PAPEL DA ENFERMAGEM NA ORIENTAÇÃO SEXUAL DE ADOLESCENTES: REVISÃO INTEGRATIVA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Objetivo Geral 5 1. Objetivos Específicos 5 2. REVISÃO DA LITERATURA 7 2. SEXUALIDADE E ADOLESCÊNCIA OK 7 2. Infecções SexualmeNte Transmissíveis (ist’s) OK 9 2. A adolescência é marcada por alterações físicas e biopsicossociais, quanto às mudanças físicas elas ocorrem de maneira descoordenada e de forma muito rápida, braços e pernas desproporcionais ao corpo. No sexo masculino ocorre especificamente crescimento do pênis, testículos, escroto e também aparecem pelos, barba, alterações de voz, primeira ejaculação e aumento da massa muscular. Além disso, ocorre um aumento do odor corporal, a pele fica com mais glândulas sebáceas e por consequência aumenta a incidência de acne. No sexo feminino as características aparecem de forma gradual, os primeiros caracteres que surgem são os brotos mamários, seguida do crescimento dos pelos, na primeira fase do desenvolvimento o tecido adiposo é distribuído pelo do corpo, dando forma a silhueta feminina (RONDA, 2015).

A sexualidade é um aspecto central da vida do ser humano e abrange o sexo, as identidades e os papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. O enfermeiro possui um papel de educador em saúde, seja no âmbito de saúde ou nos ambientes escolares. Atuam na disseminação de conhecimentos muito importantes relacionados a sexualidade do adolescente como: ISTs e gravidez na adolescência com a finalidade de promover mudanças no comportamento sexual, através da redução de comportamentos de risco associadas a informações escassas, incompletas ou incorretas, mitos e tabus (BORGES, 2015). PROBLEMA DE PESQUISA De acordo com a situação citada até aqui, referente à importância do processo educativo para os adolescentes, com ênfase no trabalho desenvolvido pelos profissionais de enfermagem, surgiu a seguinte questão norteadora deste estudo: O que tem sido produzido, em periódicos existentes no Brasil, sobre o papel da enfermagem referente a orientação sexual para adolescentes? 1.

objetivo 1. Objetivo Geral • Quantificar e analisar a produção científica em periódicos existentes no Brasil sobre o papel da enfermagem na orientação sexual de adolescentes entre os anos de 2009-2019, buscando evidenciar lacunas e aspectos abordados ou privilegiados quanto ao tema. SEXUALIDADE E ADOLESCÊNCIA OK A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreve a sexualidade como sendo parte integrante do ser humano e não está resumida apenas ao coito e não está limitado a presença ou ausência de orgasmo. Se constituí como uma energia trocada entre sujeitos motivados pelo afeto, contato e intimidade expressados na forma de sentimento e das relações interpessoais, ela influencia pensamentos ações, interações e assim também afeta a saúde física e mental do indivíduo (MEDEIROS, 2015).

A adolescência se constitui como período dinâmico da evolução e do desenvolvimento humano e é marcada por grandes transformações, não apenas de cunho biológico como também psicossociais e cognitivos. Como nessa fase ocorre uma transição entre a infância e a vida adulta essas mudanças tornam-se mais intensas e vêm acompanhadas de descobertas e necessidade de auto-afirmação, em meio a diversas transformações que ocorrem nessa etapa da vida (FREIRE, 2017). Assim, Cedaro (2012): Afirma que a iniciação sexual e/ou amorosa franqueia aos adolescentes a possibilidade do aprendizado da dimensão relacional íntima no tocante às diferenças de gênero, além de representar a conquista gradativa da autonomia pessoal nessa fase da vida. Ressaltou que há diversos motivos para adoção desses comportamentos: não planejamento da relação sexual, falta de confiança nos métodos existentes, onipotência do adolescente e rejeição do parceiro por interferência no seu prazer sexual.

