formaldeído também conhecido como resina baquelite, teve sua produção iniciada em 1910, já a primeira borracha sintética a ser desenvolvida, denominada borracha bulítica, foi desenvolvida na Alemanha durante a primeira guerra mundial, com o intuito de substituir a borracha natural apesar de sua qualidade baixa.

Gorni (2003) expõe que materiais poliméricos já foram utilizados em diversos períodos da história humana, o autor cita, por exemplo, o verniz extraído de árvores do gênero Rhus vernicflua, descoberta pelos chineses cerca de 1000 anos antes de Cristo (a. C. além de ser muito aplicada na cultura de móveis nos anos de 1950 por apresentar brilho e aumentar a conservação dos mesmos. PÊSSOA, 2018, p. De acordo com Mano et al. as investigações elementares realizadas pelos cientistas do início do século passado com substâncias poliméricas exploravam principalmente os polímeros naturais tais como borracha natural, amido, celulose e proteínas. Os autores ressaltam que apesar da borracha natural ser menos abundante que a celulose e as proteínas, ela foi muito relevante para a história da Ciência de Polímeros, visto que suas características elásticas eram tão distintas dos sólidos até então conhecidos que diversas pesquisas sobre a borracha natural foram realizadas simplesmente por curiosidade.

Na década de 20 já existia produção de artefatos de borracha natural e ebonite, e também de alguns plásticos, como nitrato e acetato de celulose, resinas fenólica, ureica e caseínica, nos quais eram moldadas numerosas peças de uso generalizado, também era produzidas e comercializas fibras de celulose regenerada e de acetato de celulose. Solomons (2009) descreve ainda que a plasticidade de um polímero determina a capacidade da matéria de poder ser moldada, seja quando submetida a um esforço físico como, por exemplo, o aquecimento, importante ressaltar que através destas características os polímeros puderam ser classificados. De acordo com algumas características como a plasticidade é possível separar os polímeros em dois grupos, o grupo dos termoplásticos e o grupo termofixos.

Os termoplásticos podem ser moldados pelo aquecimento, podendo ser reciclados, enquanto que os termofixos não permitem um reprocessamento, não podendo ser reciclado (MORTIMER; MACHADO, 2010). Para Callister (2002, p. diversos aspectos influenciam as características dos materiais poliméricos, o autor menciona fatores estruturais e de processamento como grandes influências marcantes sobre o comportamento mecânico de tais materiais, esses fatores segundo o autor são: o peso Molecular, o grau de Cristalinidade, a pré-deformação por Estiramento e o tratamento térmico. Pode-se dividir os polímeros plásticos, em termofixos e termoplásticos. • Termofixos são polímeros que após aquecimento vão amolecer e sofrer o processo de cura, que é a formação de ligações cruzadas entre cadeias poliméricas, e consequentemente não poderão ser remoldados, pois qualquer ulterior aquecimento irá degradar o polímero, visto que as ligações intermoleculares e intramoleculares são covalentes, tornando este processamento inicial uma transformação química irreversível.

Um exemplo de polímero termofixo é a resina epóxi. • Termoplásticos são polímeros com aptidão de amolecer e fluir quando sujeitos ao aumento de temperatura e pressão. Quando não mais sob influência desses fatores, o material se solidificará de acordo com a forma dada. Existem outros indicadores neste estudo o que refere-se também ao plástico descartado no oceano onde esta taxa em 2014 era de 1 plástico para 5 peixes e em 2050 será de 1 plástico para 1 peixe. Outro indicador mencionado no estudo refere-se ao carbono emitido seja por sua produção ou incineração pós uso era de 1% de todo carbono emitido, já em 2050 esperasse que a taxa seja de 15%. Pessôa (2018) descreve que existe grande preocupação com a destinação do lixo gerado pela humanidade, visto que o Brasil recicla apenas 13% dos resíduos sólidos gerados (2016), sendo que a União Européia (UE) tem uma taxa de 35% de reciclagem, o autor relata ainda que tal mercado emprega 2 milhões de pessoas e rende 145 bilhões de euros por anos.

