A Importância da Inteligência Emocional na Liderança

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Recursos humanos

Documento 1

Nota ___________________________ Data da Aprovação: ____/____/______ BANCA EXAMINADORA: Prof. Assinatura________________________________________________________ Prof. Assinatura________________________________________________________ Prof. Assinatura______________________________________________________ RESUMO O presente estudo discorre sobre a compreensão atual, a respeito do conceito de inteligência emocional e de que maneira, sua aplicabilidade pode promover melhor funcionalidade de pessoas em cargos de liderança. Para tanto, a pesquisa concentrou sua análise no entendimento das emoções a partir da perspectiva neurobiológica e psicológica, e de que forma a disfuncionalidade emocional impacta no contexto do ambiente de trabalho, podendo ser fator condicionante para o desenvolvimento de doenças mentais como depressão, ansiedade e bournout. So, through this research it was possible to identify possibilities of methods, which make conscious the need and the importance of an emotional regulation, for the mental health context, above all, regarding the aspects of quality in the performance of leaders in management positions.

organizational management. Keywords: Emotional intelligence. Leadership. Organizational Management. No contexto organizacional, bastante vem se discutido quanto à importância do equilíbrio das emoções em ambientes de trabalho, como maneira de ser mais funcional, produtivo e, sobretudo, como forma de aumentar a qualidade de vida dentro e fora deste ambiente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para crescentes casos de afastamento do trabalho, devido condições de adoecimento mental, como depressão e ansiedade. De maneira que, é preciso pensar nesta questão como uma condição de saúde pública que afeta contexto múltiplos, interferindo na vida das pessoas de forma a impactar sua vida no contexto social, de trabalho, relacionamentos e saúde no geral. Assim, dentro das organizações, uma das funções que segue no maior contexto de fatores de risco, com altos níveis de pressão, exigências e por vezes sobrecarga de trabalho, é a função de liderança.

De modo que, discutir a importância da Inteligência Emocional nos cargos de liderança, se configura como um tema atual e de grande relevância para a sociedade em geral, uma vez que esses profissionais são consideravelmente afetados por adoecimento mental no trabalho. Para a construção deste trabalho, foi delimitado o objeto de estudo, e posteriormente feito uma pesquisa exploratória, cuja finalidade foi obter uma maior aproximação do tema por meio da leitura de textos, artigos, livros. Na análise dos textos foram avaliados os contextos referentes aos conceitos de emoção e inteligência emocional, e de que forma estes se configuram no processo de liderança. Utilizamos como palavras-chave: inteligência emocional, emoções, gestão e liderança. Assim, estabeleceram-se critérios de inclusão e exclusão para as buscas dos dados desta revisão bibliográfica.

Características para inclusão: trabalhos científicos publicados no intervalo dos últimos 06 anos; artigos publicados em revistas científicas, disponíveis na íntegra e para acesso público com download gratuito em língua portuguesa; e qualidade da descrição do desfecho a ser estudado. GOBBI, K. T; RIBEIIRO, R. R; BIAZON, V. V. Scielo A importância da inteligência emocional na liderança e desempenho de equipes OLIVEIRA, E. De modo que, segundo a Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional (2017), as emoções são respostas químicas a partir de memorias emocionais, que ocorrem nas regiões subcorticais do cérebro, as emoções são capazes de criar diversas reações no corpo, através da liberação de hormônios, alterando o estado no qual o indivíduo se encontra.

Basicamente, são reações instantâneas que se tem perante os acontecimentos da vida. Em contrapartida, os sentimentos são uma espécie de resposta às emoções e neurologicamente, os sentimentos são encontrados nas regiões neocorticais do cérebro. Os autores supracitados salientam que, os sentimentos são influenciados, principalmente, pelo histórico de cada indivíduo, o que inclui suas experiências vividas. Por isso, cada pessoa tem uma reação diferente perante emoções e, enquanto alguns perdem a calma facilmente, outros conseguem manter a tranquilidade, mesmo perante situações consideradas graves (SOCIEDADE BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, 2017). O tráfego de duas vias entre o sistema límbico e o córtex permite que as emoções sejam vivenciadas de forma consciente e que os pensamentos as afetem.