Dessa forma, é possível evidenciar que a adolescência se constituí como a fases da vida que ocorre a maturação sexual, estabelecimento de conflitos familiares e a formação dos seus valores e comportamentos, que irão determinar sua vida. Também se considera uma fase que se cobra uma maior responsabilidade e definição do campo profissional. Sendo assim, deve-se considerar que baseado nisso o profissional de saúde deve estar apto para uma abordagem integral dos problemas pertinentes a fase da adolescência, sobretudo a gravidez e também a ocorrência de algumas IST’S (PINTO, 2015). As diretrizes nacionais para a atenção integral á saúde dos adolescentes preconizam que sejam realizadas ações de promoção e prevenção da saúde no que concerne ao assunto de sexualidade na adolescência, tanto na questão das IST’s quanto na prevenção da gravidez na adolescência (BRASIL, 2010).

Um estudo realizado por Souza (2017) para verificar a vulnerabilidade dos adolescentes a contrair IST’s analisou um grupo de adolescentes de uma escola sobre o seu conhecimento acerca do assunto, foram selecionados uma amostra de 100 de ambos os sexos e que estavam na idade entre 18 e19 anos. O autor concluiu que os adolescentes possuíam uma vulnerabilidade associado aos comportamentos de risco para contrair IST/Aids e/ou gravidez indesejada, pois, a maioria alegava serem casados como motivo para não utilizar o preservativo ou usavam outro método contraceptivo e afirmavam que reduziam o prazer, ou não fazia uso por questões religiosas. Sá (2015) investigou uma amostra de jovens de um Centro Jovem, afim de determinar a prevalência de IST’s e avaliar os factores que se associam a aumento do risco de ISTs.

Como resultado foi evidenciado que pelo menos 16% dos adolescentes já haviam contraído algum tipo IST, os tipos mais comuns foram: Herpes simplex tipo 2 em 12%, Chlamydia em 7%, Neisseria em 1%, Sífilis em 1% e: Trichomonas em 1%. O comportamento de risco que aumentou as evidências laboratoriais de detecção de pelo menos uma IST foi o estabelecimento de relações sexuais com cinco ou mais parceiros. Quando o mesmo se sente acolhido fica mais fácil criar um vínculo com o profissional e seguir as orientações e condutas preconizadas (LEAL, 2018). Segundo Costa (2012): O enfermeiro deve inserir-se nos projetos de atenção integral ao adolescente, para tanto deve participar da organização e dos cuidados. Para isso deve ultrapassar ações puramente técnicas e individualizadas e atuar numa visão integrativa, humanizada, voltada para a valorização da vida e da construção da cidadania garantindo os direitos sociais desta população.

No contexto da atenção primária é fundamental se inserir na gestão do cuidado e nas intervenções; conhecer necessidades seja em situações mórbidas, na prevenção de agravos e na promoção da saúde desta população (COSTA, 2012, p. Para que essa assistência seja efetiva, torna-se necessário a busca ativa dos adolescentes e a sua conscientização da relevância de sempre estar participando em ações de prevenção e promoção à saúde, cabendo ao enfermeiro desmistificar algumas práticas e discutir tabus em relação a assuntos associados à adolescência. De acordo com Fonseca (2010): O objetivo central do SPE é a promoção da saúde sexual e reprodutiva, visando reduzir a vulnerabilidade de adolescentes e jovens às DSTs, à infecção pelo HIV e a gravidez, por meio de ações nas escolas e nas unidades básicas de saúde.

Construir espaços de diálogo entre adolescentes, professores, profissionais de saúde e comunidade é um importante dispositivo para construir resposta social com vistas à superação das relações de vulnerabilidade entre adolescentes (FONSECA, 2010, p,332). O profissional da área da saúde tende a desmistificar a crença de que o diálogo sobre sexualidade, será um indicativo que os adolescentes já estão prontos para a prática sexual ou que estão a induzi-lo a começar a atividade sexual precocemente. Por este motivo a escola possui um papel importante de proporcionar um ambiente acolhedor a estas práticas pedagógicas, pois ali os adolescentes possuem maior familiaridade com o local, consequentemente se sentem mais à vontade ao lado de colegas que convivem cotidianamente, além de oportunizar maior contato com as diversidades sociais e sexuais, criando condições para a produção, debates e acesso a novos saberes (FONSECA, 2010).

