COMO MITIGAR OS RISCOS CIBERNÉTICOS NO E-COMMERCE

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Administração

Documento 1

Através de um levantamento bibliográfico, composto de artigos científicos e outras publicações na área, foram utilizados conceitos como comércio eletrônico e segurança na internet para desenvolver o tema proposto. Enquanto o ecommerce cresceu 24% no mundo em 2018, os ataques cibernéticos são relatados pelas empresas como o terceiro risco em termos de probabilidade, seguido pelo roubo ou fraude de dados, demonstrando como as organizações estão suscetíveis a ataques de vírus e ações criminosas na rede. Diante da realidade dos crimes cibernéticos, as empresas precisam desenvolver processos e procedimentos que priorizem a segurança das suas atividades no e-commerce, bem como garantam a privacidade dos dados dos consumidores online. Palavras-chave: Comércio Consumidores Online. Eletrônico; E-commerce; Crimes Cibernéticos; Abstract E-commerce, which is the exchange of goods, services or information between businesses and consumers through the electronic network, has become a worldwide business trend, and with its development has also increased the risks of virtual attacks through from Internet.

A internet revolucionou a maneira como se fazia negócios, antes limitados aos espaços físicos representados por comércios de rua ou em locais fechados, mas sempre dentro do mesmo modelo, que com o advento do avanço tecnológico passou a oferecer uma diversidade de maneiras de se desenvolver as relações comerciais e a se buscar informações a respeito dos consumidores (DAVIDSON, 2015). São bilhões de usuários de internet que usam diferentes e múltiplas aplicações de tecnologias de rede, das quais pode-se citar: e-mail, serviços online de filmes e games, protocolos de transferência eletrônica de dados, fóruns na internet, rede sociais, compras via internet em lojas virtuais, serviços financeiros, serviços relacionados à educação, dentre outros. O comércio eletrônico representa uma parcela considerável na comercialização de produtos no mundo.

Aliando tecnologia, técnicas e processos de venda e marketing, milhares de negócios estão ultrapassando as barreiras da distância e modificando a forma como os produtos são comprados e vendidos. Segundo a Associação de Comércio Eletrônico – ABComm (E-COMMERCEBRASIL, 2019), a perspectiva de crescimento do comércio eletrônico para o Brasil em 2019 é de 16% se comparado ao ano anterior, significando o maior aumento em vendas virtuais desde 2015. Segundo Silva (2001), uma das principais metas da agência norte-americana para a rede era permitir a vários usuários o envio e a recepção de informações ao mesmo tempo denominada packets witching, onde pequenos “pacotes de dados” eram enviados, como informações de endereçamento que eram responsáveis por encaminhar esses “pacotes” até o destino e reagrupa-los em sua forma original para ser apresentado ao receptor, ou seja, as informações enviadas à um determinado destinatário não sofriam alterações durante o percurso de envio, sendo recebido da mesma forma que havia sido enviado, e operando de forma descentralizada, as redes conectadas conseguiam identificar “pacotes de dados” perdidos, caso uma rede falhasse.

A partir de 1995 até o atual momento foi marcado pelo avanço cada vez maior da internet, onde os governos passaram a incentivar as empresas a aumentarem os seus serviços via internet para cidadãos normais, e já em 2000, a internet já estava muito além de instalações militares e universidades, com grande parte da comercialização mundial acontecendo pela rede. No Brasil, a internet surgiu a partir da década 80, quando as universidades brasileiras começaram a compartilhar algumas informações com os Estados Unidos. A partir de 1989 onde se fundou a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o projeto começou a ganhar força com a ideia principal de difundir a tecnologia da internet pelo Brasil e facilitar a troca de informações (MAZZEO, 2000). Praticamente no início da propagação do uso da internet, os autores Afuah e Tucci (2003, p.

De acordo com Franco (2006) a compra de produtos e serviços pela internet está causando enorme revolução no mundo dos negócios e na vida dos consumidores. No mundo, o e-commerce apresentou 24% de crescimento em 2018, representando cerca de 2,9 trilhões de dólares em vendas. Só na América Latina o crescimento do comércio eletrônico em 2018 foi de 17,9% com relação ao ano de 2017 (EBIT, 2019). Quase em todos os países do mundo o comércio eletrônico superou o varejo tradicional, sendo que o e-commerce já representa 12% do total do share de vendas. O Brasil está entre os países com grandes taxas de crescimento em e-commerce no mundo, mesmo com lojas de grandes nomes presentes na internet, a maior crescente vai para as lojas de pequeno e médio porte.

