PERCEPÇÃO DE ENFERMEIROS SOBRE CUIDADOS PALIATIVOS: Revisão da literatura

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Dr. Nome do orientador Trabalho de Conclusão apresentado ao curso (nome do curso), oferecido pela Universidade Candido Mendes – UCAM, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista, sob a orientação do Prof. Nome por extenso do professor orientador, precedido da abreviatura de sua titulação. CIDADE 2018 Termo de aprovação Aluno: Título: A importância de discutir os cuidados paliativos na enfermagem. Trabalho de Conclusão apresentado ao curso (nome do curso), oferecido pela Universidade Candido Mendes – UCAM, como requisito parcial para obtenção do grau de especialista, sob a orientação do Prof. Os resultados foram agrupados em duas categorias: Percepções e conhecimento dos Enfermeiros sobre Cuidados Paliativos e Dificuldades e estratégias para melhor qualificar a assistência de enfermagem. Concluiu-se que o conhecimento dos enfermeiros é variável, conforme a área de atuação.

A falta de conhecimento do enfermeiro em cuidados paliativos acarreta em menor qualidade na assistência e consequentemente redução da qualidade de vida do paciente. O enfermeiro deve estar em constante busca para aprimoramento e atualização de seus conhecimentos. Palavras-chave: Cuidados paliativos. Nursing. Education, continuing. INTRODUÇÃO Os cuidados paliativos mostram-se como um modelo de intervenção baseado na “reumanização do processo de cuidar”. Constitui-se em uma junção de reponsabilidade e ética, tomando por base a existência como um direito (FROSSARD, 2015). No Brasil, a oferta de cuidados paliativos é desigual entre as regiões, sendo que há uma concentração desses serviços na região Sudeste, especialmente no estado de São Paulo (FROSSARD, 2015). Este termo indica a essência dos cuidados paliativos (PESSINI E BERTACHINI, 2005).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os cuidados paliativos possuem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares que estão sob o diagnóstico de enfermidades fatais (que não possuem cura), proporcionando conforto, alívio dos sintomas e da dor, além de fornecer apoio espiritual e psicossocial desde o diagóstico ao fim da vida e luto (CAMPBELL, 2011). Outros autores acrescentam que os cuidados paliativos buscam desenvolver ao máximo a qualidade de vida de doentes e familiares, de modo independente ao estágio da doença ou à necessidade de outros tratamentos (CAMPBELL, 2011). Historicamente, o cuidado paliativo e o termo Hospice se confundem. Hospices eram abrigos que se destinavam a receber e cuidar de viajantes e peregrinos. Não se fala em terminalidade, mas em doença que ameça a vida.

O cuidado é indicado desde o diagnóstico. Não há impossibilidade de cura, mas possibilidade ou não de tratamento modificador da doença (excluindo a ideia de não haver o que fazer diante da doença). A espiritualidade e dimensões do ser humano em sua infinitude são abordados, bem como a família desse paciente, que será assistida também no momento do luto (MATSUMOTO, 2012). Os fundamentos da filosofia de cuidados paliativos incluem alívio da dor e dos sintomas desagradáveis, afirmação da vida, entender a morte como um processo natural da vida, assistência integrada aos aspectos psicológicos e espirituais, apoiar a família desde o diagnóstico ao acompanhamento do luto, abordagem multiprofissional e melhora da qualidade de vida. O Enfermeiro deve manter uma comunicação aberta com paciente e os familiares, informando sobre a assistência prestada e seu papel na prestação desses cuidados, além de informações sobre a condição do paciente e sobre a morte iminente (CAMPBELL, 2011).

Os cuidados de enfermagem devem ser elaborados pelo Processo de Enfermagem, buscando a melhoria da qualidade de vida do enfermo. A escuta sensível é uma ferramenta indispensável que deve ser usada pelo enfermeiro na atenção à pessoa em cuidados paliativos e sua família. Deve-se dispensar tempo em ouvir suas inquietações e expressão de seus sentimentos. Orientar o paciente e seus familiares também é função do enfermeiro. Estas técnicas possuem um fator comum, que lhes distingue como tal: a inferência sobre determinado assunto. A análise de conteúdo apropria-se da interpretação de duas leituras, a primeira sendo aquela que está explícita no texto ou na fala, e a segunda leitura, cuja interpretação transcende o dito e adentra o universo do implícito, aquilo que está oculto, escondido.