Cada emoção é produzida por uma rede diferente de módulos cerebrais, incluindo o hipotálamo e a hipófise; estes controlam os hormônios que provocam reações físicas, como aumento da frequência cardíaca e contração muscular. De acordo com Moraes (2009), cinco elementos se caracterizam como as principais estruturas do sistema límbico, que são elas: o giro cingulado que se relaciona com o controle visual, auditivo e as alterações das emoções; o Tálamo que são as células nervosas que enviam sinais dos sentidos para o córtex. Nesse campo, estão ativas também as sensações de pressão, dor. Portanto, sua função é de integração do sistema sensorial com o motor. a “inteligência emocional é a capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos”.

O autor supracitado, ainda afirmar que a inteligência emocional corresponde à capacidade de criar motivações para si próprio e de persistir num objetivo, apesar dos percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação de seus desejos; de se manter em bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar; de ser empático e autoconfiante (GOLEMAN, 2012). Desta forma, a inteligência emocional compreende e se apropria de suas próprias emoções e a dos outros, reagindo naturalmente quando se depara com os problemas organizacionais buscando resolver de modo eficaz as situações emocionais. Robbins (2011) por sua vez, destaca que a inteligência emocional é a capacidade de: (I) ser autoconsciente do seu estado afetivo, ou seja, reconhece suas próprias emoções quando as sente: (II) detectar as emoções nos outros, e; (III) administrar as pistas e informações transmitidas pelas emoções.

Conforme Weisinger (2001), a inteligência emocional é simplesmente o uso inteligente das emoções, isto é, fazer intencionalmente com que as emoções trabalhem a seu favor, usando-as como uma ferramenta a fim de ditar seu comportamento e raciocínio de maneira a aperfeiçoar os resultados. Uma visão mais romanceada em torno do conceito de liderança pode ser observada a partir dos trabalhos de Meindl e Ehrlich (1987), que evidenciam que liderança é o ato de oferecer, através do líder, os meios logicamente convincentes e emocionalmente gratificantes para as pessoas trilharem as atividades de modo organizado, atribuindo a esse líder a prerrogativa de herói, uma vez que os seguidores, ao se concentrarem no líder, reduzem suas complexidades organizacionais a condições mais elementares, de tratamento mais simples.

Evidencia-se, desta feita, o artifício da atribuição vinculado ao líder. Kotter (1990) com a sua teoria, que retrata a liderança como a capacidade de motivar e inspirar pessoas a seguirem na direção exata, a despeito dos obstáculos gerados pelas mudanças imprevistas, encantando as pessoas e acomodando os interesses, emoções e necessidades humanas, ratifica a proposição anterior. Atribuições de um líder O Líder tem o papel de identificar as potencialidades de cada profissional, e assim, formar equipes suscetíveis a mudanças e empenhadas a buscar seus objetivos, estando atentas ao ambiente e aos resultados organizacionais. O Líder é uma referência para toda a equipe, ele tende a tomar decisões assertivas de olho no sucesso da organização e no bem de todos os envolvidos no processo.

Tabela 2 – Tipos de Líder Tipo de líder Características Funcionamento Exigente Crítico, observador, perfeccionista e inspira a todos com a sua segurança. Ele observa todos os detalhes e não deixa nenhum deslize passar despercebido, não utiliza técnicas autoritárias e é um exemplo para os demais colaboradores. Autocrático Autoritário, enérgico, antipático, exigente. Mais chefe do que líder. Não promove a participação efetiva da equipe nos projetos, toma sozinho todas às decisões necessárias e costuma oprimir seus subordinados, enxergando neles concorrentes, e não, colaboradores. Permite que todos os liderados participem das decisões importantes do grupo e acredita que ideias, críticas construtivas e sugestões são importantes para aperfeiçoamento dos projetos, da equipe e da organização como um todo, além de trabalhar como um orientador para todos.