Os plásticos são materiais poliméricos com aplicação comercial gigantesca, sendo assim o mercado que o cerca cresce de produção continuadamente. Figura 1 – Mercado global de materiais poliméricos plásticos Fonte: STATISTA (2015) De acordo com os dados expostos na figura 1, é possível visualizar que desde 1950 a produção dos plásticos poliméricos desde têm crescido gradativamente, com um aumento de 200 vezes do período inicial até o momento, visto que a população aumentou apenas 3 vezes, de 2,5 bilhões em 1950 a 7,3 bilhões, o que provoca a necessidade de reciclagem e reutilização de tais materiais. Dias (2016) disserta que a versatilidade do material plástico proporciona sua aplicação em diversos segmentos industriais distintos que permeiam toda a matriz industrial, com visto na figura a seguir.

Figura 2 - Aplicações do plástico por tipo de resina e percentual de consumo no Brasil Fonte: DIAS (2016) Em relação às principais características dos polímeros plásticos se pode observar a tabela a seguir: Tabela 1 - Principais resinas plásticas e suas aplicações e características Resina Aplicação Característica PET (Poli(tereftalato de etileno)) Frascos e garrafas para uso alimentício, hospitalar e cosmético, bandejas para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis, telhas. Resistência térmica e química, impermeabilidade a gases. PEAD (Poli(etileno de alta densidade)) Embalagens: bolsas, garrafas, frascos, rolhas. Automobilístico: tubos. térmica. Isolante elétrico, possui estabilidade EVA (Copolímero de etileno e acetato de vinila) Construção civil. Flexível, resistente.

ABS (Copolímero de acrilonitrila butadieno e estireno) Calçados , Peças automobilística. Resistente ao calor, tensão e impactos. Resistente e leve. Fonte: Adaptado de DIAS (2016) Através dos dados apresentados neste tópico é possível afirmar que os polímeros plásticos possuem diversos benefícios para a humanidade, entretanto o lixo plástico é considerado um dos grandes vilões para o meio ambiente, sendo geralmente composto por materiais que demoram centenas de anos para se degradar, sendo o motivo de enorme debate internacional, dito isto o próximo tópico debaterá as questões econômicas e ambientais que cercam o assunto. Polímeros Plásticos: Importância econômica e impactos ambientais Os polímeros plásticos possuem uma grande parcela na quantidade dos resíduos sólidos gerados, de acordo com Dias (2016) caso tal resíduo seja descartado de forma incorreta, a alta resistência e durabilidade de polímeros, como o plástico, podem acabar impactando negativamente o meio ambiente, visto que sua degradação pode levar diversos anos.

O PET, sendo um polímero, tem sido considerado o melhor e mais resistente plástico para fabricação de embalagens, podendo ser utilizado para diversas aplicações. Desta forma, este material tem tido um alto consumo nos últimos anos e vem sem bastante estudado. A reciclagem de polímeros consiste em um processo de transformação, previamente separados, de forma a possibilitar a sua recuperação. Esses materiais podem ter duas origens, no caso de rejeitos de processo industrial ou de produto pósconsumo. Os resíduos são recuperados por meios de operações que permitem que materiais já processados sejam aproveitados como matéria-prima no processo gerador ou em outros processos (DIAS, 2016). Santos (2001) ressalta que apesar da existência de uma grande variedade de termoplásticos, apenas cinco deles, ou seja, o PE, o PP, o PS, o PVC e o PET representam cerca de 90% do consumo brasileiro.

Dentre estes termoplásticos o PET apresenta um dos maiores índices de crescimento em consumo no País. Diversos estudos são realizados em torno dos resíduos gerados pelos polímeros evidenciando-se que tal setor é uma das atividades que mais causam impactos ambientais perante o globo, propiciando toneladas de resíduos sólidos todos os anos o que pode desencadear desde problemas de saúde a outros impactos perante o cotidiano da sociedade. Analisando os aspectos ambientais do gerenciamento de resíduos sólidos urbanos, cada vez mais são importantes estudos que provem que a reciclagem dos plásticos é viável. Atualmente, um dos plásticos de maior presença no lixo urbano é o poli(tereftalato de etileno) (PET). Num estudo feito numa cidade paulista de médio porte 200 mil habitantes), foi determinado que o PET diz respeito a 34% em peso dos plásticos presentes no lixo urbano (a exceção dos filmes) e 42% em volume, aproximadamente.

