Comunicação não verbal e sua identificação

Tipo de documento:Proposta de Pesquisa

Área de estudo:Comunicações

Documento 1

Ela é constituída por elementos disponíveis no meio social e recebe forte influência do palco e da plateia presentes no lugar onde ocorre a interação social (GOFFMAN, 1967). O palco é formado pela mobília, decoração, distribuição das pessoas e dos objetos. A plateia é o lugar onde ficam as pessoas que mesmo não participando diretamente da interação exercem algum tipo de influência por meio dos símbolos e dos códigos não verbais que produzem e compartilham no meio cultural. De acordo com o antropólogo Cliford Geertz (1989) símbolo é qualquer ato, objeto, acontecimento ou relação presente na teia de interações culturais e sua manifestação pode ocorrer tanto na comunicação verbal como na comunicação não verbal. Na comunicação verbal, os símbolos são utilizados na construção de palavras para traduzir em sons e organizar por meio da sintaxe as regras de comunicação.

Montagu é o principal expoente nos estudos do comportamento do toque ou tacêsica. Para Montagu (1988) o ato de tocar, além de denotar valores culturais e sexuais pode estimular diferentes aspectos no organismo, tanto fisiológicos quanto comportamentais, evidenciando a sua importância em todas as fases da vida. Com base nos estudos de Montagu (1988) é possível afirmar que as diferenciações existentes no tocar e ser tocado, além de remeter a valores culturais, também podem evidenciar questões de gênero quando homens e mulheres manifestam diferentes representações sociais com relação ao toque. Hess (1975), Argyle e Cook (1976) desenvolveram estudos sobre o Comportamento e a Comunicação do olhar. Nestes estudos, o movimentos dos olhos é analisado em relação a postura e a entonação da voz em uma situação de interação social.

Por exemplo, o olhar fixo pode significar ameaça, provocação, temor em cenários de estresse; pode também significar interesse, acolhimento, respeito, em cenários de afetividade e descontração. Enquanto o desvio dos olhos pode representar submissão mas também pode representar desinteresse, dependendo dos sujeitos e do cenário; postura e movimentos do corpo - em interações sociais que envolvem sujeitos de diferentes hierarquias, os sujeitos hierarquicamente inferiores tendem a manter o corpo mais rígido, movimentos aparentemente calculados, enquanto os sujeitos que ocupam hierarquias superiores tendem a manter um aparente estado de relaxamento. Sujeitos hierarquicamente inferiores também podem adotar, consciente ou inconscientemente, posturas corporais que representem autoridade, confiança ou desafio, em cenários de enfrentamento e/ou negociação. Tomando por base os estudos de Goffman (1967) é possível afirmar que os elementos não verbais identificados nos estudos dos interacionistas simbólicos, são utilizados na construção da fachada pessoal para influenciar e determinar os rumos da interação social, especialmente em situação de conflito, tanto o receptor quanto a plateia.

Os estudos de Weil e Tompakow (1980), Pease (2005) e Ribeiro (2011) realizados a partir das investigações dos interacionistas simbólicos, evidenciam a combinação dos vários elementos presentes na comunicação não verbal, com a entonação de voz, para que a mensagem possa ser compreendida.  Flora Davis. São Paulo: Summus, 1979. Em linguagem jornalística, a autora trata a comunicação verbal e a não-verbal como inseparáveis, tecidas juntas pelos seres humanos quando estão face a face. Essa comunicação ocorre em muitos níveis simultâneos, consciente e inconscientemente, usando para isso todos os sentidos. Alguns capítulos descrevem como as partes do corpo e respectivos movimentos integram a mensagem. Os autores, com mais de 20 anos de experiência na área jurídica, mostram que em um julgamento a composição dos jurados e a escolha das testemunhas são tão importantes quanto a estratégia de argumentação.

O livro leva para o cotidiano a técnica de reconhecimento de padrões na aparência, linguagem corporal, voz e conduta, testada nos tribunais em mais de 10 mil pessoas. Decifrar pessoas não é uma ciência nem um dom inato: é uma questão de saber o que olhar e ouvir, de ter a curiosidade e a paciência para reunir a informação necessária. Embora não conste na lista da professora Porto, outra obra de relevânciafoi escrita pelo professor Reinaldo Passadori2 e tem grande aceitação entre psicólogos, administradores, advogados e educadores. Trata-se do livro Quem não comunica não lidera, publicado pela Editora Atlas, 2014. Rio de Janeiro, Campus, 1994. CORRAZE, J. As comunicacoesnao-verbais. Rio de Janeiro, Zahar, 1982. CRAWFORD, C. EKMAN, Paul; FRIESEN, Wallace V. Unmasking The Face.

Cambridge: MarlonBooks, 2003. FAZENDA, Isabel. EMPOWERMENT E PARTICIPAÇÃO, UMA ESTRATÉGIA DE MUDANÇA Isabel Fazenda* AUG 11, 2017 http://repositorio. São Paulo, Summus, 1988. PASSADORI, Reinado. Quem não comunica, não lidera. São Paulo, Ed. Atlas, 2014. vol. n. pp. ISSN 0034-7590.   http://dx.  J. Communication, v. n. p. WEIL, Pe TOMPAKOW, Roland.

102 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download