Através desse tipo de liderança, a própria equipe decide como será a divisão de tarefas. Motivador Motivado, confiante, otimista, integrador. Desenvolve e trabalha, através da confiança e do otimismo, o emocional dos seus colaboradores, e assim, promove a motivação no ambiente de trabalho. Esse perfil é ideal para momentos de crise e/ou quando a equipe precisa de união para que os objetivos da empresa sejam atingidos. Posto que, a sociedade do século XXI, se configura como um período no qual estamos presentes por maior parte do tempo de nossa rotina diária no ambiente de trabalho. Ao longo do século XX, na transição de uma sociedade moderna para contemporânea, o que mais presenciamos é o avanço frenético da intensificação de várias frentes de trabalho.

E essa corrida acelerada, na concepção de Antunes e Praun (2015) tem propiciado maiores contextos para que os trabalhadores desenvolvam condições de adoecimento, especialmente doenças mentais. Dorneles (2014) em sua pesquisa com foco na compreensão acerca das emoções, afirma que “o ser humano está afetado e expressa-se através de emoções desde bebê, durante todo o seu ciclo vital” (p. De maneira que, a autora ainda salienta que dependendo da situação que vivenciamos as emoções podem ser potencializadas de forma positiva ou negativa, contribuindo diretamente para nossa capacidade de compreensão e tomada de decisão. Portanto, a fim de, tornar didática a compreensão, expusemos na tabela 3 os cinco domínios e suas características. Tabela 3 – Cinco domínios da Inteligência Emocional Domínios Características Autoconsciência Reconhecer um sentido quando ele ocorre, importante para tomada de decisão.

Lidar com as emoções Controle das emoções, direcionando adequadamente a cada situação. Motivar-se Estimular as emoções a um único objetivo torna-se essencial para concentração, automotivação, para competência e criatividade. Empatia Reconhecer a emoção dos outros significa estar adaptado aos sinais que indicam o que os outros necessitam ou querem. Todavia, o conceito de inteligência emocional é relativamente novo e está ativamente no foco de diversos estudos atuais, sobretudo, no âmbito organizacional. De modo que, autores se arriscaram na tentativa de conceituar o tema. Contudo, Daniel Goleman é o autor de maior referência na vereda das emoções e sua compreensão holística acerca da importância em conhecer e controlar as emoções através da habilidade cognitiva da inteligência. O destaque da inteligência emocional em estudos na área organizacional se dá principalmente, pelo entendimento de que o ambiente de trabalho é uma área que desperta muitos gatilhos emocionais, e diante de uma sociedade globalizada e frenética, como é a sociedade do século XXI, pensar no equilíbrio das emoções diante de um ambiente demasiadamente competitivo e vibrante, nos parece um desafio constante.

Contudo, pesquisas que foram apresentadas neste estudo, nos permitiu vislumbrar possibilidades eficazes de tornar consciente, os fatores da inteligência emocional e sua importância para aplicação na esfera do trabalho, sobretudo, em cargos de liderança e nas mais diversas atuações de estilos de liderança. Revista Acadêmica Licencia & acturas, v. n. p. DOUX J. L. R; BIAZON, V. V. A inteligência emocional na liderança e sua relação com o desempenho de equipes. Revista cientifica FATECIE, Paraná, v. n. Psicologia das organizações. São Paulo, Atlas, 1973. KOTTER, J. P.  A Force for Change: How Leadership Differs from Management. R. Quais os tipos de liderança – Conheça alguns modelos. In: Ministério da Infraestrutura Portal da estratégia. Estratégia unindo ações [on line], 2018.

Disponível em: http://portaldaestrategia. Academy of Management Journal, v. p. MORAES A. P. Q. L. M; JESUS, A. M. G. Teologia do prazer. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. SBIE. Qual a diferença entre emoção e sentimento na psicologia? In: Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional [on line], 2017. Disponível em: https://www. et al. Liderança e organização: uma abordagem à ciência do comportamento. Trad. Auriphebo B. Simões.

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