Foram feitos ainda cálculos que estimaram que nesta cidade se consome mais de 7 mil / dia garrafas de refrigerante (de 2 litros) feitas do plástico. Em países em desenvolvimento a taxa de reciclagem dos plásticos é baixa e em várias cidades a taxa de coleta dos resíduos não cobre cem por cento das residências. Na Nigéria 30 a 60% dos resíduos domésticos não são coletados e a população não beneficiada pela coleta dispõe os resíduos em locais não adequados ou queimam ou enterram o lixo (NNAJI, 2015, p. Zanin et al. traz em seus estudos dados acerca da reciclagem em torno dos polímeros, os autores relatam que O PE (polietileno) e o PP (polipropileno) são os polímeros mais reciclados por parte das empresas, sendo que aproximadamente metade destas instituições reciclam de 20 até 50 t/mês, os autores expõe ainda que poucas empresas conseguem superar a faixa de 100 t/mês.

As principais utilizações dos polímeros reciclados em território brasileiro segundo Zanin et. Segundo informações disponibilizadas pela ABRELPE, entre os anos de 2016 e 2017, o número de cidadãos brasileiros cresceu em torno 0,75%, enquanto que a produção per capita de resíduos sólidos urbanos apontou avanço de 0,48%. Deste modo a instituição aponta que a produção total de resíduos em 2017 no Brasil alcançou 78,4 milhões de toneladas, sendo uma média de 214. toneladas por dia, crescimento de 1% perante o ano precedente. A ABRELPE expõe ainda que do total, 91,2% foi coletado evidenciando que 6,9 milhões de toneladas de resíduos tiveram destinação imprópria, sendo produzidas ainda 7,7 milhões de toneladas de resíduos plásticos, porém apenas cerca de 8,2% desse valor foi encaminhado para reciclagem.

Atualmente, o Brasil perde R$5,7 bilhões por ano ao não reciclar resíduos plásticos, os quais poderiam ser utilizados para construção ou modernização de aterros sanitários, desenvolver serviços de coleta e outras ações relacionadas. Karpinski et al. p. afirma que desenvolvimento sustentável é a “exploração equilibrada dos recursos naturais, de maneira a satisfazer as necessidades e o bem-estar da presente geração sem comprometer as condições de sobrevivência das gerações futuras”. Os resíduos depois de esgotados todas as alternativas de tratamento e recuperação por processos tecnológicos e economicamente viáveis, são considerados rejeitos. Logo, após a realização de todos os processos de aproveitamento de suas propriedades, pode-se admitir o encaminhamento do rejeito para aterros sanitários (SILVA & SOLER, 2019).

De acordo com Ehrig (1992) a reciclagem de polímeros pode ser categorizada em quatro classificações: primária, secundária, terciária e quaternária, o autor descreve que a reciclagem primária: baseia-se na conversão dos resíduos poliméricos industriais através de técnicas de processamento padrão em produtos com características equivalentes àquelas dos produtos originais produzidos com polímeros virgens; por exemplo, aparas que são novamente introduzidas no processamento. A reciclagem de polímeros é classificada de acordo com a origem da matéria prima, dividida em primária, secundária, terciária e quaternária. Ou de acordo com o processo de reciclagem, fracionada em reciclagem mecânica, reciclagem química e energética (MORAES et al. p. Ehrig (1992) apresenta ainda alternativas tecnológicas para a reutilização dos polímeros, o autor descreve que a reciclagem secundária consiste na transformação dos resíduos poliméricos oriundos dos resíduos sólidos urbanos através de um procedimento ou uma combinação de procedimentos em produtos que possuam menor exigência do que o produto obtido com polímero virgem, por exemplo, reciclagem de embalagens de PP para obtenção de sacos de lixo.

