RESENHA A construção da identidade social de Odir Berlatto

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

Tal fato não limita o indivíduo a si mesmo, como um “faça você mesmo”, mas o aloca no sistema social, tornando-o fruto de uma inserção social em parceria com sua própria agência nesse sistema. No primeiro momento, o autor recorre a Peter Berger e Thomas Luckmann para o afloramento do tema, estes por sua vez partem da argumentação de que identidade social vincula-se com as mais diversas camadas do tecido social, como por exemplo a classe social, a idade e o gênero do indivíduo. A construção social da identidade se dá por meio da socialização primária e socialização secundária, primária pois ocorre no antro familiar antes mesmo do bebê nascer, e secundária por ser o processo que introduz o indivíduo já socializado em novas dinâmicas da sociedade.

Sendo a socialização o processo de integração dos indivíduos na sociedade, é possível afirmar que a construção da identidade social parte principalmente do que é externo ao indivíduo, apesar do sujeito ser ativo no processo, só cabe a ele mexer os pauzinhos passada a socialização primária, passado. Um ponto de relevância na discussão está no fato de que a identidade social é objeto tanto de inclusão quanto exclusão, ao passo que indivíduos se identificam com determinado grupo, há variados grupos existindo em paralelo. Todas as construções sociológicas acerca da socialização tornam-se fascinante ao ponto em que fica evidente a complexidade do ser humano. Tais pesquisas tornam-se também instrumentos de compreensão dos problemas sociais, ao passo que a socialização é entendida como uma área de investigação que explora as relações indissociáveis entre indivíduo e sociedade.

As ciências sociais devem representar a vida social como um quebra-cabeça, incerto e sofrendo constante mutação. Na modernidade, por exemplo, a identidade aparece como multidimensional, o ator social é habilitado e o faz com muito rigor, a passagem de universos simbólicos a todo mundo. Situações específicas exigem certa roupagem que outras situações não, o fato é que as identidades, assim, se tornam dinâmicas. Além de reforçar algum estereótipo que simbolicamente estipula limites e exclui todo o espectro de características ao qual não pertencem. Retornando a Goffman, em A Representação do Eu na Vida Cotidiana, o autor propõe uma interpretação da vida cotidiana e a estrutura dos encontros sociais. Inicialmente, é necessário que se compreenda o sentido do termo Self, este não se trata de uma essência existente em cada indivíduo, ele se reproduz nas interações específicas, o indivíduo se torna um cabide vazio.

Goffman utiliza da metáfora teatral, a vida social é como um palco em que se encenam diversos papéis sociais, de forma que o indivíduo não é o mesmo em todas as circunstâncias. O papel social não é representado perante uma plateia que está oposta aos atores, mas é conduzido de acordo com os papéis desempenhados pelos outros.

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