DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Gestão de crédito

Documento 1

Múltiplas. Psicopedagogo. Educação. INTRODUÇÃO Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, o número de indivíduos com deficiência no mundo é de 14,8%, sendo que 1% é portador de deficiências múltiplas (SILVA, 2011, p. As deficiências múltiplas tem gerado muitos questionamentos sobre sua definição e à qual é a intervenção mais adequada a ser aplicada, as discórdias são frente a questões de as múltiplas deficiências seja geradora de deficiências, ou somente a junção de deficiências (ROCHA e PLETSCH, 2018, p. Segundo Adriano (2008 apud BRASIL, 1994, p. as deficiências múltiplas atrasam e comprometem o desenvolvimento global e a capacidade adaptativa do indivíduo. Contudo, as deficiências múltiplas, não se encontram na somatória das alterações, mas no nível do desenvolvimento de comunicação, as possibilidades funcionais do indivíduo, interação social e da aprendizagem, sendo determinante nas necessidades educacionais do educando (BRASIL, 2006).

Para Moreira (2020 apud BEBECH et al. as deficiências múltiplas englobam uma diversidade de limitações, que poderá refletir na fala e linguagem; mobilidade física; déficit de aprendizagem; deficiências intelectuais; visual; auditiva; comportamental e/ou lesões cerebrais traumáticas. Neste contexto, a intervenção mais apropriada é a educação, por proporcionar um desenvolvimento de integração no âmbito familiar e comunitário, além de auxiliar na autonomia do indivíduo. Causas das Deficiências Múltiplas Silva (2011, p. relata que a causa das deficiências múltiplas tem sua origem de diversos fatores, como pré-natal, perinatal ou natal e pós-natal, como também de situações ambientais, sendo: intoxicação química, tumores, irradiações, traumatismos cranianos e acidentes e entre outras. Já Almeida (2014, p.

adverte que, a má-formação congênita, Hipotireoidismo, Síndrome de Rett, e infecções virais como Síndrome da rubéola congênita e doenças sexualmente transmissíveis, também podem dar origem às deficiências múltiplas. apud MEC, 2003). Portanto, a criança é influenciada pelo âmbito educacional e com a interação com outras crianças, o que à auxilia no avanço de seu aprendizado, a relação entre criança e escola tem papel fundamental, sendo fortalecido com os envolvimentos de todos os profissionais de forma acolhedora (ZIMERMANN e UHMANN, 2020, p. Góes e Laplane (2007) ressaltam a importância do acolhimento: Nos discursos pela, são ressaltados a importância do acolhimento e o compromisso pedagógico com a diferença. O acolhimento não é somente do “aprendiz”, pois a escola participa da formação da “pessoa”.

Objetivos relativos aos conhecimentos escolares e, em parte, à sociabilidade (no sentido de interações pessoais face a face) vem tendo maior visibilidade. Essa inclusão dos alunos só é possível, com a escola assumindo o compromisso de respeito à diversidade e diferenças individuais, com adaptação do currículo e a modificação dos recursos metodológicos, sendo esses fatores essências para atender as expectativas das famílias e principalmente as necessidades do aprendizado da criança (BRASIL, 2006, p. Cabe destacar que, a educação especial é amparada pela Constituição Federal no Art. inciso III, e na LDB em seu capítulo V, e pelo Decreto nº 10. de 30 de setembro de 2020, que institui a PNEE - Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida, visando à garantia de aprendizagem com qualidade.

De acordo com PNEE (2020): A educação especial reúne pressupostos teóricos para fundamentar o uso de diferentes metodologias, técnicas e equipamentos específicos, bem como para a produção de materiais didáticos adequados e adaptados e para o desenvolvimento de tecnologia assistiva, a fim de serem oferecidos aos educandos, preferencialmente (o que não significa exclusivamente), em escolas regulares inclusivas e em classes e escolas especializadas destinadas aos educandos que não se beneficiam das classes e escolas comuns ou regulares (PNEE, 2020, p. Segundo Pontes e Pires (2021), além de estudar o ato de aprender, a psicopedagogia leva em consideração as realidades internas e externas da aprendizagem, sempre realizadas em conjuntos (PONTES e PIRES, 2021, p. apud NEVES, 1991). Portanto, a psicopedagogia atua no campo da saúde e da educação com relação ao aprendizado humano, em forma de junção onde é envolvido a família, a escola e a sociedade.