A figura 3 demonstra os tipos de reciclagem empregados nos polímeros plásticos. Figura 3 – Tipos de Reciclagem de Polímeros Plásticos Fonte: PÊSSOA (2018) Desta maneira através da figura mencionada acima se pode afirmar que a reciclagem é uma metodologia de transformação de materiais previamente separados para posterior utilização. Deste modo os resíduos são recuperados por meios de uma série de operações que permitem que materiais já processados sejam aproveitados como matéria-prima no processo gerador ou em outros processos, para que assim continuem a possuir finalidade de forma sustentável. Kaminsky (1992) relata que a reciclagem mecânica pode ser promovida por meio do reprocessamento por extrusão, injeção, termoformagem, moldagem por compressão, entre outros meios. O autor cita que para atingir este intuito é preciso respeitar alguns processos que incluem as seguintes fases: 1) separação do resíduo polimérico, 2) moagem, 3) lavagem, 4) secagem, 5) reprocessamento e, finalmente, a transformação do polímero em produto acabado.

relata que a reciclagem química é bastante empregada por diversas empresas situadas na Europa e no Japão, entretanto no Brasil tal metodologia ainda está em evolução. Mancini (2002) expõe que neste metodologia de reciclagem a hidrólise conduz à recuperação dos monômeros de partida através de uma reação com excesso de água à alta temperatura na presença de um catalisador o autor menciona por exemplo que por meio da reação de hidrólise do PET é possível adquiri os produtos de partida que são o etileno glicol e o ácido tereftálico, tais insumos podem ser utilizados para obtenção do polímero novamente. A reciclagem química é quando o polímero passa pela despolimerização, visando à destruição da estrutura polimérica, inclusive da cadeia principal.

Já a reciclagem energética é quando o polímero passa pela combustão. O polímero não deixa de ser despolimerizado, porém não há ênfase nesses produtos, e sim na energia desprendida no processo total (VALERIO et al. A reciclagem energética consiste na compactação dos resíduos e subsequente queima, gerando energia, resíduos sólidos e gasosos. Este processo é baseado no alto poder calorífico dos polímeros, utilizando-os como combustíveis sintéticos. Os resíduos gasosos passam inicialmente por filtros ou precipitadores eletrostáticos para a remoção de material particulado e as partículas mais finas existentes no gás (PIVA & WIEBECK, 2004, p. Coronado (1996) expõe que apesar de existirem diversas alternativas tecnológicas para lhe dar com os polímeros no Brasil existem muitos problemas que se acometem a disposição final dos resíduos, desta forma o autor defende a necessidade de buscar maneiras e alternativas que possam contribuir com a minimização do desperdício, reduzindo desta forma a quantidade de resíduos a ser alocado em aterros.

Coronado (1996) cita que no Brasil, a reciclagem mecânica ainda é o processo mais aplicado, estima-se que cerca de 15% dos resíduos plásticos pós-consumo, industriais ou agrícolas estão sendo reprocessados com tal técnica. Spinace (2005) complementa tal entendimento remetendo que ao contrário de países da Europa e o Japão que utilizam as reciclagens química e energética como alternativas tecnológicas, no Brasil predomina a reciclagem mecânica que vem crescendo em volume e aumentando a diversidade e qualidade dos produtos, devido à otimização das técnicas. A reciclagem de materiais é uma perspectiva de negócio que vem sendo disseminada pelo meio empresarial e governamental, devido à possibilidade de sua efetiva implementação. Para isto é necessário que toda tecnologia, conceitos e capacidade empresarial sejam disponibilizados em busca de tornar um objetivo ecologicamente correto, em uma realidade economicamente viável (SPINACE, 2005, p.

Seguindo a linha de raciocínio exposta até então torna-se notório a necessidade de buscar alternativas tecnológicas que auxiliem no tratamento e reciclagem dos polímeros, englobando ainda pontos como sua destinação e os cuidados que devem ser tomados. As necessidades de cuidado devem ser contempladas pelo poder público e principalmente por seus geradores. Para elaborar a pesquisa buscou-se elencar citações de investigações encontradas no banco de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico, seguindo as seguintes etapas principais: • Determinou-se o foco da pesquisa; • Acessando a biblioteca digital Scielo com a finalidade de, através do mecanismo de busca por palavras-chave, foram encontradas pesquisas relacionadas aos polímeros plásticos, as tecnologias que envolvem o assunto e a reciclagem dos polímeros plásticos; • Com as referências encontradas, foram identificados e coletados em cada uma delas os principais tópicos abordados e os resultados encontrados pelos autores; • Observou-se as características dos estudos analisados e constatou-se os dados mais relevantes.