Em outro âmbito de trabalho do enfermeiro, desempenhando seu papel educativo, temos o “Programa Saúde do Adolescente” (PROSAD), instituído no final dos anos 80, cuja missão é promover a saúde de adolescentes e de jovens. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA O programa de saúde nas escolas foi instituído pelo Decreto Presencial nº 6. de 5 de dezembro de 2007, resultou de uma parceria entre o MS e o Ministério da Educação (MEC), que possuía a finalidade de ampliar as ações de saúde para os alunos da rede pública de ensino: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, Educação de Jovens e Adultos. Ainda de acordo com o MS o PSE possuí como principais objetivos: I – Promover a saúde e a cultura de paz, reforçando a prevenção de agravos à saúde; II – Articular as ações da rede pública de saúde com as ações da rede pública de Educação Básica, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações relativas aos estudantes e suas famílias, otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos disponíveis; III – Contribuir para a constituição de condições para a formação integral de educandos; IV – Contribuir para a construção de sistema de atenção social, com foco na promoção da cidadania e nos direitos humanos; V – Fortalecer o enfrentamento das vulnerabilidades, no campo da saúde, que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar; VI – Promover a comunicação entre escolas e unidades de saúde, assegurando a troca de informações sobre as condições de saúde dos estudantes; VII – Fortalecer a participação comunitária nas políticas de Educação Básica e saúde, nos três níveis de governo (BRASIL, 2009 p.

O enfermeiro possuí um papel importante em diversas áreas e segmentos sociais, um dos principais papeis desempenhados por esses profissionais é a educação em saúde, componente extremamente importante na vida do adolescente, pois, nessa fase ocorre diversas mudanças biopsicossociais e geralmente assumem comportamentos considerados de risco. Assim, o enfermeiro ao desempenhar a sua função de educador em saúde irá preparar o adolescente para exercer as suas habilidades do autocuidado e para ser independente (COSTA, 2013). Dessa forma, afirma-se que o enfermeiro deve prestar atendimento pautado em todas as dimensões das necessidades apresentadas pelo ser humano (OLIVEIRA, 2015). Segundo Levandovisck (2016): A enfermagem deve estudar a qualidade do cuidado, a fim de revisar sua prática. Valorizar elementos identificados pelos usuários para seu cuidado enriquece essa análise. Acredita-se que essa avaliação possa direcionar as atividades desenvolvidas, permitindo o monitoramento dos resultados, a identificação de desvios, subsidiando o planejamento e a organização de ações para a resolução de eventuais problemas (LEVANDOVISCK, 2016, p.

Apesar da importância da garantia de cuidado com qualidade existem diversas barreiras que dificultam a sua efetivação, na equipe de enfermagem os fatores que influenciam esse processo são: carga horária excessiva de trabalho, dimensionamento da equipe insuficiente, alta demanda de pacientes, ausência de boa estrutura e disponibilidade de materiais, falta de equipamentos e treinamentos (SOUZA, 2013). Após a escolha dos artigos elegíveis com o tema proposto, estes serão analisados e discutidos; 6) Sexta etapa – apresentação da revisão/síntese do conhecimento. Através de um resumo das evidências identificadas nos estudos; Para guiar a presente revisão, formulou-se a seguinte questão norteadora: Qual o papel da enfermagem na educação sexual de adolescentes? 3. Coleta de dados Estudos serão coletados nas bases de dados: Base de dados em Enfermagem (BDENF), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), onde serão utilizados os Descritores em Ciências em Saúde (Decs): “educação”, “ensino”, “sexual”, ”sexo”, “adolescentes”, “enfermagem”, “enfermeiro”, “enfermeira” combinados pelo operador booleano “AND” ou “OR”.