O termo e-commerce (comércio eletrônico) pode ser confundido com o ebusiness (negócios eletrônicos), porém Turban e King (2004) cita que este último refere-se a uma definição mais ampla de comércio eletrônico, indo além da compra e venda de produtos e serviços, mas a prestação de serviços aos clientes, a cooperação com parceiros comerciais e a realização de negócios eletrônicos em uma organização. Diante do exposto, e tendo em vista as perspectivas da continuidade do avanço tecnológico com consequente desenvolvimento de técnicas e processos, o uso da internet para negócios relacionados à compra e venda de produtos pelo canal tende a aumentar, propiciando diversas oportunidades para o crescimento do comércio eletrônico a nível mundial, trazendo oportunidades tanto para os vendedores como para os consumidores.

Porém uma pesquisa realizada pelo Datapopular mostrou que 61% dos internautas de baixa renda preferem conferir produtos em lojas físicas por conta da falta de segurança nas transações online. A segurança ainda é uma grande dificuldade para o e-commerce quando se trata da população com menor poder aquisitivo (Galinari et al. Por conta dos riscos cibernéticos, as empresas investem cada vez mais em tecnologia e processos que visem mitigar os riscos de ataques de hackers contra seus sistemas, causando prejuízos a elas e aos seus consumidores por violarem dados sigilosos. Assim como no mundo real onde são segurados bens materiais e de vida das pessoas como casas, carros e saúde, a gestão de riscos envolve a identificação dos riscos e vulnerabilidades, com ações administrativas e abrangentes com o fim de garantir uma adequada proteção à organização como um todo (PAGLIUSI, 2016).

Segundo Torres et al. em 2014 foram 42,8 milhões de ataques cibernéticos no mundo, o que representou um acréscimo de 48% com relação ao ano de 2013. A estimativa média de perdas em cada ataque foi da ordem de US$ 2,7 milhões em 2014. Para Pagliusi (2016) antes de criar um sistema de gerenciamento de riscos cibernéticos as empresas devem determinar quais os ativos devem ser protegidos e em que prioridade. No caso de pagamentos eletrônicos, a mensagem poderia ser as informações sobre um cartão de crédito registradas em um formulário de contrato entre duas empresas; Assinatura Digital Assinatura pessoal impossível de ser falsificada. São baseadas em chave públicas e podem ser usadas para autenticar a identidade do remetente de uma mensagem ou documento.

Garantem que o conteúdo original de uma mensagem ou documento não foi alterado. Online, as vantagens são: portabilidade, inegáveis e não imitáveis, e podem ser datadas; Certificados Digitais Garantem a veracidade de poder do detentor de uma chave pública ou privada, são emitidos por entidades certificadoras, e usados para certificar sites (certificados de sites), indivíduos (certificados pessoais) e empresas de software (certificados de editor de software). Fonte: elaborado pela autora, a partir de Turban e King (2004, p. Problemas de segurança da informação podem afetar o desempenho econômico das empresas, e investir na segurança das transações ainda sai mais barato que perder a credibilidade diante dos clientes. REFERÊNCIAS CONSULTADAS AFUAH, Allan; TUCCI, Christopher L. Internet Business Models and Strategies: Text and Cases.

ed. Mcgraw-Hill College, 2003. DAVIDSON, Jacob. Here´s how many internet users there are. Money, 2015. Disponível em: <http://time. com/money/3896219/internet-users-worldwide/>. E-COMMERCE BRASIL. Comércio eletrônico deve crescer 16% no país em 2019, prevê ABComm, 2019. Disponível em: <https://www. ecommercebrasil. com. p. Disponível em: < https://web. bndes. gov. br/bib/jspui/handle/1408/4285>. Assessoria SEPIN. Brasília: MCT, 2000. Disponível em: <http://livros01. livrosgratis. com. Acesso em: 30 maio 2019. em: 13 PAGLIUSI, Paulo. Riscos Cibernéticos: tendências, desafios e estratégias para IoT. Deloitte, 2016. PINHEIRO, Patrícia Peck. Disponível em: <https://www1. folha. uol. com. br/fsp/cotidian/ff1208200103. Fábio Torres & Associados, 2016. Disponível em: <https://www. editoraroncarati. com. br/v2/phocadownload/cyber_risks_setembro_2016.

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