Desta maneira se buscou elencar citações dos estudos analisados no Scielo. br e em periódicos universitários aliados as reflexões oriundas das leituras, o estudo qualitativo foi baseado na pesquisa de teses e estudos de caso, foram selecionados apenas os trabalhos que abordassem a temática dos polímeros plásticos de maneira sustentável relacionando a sua aplicação as questões de reciclagem, a fim de salientar a importância do cuidado como o planeta, visto que os recursos são limitados. A pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método de abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da investigação. Sua finalidade é descobrir respostas para a questões mediante a aplicação do método científico (SOUZA, SANTOS e DIAS, 2013, p.

Desta forma metodologias de reciclagem precisam ser disseminadas, para que os plásticos não gerem problemas para fauna e flora, além dos eventuais resíduos urbanos que segundo o autor impõem problemas de infraestrutura catastróficos, como enchentes e doenças patológicas. Os dados da presente pesquisa objetivam demonstrar condições gerais sobre a reciclagem dos polímeros e suas caracterizações, em relação às metodologias de reciclagens, bem como exaltar as possibilidades e os empecilhos enfrentados por tal meio que carece de atenção e estudos para encontrar na tecnologia formas de amenizar os danos ambientais através de medidas economicamente viáveis, como o reaproveitamento e a reciclagem. Através da análise das informações apresentadas e dos contextos expostos pelos autores mencionados na revisão de literatura pode-se afirmar que a busca por alternativas tecnológicas em torno da reciclagem dos polímeros traduz-se em visualizar antecipadamente os passos para idealizar projetos e ações por parte da indústria, levando em conta que as ações de reciclagem e reutilização devem ser baseadas em algum método, plano ou lógica e não em peripécias.

Os objetivos de se buscar alternativas tecnológicas para a reciclagem de polímeros almejam desenvolver uma relação harmoniosa entre o crescimento das indústrias e sociedade com a necessidade de cuidado com o meio ambiente, para que assim possa conferir o desenvolvimento social e econômico de maneira coerente. Desta forma é preciso avaliar as necessidades de investimentos externos, previsão de tratamentos dos resíduos plásticos e até mesmo encontrar soluções para o descarte em aterros com dito na literatura. Spinace et al. chamam a atenção para necessidade de explorar metodologias de reciclagem relevantes e viáveis, mencionando meios disponíveis para a despolimerização sendo a rota química e a biológica, alternativas viáveis. Feltre (2004) expõe como resultado de seus estudos que os polímeros naturais existem há muitos anos, entretanto os sintéticos ganharam notoriedade há algumas décadas, com o desenvolvimento de diversas técnicas para moldá-los, entretanto com o aumento de sua produção as questões de reciclagem são primordiais.

Santos et al. afirma que dominar o conhecimento dos polímeros colocou a sociedade em novos paradigmas, conferindo o alcance de um novo patamar, mas tal fato incidiu na necessidade de buscar práticas de lhe dar com os resíduos dos polímeros plásticos. defende que para contemplar a reciclagem diversos fatores devem ser obedecidos e questões de infra-estrutura devem ser atingidos, o autor afirma que o grande problema em torno dos polímeros plásticos é quantidade do material que existe na contemporaneidade e sua produção contínua, o que acaba por afetar os resíduos fósseis. Zanin et al. dispõe que apesar de muitas indústrias de países de primeiro mundo conseguirem arrecadar valores relevantes com a exploração da reciclagem de polímeros, países em desenvolvimento como o Brasil enfrentam dificuldades nas questões de logística e manejo dos polímeros, principalmente em torno de sua separação e coleta.