A técnica de análise de conteúdo, seguidas no presente estudo, é composta por três etapas: 1. Pré-análise; 2. Exploração do material; 3. Por outro lado, Da Silva et al (2015) concluíram que os profissionais de enfermagem não estavam preparados para lidar com o processo de morte e morrer, evidenciando este despreparo na realização de procedimentos invasivos desnecessários. Também foi relatada a falta de humanização na assistência por parte de alguns profissionais de enfermagem. Um dos poucos pontos de justificativa para a falta de preparo no estudo acima citado, pode-se citar o fato de neste hospital não haver a diferenciação de leitos para pacientes em cuidados paliativos e pacientes em uso de outras terapias. O hospital em questão não era um hospital especializado, mas um hospital para atendimento geral, o que não exclui a probabilidade de atendimento a um paciente em paliação.

Por outro lado, um estudo (DE SOUZA, 2016) realizado com enfermeiros da atenção básica obteve melhores resultados para o conhecimento e aplicabilidade dos cuidados paliativos do que o estudo de Da Silva et al (2015), revelando que é possível que mesmo aqueles enfermeiros que não são especializados em cuidados paliativos realizem e conheçam estes cuidados. O estudo que apresentou os melhores resultados, tanto para o conhecimento dos profissionais de enfermagem quanto para a aplicação de cuidados paliativos, foi realizado em um hospital especializado em oncologia. Observou-se o delineamento dos cuidados por uma equipe muldisciplinar, manejo da dor, realização da escuta qualificada, dispensação de tempo para apoio emocional, afeto, diálogo, manejos dos familiares, com a criação de vínculos com a equipe e orientações sobre os procedimentos, respostas a dúvidas, pautados em uma assistência humanizada e individual (STÜBE et al, 2015).

Dificuldades e estratégias para melhor qualificar a assistência de enfermagem. Entre as dificuldades apontadas para a realização de cuidados paliativos em unidades hospitalares não especializadas, foram citadas a falta de recursos humanos e materiais, falta de assistência humanizada, dificuldades em estabelecer as prioridades de atendimento (principalmente enfermeiro) e a priorização de casos em que há possibilidade de cura (DA SILVA et al, 2015). Em relação à dificuldade em estabelecer prioridades, um estudo focou o mesmo problema para enfermeiros da atenção básica. O aumento do número de enfermeiros na assistência pode não apenas melhorar a qualidade de humanização na assistência, quanto oferecer melhores condições de trabalho ao enfermeiro, amenizando o estresse e, consequentemente, a saúde dos profissionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados analisados permitiram concluir que o conhecimento dos enfermeiros sobre cuidados paliativos varia, conforme a atuação do mesmo.

Enfermeiros que trabalham em hospitais gerais tendem a possuir menos conhecimento sobre cuidados paliativos do que enfermeiros que trabalham em hospitais especializados. Não devendo essa ser uma desculpa para não possuir conhecimento em diversas áreas das ciências humanas a que a enfermagem se propõe a dominar, entre elas os cuidados paliativos. A falta de conhecimento ou instrução dos enfermeiros neste campo do saber pode acarretar em menor qualidade da assistência, acarretando em diminuição da qualidade de vida do paciente. Brasília: Ministério da Saúde. p. CAMPBELL, M. L. Nurse to nurse: cuidados paliativos em enfermagem. Cuidados paliativos na assistência de alta complexidade em oncologia: percepção de enfermeiros.  Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. n. p. DE SOUZA, L. DOS SANTOS, B.

C. et al. A percepção dos enfermeiros de um hospital geral sobre os cuidados paliativos.  Journal of Nursing UFPE on line-ISSN: 1981-8963, v. Os cuidados paliativos como política pública: notas introdutórias.  Cadernos EBAPE. BR, Rio de Janeiro, v. n. spe, p. MENDES, K. D. S; SILVEIRA, R. C. de C. org/html/714/71411240017/ > Acesso em: 18 set. PESSINI, L; BERTACHINI, L. Novas perspectivas em cuidados paliativos: ética, geriatria, gerontologia, comunicação e espiritualidade.  O mundo da saúde, v. n.  Revista Mineira de Enfermagem, v. n. p. VASQUES, T. C.

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