Critérios de inclusão e exclusão Para seleção dos estudos desta revisão integrativa, como critérios de inclusão serão utilizados artigos disponíveis na íntegra, disponíveis online e gratuitos, escritos em língua portuguesa, espanhola e inglesa; com ano de publicação de publicados entre 2010 a 2020, provenientes de pesquisa primária, com abordagens quantitativa, qualitativa ou mista, onde o público atingisse os adolescentes. Serão excluídos os artigos sem o acesso on-line, que não possuíam acesso ao texto completo, escritos em outros idiomas, artigos que não respondiam à questão norteadora, estudos de caso, relatos de experiência, trabalhos de conclusão de curso, teses, dissertações, livros e capítulos, bem como artigos que mesmo identificados pelo descritor, não direcionaram a discussão para o tema escolhido por esta pesquisa.

X X X Análise e interpretação dos dados. X X X Redação do corpo do trabalho. X X Correções. X X Redação definitiva e entrega do trabalho. X X Apresentação do projeto. v. n. p. BORGES, J. P. de 14 de agosto de 2013. Altera os arts. º, 68, 97, 98, 99 e 100, acrescenta arts. A, 98-B, 98-C, 99-A, 99-B, 100-A, 100-B e 109-A e revoga o art. da Lei n° 9. de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Brasília: Casa Civil, [1998]. Disponível em: http://www. planalto. BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica.

– Brasília : Ministério da Saúde, 2009. B. SANTOS, S. S. F. OLIVEIRA, C. n. p. jan. jun. CARVALHO, K. M. S. V. MARTINS, R. M. COSTA, R. F. et al. CUIDADO DE ENFERMAGEM AO ADOLESCENTE: ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE 2001 A 2007. Cienc Cuid Saude, v. CUIDADO AO ADOLESCENTE: CONTRIBUIÇÕES PARA A ENFERMAGEM. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, abr/jun; v. n. – Campo Grande, MS : Ed. UFMS : Fiocruz Unidade Cerrado Pantanal, 2011. FLORIANO, F. Programa Saúde na Escola: a participação dos enfermeiros nas unidades de saúde da gerência Glória/Cruzeiro /Cristal. f. n. p. FREIRE, A. K. S. G. MENDES, A. M. Qualidade no atendimento pelo enfermeiro no hospital-dia. Rev Inst Ciênc Saúde, v. F. Avaliação da qualidade dos cuidados de enfermagem em serviço de emergência hospitalar na perspectiva dos usuários.

f. a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016. MAROLA, Caroline Andreia Garrido; SANCHES, Carolina Silva Munhoz; CARDOSO, Lucila Moraes. acessos em 03 abr. MARQUES, A. D. B. et al. n. p. Ed. Especial, 2015. MENDES, Karina dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; GALVÃO, Cristina Maria. s0104-07072008000400018. Disponível em: http://www. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072008000400018&lng=pt&tlng=pt. p. MOREIRA, W. C. et al. Ações educativas do enfermeiro na promoção da saúde sexual e reprodutiva do adolescente. C. et al. Infecções sexualmente transmissíveis na adolescência. Residência Pediátrica v. n. jul-set 2017. OLIVEIRA, J. L. C. et al. M. et al. Fatores associados às infecções sexualmente transmissíveis: inquérito populacional no município de São Paulo, Brasil.

Ciência & Saúde Coletiva, v. n. Revista Pró-univerSUS, v. n. p. RONDA, S. M. p. SÁ, M. S. et al. Infeções sexualmente transmissíveis e factores de risco nas adolescentes e jovens: Dados de um Centro de Atendimento a Jovens. p. jul. dez. SENNA, S. R. Rev Min Enferm. v. n. p. SOUZA, C. P. S. A QUALIDADE DO ATENDIMENTO PRESTADO PELOS PRONTOS-SOCORROS DE HOSPITAIS PÚBLICOS DO BRASIL. Revista de administração hospitalar e inovação em saúde, 2013. TÔRRES, T. supl. p. abril 2013. ZOCA, A. R.

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