A ABRELPE apresenta um estudo acerca das questões de reciclagem dos resíduos dos polímeros plásticos, relatando como resultado que nos anos de 2016 e 2017, aproximadamente 92% dos resíduos coletados são encaminhados para incineração ou aterros e apenas 8% destes são encaminhados para a reciclagem. Desta forma pode-se expor como resultado que as questões primordiais para a falta de interesse na reciclagem dos polímeros estão englobadas pela facilidade encontrada no consumo, na produção e no descarte inadequado dos mesmos. A composição desses resíduos são definidos no estudo, com os plásticos representando cerca de 13,5% dos resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil, um número gritante, visto a quantidade de lixo gerado. O mesmo estudo apresenta como resultado que a questão de não se utilizar toda a capacidade de reciclagem do Brasil, faz com que a nação deixe de faturar cerca de R$ 6 bilhões por ano, isso sem contar o que é deixado de ganhar por não ter capacidade tecnológica para reciclar 100% dos plásticos.

A demanda gigantesca por polímeros plásticos resulta no significativo aumento de geração de resíduos em todo mundo, deste modo a pesquisa teórica evidencia a necessidade de gerenciar os resíduos dos polímeros plásticos e busca por alternativas tecnológicas viáveis, levando em conta que estes são aspectos imprescindíveis para as indústrias contemporâneas, uma vez que proporcionar informações fidedignas, confiáveis e oportunas é vital para apoiar a tomada de decisões frente às questões ambientais, sociais e econômicas. Deste modo investigar e analisar estas questões auxilia no processo de gestão e de tomada de decisão frente as alternativas de reciclagem para assim propiciar uma maior redução dos desperdícios gerados por este setor de forma a contemplar o funcionamento operacional e financeiro das instituições modernas.

Dias (2016) menciona a necessidade de conscientizar a população para que a mesma possa auxiliar no processo de coleta dos resíduos plásticos, separação dos mesmos e na viabilização de alternativas de reciclagem, visto que os resíduos são gerados por toda sociedade. Vários aprimoramentos, no entanto, precisam ser feitos para que as questões econômicas e sociais sejam englobadas de forma satisfatória, deste modo a participação da sociedade e dos poderes públicos, bem como dos produtores é primordial para atender as demandas atuais. CONCLUSÃO Este estudo possibilitou realizar uma reflexão acerca da necessidade de metodologias mais dinâmicas e efetivas junto à temática das alternativas tecnológicas para reciclagem dos polímeros, contextualizando questões pertinentes aos resíduos, ao ambiente e aos impactos provocados pelo descarte inadequado de tais insumos.

Evidencia-se com a elaboração deste estudo que a utilização de metodologias de reciclagem e reutilização dos polímeros plásticos possibilita maiores oportunidades e inovações para todos os âmbitos industriais, produzindo menores impactos e conferindo ganhos imensuráveis para a sociedade como um todo. Pode-se afirmar através dos dados expostos neste estudo que quando submetidos a um gerenciamento inadequado os polímeros tendem a causar uma série de impactos ambientais, além de empecilhos de infraestrutura e mobilidade, o que infere a necessidade de se explorar soluções eficazes de curto e longo prazo. A exploração dos materiais poliméricos plásticos por ser uma atividade recente da humanidade é muito suscetível a falhas, com isto são necessários estudos constantes em torno do assunto, visto que nos últimos anos a sua exploração vem crescendo exponencialmente.

Conclui-se que a temática referente às alternativas tecnológicas para reciclagem de polímeros está em constante desenvolvimento, deste modo é preciso buscar por metodologias, insumos e aspectos que auxiliem o desenvolvimento deste assunto, sendo tal ponto primordial para o alcance de qualidade e êxito para o setor dos polímeros, para desta forma atribuir eficiência na reciclagem dos polímeros plásticos, sendo vital para superar as potenciais crises e conferir a adoção de metodologias que produzam menores gastos e impactos. REFERÊNCIAS ABIPLAST - Associação Brasileira da Indústria do Petróleo. Consumo de Plásticos 2016. Disponível em: <http://www. abiplast. DEMORI, R. CANDIDO, L. H. A. MAULER, R. PERUGINI, F. International Journal of Life Cycle Assessment. BANCO, Mundial. Waste Generation. Disponível em: <http://siteresources. br/geral/noticia/2018-06/brasil-perde-r-57-bilhoes-porano-ao-nao-reciclar-residuos-plasticos.

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