Para se atingir as questões cognitivas do educando é necessário a ação de intervenção do profissional Psicopedagogo, que utiliza diversos recursos com objetivo de identificar as principais dificuldades de aprendizagem, seja para prevenir ou sanar. A busca pelo conhecimento tem início no processo de diagnóstico, sendo o ponto de partida para promover a intervenção psicopedagógica (PONTES e PIRES, 2021, p. É, portanto, uma área que exige mais atenção, tendo em vista que entre as deficiências, essa ser um caso que em parte é pré-julgado pela deficiência predominante, e com essa atitude deixa-se de auxiliar o indivíduo em seu desenvolvimento desde cedo, é notório que a falta de conhecimento abrange toda a sociedade, onde até mesmo a própria família não sabe lidar com o portador de deficiências múltiplas.

Com isso, compreende que a busca pela educação como intervenção é um ponto de escape dos familiares, no objetivo da criança se desenvolver e conseguir se comunicar e conviver no meio social. Na contramão deste pensamento, surge o Psicopedagogo, visando o desenvolvimento do educando e sua autonomia, porém até que este chegue até o objetivo é necessário o levantamento de informações, que muitas das vezes precisará de mudanças em todos os âmbitos de vivência da criança, para que possa ser um acompanhamento contínuo. Assim, é possível compreender a importância do psicopedagogo, pois por ser um profissional capacitado tem um olhar diferenciado para a criança portadora de deficiências múltiplas, visando entender a necessidade do educando, e os sintomas que ele demonstra, buscando conhecer as deficiências existentes, e os obstáculos diários que o educando enfrenta, para que consiga elaborar a intervenção psicopedagógica adequada, que auxilie o desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo da criança de uma forma prazerosa, estimulando a criança em interagir com as outras crianças, além de garantir que a criança usufrua do direito de ir a escola e da aquisição da educação.

REFERENCIAS ADRIANO, P. Deficiência Múltipla. Portal Educação Pedagogia, São Paulo, 2014. BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. BRASIL. LEI Nº 9. DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 1996. Disponivel em: <http://www. planalto. br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296. htm>. Acesso em: 08 Dezembro 2021. BRASIL. Educação infantil : saberes e práticas da inclusão : dificuldades acentuadas de aprendizagem : deficiência múltipla. gov. br/en/web/dou/-/decreto-n-10. de-30-de-setembro-de-2020-280529948>. Acesso em: 09 dezembro 2021. CARVALHO, E. R. D. LAPLANE, A. L. F. ALMEIDA, I. N. S. D. A Atuação do psicopedagogo com as crianças portadoras de necessidades especiais. n. p. jul. dez. MOREIRA, F. S. l. s. n. PEREIRA, J. Definições dos termos deficiência múltipla e deficiência múltipla sensorial: uma revisão sistemática em teses e dissertações brasileiras.

Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. n. p. jan. D. E. PNEE: Política Nacional de Educação Especial: Equitativa, Inclusiva e com Aprendizado ao Longo da Vida. Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, Brasília, MEC. SEMESP. Metodologias, práticas e inovação na educação contemporânea. Rio de Janeiro: e-Publicar, 2021. p. ROCHA, M. G. dez. SANTOS, M. G. A. D. Deficiência Múltipla: Conceito e caracterização. VII EPCC - Encontro Internacional de Produção Científica, Maringá - Paraná, p. outubro 2011. ISSN 978-85-8084-055-1. ZIMERMANN, I. br/snee/issue/view/1281>.

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